Esperança é uma palavra bonita e significativa em todos os idiomas. Ela tira o ponto final de qualquer texto - seja ele trágico ou feliz - e dá a ele a possibilidade de recomeço ou de continuidade. Esperança é o combustível da alma na eterna busca pela felicidade.

E nada de classificar felicidade como algo impossível ou relativo por ser aparentemente intangível. Todos sabemos que é o ponto dourado do horizonte; o pote de ouro do final do arco-íris. Sabemos que os atributos necessários à felicidade não podem ser relacionados e organizados numa ordem imutável de valores objetivos. Ela deve ser perseguida pelos bons momentos que pode nos proporcionar enquanto a buscamos.

Abusando da metáfora, a esperança são as flores, a água límpida e potável; a macieira que sacia a fome e projeta sua sombra sobre o banco rústico do caminho da felicidade.

Para desempenhar essas missões, a esperança não pode ser considerada como reserva para eventuais consolos. Ela só será positiva se utilizada para fortalecer ações, pois, do contrário, será apenas mais uma palavra entre centenas de outras utilizadas como ferramentas de auto-ajuda.

Esperança não é um curativo para feridas ou um reforço de razões para continuar vivendo e sonhando. É a mão que nos acaricia após os nossos tropeços; é a voz que nos conforta durante as pausas necessárias da nossa caminhada em busca da felicidade.