A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL NAS ASSEMBLEIAS DE DEUS DO CAMPO ECLESIÁSTICO DE RIBEIRÃO PRETO

ALVES, Onofre Ferreira[1] 

RESUMO: O trabalho aborda problemas e dificuldades enfrentados pelas Assembleias de Deus em relação a consolidação de um ensino de qualidade na Escola Bíblica Dominical na região de Ribeirão Preto.

A Escola Bíblica Dominical tem como principal obstáculo a não qualificação dos professores. O tema é abordado com total isenção de paixões e reporta-se aos fatos históricos e as informações coletadas junto a alunos e professores por ocasião das visitas surpresas realizadas pelo pesquisador nas salas de aulas de algumas igrejas na região de Ribeirão Preto.

PALAVRAS-CHAVE: Escola Bíblica Dominical, Assembleia de Deus, professores leigos, metodologias. 

1 Introdução

A Igreja Assembleia de Deus é a maior denominação evangélica em solo brasileiro. Completou o seu primeiro centenário em 2011 e alcançou ao longo deste tempo a sua maturidade como instituição religiosa voltada à prática e defesa de princípios bíblicos. Com sua forma de governo eclesiástico no modelo árvore, ou seja, um grande tronco de onde saem galhos maiores e destes os galhos menores, a igreja possui uma Convenção Geral, a CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil), com sede na cidade do Rio de Janeiro e ligadas a CGADB estão as Convenções Estaduais (existem estados brasileiros que possuem mais de uma Convenção Estadual). Nas Convenções Estaduais encontramos a figura dos Campos Eclesiásticos e os Setores que constituem um aglomerado de igrejas presididas por um pastor regional. Ai observa-se de forma empírica um governo eclesiástico no modelo árvore.                                    

O censo demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou em 2010 que o número de evangélicos no Brasil atingiu 42 milhões de pessoas[2], o que representou um crescimento de 61% entre 2000 e 2010. Ainda segundo o IBGE, a Assembleia de Deus possuía em 2010, 12,3 milhões de membros cadastrados em suas igrejas.

           Com esse universo de pessoas a frequentar assiduamente os cultos, a igreja volta sua atenção para a área do ensino bíblico sistemático e a sua maior agência de ensino é a Escola Bíblica Dominical. O presente artigo tem por objetivo apresentar os desafios da igreja Assembleia de Deus no Campo Eclesiástico de Ribeirão Preto em aprimorar seu projeto pedagógico da Escola Bíblica Dominical frente aos avanços tecnológicos e as novas modalidades de ensino. Esses desafios vão desde a estrutura física inadequada até o expressivo número de professores sem formação acadêmica.                          

Na CGADB encontra-se o CEC (Conselho de Educação e Cultura) [3], órgão normativo responsável pela política da padronização no Ensino buscando a qualidade. A igreja Assembleia de Deus se orgulha de ter a maior editora evangélica da América Latina, a CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus), que se incumbe da elaboração, impressão e distribuição das revistas contendo as lições bíblicas que são ministradas nas manhãs de domingo em todo território brasileiro. Embora as revistas destinadas aos professores tragam importantes subsídios didáticos para facilitar a ministração das aulas, o problema reside no fato de que a grande maioria dos professores é constituída de pessoas com as melhores intenções, mas completamente leigas quanto a normas pedagógicas. Muitos limitam a ler ipsis litteris toda a lição, o que torna a aula cansativa e os alunos sem concentração. 

Outro grande problema encontrado foi a questão da existência de classes onde não se observa a questão da faixa etária dos alunos. Crianças assistindo aulas junto aos adultos, totalmente alheias aos assuntos abordados.

Grandes são os desafios e longa é a caminhada até chegar a uma qualidade excelente de ensino na Escola Bíblica Dominical, meta estabelecida pelas Assembleias de Deus. E isso para um curto prazo.

