FABRA

Faculdade Brasileira 

MARLON ANTÔNIO PEREIRA DE SOUZA

A EVOLUÇÃO DA ESCRITA: A PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA

SERRA

2012

MARLON ANTÔNIO PEREIRA DE SOUZA

A EVOLUÇÃO DA ESCRITA: A PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA

Pesquisa da prática pedagógica apresentada ao Curso de Letras – Português – 2ª graduação da Faculdade Brasileira – FABRA como requisito avaliativo.

SERRA

2012

1 INTRODUÇÃO

Neste trabalho nossa intenção é a de falar sobre a evolução da escrita através da psicogênese da língua escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, no qual podemos dizer que é um desafio para a alfabetização de crianças e adultos, quando estas despertam para a leitura e escrita.

E este é um desafio muito grande para os professores alfabetizadores, pois, uma pesquisa recente mostrou através de um vídeo, um senhor que lia uma manchete de jornal em voz alta, mas, não entendia o que estava escrito. O que na verdade aconteceu foi um caso de analfabetismo funcional, que foi traduzido em som e imagem.

E com este vídeo podemos observar o retrato atual da nossa educação, onde ainda é grande o número de analfabetos, que agora fazem parte de uma nova classe, a dos analfabetos funcionais. Daí a nossa curiosidade em falar mais sobre este tema, pois, pode nos ajudar a refletir sobre a forma mais correta de se formar verdadeiros leitores e escritores.

É importante esclarecer que o educador precisa saber que o ato de alfabetizar não é simples e no momento certo pode articular a leitura e a produção de texto, fazendo as intervenções adequadas para o aluno avançar, praticando assim o dinamismo na sala de aula.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA

Através deste trabalho queremos abordar sobre a Psicogênese da língua escrita, ou seja, do início do processo de aquisição da língua pelos indivíduos, sobre a ótica dos estudos de (Emília Ferreiro e Ana Teberosky). Sabemos que tal processo já é presente assunto de pautas, fóruns, palestras ou mesmo reuniões pedagógicas que buscam compreender de que forma esse processo se inicia, como se dá e o grau de importância que tem para a etapa inicial de aprendizagem de cada educando.

Os motivos pelo quais este assunto se apresenta tão relevante estaria ligado aos resultados de pesquisas e estudos que tem comprovado como esse processo é influenciador na vida social dos indivíduos em longo prazo, e ao índice elevado de indivíduos que apresentam ter uma apropriação da leitura e escrita de forma mecânica, tendo diversas dificuldades em compreender ou fazer uso pleno da língua que se mostra tão presente em sua vida cotidiana (FERREIRO, 2000).

A aquisição da leitura e escrita ainda é para muitos educadores simplesmente a ação de codificar e decodificar ou somente de cópias repetidas. Porém o que vem sendo defendido por diversos estudiosos e autores da educação é que a psicogênese da língua escrita é muito mais do que somente a aquisição de códigos, mas sim, de se ter o significado através de sucessivas tentativas de escrita, na busca da compreensão e da associação de tal língua a sua vivência (FERREIRO, 2000).

Por isso que na busca de alternativas e respostas a tantos questionamentos, é que os estudos de (Emília Ferreiro e Ana Teberosky) vêm contribuir e somar as práticas pedagógicas de todo e qualquer educador, bases de sustentação teóricas para que os mesmos sejam capazes de entender e compreender a importância da frase popular “é errando que se aprende”.

 

 

Há alguns anos atrás o termo Psicogênese passou a fazer parte do vocabulário educacional, principalmente em cursos ou disciplinas que estão inteiramente ligadas ao processo de aquisição da língua e seus usos cotidianos, o que fez com que o processo de alfabetizar deixasse de ser apenas um processo de codificação e decodificação.

Os alunos precisam, antes de qualquer coisa, compreender o processo de aquisição da leitura e escrita e seus usos na vida em sociedade. Para tanto, o termo psicogênese passou a ter lugar significativo em livros, teses e trabalhos, visando exemplificar que o processo de alfabetização tem sua iniciação bem antes de cada indivíduo se deparar com a língua escrita (GOODMAN, 1980).

