A Explicação da Verdadeira Origem do Mundo.

A     Desconfiança das Hipóteses.

 Inexoravelmente a explicação da primeira ideologia não se sabe o porquê deveria dizer a esse mundo delével, escutei sempre o silêncio, mas tudo com certa sapiência foi relatado.

 A hipótese fundamental finalmente respondida.  O que significa morrer?   Absolutamente nada, é o mesmo que não tivesse nascido à morte é a definição do que não fora, não poderia ter sido, refiro o malsinar literalmente.

 É como se um grupo de amigos no final do ano, tivesse comido um leitão, o que seria  o leitão,   após  a morte?  Nada.  Estupefato ficou o senhor Nicomedes.

O homem quando morre tem a lógica de um leitão comido, não existe Deus,  e a natureza no processo de evolução não daria privilégio a uma espécie, o homem é o que é, por erros, não estava previsto o desenvolvimento da linguagem, por que a natureza iria escolher exatamente o referido para ser o que é em prejuízo das demais espécies, se a natureza tivesse tido tal procedimento ou mesmo Deus.

 Seria uma injustiça indelével, irreparável, do ponto de vista da existência e sua origem, qualquer inseto tem o mesmo direito que a espécie humana, ou seja, o desenvolvimento do homem ser o que é.  Estamos aqui porque não existe outro lugar para ficarmos. Apesar de tudo, o mundo é o melhor lugar do universo, às vezes frio e desértico.  

 A natureza não pode ter o direito de escolher uma espécie, majorando o privilégio a referida, essa possibilidade refletida nunca existiu, tudo aconteceu por obra do acaso, como fora o surgimento da origem da matéria, diacronicamente ao primeiro átomo. A anti energia se fez matéria concentrando forma na evolução.

 No fundo não existe em referência a vida, diferenças fundamentais, todas as formas de vida remontam a uma célula mater, isso significa que a essência e a lógica da existência têm os mesmos fundamentos.

 Qual é o resultado das diferenças, tão somente acidentais, já explicava epistemologicamente Aristóteles, reverberante ao que se define como substrato, matéria e forma, a respeito da  composição dos átomos.

A lógica da natureza é única para todos, não dá para  atribuir um conceito  moral ou uma análise especifica filosoficamente, na verdade o mundo é alienação em todos aspectos da vida, é necessário a existência, viver uma grande cegueira, isso  acontece a maioria absoluta das pessoas, elas são cegas, não conseguem entender o significado do mundo, porque o mundo não tem razão parcimoniosa de ser.

  Tudo é naturalmente absurdo, revés a existência humana, do mesmo modo qualquer inseto do ponto de vista da vida, ter os mesmos direitos que os homens têm na natureza.  Tudo é absolutamente igual a não ser a linguagem, consequentemente as ideologias que resultam dela.

Sempre desconfiei da própria origem do universo, ainda menino, caminhava as margens do rio moeda,   uma bela fazenda onde nasci e passei os primeiros anos de infância, Serra da Moeda, nome dado devido as riquezas naturais.

  Lembro-me de cada passo, andando as margens e contemplando a natureza,  um dia  perguntei para mim mesmo,  por que existe tudo isso  em vez do nada?   Pensava na minha intimidade, a natureza é absurda, do mesmo modo o universo, mas por que o mimetismo dessa lógica?

Mas tarde tentando compreender o filósofo Heráclito, que buscava  entender a realidade na sua globalidade, desejava sempre superar o velho conceito grego cujo nome representa a ideia etimológica do conceito de polimatheia, isso é o saber comum à pura ideologia cuja natureza é desconexa, a realização do fragmento ao nível do senso insignificante, o que se fundamenta pelo preconceito e o que é essencialmente limitado.  

Tudo que deveria existir seria tão somente o nada, a matéria não tem nenhuma lógica, sei que as pessoas vão achar essa proposição sem sentido, mas seria o caso de perguntar será que não são as pessoas verdadeiramente pascácios e sem direção em relação  natureza do universo?

 O mundo é pensado por epistemologias equivocadas, organizado politicamente injusto, isso acontece porque as pessoas não pensam corretamente, sempre percebi  o que estou dizendo, quem cria os males da sociedade é a própria sociedade por meio do Estado e justifica-se por lógicas completamente sem motivo de serem.  