Como aponta FREITAS, Jorge Wagner de Campos[4], a tarefa da educação é muito importante e para realiza-la com aproveitamento importa dispor de todas as oportunidades. O espaço da Escola Bíblica Dominical deve ser visto como oportunidade de promoção de ações educativas que levem o aluno a uma capacitação para a vida.

Na história do protestantismo, a Escola Dominical está atrelada a igreja local e o professor é o elemento fundamental e o responsável pela educação cristã de cada aluno. Educar de forma a preparar o indivíduo para o exercício pleno da cidadania e o levar a refletir sua importância dentro do contexto da solidariedade e o acordar a vida das pessoas para o sincero desejo de servir a Deus e ao próximo deve ser a razão do ensino da igreja local.

O mercado de produção literária a respeito de definição, conceituação e organização da Escola Bíblica Dominical (EBD) é tímido e nas palavras de FREITAS, “isso constitui também o desafio para os lideres de igrejas locais já que a educação cristã desenvolvida pela EBD prima por princípios que devem ser claros e distintos, que norteiem o crescimento maduro e desenvolva as potencialidades dos alunos, integrantes do reino de Deus e vocacionados para o bem”.

Nas Assembleias de Deus, a Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) é a editora responsável pela elaboração, impressão e distribuição de todo material didático e de apoio a EBD, e isso desde o início do século XX.

2  A história da Escola Bíblica Dominical

           Numa abordagem de MATOS, Alderi de Souza[5], no site do Instituto Presbiteriano Mackenzie, a moderna instituição conhecida por Escola Dominical teve o jornalista inglês Robert Raikes (1735-1811) como seu principal fundador. Raikes, natural da cidade de Gloucester, com 22 anos de idade substitui o pai como editor do Gloucester Journal, um periódico voltado para a reforma das prisões. A Inglaterra de então, experimentava um grande avivamento evangélico e inspirado por outras pessoas o jornalista, ativista social, inicia em outubro de 1780 na igreja local uma escola e passa a lecionar alfabetização e instrução bíblica para crianças pobres de 6 a 14 anos de idade.             

           O levantamento histórico apresentado por MATOS[6], mostra que a iniciativa de Robert Raikes alastrou-se rapidamente por toda a Inglaterra e cinco anos após, em 1785, organiza-se na capital Londres uma sociedade voltada à criação de escolas dominicais. Na ocasião já se somava um número de 200 mil crianças matriculadas nas Escolas Dominicais. No principio os professores eram remunerados pelo seu ofício, mas depois esse passou a ser um trabalho voluntário. Da Inglaterra a instituição escola dominical foi para o País de Gales, Escócia, Irlanda e Estados Unidos da América.

           Ao final do século 18 com o advento da independência dos Estados Unidos, muitas crianças, notadamente as pobres não tinham acesso à educação. As escolas dominicais vieram a suprir essa lacuna aliando o ensino religioso ao ensino geral. A partir do ano de 1800, as EBDs americanas voltam-se exclusivamente para a instrução e evangelismo, transmitindo valores cristãos e o espírito democrático da nova nação. Em 1824 cria-se a União Nacional das Escolas Dominicais que organizou líderes, publicou literatura e implantou inúmeras escolas dominicais pelo interior do País.

           Ainda segundo o trabalho de levantamento de dados históricos de MATOS, até a década de 1870, existiram dois tipos de escolas dominicais: (a) missionárias que evangelizavam crianças residentes em áreas rurais e nos bairros pobres das grandes cidades: (b) eclesiásticas, que educavam os filhos dos membros das igrejas. A primeira Convenção Nacional de Escolas Dominicais nos Estados Unidos da América reuniu-se em 1869 e passou a denominar-se Convenção Internacional em 1875. Um currículo de lições padronizadas para uso geral (Lições Internacionais) foi preparado e surgiram normas para o uso do tempo e do espaço nas igrejas e esse sistema foi levado para os campos missionários no exterior.