Segundo Goodman (1980) para que possamos entender melhor o que vem a ser o termo psicogênese, faz-se importante buscar nos dicionários o significado desta palavra e com isso temos no dicionário informal, que a psicogênese faz parte da psicologia que se ocupa em estudar a origem e o desenvolvimento dos processos mentais, das funções psíquicas, das causas psíquicas que podem causar uma alteração no comportamento.

A psicogênese, na psicologia, trata de estudar a origem, o início dos processos mentais que irão gerar alterações comportamentais e a aquisição da leitura e da escrita é uma alteração mental na qual o indivíduo vai assimilando algo novo, algo que ele ainda não domina.

O termo psicogênese é definido como um estudo das causas psíquicas susceptíveis de explicar uma neurose ou uma psicose. Já em outro dicionário, o dicionário Aulete, a palavra psicogênese é definida como o estudo da origem e desenvolvimento dos processos mentais ou psicológicos, da mente ou da personalidade.

Então podemos dizer que o termo psicogênese, em suas diversas interpretações vem retratar uma mesma realidade, psico-mente / gênese: início, começo; seria então o início, o princípio das ações mentais que resultarão em uma alteração de pensamento ou comportamento (GOODMAN, 1980).

 

O termo psicogênese vem acrescentar aos estudos ligados a alfabetização a ideia de que esta leitura e escrita antes de ser escrita e utilizada oralmente, foi processada através de processos psicológicos de apropriação do novo ao que já se possui sobre esta linguagem, e que essa associação dá origem ao que chamamos de leitura e escrita (GOODMAN, 1980).

Esta associação psicológica irá ocorrer através de sucessivas tentativas, onde o processo de escrita vai sendo construído pela criança, com inúmeras tentativas e elaborando hipóteses a medida que vão se desenvolvendo e o que por muitos anos foi considerado como problemas, acreditando-se que a criança escrevia palavras sem sentido ou faltando letras, nada mais eram do que os “processos psicológicos de tentativas”, o início da transformação psicológica de apropriação da leitura e escrita.

Por vários anos o processo de aquisição da leitura e escrita foi visto e reduzido ao domínio de correspondências grafo-fonéticas (decodificação e codificação), onde o mesmo era realizado apenas através de escritas e repetições mecânicas sem nenhum sentido social para o educando.

A partir da década de (80) é que o cenário educacional passou a se modificar, ocorrendo o que chamamos de “desmetodização”, onde passou a surgir uma ausência de métodos para se alfabetizar, devido ao surgimento de pesquisas e publicações que discutiam sobre a Teoria Construtivista de Jean Piaget, sobre as teorias Socio-interacionistas de Lev Vigotsky e Henri Wallon, e também sobre os estudos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky sobre a Psicogênese da Lingua escrita.

Tais pesquisas suscitaram a compreensão de que o conhecimento produzido não está nem no sujeito e nem no objeto, mas sim no processo de interação que ocorre entre eles e aonde ambos irão se transformar. Esses ideais construtivistas fizeram com que os educadores repensassem a sua didática de trabalho em sala e que buscassem novas formas de trabalho que considerassem esse educando como um ser pensante, e com um conteúdo próprio a ser assimilado ao que ele iria adquirir (GOODMAN, 1980).

 

Por isso que a psicogênese da língua escrita de (Emilia Ferreiro e Ana Teberosky ) é uma abordagem psicológica de como a criança se apropria da língua escrita e não pode ser considerada como um método de ensino. Portanto, cabe aos profissionais de educação fazer uso dessa abordagem em sala de aula ao desenvolverem suas atividades pedagógicas.

Para Ferreiro (1996, p. 23):

O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em um ambiente social. Mas as práticas sociais assim como as informações sociais não são recebidas passivamente pelas crianças. Atualmente, muitos educadores definem o processo de alfabetização de forma equivocada, reduzindo-o a uma técnica.