 O homem não é confiável é uma criatura perdida, mergulhada numa grande caverna, como muito bem explicou Platão, poucos são aqueles que sabem o que dizem, o mundo é a constante repetição do engano, quem tentar desmascarar a alienação que obscurece os olhos, é tido como louco tudo isso é apenas uma ficção e não serve  para   melhorar a nossa história, o rasto de um sombra esquecida quase indetectável, eternamente perdida na intimidade do universo.   

A normalidade é algo raro, não faz parte nem mesmo do mundo da genialidade, pergunto o que é ser normal, muito difícil de ser respondido, não se sabe bem a esse discernimento, mas tudo que vejo no mundo como fruto da linguagem produto da ideologia resultado da política e da elaboração da fé, não se entende como normalidade apofântica.

  O mundo é completamente sem sentido, a linguagem não consegue desenvolver o real, a vida é vivenciada pela irrealidade, o que reflito acho naturalmente perceptível, aceitável do ponto de vista de outra lógica. Tudo tem diversidades de lógicas muitas delas idiossincráticas

Mas extremamente perigosas, se o mundo entender o que escrevo, vai a loucura, seria melhor se alienação fosse a verdade, as pessoas fracas e às vezes pobres sob o aspecto da existência, procuram um amuleto,   desse modo conseguem suportar o peso da vida.  Mas qual é a verdade, se existem desconsiderações por tantas outras hipóteses, heuristicamente.  

Um sábio distante da idade pós-contemporânea, realmente fez a diferença, a primeira vez que li sua tese, achei extremamente importante, mas não tinha  meios epistemológicos  para defendê-la.

O resto da  vida senhora Alice, pensei ao que explicava esse gênio da Filosofia e da  cosmológica grega, mais  tarde  percebi o quanto era importante a sua hipótese.   Tales de Mileto, a senhora já ouviu dizer a respeito da sua genialidade heterônima, ele foi simplesmente fascinante.

 Um homem muito interessante, inteligente e de grande percepção a respeito de tudo, homem intuitivo, foi pela intuição que desenvolveu a hipótese mais famosa de todas as que já aconteceram.

 Era matemático, geômetra e particularmente filósofo. Em seus estudos e concluiu que a origem do universo e de tudo que existe, resultou exatamente proveniente da água, se não fosse a mesma, não existiria sequer o universo.  O princípio da Hilética.

   Não tem como dar outra explicação para  tudo que existe. Se não fosse a água existiria em lugar dos universos paralelos apenas o infinito, escuro, frio e desértico, aliam-se a esses elementos os princípios dos fundamentos, o nascimento dos átomos.

Exatamente por essa lógica a explicação, o fundamento da essência, nada que existe, no fundo não existe, o dasein é inexistente, o que estou dizendo  já expliquei a Nicomedes  de  Itapagipe, ele fora o único homem, que procurava me ouvir, e imaginava a  lógica das minhas explicações.

 Esse filósofo não é um louco, loucura é alguém pensar diferente, dizia claramente, se não existe Deus, se antes da existência da matéria, só existia o infinito aberto, sem nada, então o nada foi à primeira causa, mas é também completamente irracional imaginar essa exposição.  O mundo é o mundo porque seu fundamento indissociável, fora o princípio da sua negação. A alma um pobre enredo da linguagem. Tudo que existe é apenas uma excrescência.  

Tudo é negação uma vez replicou Nicomedes, ele é a principal personagem das argumentações, a imaginação cria a irrealidade e a mesma transforma pela ideologia em realidade, dizer então o que pensamos é imaginação, leva o mundo ao delírio, mas não existe outra forma coerente para explicar a fantasia desenvolvida como sanidade mental.

 O mundo é louco muito louco, expliquei a Nicomedes, ele concordou perfeitamente, temos que fingir que levamos a sério esses loucos, a loucura tem diversidades de ideologias e sistematizações acadêmicas, teses de doutorado nas melhores universidades do mundo.  Certa fiúza nas proposições que são naturalmente absurdas.   

Mas um dia tudo isso acaba para cada pessoa, não refiro a espécie, até por que vai demorar a realização da sua não existência, mas haverá necessariamente o seu exaurir, o próprio universo vai acabar, imagine uma bobagem como essa da replicação da vida e sua modificação pelas formas de adaptação, tudo o que fora antes dos elos da evolução, o que ficou para trás sem significação para o presente, mas com total relevância em relação ao futuro.  Apenas uma ilusão metafísica.

