Creio que, logramos êxito quando vislumbramos abordar este complexo tema, que é o ostracismo dispensado ao tratamento da saúde mental, e, para alicerçar o trabalho, procuramos buscar na história as matizes que impulsionaram o desenvolvimento no tratamento desta área (se não expomos mais detalhes fora para não desviar o foco e fugir ao conceito de Monografia). Pois, pela experiência que tivemos; queríamos comparar as realidades que esses ilustres pesquisadores (Michel Foucault, Conceição Penteado, José de Matos Sobral Cid, Magalhães Noronha) constataram, assim como todo o esforço que os primeiros pensadores que revolucionaram a história do tratamento psiquiátrico nos legaram através de suas obras, observando com isto, as rupturas e continuidades, porém, para tristeza nossa, percebemos que mais estas do que aquelas, ainda permeiam a atroz realidade do doente mental no Brasil e especialmente em Sergipe. Esta pesquisa fora realizada no Hospital de Custódia e Tratamento de Sergipe, localizado à Rua Argentina Nº 421, no Bairro América, em Aracaju. Baseamos esta pesquisa no período de agosto de 2002 a junho de 2007, época em que pudemos ter o desprazer de vivenciar de perto todo o escárnio e vitupério aos Direitos Humanos que n’ali são cometidos! Mesmo após passar-se mais de dois séculos que, a França, e toda a Europa, deram à sua guinada de qualidade, melhor dizendo, de humanidade e respeito à sociedade como um todo. Haja vista, que o Estado que burla suas próprias leis, reciprocamente não merece respeito algum de sua nação, pois, padece dos requisitos primordiais da moralidade, eiva esta, que acabam por impelí-lo aos artifícios facínoras da tirania.