ESCOLA INCLUSIVA 

A inclusão faz parte de um grande movimento pela melhoria do ensino, e o primeiro passo pra que isso de fato aconteça é olhando a educação com outros olhos.

É preciso entender que a inclusão não é apenas para crianças deficientes, mas para todos os excluídos ou descriminados, para as minorias. O atendimento educacional especializado deve ser visto apenas como um complemento da escolarização e não um substituto. Quando se pensa que tipo de benefícios à inclusão pode gerar, surge sempre aquele pensamento de que as pessoas com deficiência têm mais chances de se desenvolve, mas na verdade todos ganham com a inclusão, pois aprendemos todos os dias exercitar a tolerância e o respeito ao próximo seja ele quem for. Além disso, a inclusão traz benefícios tanto acadêmicos quanto sociais. A inclusão bem-sucedida não acontece automaticamente, a atitude da escola como um todo é um fator significativo nesse processo. Muitos professores acham a idéia de incluir alunos especiais suas salas preocupantes e ficam apreensivos no começo.

Werneck (1993, p.56) diz que “evoluir é perceber que incluir não é tratar igual, pois as pessoas são diferentes! Alunos diferentes terão oportunidades diferentes, para que o ensino alcance os mesmos objetivos. Incluir é abandonar estereótipos”.

Uma das maiores barreiras para inclusão social desses indivíduos ainda é o preconceito. Geralmente o preconceito é gerado por falta de informação, e até mesmo por insegurança por parte das pessoas, o ser humano tende a temer aquilo que não conhece. É por esse motivo que a inclusão de crianças com deficiência nas escolas de ensino regular é tão importante, pois serão introduzidas da maneira mais natural possível essas pessoas na vida das crianças tidas como “normais”, e assim criara um pensamento mais consciente em nossos filhos.

É preciso acreditar que a educação é algo que deve ser renovado a cada dia Assim como o mundo vem se evoluindo, os educadores precisam fazer com que seus conhecimentos sejam passados de maneira criativa e prazerosa, não ter medo

de  novos desafios e nesse caso estar pronto para receber crianças com deficiência, é saber lidar com situações adversas, o que promoverá não somente um crescimento pessoal mais também profissional.

A inclusão pode ser confundida com interação, mais existem diferenças entre elas. Na interação, a criança precisa se adequar a realidade da escola, já na inclusão à escola é que tem que se adequar a criança, aceita-la da maneira que ela é seja ela deficiente ou não. 

Na inclusão o vocabulário integração é abandonado, uma vez que objetivo é incluir um aluno ou um grupo de alunos que já foram anteriormente excluídos. A meta primordial da inclusão é não deixar ninguém no exterior do ensino regular, desde o começo. WERNECK, 1997, p.52). 

   Um dos desejos mais comuns de educadores é de trabalhar em uma classe homogênea, mais isso é algo bem difícil de acontecer tendo em vista que todos nós possuímos diferenças. Aceitar um aluno especial  pode parecer muito complicado, mas na realidade ter um aluno portador de deficiência em sua sala de aula, é aceitar que todos de alguma forma são diferente uns dos outros e deve-se ter direitos e oportunidades iguais.

Existem limitações que os deficientes precisam enfrentar, mas essas limitações se tornam mais simples pra se conviver quando as pessoas que vivem ao lado deles aceitam a sua deficiência como algo diferente mais natural.

A criança na escola de ensino regular tem grandes chances de melhor se desenvolver porque esse ambiente para ela certamente será mais desafiador, do que para os outros alunos sem deficiência, e é isso que vai servir de estimulo para que ela se desenvolva. E comum ser individualista, principalmente quando o assunto é deficiência, geralmente as pessoas só se dão conta de que estão direta ou indiretamente excluindo o deficiente da sua convivência quando se depara com o problema dentro da sua casa ou família.

Muitos pais se desesperam ao saber que seu filho tem algum tipo de deficiência, principalmente por não saber como agir em uma situação como essa. No entanto  esse problema poderia ser amenizado se vivêssemos em uma sociedade mais consciente e preocupada com o próximo, pois uma das preocupações mais comuns dos pais de crianças com deficiência é as discriminações e exclusões que seu filho poderá sofrer por causa da sua deficiência. A criança especial aprende num ritmo diferente das outras crianças mais isso não significa que ele não vai aprender, e sim que ele necessita de mais estímulos do que a criança dita normal.

Falar sobre inclusão hoje em dia é muito comum mais é preciso que haja mais do que meros discursos, é necessário antes de tudo uma mudança de pensamento da sociedade em relação a esse problema. As escolas precisam mudar sua postura de querer jogar toda a responsabilidade para as instituições de educação especial, os educadores devem se preparar mesmo que não haja nenhum aluno com deficiência em sua turma, os pais devem ensinar aos seus filhos o respeito ao próximo seja ele quem for e como for, e a sociedade deve cobrar dos órgãos competentes ações que proporcionem a inclusão.

Embora a idéia de ter uma sociedade mais consciente e com direitos iguais pra todos pareça uma utopia estamos caminhando, devagar, mas aos poucos se pode ir alcançando os objetivos.

Está passando por um processo de conscientização, e isso leva tempo, mudar a ordem natural das coisas exige comprometimento e esse comprometimento deve ser de toda a sociedade a fim de que todos se beneficiem por igual. Em relação aos educadores a maior conquista na inclusão está em conseguir garantir a todos o direito a educação.

Se a escola prepara seus alunos para o futuro ela pode ficar parada no tempo tem que evoluir junto com eles e dar a todos o mesmo preparo, aceitar a diversidade evita a exclusão e contribui para o sucesso dos alunos.                                              

A filosofia da inclusão, por sua vez, precisa ser interpretada, divulgada e planejada corretamente, a fim de produzir resultados adequados. Neste sentido, campanha de esclarecimento sobre a educação inclusiva, levada a efeito pelos setores público e privados junto á sociedade, muito contribuirá para torná-la realidade. (SCHWARTZMAN, 1999, p.262). 

Fazer com que crianças especiais sejam incluídas não é uma tarefa fácil, levando-se em conta que se vive em uma sociedade onde os estereotipo falam mais alto do que os direitos humanos.

Acreditamos que somente a teoria não basta. É necessário buscar continua de uma metodologia e de uma prática inovadora que não exclua e sim inclua a todos.

Faz-se necessário desenvolver atividades nas quais despertem o interesse a vontade de sempre querer mais quando se trata de conhecimento, mostrando que através do conhecimento somos capazes de desenvolver habilidades e práticas que nos auxiliaram a romper com todas as limitações existentes inicialmente dentro de sala de aula e posteriormente dentro da sociedade que estamos inseridos.

Sabemos que quando falamos em crianças com deficiências múltiplas isso é bem mais amplo, pois o seu campo de desenvolvimento é mais restrito. Se trabalhado corretamente dentro de um ensinamento construtivos essas limitações poderão estar sim inseridas em nosso mercado de trabalho.

Apesar do preconceito que ainda ronda a nossa realidade já existem cargos em nosso mercado de trabalho que podem ser exercidos por esses cidadãos, mas para que essa função seja executada com êxito faz- se necessário que os educadores estejam preparados e que se qualifiquem sempre mais para propiciar melhor aprendizagem dessas crianças. 

WERNECK, Claudia. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. Rio de Janeiro:WVA,1997.

____.Muito prazer eu existo.Rio de janeiro:WVA,1993.

SCHWARTZMAN, José Salomão. Síndrome de Down. São Paulo: Mackenzie: Memnon, 1999.