          No final do século dezenove, oitenta por cento do número de novos membros das igrejas ingressavam no meio evangélico pelas portas da escola dominical. Em 1905 foi criada a Associação Internacional de Escolas Dominicais, responsável pela promoção de convenções em muitos países, algumas das quais contou com a presença de destacados professores e lideres da EBD brasileira.

         

2.1 O início da Escola Dominical no Brasil

           A vinda dos primeiros protestantes para o Brasil no século XVIII trouxe junto com o espírito missionário das igrejas a instituição escola dominical. “A primeira escola dominical permanente em solo brasileiro foi fundada pelo casal Robert e Sarah Kalley em Petrópolis, no dia 19 de agosto de 1855.  Sarah Kalley foi uma protestante muito envolvida com a causa da educação cristã e via a necessidade e carência das crianças brasileiras menos favorecidas e como foi uma grande entusiasta desse movimento na sua pátria, a Inglaterra, resolve implantar na cidade de Petrópolis o embrião da escola bíblica dominical brasileira. O experimento deu certo e o casal Robert e Sarah Kalley via nesse projeto pedagógico a oportunidade não apenas de transmissão de ensinamento cristão de linhagem protestante, como também, uma excelente oportunidade de alfabetização das crianças carentes.

           A primeira escola dominical presbiteriana foi iniciada pelo Rev. Ashbel Green Simonton em maio de 1861, no Rio de Janeiro. Reunia-se nos domingos à tarde, na Rua Nova do Ouvidor. Essa escola aparentemente foi organizada de modo mais formal em maio de 1867. Notou-se a urgência em quebrar paradigmas para a atração de alunos para essa modalidade de aprendizado, já que existiam alguns focos de resistência. Um evento comum em muitas igrejas presbiterianas brasileiras nas primeiras décadas do século 20 era o “Dia do rumo à escola dominical, quando se fazia um esforço especial para trazer um grande número de visitantes”.[7]

           No blog do pesquisador CANTO, Judson[8] encontra-se a informação que ratifica a história dos metodistas ao atestar o fato de que a escola dominical instituída no Brasil pelo escocês Robert Kalley e sua esposa inglesa Sarah não foi a primeira em solo brasileiro. Ela é assim considerada pelo motivo de ter se mantido de forma ininterrupta até hoje, mas houve outra tentativa de implantação de EBD quase vinte anos antes do trabalho realizado pelo casal.

           Em março de 1836, chegou à cidade do Rio de Janeiro o missionário Justin Spaulding, enviado pela Igreja Metodista dos Estados Unidos. Ele organizou ali, entre estrangeiros, uma congregação de quarenta pessoas, aproximadamente. Em junho do mesmo ano, foi inaugurada uma classe de escola dominical com cerca de 30 alunos. James L. Kennedy, no livro Cincoenta annos de methodismo no Brasil[9], informa que “alguns eram brasileiros, ensinados na sua própria língua” — o ensino de nativos foi o que oficializou o surgimento da escola dominical organizada por Kalley, mas como se vê isso também ocorreu nos tempos de Spaulding.

           No entanto, a Igreja Metodista dos Estados Unidos passou a enfrentar problemas financeiros e políticos na época, e assim, em 1841, o trabalho organizado da denominação foi encerrado no Brasil, ficando aqui apenas uma família, os Walker, até que em 1867 o reverendo Junius E. Newman retomou a obra missionária no Brasil. Ele organizou a primeira Igreja Metodista no país em 1871.

