Leilane Kércia Barreto Soares

RESUMO

Este artigo pretende sistematizar e analisar indicadores que revelam a dimensão da evolução da saúde e educação no Brasil. Parte-se do principio de que faltam investimentos nessas áreas que afetam a capacidade de inserção de grande parte da sociedade brasileira no que de fato lhe é garantido por lei. Isso compromete o projeto de construção de um país democrático e com oportunidades iguais para todos. Essas carências estão presentes em diferentes momentos do ciclo de vida do individuo, desde a infância, passando pelo acesso à educação, saúde de qualidade, enfim nas condições de vida como um todo. Também serão apresentadas as principais vertentes do atual debate político sobre o processo evolutivo desses dois âmbitos, identificando as iniciativas por parte do estado brasileiro e da sociedade civil destinadas a eliminar problemas nessas áreas que possam vir afetar a população do nosso país. Finalmente, pretende-se apontar algumas estratégias de melhoria do ensino e saúde no Brasil.

PALAVRAS CHAVE: Evolução, saúde, educação, Brasil, políticas públicas, indicadores sociais, estrutura familiar, acesso.

1. Introdução

O Brasil encontra-se hoje entre as maiores economias do mundo, apesar de ter sido considerado, ao longo de várias décadas o país do carnaval e do futebol. Entretanto, embora nunca tenha se consolidado no país a prioridade na educação e saúde, a realidade brasileira é outra. As evoluções nesses dois âmbitos são facilmente visíveis (se comparada a outras épocas), e de muita importância para a população brasileira e para o país como um todo.

Este artigo pretende sistematizar e analisar indicadores que relevam e dimensão da evolução educacional e da saúde no Brasil. Também serão apresentadas as principais vertentes do atual debate político sobre a necessidade de expansão da saúde e da educação brasileira. Finalmente, pretende-se apontar alguns desafios colocados para os formuladores de políticas de saúde e ensino a partir deste quadro, bem como serão identificados algumas lacunas de conhecimento e necessidades de investigação neste campo de intervenção e avaliação de políticas públicas.

Sabendo que o Brasil passou por um grande processo de mudanças ao longo dos últimos anos, no que diz respeito a realidade da educação e saúde. A percepção do país como uma democracia é cada vez menos consensual, e hoje diferentes setores da sociedade têm sua agenda política marcada pelo debate sobre educação e saúde, como elemento constitutivo de nossa sociedade. Embora ainda esteja também presente a auto-imagem do Brasil como um país homogêneo e indiferenciado, mostrarei que o Brasil encontra-se progressivamente com uma maior abertura a experiências que procuram beneficiar grupos específicos, historicamente com menor acesso a oportunidades. Isso já é uma realidade no que diz respeito a grupos minoritários. O quadro ainda não está equilibrado, mais é possível observar um avanço em relação à preocupação em torná-lo mais justo. No que diz respeito aos índices brasileiros comparado aos de outros países, o quadro apresenta-se mais tímido, porém já podem ser detectadas transformações e maior aceitação de programas que procurem atuar neste campo.

Apesar destas e de outras iniciativas, é difícil afirmar um compromisso com a diminuição dos problemas referentes a educação e saúde. A maioria das pessoas simplesmente se recusam a levar esses temas em conta, quando são consideradas as causas da pobreza e da falta de oportunidades. Entretanto, existe a percepção e a pretensão de saber que todos precisam e tem direito garantido nesses âmbitos. Essa percepção pode transformar-se em um ponto de partida para sugerir a adoção de medidas específicas a alguns grupos.

As informações apresentadas praticamente falam por si mesmas. Os descasos são graves e, ao afetarem a capacidade de inserção da sociedade brasileira num mundo globalizado, comprometem o projeto de construção de um país democrático e com oportunidades iguais para todos. Apresentam-se em diferentes momentos do ciclo de vida dos indivíduos, desde a saúde na infância, passando pelo acesso à educação e cristalizando-se numa sociedade unificadamente tão desejada.

Para a realização deste trabalho foi necessário fazer um levantamento dos pontos principais a serem analisados: Educação e saúde, juntamente com outros que por si fazem parte como: Política, desenvolvimento humano, sociedade, democracia, economia, população e outros, chegando assim ao tema (A evolução da saúde e educação brasileira).

