Dayara Aparecida Mores*

Instituto Federal Catarinense

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Suelen Gonçalves Machado**

Instituto Federal Catarinense

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Deise Nivia Reisdoerf

 

RESUMO

 

O presente trabalho refere-se a uma oficina aplicada, da Prática Como Componente Curricular, na disciplina de Metodologia do Ensino de Matemática na Educação Básica I, do curso de Licenciatura Plena em Matemática, no Instituto Federal Catarinense Campus Concórdia. A prática ocorreu no dia 26 de outubro de 2012, na Escola Básica Municipal Alberto Bordin, com uma turma oitava série, e que teve como título a aplicação da etnomatemática na educação básica. O objetivo do trabalho consistiu em analisar e interpretar a inter-relação dos conceitos matemáticos desenvolvidos em sala de aula, a partir de diferentes práticas vivenciadas pelos alunos da oitava em seus ambientes do dia-a-dia e na economia do município em que vivem. Como metodologia utilizou-se de instrumentos orais e escritos, entrevistas com os pais, debate entre os alunos e resolução de exercícios que envolvam a economia em que suas vidas são baseadas, com o intuito de percepção por parte dos alunos, que a matemática está estreitamente relacionada com as sua vidas mesmo que de uma maneira não conceitual (regras matemáticas). Nesse processo, o aluno percebeu a importância da Matemática presente na sua vida. Desse modo, trazer questões do cotidiano para a sala de aula significou partir da realidade contextual do aluno, reconhecendo e valorizando o saber e envolvendo-o nas discussões a partir de suas necessidades. Os resultados confirmaram que é possível relacionar o conhecimento matemático, construído no contexto do saber da experiência de um grupo social, ao modo de compreender e explicar as relações matemática/cotidiano. A Etnomatemática, por meio de suas múltiplas possibilidades, pode contribuir para a construção de uma aprendizagem significativa, resgatando a intencionalidade do sujeito cultural em seu fazer matemático e nas suas atividades do seu cotidiano. Para a nossa experiência como futuras professoras, foi possível fortalecer a prática, a partir de várias situações vivenciadas durante as experiências realizadas nesse contexto.

Palavras-chave: Etnomatemática. Economia. Cotidiano.

 

 

INTRODUÇÃO       

            Com a diversidade dos alunos em sala de aula, e com a dificuldade em aprender matemática nos dias de hoje, precisamos buscar vários modelos e métodos de ensino para incluir a todos, de modo que lhes proporcione um melhor entendimento dos conteúdos estudados. Várias metodologias que buscam mostrar os diferentes tipos de aplicação e resolução da matemática.

            Sabemos das diferentes metodologias de ensino da matemática, por isso a importância de estudá-las e apresentá-las aos alunos, para que estes se identifiquem com a forma mais apropriada, que eles possam observar a matemática fora da sala de aula e que seu estudo não se limite a formas, fórmulas e “decorebas”. Instigar o aluno a procurar e conhecer os mais diversificados modelos e aplicações faz com que este, possa relacionar outros conteúdos que o julgue importante, alimentando o seu conhecimento.

            Observa-se nas salas de aula, alguma monotonia dos alunos em relação ao ensino. Talvez estes não sejam os culpados pelo desinteresse, sendo que deve haver uma harmonia entre aluno e professor. O professor também é responsável em proporcionar nos alunos o interesse e a motivação da aprendizagem. Criar aulas mais interessantes que desperte a curiosidade e a vontade de mantê-los atentos e preocupados. Tarefa está bem difícil. Porém, não impossível. O docente não precisa trabalhar desta forma todo período do ano letivo. Pode dividi-lo conforme os conteúdos que iram estudar durante este e assim modificar o seu método.

            Tal método refere-se às diversificadas metodologias de ensinar matemática. Nas suas variadas formas e áreas, elas buscam ensinar matemática de um método diferente do tradicional, voltado a uma didática mais interativa. Dentre as várias metodologias que existem, abordaremos a etnomatemática como didática alternativa em sala de aula. Está procura relacionar a matemática ao meio cultural do indivíduo, fazendo com que este procure trabalhar a matemática no dia-a-dia conforme o seu conhecimento e as suas necessidades.