 

2.2 A CPAD e a Escola Dominical nas Assembleias de Deus

           O trabalho de pesquisa de LEMOS, Ruth Doris[10] apresenta informações relevantes a cerca da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) que tem uma trajetória marcante na Escola Dominical das igrejas brasileiras. Constituiu-se de um grande desafio a confecção do material didático a ser usado pelas igrejas Assembleias de Deus nas aulas da EBD. O movimento pentecostal que tomara corpo no final do século XIX nos Estados Unidos da América era neófito e com pouco tempo instalado no Brasil sofria toda espécie de críticas e desaprovações, inclusive vindas do meio protestante histórico, que tinha raízes na reforma com a tradição de terem se estabelecido na erudição com prioridade na educação em todos os níveis e fundado as principais universidades que se destacam até aos dias de hoje, a exemplo das Universidades de Genebra, Oxforf e Cambridge na Europa e Harvard, Yale e Princeton, nos Estados Unidos da América e aqui no Brasil com atividade iniciada em 1870 o Instituto Presbiteriano Mackenzie[11], mantenedor da Universidade Mackenzie; a Universidade Metodista de São Paulo, que teve seu início em 1881 no Colégio Metodista Piracicabano[12], na cidade de Piracicaba e a Universidade Luterana do Brasil[13], que remonta suas raízes em 1911 na Escola Paroquial da Congregação Luterana da cidade de Canoas RS.

            Mas, mesmo sem possuir tradição na área educacional, os pioneiros do movimento pentecostal no Brasil, através da Assembleia de Deus tiveram a percepção visionária de aplicar recursos para a confecção das primeiras revistas para aulas de Escola Dominical editadas pela CPAD, que começaram a ser publicadas em forma de suplemento do primeiro periódico das Assembleias de Deus – Jornal Boa Semente, que circulou em Belém, Pará, no início da década de 1920. O suplemento era denominado Estudos Dominicais, escritos pelo missionário Samuel Nystrom, pastor sueco de vasta cultura bíblica e secular, e com lições da Escola Dominical em forma de esboços, para três meses. O ano de 1930 é para a Assembleia de Deus um marco histórico, pois instala a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) entidade aglutinadora de todas as convenções regionais e estaduais, segundo narrativa de CONDE, Emilio, no livro História das Assembleias de Deus no Brasil. [14]

           Nas convenções estão filiados os ministros do evangelho que são os evangelistas e pastores e por força de estatuto todos os ministros filiados estão convocados a se reunirem em tempo determinado para deliberarem sobre assuntos do interesse da igreja. CONDE, salienta que na primeira convenção geral das Assembleias de Deus realizada em Natal (RN) deu-se a fusão do Jornal Boa Semente com outro similar que era publicado pela igreja do Rio de Janeiro, O Som Alegre, originando o Mensageiro da Paz. Nessa ocasião (1930) foi lançada no Rio de Janeiro a revista Lições Bíblicas para as Escolas Dominicais. Seu primeiro comentador e editor foi o missionário Samuel Nystrom e depois o missionário Nils Kastberg.

           Nos seus primeiros tempos a revista Lições Bíblicas era trimestral e depois passou a ser semestral. As razões disso não eram apenas os parcos recursos financeiros, mas principalmente a morosidade e a escassez de transporte de cargas, que naquele tempo era todo marítimo e somente costeiro; ao longo do litoral. A revista levava muito tempo para alcançar os pontos distantes do país. Com a melhora dos transportes a revista passou a ser trimestral.

           Na década de 50 o avanço da CPAD foi considerável. A revista Lições Bíblicas passou a ter como comentadores homens de Deus como Eurico Bergsten, N. Lawrence Olson, João de Oliveira, José Menezes e Orlando Boyer. Seus ensinos seguros e conservadores, extraídos da Bíblia, forjaram toda uma geração de novos crentes. Disso resultou também uma grande colheita de obreiros para a igreja.

            As primeiras revistas para as crianças só vieram a surgir na década de 40, na gestão do jornalista e escritor CONDE, como editor e redator da CPAD. A revista, escrita pelas professoras Nair Soares e Cacilda de Brito, era o primeiro esforço da CPAD para melhor alcançar a população infantil das igrejas. Tempos depois, o grande entusiasta e promotor da Escola Dominical, pastor José Pimentel de Carvalho, criou e lançou pela CPAD uma nova revista infantil, a Minha Revistinha, que por falta de apoio, de recursos, de pessoal, e de máquinas apropriadas, teve vida curta.  