No entanto, Ferreiro (1996) em suas experiências com crianças esquematiza algumas propostas fundamentais sobre o processo de alfabetização inicial. Dentre esses, são destacáveis:

_ Restituir a língua escrita o seu caráter de objeto social;

_Desde o início, inclusive na pré-escola se aceitar que todos na escola podem produzir e interpretar escritas, cada qual em seu nível;

_Permitir-se e estimular-se que a criança tenha interação com a língua escrita, nos mais variados contextos;

_ Permitir-se o acesso o quanto antes possível à escrita do nome próprio;

_ Não se supervalorizar a criança, supondo que de imediato ela ira compreender a relação entre a escrita e a linguagem.

_ Não se pode imediatamente, ocorrer correlação gráfica nem correlação ortográfica.

No processo de alfabetização inicial nem sempre esses critérios são utilizados. É compreensível que a maioria dos educadores ensinam da mesma maneira que aprenderam quando eram alunos, e, dessa forma, não aceitam os erros que seus alunos cometem.

 

Ferreiro (2007) aprofunda um aspecto importante no processo de construção da leitura e escrita: problema cognitivo que envolve o estabelecimento da relação entre o todo e as partes que o constituem. A autora nos mostra através deste argumento que a criança elabora uma série de hipóteses trabalhadas através da construção de princípios organizadores, que são resultantes não só de vivências externas, mas também por um processo interno.

Ferreiro (2007) mostra também como a criança assimila seletivamente as informações disponíveis e como interpreta textos escritos antes de compreender a relação entre as letras e os sons da linguagem, pois, a alfabetização inicial é considerada em função da relação entre o método utilizado e o estado de maturidade da criança.

Sendo assim, os dois pólos do processo de aprendizagem no qual quem ensina e quem aprende têm sido caracterizados sem que se leve em conta o terceiro elemento da relação: a natureza do objeto de conhecimento envolvendo esta aprendizagem.

Portanto, a escrita pode ser considerada como uma representação da linguagem ou como um código de transcrição gráfica das unidades sonoras visto que a invenção da escrita foi um processo histórico de construção de um sistema de representação, não um processo de codificação. Por isso que Ferreiro (2007) ainda diz que quando uma criança escreve tal como acredita que poderia ou deveria escrever certo conjunto de palavras, está nos oferecendo algo que deve ser interpretado e avaliado.

Ferreiro (1996) diz que a alfabetização não é um estado ao qual se chega, mão um processo cujo início é na maioria dos casos anterior a escola e que não termina ao finalizar a escola primária. A autora defende que, de todos os grupos populacionais as crianças são as mais facilmente alfabetizáveis e estão em processo continuo de aprendizagem, enquanto que os adultos já fixaram formas de ação e de conhecimento mais difíceis de modificar.

 

Há crianças que chegam à escola sabendo que a escrita serve para escrever coisas divertidas, importantes ou inteligentes, e que estas possivelmente conseguirão se alfabetizar na escola, mas começaram a se alfabetizar muito antes através da possibilidade de entrar em contato, de interagir com as diversas formas da língua escrita. Entretanto, há outras crianças que precisam verdadeiramente da escola para apropriar-se da língua escrita por não terem esse contato em suas vivências diárias. Por isso que (Ana Teberosky e Emília Ferreiro) buscaram compreender o desenvolvimento da conceitualização infantil sobre a língua escrita (FERREIRO, 1986).

Para Palácio (1987) as crianças são facilmente alfabetizáveis, mas que são os adultos é que dificultam esse processo delas e dentro desta perspectiva são citados alguns princípios nos quais as crianças descobrem e aprendem a controlar a medida que desenvolvem um sistema de escrita.

Os princípios são os funcionais, os lingüísticos e os relacionais. Os funcionais desenvolvem-se à medida que as crianças solucionam o problema de como escrever e para que escrever e o significado da escrita no dia-a-dia da criança pode causar conseqüências no desenvolvimento desses princípios e as funções específicas dependeram da necessidade que a criança sentirá da linguagem escrita (PALÁCIO, 1987).

Os princípios lingüísticos desenvolvem-se a medida que a criança desenvolve o problema da forma como a linguagem escrita esta, e busca extrair significados na cultura. Nessas formas, estão incluídas as regras ortográficas, grafo fônicos, sintáticas, semânticas e pragmáticas da linguagem escrita e por último temos os princípios relacionais onde a criança se desenvolve a medida em que ela consegue resolver o problema da significação da escrita.