 Então vivemos a ilusão, sem nitescência e não poderá ser diferente, cada vez mais o homem percebe sua condição de instinto animal, em uma comparação, ninguém importa com um homem deitado moribundo numa calçada.

 Igual aos animais, algum bicho incomoda com outro bicho semelhante velho deitado debaixo de uma árvore esperando solitariamente a morte chegar, sentido dor e possivelmente muita tristeza por ter nascido. A vida é assim dor para nascer e muito mais sofrimento para mudar de estado no processo da natureza química.  

Tudo é de certa forma a repetição de algo que na sua natureza não tem a mínima razão de ser, por que somos?  Seria essa uma pergunta, a resposta é obvia, não existe motivo para  fazer esse questionamento, se fazemos é devido a alienação do espírito não científico sem ato préstimo a vida.

  Um dia quando os olhos fecharem ninguém poderá perceber a profundidade dos sonhos, a noite será interminável, não haverá outra oportunidade para se manifestar, a vida é a mais brutal frugalidade, um homem cheio de sabedoria, entenderá profundamente o significado e compreenderá o quanto perdeu de tempo por ter existido. Não adianta mitigar a fantasia.

Um brilho além do sol que esconde entre as suas energias, compreenderás o quanto o próprio tempo é solitário, o porquê tudo isso existe?  Quando na verdade nada era para existir, a realização do sono interminável até novamente a água fazer-se gelo. A matéria rédito se repete eternamente.

 Este fato Tales nunca percebera e a caverna platônica teve que resguardar o grande segredo, uma ponta de luz despontará, talvez seja à distância aos sinais, estamos por aqui, mas aquele fluxo nos leva a outra realidade, a pervicácia do entendimento.

 Se tivesse que acordar caminharia solitariamente por um trilho e prestaria uma grande homenagem à solicitude do tempo. Nada mais do que esse gesto debalde senhora Alice também de Itapagipe.       

 A explicação de tudo isso está na origem da matéria, mas a grande questão senhora Alice, expliquei a Nicomedes, é que essas fontes são as únicas realidades  que  poderiam existir por si mesmas, por que elas não representam nelas  nenhuma causa material, contém a pertinácia do nada.

 Aqui está à intuição de Tales, ter percebido que toda realidade física vem da água. Mas como a água foi produzida no infinito e transformada em todas as formas de matéria, incluindo a vida.

 O grande  segredo que poderá explicar, a água é fruto da ausência da luz e exatamente por  esse aspecto produziu a referida, o fogo nasceu de seu antagonismo,  se não fosse esse  processo, o mundo não seria mundo, e  não existiria aqui nesse planeta nenhum ser inteligente, a perspicuidade da intuição.   

  Tales não soube formular bem sua hipótese, porém não néscio, definiu sabiamente a natureza da origem de tudo, quando percebi que ele tinha razão, fiquei emocionado e ainda continuarei a até a morte, nessa sensibilidade existencialista.

  Para mim a ideia que nada tem finalidade é muito forte, estamos vivendo essa vida na mais perfeita bestialidade, antes o universo fosse apenas o infinito, aberto e sem fim, escuro, frio e desértico. Não existiria a dor, esse fundamento repetiria eternamente. Antes por um tempo, foi indefinidamente com essa qualificação misantrópica.

Que essas realidades não tivessem desenvolvidas em nada, o homem é absolutamente cruel com ele e com os demais da sua espécie.  Estamos aqui para contemplar o lado mais terrível da nossa existência,  crescer e procriar e desaparecer, o mundo poderia não ser  o mundo, isso por que na razão prática.

 O mundo só poderia ser o que ele não é tudo se fundamenta na anti matéria, o aspecto deletério dele mesmo, mais o que é a anti matéria nessa etimologia explicativa, àquilo que não existe e jamais poderá existir.

 Vivemos da energia da não existência do princípio. A origem da energia fundamenta nessa essência, pobre de cada um de nós, a ilusão do não entendimento, sem reverberar o destino comum ao mundo latíbulo ao campo empírico.    

A natureza não teria feito o homem sabendo o que  ele seria,  muito menos Deus, a não ser que o mesmo tivesse  natureza perversa, o que certamente não teria, sendo  o seu conceito ideológico da representação,  então tudo isso aqui, é obra da produção de um mero acaso na intuição imperceptível da realidade do universo inanido as proposições das realidades

 Na verdade não era para existir nada das coisas que existem,  porque o fundamento da essência da lógica  é na essencialidade sem princípio, o que é uma origem sem fundamento, mas tem tão somente explicação, sendo exuberantemente ruim a nós mesmos. O mundo não é o mundo, falo isso com certa propriedade da hidatologia.   