            "Essa visão da dimensão educacional não tem como proposta anular a Matemática científica, muito menos menosprezá-la. A Etnomatemática não substitui conhecimentos produzidos por gerações de pensadores, mas incorpora a esses valores legados à humanidade significados práticos" (D‘ AMBROSIO, 2005a).

            Pensando na dificuldade da Educação Matemática, tão criticada atualmente por seu caráter demasiadamente abstrato, e analisando o resgate cultural que a perspectiva etnomatemática sinaliza, apresenta-se, neste estudo, uma proposta de aplicação de saberes matemáticos produzidos e praticados no cotidiano. Assim, o objetivo é coletar dados matemáticos, através da economia de uma cultura e analisar os saberes matemáticos produzidos e/ou praticados por comerciantes, através dos alunos de uma escola municipal da oitava série. Como base, procuramos fundamentar este artigo através da perspectiva etnomatemática, trazendo as concepções de Ubiratan D‘Ambrosio considerado o “pai da etnomatemática” inserindo estes, na pesquisa realizada.

            Através da aplicação de uma oficina da exigência da licenciatura do curso de matemática, foi procurado levantar números sobre as vendas de um determinado comércio durante apontado mês, para observar qual a relação matemática presente que podemos estudar integradas ao dia-a-dia, relacionando os conceitos matemáticos ao cotidiano. Este estudo seria aprofundado pelos alunos posteriormente, depois da elaboração das questões relacionadas a ambos os lados.

            A intenção é mostrar aos alunos a relação existente da matemática com a etnomatemática. Essa ciência praticada por cultura mostra a importância da matemática, que é utilizada diariamente como forma de sobrevivência, através dos conhecimentos já adquiridos. Ela é praticada de forma prática e fácil. Etimologicamente, conforme D‘ Ambrosio (2002), a palavra Etnomatemática significa arte ou técnica (tchné = tica) de explicar, entender e atuar na realidade (matema), em um contexto cultural próprio (etno).

DIFICULDADES E ALTERNATIVAS DA REALIDADE ETONAMETEMÁTICA

                        Historicamente, a matemática é uma abstração e generalização de situações concretas e mesmo de problemas que são postos pela realidade, com objetivos práticos. A Matemática adquire validade e significado de várias formas. No interior de um grupo cultural, dentro de diferentes práticas: jogos e brincadeiras, artesanatos, construções civis, na agricultura, nas feiras, entre os indígenas e na sala de aula.

A proposta etnomatemática para o educador é que ele conheça um grupo sócio-cultural e, após uma descrição de caráter etnográfico propõe um modelo educacional para dialogar com o grupo estudado e conduzi-los à matemática escolar. A etnomatemática pode ser aproveitada para dar o suporte teórico e o ingrediente prático para simultaneamente resolver o problema da desmotivação e do baixo desempenho do aluno que poderia passar a sentir-se valorizado culturalmente e incentivado.

            O processo educativo centra-se na conflituosidade dos conhecimentos e a sala de aula transforma-se num campo de possibilidades, no qual alunos e professores devem fazer opções.

            A etnomatemática contribui para o desenvolvimento de processos de pensamento e a aquisição de atitudes, cuja utilidade e alcance transcendem o âmbito da própria Matemática, podendo formar no aprendiz a capacidade de resolver problemas genuínos, gerando hábitos de investigação (etnografia), proporcionando confiança e desprendimento para analisar (etnologia) e enfrentar situações novas (modelagem), além de desenvolver a criatividade e outras capacidades pessoais. No percurso do modelo até a solução o aprendiz está usando um conjunto de técnicas e estratégias, a Matemática num caráter instrumental.

            O aluno aprende de várias maneiras, a grande maioria fora do ambiente escolar. O professor não é essencial nesse processo. No entanto, esse conhecimento é fragmentado, disperso e muitas vezes não focalizado. Cabe ao professor dar sentido às inúmeras informações recebidas em condições muito distintas e, naturalmente, sem um foco pré-definido. Essa riqueza de informações, obtida de forma confusa, deve produzir conhecimento focalizado numa nova ação.