Dessa forma, a criança passa a compreender como a linguagem escrita representa as ideias e os conceitos que as pessoas, os objetos no mundo real e a linguagem oral possuem em uma determinada cultura. Porém ainda na forma tradicional, as decisões a respeito da prática de alfabetização tem se centrado na polêmica sobre os métodos utilizados (PALÁCIO, 1987).

Geralmente a metodologia aplicada adota métodos analíticos, métodos sintéticos, fonéticos, globais e outros não importando qual seja o método usado, mas que se chegue ao mais complexo, partindo de um ponto simples. Para Ferreiro e Teberosky (1985), a preocupação dos educadores é encontrar o melhor e mais eficaz método de alfabetização, e poucas ou raras vezes se preocupam na totalidade do processo de aprendizagem.

Neste sentido, Ferreiro e Teberosky (1985) afirmam que nenhuma prática pedagógica é neutra e que todas estão apoiadas em um modo de conceber o processo de aprendizagem e o objeto dessa aprendizagem, a leitura e escrita. Para tanto, o professor não pode se aprisionar em suas convicções de adulto, encarando tudo que o aluno faz como erro, e se visualizando como único detentor do saber.

O educador precisa adaptar seu ponto de vista ao da criança, algo que não é tão simples e aceitável por um adulto. E por não ser tão simplesmente aceitável é que o educado se fecha em seu ponto de vista e só consegue ver no aluno erros, problemas que o aluno apresenta ao tentar escrever qualquer que seja a palavra.

A psicogênese da língua escrita, na perspectiva de (Ferreiro e Teberosky) vem justamente desmistificar essa visão de certo ou errado, mostrando que a aquisição do sistema escrito realmente não se reduz ao domínio de fonemas e grafemas, mas que ele se caracteriza como um processo ativo onde a criança constrói as hipóteses de escritas.

Este processo no qual a criança constrói as hipóteses da escrita é visto pelo adulto como erros sem nenhum significado, mas que para a mente infantil dinâmica e em processo de construção tem enorme significado e relação com o que se quer representar graficamente (PALÁCIO, 1987).

Estas hipóteses que são encaradas como erros sem nexo vão passar por diversas tentativas que irão auxiliar o educando para que o mesmo se aproprie de toda a complexidade da língua escrita. Tais hipóteses serão baseadas nos seus conhecimentos prévios, nas assimilações e nas generalizações e vão ser concebidas e articuladas às interações com os materiais escritos presentes na realidade social desse educando (PALÁCIO, 1987).

Apoiada nessa perspectiva, a Teoria da Psicogênese diz que toda criança passa por níveis estruturais da linguagem escrita até que se aproprie de toda a complexidade do sistema alfabético. Estes estágios foram nomeados por (Ferreiro e Teberosky) como: o pré-silábico, o silábico, que se divide em silábico-alfabético e o alfabético.

Estes níveis são caracterizados por esquemas conceituais que não são simples reproduções das informações recebidas do meio, ao contrário, são processos construtivos onde a criança leva em conta parte da informação recebida e introduz sempre algo subjetivo. É importante salientar que a passagem de um nível para o outro é gradual e depende muito das intervenções feitas pela professora.

Os níveis de escrita, segundo a teoria da Psicogênese da língua Escrita são: a escrita pré-silábica, a representação icônica, a representação não icônica, as letras aleatórias e o realismo nominal. Na escrita pré-silábica o alfabetizando (a) não compreende a natureza do nosso sistema alfabético, no qual a grafia representa sons, e não ideias, como nos sistemas ideográficos (como por exemplo, a escrita chinesa). Neste nível, o educando representa a escrita através das seguintes hipóteses (PALÁCIO, 1987).

A representação icônica expressa seu pensamento através de desenhos. Não há uma noção de escrita no sentido propriamente dito onde o escrever é a mesma coisa que desenhar.

TOMATE=

 

CAVALO=

 

PÃO=

A representação não icônica expressa seu pensamento através do desenho e de garatujas ou rabiscos (representação não icônica. Neste nível, a criança inicia o conceito de escrita, mas, ainda não reconhece as letras do alfabeto e o seu valor sonoro.