Como estava explicando a teoria da origem de tudo pela água, fundamenta-se no que sempre existiu foi o infinito coberto inteiramente pelo vácuo, aqui está a grande origem, o infinito sem definição e princípio, preso ao escuro e ao frio, desencadeou na produção do gelo, em todo infinito, super partículas formaram grande conglomerados de bilhões de quilômetros, isso numa relação sem fim, ao mesmo tempo imperscrutável ao mecanismo natural, refiro ao princípio do inicio e sua  não realidade.  

Concentraram com o tempo diversas formas de energias e gases, desencadeando bilhões de bigs bangs, formando tudo que existe no universo determinando infinitos mundos contínuos, mas nada disso tem finalidade, existem por existirem e não sabemos exatamente o rumo dessas existências.

Imediatamente a senhora Alice sem concepção de impedância perguntou ao professor de Filosofia, isso significa que o fundamento último das coisas é o nada?

Peremptoriamente essa a resposta que devo lhe dar, o infinito não  existiria, composto pelo seu vazio, se não  fosse a ausência de luz,  nada poderia existir, muito menos os bilhões de  universos paralelos.

Bem senhora Alice, como tudo o que resultou, surgira em decorrência desse fenômeno e esse mecanismo é a representação do nada, isso significa que para nossa existência, o princípio de qualquer forma de vida remonta a essa lógica do vácuo, a produção do gelo, a nossa existência não tem finalidade.

 O processo de síntese da defesa das minhas intuições, muitas coisas difíceis só poderão ser entendidas por  meio de uma percepção lógica intuitiva, a priori, não racional. Pois não é possível compreender o mundo, sua origem por intermédio do caminho empírico. Não refiro a defesa da metafísica clássica, mas outra forma de entendimento que não seja indutiva.   

 Como poderei justificar a intuição quando antes da matéria, tudo que existia era exatamente o vazio, o irreal, apenas o infinito escuro e frio, produtor do gelo, mas tudo isso está tão distante que praticamente difere da intuição. A própria intuição é incompreensível, expliquei esses fundamentos ao senhor Nicomedes, naturalmente que ficou apavorado.

A vida toda estudei impavidamente Filosofia senhora Alice, a complexidade dos sistemas, sei o quanto não é fácil a constituição dos mesmos,  tudo que se explica ou tenta formular, resulta apenas de uma projeção particular, o mundo não é compreensível por nenhum sistema universal.

 A linguagem não possibilita essa perspectiva, então como acreditar em algo particular, o que se explica regra geral é fruto da pobreza da linguagem e da ausência de lógica, acreditar na possibilidade da existência de Deus, isso não é possível dado à ausência de lógica, ou, que o homem tem algum propósito nessa natureza, referindo não a individualidade, mas enquanto espécie. 

A ideia de que tudo que existe vem de um átomo mater e que esse ato foi produzido pela ausência de qualquer energia,  define se o mundo indelevelmente como natureza sem significação, é inútil formular ideias sem fundamentos, o mundo é um processo de síntese mal elaborada na compreensão das coisas, que levam as pessoas comuns acreditarem em ideologias inadequadas.

 Uma delas, a existência da alma humana e que a vida tem um sentido pós-morte, o que se remonta ao presente é o que se fundamenta ao passado, pergunto aquilo que não fora nada e que se constituiu em tudo o que é hoje o presente, fará do próprio momento o seu não significado. 

Era necessário um inicio lógico, mas não existiu o começo, como não existirá fim, o universo sempre tomará novas direções, essa imprecação é a grande descoberta senhora Alice, não feita apenas pela Filosofia, mas também pela a Física, diria a Biologia.

 Tudo  é continuidade não racional, as coisas se superam nos seus elos de evolução, por exemplo, a espécie humana vai desaparecer, o universo viverá seu próprio silêncio e reconstituirá numa nova perspectiva, mas a natureza do princípio jamais se esgotará, a única coisa que prevalecerá eternamente, o universo na sua complexidade recomeçará sempre da sua inexistência.

Edjar Dias de Vasconcelos.