                        Baseando-se na educação de hoje em dia encontramos a realidade da sala de aula: dificuldade dos alunos em aprender, absorver os conteúdos. Relatos estes que são encontrados mais adiante como conseqüência desta lacuna deixada para trás. Muitas vezes o simples português, ou a simples matemática são lidados com muita dificuldade pelos indivíduos. Através desses relatos é que procuramos trabalhar as atividades do dia-a-dia de forma mais simplória, buscando a realização dos problemas de forma mais simples e fácil.

            Para isso, aprofundamos nossa pesquisa com a perspectiva etnomatemática aplicada ao cotidiano buscando visualizar como são trabalhadas as didáticas da sala de aula em outras aplicações.

 

O QUE É ETNOMATEMÁTICA?

            Está metodologia de ensino relacionada a cultura busca mostrar a realidade matemática de um povo no dia-a-dia como forma de sobrevivência. De que forma a matemática é utilizada no cotidiano por uma questão de necessidade.  Traz uma nova visão de Matemática e Educação Matemática de feição antropológica, social e política. A proposta pedagógica da etnomatemática é fazer da matemática “algo vivo”, lidando com situações reais no tempo (agora) e no espaço (aqui). E por meio da crítica, questionar o aqui e agora. Ao fazer isso, mergulhamos nas raízes culturais e praticamos dinâmica cultural. “A arte ou técnica de explicar, de conhecer, de entender nos diversos contextos culturais” (D'Ambrósio).

            D’Ambrosio considerado o principal autor de pesquisa sobre etnomatemática, tem várias publicações que faz citação a ela. Através dele está etnociência surgiu em agosto de 1984, no Quinto Congresso Internacional de Educação Matemática, em Adelaide, Austrália, onde algumas novas tendências em Educação Matemática estavam em foco, tais como “Matemática e Sociedade”, “Matemática para todos” e “História da Matemática e de sua pedagogia” entre outras.

Foi neste congresso que o professor Ubiratan D’Ambrósio apresentou sua teorização para uma linha de pesquisas que se apresentava timidamente, já há alguns anos. Nascia então o Programa de Pesquisa Etnomatemática, motivado pela procura de entender o saber/fazer matemático ao longo da História da Humanidade, contextualizado em diferentes grupos de interesse, comunidades, povos e nações (D’Ambrósio, 2002).

Através destes conceitos, e conhecendo a sua importância, percebemos o quanto útil está se faz necessária a um povo. Muitas vezes não nos damos conta da sua existência em nosso meio. De qual forma ela está inserida, mas de qualquer modo ela se faz útil e importante a sociedade.

A PESQUISA DA EXISTÊNCIA DA ETNOMATEMÁTICA

Através da exigência da aplicação de uma oficina extracurricular, da disciplina de Metodologia do Ensino e Aprendizagem do curso de Licenciatura em Matemática, nos foi proposto à atividade sobre etnomatemática para ser aplicada a uma turma de sala de aula, com o intuito de instruí-los sobre novos métodos de aprender matemática.

   Sendo assim, foi realizada uma profunda pesquisa sobre o tema, com o qual seria realizada a oficina. Está foi contemplada há uma Escola Municipal Alberto Bordim da cidade de Jaborá – SC sendo nosso o alvo uma turma de oitava série com aproximadamente 20 alunos.

A pesquisa baseou-se em livros e sites confiáveis da internet, mais profundamente a Ubiratã D’Ambrosio, considerado “pai da etnomatemática”. Depois de um referencial teórico bem completo foi pensado na proposta a ser aplicada a turma. Baseando-se na cultura ali existente, foi refletido em como fazer a aplicação em relação à economia daquele povo, buscando como sujeitos o comércio desta cultura.

Os alunos seriam intermediadores entre os comerciantes e a pesquisa a ser realizada. Foi proposto a eles que buscassem dados sobre a etnomatemática ali existente. De uma forma oculta, pois seriam informações, que para os comerciantes é um tanto rotineiro, e que se torna uma forma prática da aplicação de matemática de forma despercebida.