Após a escolha do tema principal, aprofundei-me nas buscas em livros, revistas, jornais e sites que poderão ser vistos nas referências bibliográficas. Acrescentando meus pontos de vista, conhecimentos que tenho sobre o assunto e poucos relatos, conclui e fiz o fechamento desse artigo importante e enriquecedor para minha formação profissional.

2. Referencial Teórico

2.1. A Educação no Brasil

As escolas do Brasil são ruins? Essa é uma pergunta que nós brasileiros temos feito há várias décadas, porém, infelizmente ainda não obtivemos uma resposta concreta. Ao que se sabe a educação brasileira tem evoluído, isso se deve basicamente da necessidade e da busca pelo pódio entre os países mais desenvolvidos do munido. As discussões sobre educação tem sido e é o foco evolutivo do povo brasileiro.

Ao que se refere a esse ponto de debate podemos ver de maneira geral que a educação tem sim melhorado. Os resultados do censo 2010 indicam que houve uma melhoria na educação, quando comparado ao ano 2000, onde na época a taxa de alfabetização de pessoas de dez anos ou mais era equivalente a 75,3%, inferior à taxa de outros países. “Porém não temos como saber qual a qualidade dessa educação, pois a pergunta que é feita é apenas se você sabe ler ou não e escrever”.

Apesar de sabermos que estamos na 57ª posição numa lista de 65 países, continua batendo na tecla de que a educação brasileira evoluiu. Quando falo em evolução não afirmo que chegamos ao máximo, apenas lembro que poderia ser pior. Não defendo aqui o que está errado, nem estou conformada de que está tudo bem, apenas acredito sim que somos capazes. O Brasil só irá melhorar com educação de qualidade e nós temos tudo a ver com isso. Temos que ser otimistas e estarmos comprometidos com a melhoria da educação.

Defendo ainda investimentos pesados em relação a educação inicial e no que diz respeito ao estruturamento familiar. Não adianta somente treinar e ampliar o conhecimento de professores e pedagogos. O direito familiar de crianças e adolescentes devem ser preservados para que num futuro não tão distante a realidade do povo brasileiro seja outra.

2.2. O que podemos fazer para melhorar a Educação no Brasil?

Muitas são as possibilidades de atuação política visando à produção de sentidos diversos daqueles estabelecidos a vários anos. Não pretendo, portanto defender que existe uma única forma a mais correta e desejável de produzir políticas para melhoria da educação, tampouco essa produção é conseqüência de algum conhecimento privilegiado capaz de direcionar Cada uma das ações. Entendo apenas ser possível apresentar alguns princípios gerais, pontos decorrentes das discussões mais gerais do campo educacional.

Inicialmente é necessário superar a Edéia de que as políticas tem de estabelecer o controle sobre a prática, visando a fazer que os professores supostamente implementem o que as definições oficiais estabelecem. É preciso considerar que há muitos problemas na educação desenvolvida em nossas escolas, mas há também experiências que dão certo, trabalhos de qualidade. Mais que isso, há uma rede de saberes que se constrói na concretude das ações.

As discussões atuais voltadas para implementação de melhorias no ensino tem, cada vez mais, se preocupado com as peculiaridades regionais que diferenciam, na perspectiva social e cultural, comunidades distintas. Nesse ínterim, professores, pedagogos e outros profissionais da educação têm sinalizado a importância em se elaborar estratégias que levem em conta as distintas realidades socioculturais dos alunos no Brasil.

Cabe ao Ministério da Educação, como órgão de execução de políticas e as instituições de ensino estimular professores à criação de metodologias que viabilizem inserir o aluno num mundo que não se distancie da sua percepção cultural, dessa forma o educando estará trabalhando sua realidade e não somente acumulando conhecimento, os quais na maioria das vezes são esquecidos.

Não há uma receita pronta para a resolução desses problemas, mas alguns caminhos podem ser apontados. Tem-se e ajudar o jovem a refletir sobre sua realidade e sobre si mesmo como sujeito de direito. O estado deve propor uma política concreta e não somente nas condições que se apresentam, o ensino tem pressa, não se pode ficar só nas discussões. É preciso pensar e agir.

2.3. A Saúde no Brasil

Como posso falar de saúde sem antes falar de desenvolvimento? Atualmente nosso país enfrenta uma onda de empreendimentos na área de saúde, isso se deve a necessidade em acompanhar o que é proposto por vários países em todo o mundo. Sabemos que as desigualdades sociais e econômicas são fatores que pesam bastante quando nos referimos a esse tópico “saúde”. Apesar de estarmos vivendo em um mundo supostamente globalizado, ainda não vemos com clareza e proximidade o que é oferecido pela globalização.