TOMATE=

 

CAVALO=

 

 
   

 

PÃO=

As letras aleatórias a criança já conhece algumas letras do alfabeto, mas, as utiliza de forma aleatória, pois, não faz nenhuma correspondência sonora entre a fala e a escrita. Para escrever é preciso muitas letras.

TOMATE= ARMSBD

 

CAVALO=AMTOEL

 

PÃO= ATROCDG

E por último temos o realismo nominal onde a criança acha que os nomes das pessoas e das coisas têm relação com os seus tamanhos. Assim, se perguntarmos a uma criança qual a maior palavra: Boi ou Formiguinha?. Ela dirá que Boi é uma palavra grande e Formiguinha é uma palavra pequena, atentando para o tamanho dos animais.

A superação do realismo nominal se dará no fim da fase da escrita pré-silábica, pois, a criança ao ler palavras e orações não marca a pauta sonora, porém já consegue expressar dificuldades em dissociar o signo da coisa significada onde a criança em determinado momento de seu desenvolvimento cognitivo apresenta este pensamento (PIAGET, 1962).

Para Ferreiro (2007) a escrita é um objeto de conhecimento que leva em consideração as tentativas individuais infantis, a interação, o aspecto social da escrita, onde a alfabetização é um processo discursivo. Daí ser necessário refletir sobre a importância da alfabetização ser significativa e contextualizada para a criança.

A teoria geral de Piaget foi aplicada na investigação dos processos de aprendizado da leitura e da escrita entre crianças na faixa de quatro a seis anos no qual pôde constatar que a criança aprende segundo sua própria lógica e segue essa lógica até mesmo quando ela se choca com a lógica do método de alfabetização.

As crianças não aprendem do jeito que são ensinadas. A teoria de Ferreiro (2007) abriu aos educadores a base científica para a formulação de novas propostas pedagógicas de alfabetização sob medida para a lógica infantil. A pesquisadora constatou uma sequência lógica básica na faixa de quatro a seis anos.

3 CONCLUSÃO

Ao findar deste trabalho temos a certeza de que a criança não aprende do jeito que são ensinadas, porém não chega a escola vazia de conhecimentos e sem saber nada sobre a língua, pois  a escrita não é um produto escolar, mas um objeto cultural resultante do esforço coletivo da humanidade. Por isso que não podemos ignorar que a criança pensa e tem condições de escrever desde muito cedo é um retrocesso.

O desenho foi a primeira manifestação gráfica e estética da cultura na história da humanidade e é uma das primordiais formas de expressão deixadas pelos vestígios e produtos culturais, contendo importantes revelações da luta do homem em manifestar sua evolução.

Por isso da importância de se esclarecer que o desenvolvimento da escrita nas crianças segue um caminho que pode ser descrito como a transformação de rabiscos não diferenciados em sinais diferenciados e onde linhas e rabiscos são substituídos por figuras e imagens e estas dão lugar aos signos. Assim, nesta sequência de acompanhamento está todo o desenvolvimento da escrita tanto na história da civilização quanto no desenvolvimento das crianças.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERREIRO, Emília e Teberosky, Ana. A evolução da escrita. 4°. Ed. São Paulo: Editora Moderna, 1985.

FERREIRO, Emília. Apresentando a psicogênese da língua escrita. 4°. Ed. São Paulo: Editora Moderna, 1996.

________________. A psicogênese da língua oral e escrita. 5°. Ed. São Paulo: Editora Moderna, 2000.

_________________O meio em que vive a criança favorece seu desenvolvimento psico-social. 7°. Ed. São Paulo: Editora Moderna, 2007.

GOODMAN, Kenneth. As contribuições positivas para a psicogênese da escrita. 2°. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 1980.

PALÁCIO, Margarita, Gómez. Os níveis da psicogênese escrita. 3°. Ed. São Paulo: Editora Cortez, 1987.

PIAGET, Jean. Os desdobramentos da psicogênese da evolução da escrita. 3°. Ed. Rio de Janeiro: Cortez, 1962.