Depois dos alunos terem coletados os dados foram nos repassados as informações para serem os formulados problemas para que os mesmos resolvessem com os conhecimentos e fórmulas matemáticas estudadas durante o ano letivo. No entanto tínhamos o intuito de proporciona-los que eles percebessem que de forma rotineira isso poderia ser calculado com os conhecimentos já adquiridos e noções de vendas conforme se baseia a economia. O referente trabalho questionado aos alunos nos foi entregue conforme o esperado. Pelos relatos percebemos que a aprendizagem foi construída. Eles pesquisaram os conceitos de etnomatemática e resolveram as questões com clareza e facilidade.    

PERCEPÇÕES ENCONTRADAS

 

Na oficina realizada, evidenciaram-se as especificidades da Matemática fora do contexto escolar, ou seja, dos saberes matemáticos produzidos nas práticas sociais trabalhadas com os alunos, mostrando a relação existente entre esses saberes e aqueles que são passados pela Matemática Formal. Observou-se a importância da matemática na vida das pessoas, e como ela está presente de uma maneira diferente da formal, mas totalmente interligada. Observou-se que essa ligação entre a escola e a vida dos alunos torna também, a matemática mais agradável pelo fato de estarem aprendendo as aplicações da mesma e utilizando de uma forma prática esses conceitos. Assim os alunos têm um maior interesse sobre os assuntos e isso faz com que os mesmos tenham mais vontade de estudar.

 A matemática é indispensável para a formação cultural e técnica do homem da atualidade. Desse modo, a Matemática apresenta-se como um instrumento para a compreensão e investigação do mundo que nos cerca. Contudo, o estudo Matemática, relacionado com o dia-a-dia propicia maior compreensão da mesma e o desenvolvimento não só de capacidades racionais, mais também intelectuais, que são de muita importância para o desempenho social.

            Constatou-se que as relações entre os assuntos que já haviam sido estudados em sala de aula vieram à tona de um modo diferente que tinham sido vistos, mas os alunos tiveram essa percepção quando se depararam com as questões que foram propostas a eles, bem como a pesquisa que foi feita em casa com os pais. Os exercícios propostos aos alunos para serem discutidos e resolucionados em grupos, geraram uma discussão produtiva para os mesmos, visto que os pais dos alunos tiveram percepções e maneiras diferentes para chegar a determinados resultados.

            Os alunos discutiram em seus grupos a importância da matemática em suas vidas e como ela está presente em tudo o que acontece. Observou-se que a relação dos conteúdos com a vida dos alunos foi um ponto muito importante para que eles conseguissem entender essa relação que está presente em toda sociedade. O trabalho realizado em grupo foi uma ferramenta muito importante, pois os alunos discutiam e colocavam suas opiniões.

 A etnomatemática pode constituir uma ferramenta importante para a sala de aula, pois é “ [...] um caminho para uma educação renovada, capaz de preparar gerações futuras para construir uma civilização mais feliz.” (D‘AMBROSIO, 2005a, p. 47). Justamente pela interdisciplinaridade ser um ponto positivo para o ensino da matemática, porque sabemos que o modo informal de ensinar matemática se torna mais eficiente. Percebeu-se como é necessário para os profissionais da educação trabalhar de maneiras diferentes, inserindo conteúdos dentro do contexto que os alunos vivem, assim consegue-se que os indivíduos tenham percepção da importância da matemática na vida cotidiana e como está relacionada com a sua vida social, neste caso econômico, perceberam como a matemática é importante e necessária para a sobrevivência.

             A Matemática é indispensável pela formação cultural e serve aos indivíduos, porque tem aplicações, embora isso não seja percebido por todos. A oficina realizada foi muito importante e produtiva para nós bem como para os alunos, que aparentemente conseguiram entender essa importância da relação da matemática com o dia-a-dia, e como ela é praticada por certos grupos de pessoas nesse caso os comerciantes, muitas vezes de uma forma oculta, e que se utiliza de conceitos presentes na matemática formal.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 Observou-se com a oficina sobre etnomatemática, como existem vária maneiras de se produzir matemática nos diferentes grupos culturais existentes em nossa sociedade, problematizando a ideia de que não há apenas uma forma de matematizar e de que todos produzem conhecimentos matemáticos nas mais diferentes expressões.

