A vida define-se pela mais absoluta discriminação.

Horrenda.

Do pobre.

Do velho.

Do doente.

Do feio.

Do burro.

Do cigano.

Do índio.

Do negro.  

Do que é diferente.

A vida só é discriminação.

Cultural.

Folclórica.

Antropológica.

Epistemológica.

A vida é discriminação.

Não apenas da cor.

Entretanto, dos costumes.

Das ideologias.

A vida efetiva-se pela rejeição.

No entanto,  o Estado político.

Não poderia discriminar.

Mas além de ser excludente.

Discrimina em todos os aspectos.

Desde que sejam pobres.

A vida é ruim para os excluídos.

Em países de civilização de cultura capitalista.  

Não existe nenhuma perspectiva para os vendedores da força de trabalho.

A escolha e viver e morrer na miséria.

Lamentavelmente.

É desse modo na África.

Nas Américas.

Maior proporção central e sul.

Em parte da Ásia.

No leste da Europa.

Até mesmo na Europa central.

No mundo latino.

Oriente médio.

A vida é simplesmente terrível para os pobres.

Horrivelmente, sem perspectiva de revolução.

Não existe esquerda, direita, muito menos centro democrático.

Mas a vida sempre será pior para os pobres.

Quando o poder estiver em mãos da direita.

O modelo produtivo for o neoliberalismo.

O humanismo é algo não presente na   sentimentalidade civilizatória.

Mudar o mundo é algo muito distante de qualquer imaginação crítica.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.