Seja qual for o ângulo de que se examine a situação atual, a realidade pode ser vista como uma fábrica de perversidades. Isso deve-se ao abismo existente entre as populações pobres e ricas. Essa é uma face menos conhecida do sistema de saúde brasileiro. Há uma concentração de renda nas mãos de uma pequena parcela da população, a qual usufrui dos benefícios das tecnologias relacionadas à área.

Temos informações diárias em jornais e noticiários da ampliação do sistema de saúde que atende a população, investimentos feitos nessa área têm feito a diferença para o nosso país, ao menos, nas estatísticas. O problema existe, esta longe de ser resolvido, infelizmente percebo um certo desencontro das estatísticas com a realidade. Isso não quer dizer que os problemas relacionados a saúde do povo brasileiro não melhoraram apenas não chegaram ao ponto que deveriam estar.

Em alguns lugares o descaso pela saúde é algo tornado comum. Ao mesmo tempo, ficou mais difícil do que antes atribuir qualidade a saúde e, mesmo acabar com os problemas de saúde pública do nosso país. Vivemos num mundo de exclusões, agravados pela desproteção social. Essas são as razões pelas quais a vida de todos os dias está sujeito a uma violência estrutural que, aliás, é mãe de todas as outras violências.

2.4. O que podemos fazer para melhorar os problemas de saúde no Brasil?

Fato é que a saúde brasileira está evoluindo gradativamente. Recentemente o Ministério da Saúde criou o PSF – Programa de Saúde da Família, que está sendo aplicado em muitos estados e municípios, porém ele carece de estrutura e de base, estando ainda centrado demais no médico. Esse programa é importante e pode representar o ponto de partida para as mudanças necessárias na política de saúde, aqui apontadas, desde que apropriadamente utilizado e adaptado.

O Brasil é o país de maior biodiversidade do mundo e o mais rico em plantas medicinais e recursos humanos culturais tradicionais, como raizeíros, parteiras, curandeiros, pajés, na mais exuberante etnomedicina conhecida. No entanto, é o terceiro maior consumidor mundial de medicamentos e o país que paga pior aos profissionais da área.

Precisamos de recursos mais baratos, mais simples e eficazes, como plantas medicinais e outros recursos naturais, que não onerem a economia familiar do cidadão ou do próprio governo. É necessário também capacitar profissionais de saúde, preferencialmente agentes comunitários de saúde e terapeutas naturalistas para assumirem o desiderato apontado nessas portarias.

De forma alguma isso resolverá a situação problemática da saúde no Brasil, mas com certeza são passos que podem alavancar medidas posteriores que são fundamentais para melhoria da saúde do povo brasileiro.

3. Considerações Finais

 Devemos buscar soluções que não sejam pura e simplesmente a repetição ou a cópia de outras soluções imaginadas para situações em que também há necessidade de um olhar mais focado na importante busca de melhoramento da educação e saúde, num país tão rico de cultura e ao mesmo tempo tão pobre de políticas públicas eficazes.

Um dos principais fatores que influenciarão o sucesso de nossos programas de ação afirmativa é sem dúvida, a existência de um consenso sobre a necessidade de políticas deste tipo. O compromisso da sociedade com a execução destas políticas será proporcional ao sucesso que as mesmas possam vir a ter.

Ao adotar qualquer tipo de programa de ação afirmativa no Brasil, nós devemos evitar a suspeita de padrões reduzidos ao empregar ou selecionar, e buscar um forte apoio da opinião pública.

Educação e saúde, estes não podem ser vistos apenas como um “tema”, mais como um meio de se buscar uma sociedade mais justa e igualitária; que priorize a evolução humana e sem esquecer logicamente de preservar o que obviamente nos foi presenteado e sabiamente cultivado pela humanidade durante muito tempo “A vida”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

LOPES, Alice Casimiro. Conhecimento escolar: Ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: UERJ, 1999

JORNAIS E REVISTAS

Jornal Diário do Nordeste, 01 de maio. 2011.

Jornal Diário do Nordeste, 06 de maio. 2011.

Revista Veja, ano 44 – n.º 26

Revista Aventuras na História, edição 93, abril. 2011