 Partir dessas constatações é possível chegar a várias conclusões sobre os resultados de nossa prática aplicada, é possível observar, como é importante a interligação da matemática aplicada na escola com a matemática que é praticada no dia a dia dos alunos, neste caso com o grupo de comerciantes do município. Esses saberes adquiridos pelo grupo de comerciantes e que foram passados a deus filhos para a resolução dos exercícios propostos, mostram a ligação entre a matemática informal utilizada pelo grupo e extremamente relacionada com os conceitos matemáticos que já haviam sido estudados, e foi possível perceber como os alunos conseguiram assimilar essa relação entre esses conteúdos com os conhecimentos de seus pais para a utilização em cálculos de área para saber valores ou quantidades de materiais utilizados.

 Foi utilizada como principal instrumento de pesquisa a economia do município, que foi uma ferramenta muito importante, visto que está relacionada a todo o momento com o aluno e com a sua família, na sobrevivência dos mesmos. A geometria, com o cálculo de áreas, também foi muito utilizada e foi possível perceber no seminário final que os alunos entenderam e conseguiram perceber como ela é importante e está relacionada com a nossa vida. Diante dessas observações e sabendo que a geometria muitas vezes é deixada para trás, faz-se necessário relembrar que a geometria pode ser trabalhada de uma maneira mais prática em sala de aula, visto que os alunos utilizam a geometria dessa maneira mais prática em suas vidas. Isso faz com que esses alunos tenham mais vontade de aprender, pois sabem que vão utilizar isso em sua vidas, utilizando a prática pode-se perceber que os conteúdos se tornam mais agradáveis.

Foi possível observar, que o ponto mais importante da prática aplicada foi a relação existente entre a matemática aplicada em sala de aula e a praticada no contexto social, sabemos que a Matemática ensinada ainda por muitos professores não tem relação com a realidade. O modo como é explorada e abordada não traduz sua importância para a interação social e não favorece a formação de cidadãos plenamente atuantes. Efeito disso, é a divergência apresentada em relação à Matemática Formal, ensinada no cotidiano da escola e a Matemática Informal, utilizada no cotidiano do aluno, pode-se observar dessa maneira que aprender matemática não se resume apenas em decorar fórmulas que são memorizadas, mas em formação continuada , com as experiências que são vivenciadas, na compreensão, na investigação, para a formação integral do individuo. Foi possível perceber como é importante que o aluno aprenda como construir sua própria forma de fazer matemática.

 É dessa maneira que se percebe que a etnomatemática pode ser trabalhada em um contexto escolar, que isso seria um ponto positivo para o ensino já que o aluno deve ser considerado em sua integralidade, nos diversos contextos: social, cultural e econômico. Para se trabalhar a Etnomatemática como ação pedagógica, é essencial “[...] libertar-se do padrão eurocêntrico e procurar entender, dentro do próprio contexto cultural do indivíduo, seus processos de pensamento e seus modos de explicar, de entender e de se desempenhar na sua realidade. ’’ (D’AMBROSIO, 2002, p. 11). Assim se retrata a importância do enfoque etnomatemático que é o ensino do “saber fazer, saber usar” o que é aprendido, tornando assim a matemática para os alunos mais útil, sendo para eles um instrumento muito importante para a vida ligada às diversas formas de culturas e utilizada para resolver os problemas do cotidiano.

Observou-se que a oficina realizada alcançou os objetivos, visto que os alunos, em partes, se dedicaram e conseguiram ter a percepção da importância dessa relação que existe. Para nós foi muito significativa e conseguimos perceber que esse modelo de trabalhar com os alunos é um modo muito significativo para o aprendizado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

                       

D‘ AMBROSIO, Ubiratan. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e matemática. São Paulo: Summus, 1986.

D’AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática – elo entre as tradições e a modernidade. – 3. ed. Belo Horizonte:  Autêntica Editora, 2009.

SPENGLER, Oswald. A decadência do ocidente. Esboço de uma morfologia da História Universal, edição condensada por Helmut Werner, trad. Herbert Caro (orig. 1959), Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1973.