          CONDE[15], explora a problemática em se usar o texto bíblico e o comentário das Lições Bíblicas (jovens e adultos) para todas as idades. Muitos pastores, professores e alunos da Escola Dominical reclamavam das dificuldades insuperáveis de ensinar assuntos sumamente difíceis, impróprios e até inconvenientes para os pequeninos.

          Na década de 70 acentuava-se mais e mais a necessidade de novas revistas para a Escola Dominical, graduadas conforme as diversas faixas de idade de seus alunos. Isto acontecia, principalmente, à medida que o CAPED (Curso de Aperfeiçoamento de Professores da Escola Dominical), lançado pela CPAD em 1974, percorria o Brasil.

           Foi assim que, também em 1974, com a criação do Departamento de Escola Dominical (atual Setor de Educação Cristã), começa-se a planejar e elaborar os diversos currículos bíblicos para todas as faixas etárias, bem como suas respectivas revistas para aluno e professor, e também os recursos visuais para as idades mais baixas.

           O plano delineado em 1974 e lançado na gestão do pastor Antônio Gilberto, no Departamento de Escola Dominical, foi reformulado e relançado em 1994 na gestão do irmão Ronaldo Rodrigues, Diretor Executivo da CPAD, de fato, só foi consumado em 1994, depois que todo o currículo sofreu redirecionamento tendo sido criadas novas revistas como as da faixa dos 15 a 17 anos e as do Discipulado para novos convertidos, desenhados novos visuais, aumentado a quantidade de páginas das revistas de alunos e mestres e criado novo padrão gráfico-visual de capas e embalagem dos visuais.

           Após duas edições das revistas e currículos (1994 a 1996 e 1997 a 1999), a CPAD apresentou em 2000, uma nova edição com grandes novidades nas áreas pedagógicas, gráficas e visuais.

           Em 2007, mais uma vez a CPAD sai na frente com a publicação do novo currículo (vigente) — fundamentado nas atuais concepções e pressupostos da Didática, Pedagogia e Psicologia Educacional.

3 O campo eclesiástico da Assembleia de Deus Ministério do Belém em Ribeirão Preto e região

          O Ministério do Belém, sediado na capital paulista é o maior de toda a Assembleia de Deus e existem representações em todo o interior do Estado de São Paulo e no litoral. Em Ribeirão Preto, instalou-se a 02 de maio de 1937 e as reuniões eram dirigidas pelo missionário Gustavo Bergston. Em 08 de janeiro de 1984, assumiu o pastorado da igreja o pastor Antônio Silva Santana e observou-se uma nítida expansão alcançando 140 templos e aproximadamente 35 mil membros, que são os batizados e com cartão na secretaria da igreja. Se somar-se aos membros os familiares e pessoas não batizadas, o número salta para 50 mil frequentadores[16].  

         Após uma série de desencontros com a direção nacional e estadual, o pastor Antônio Silva Santana decide desligar o campo eclesiástico de Ribeirão Preto da Convenção Estadual do Ministério do Belém (CONFRADESP – Convenção Fraternal da Assembleia de Deus do Estado de São Paulo), e em agosto de 2011 filia-se a Convenção dos Ministros da Assembleia de Deus do Triângulo Mineiro (COMADETRIM), sediada na cidade de Uberlândia MG. Com isso, o Ministério do Belém teve de recomeçar na região todo um trabalho de implantação de novas igrejas. A direção estadual da igreja, enviou para Ribeirão Preto o pastor Eliezer Chumiski Nalini com a incumbência de reorganizar o Campo Eclesiástico do Belém. No final de 2011 o pastor Eliezer chega a Ribeirão Preto, oriundo de Jales SP e sem conhecer ninguém e nem a cidade, começa o seu trabalho de aglutinar aliados entre aqueles que não concordavam com a cisão promovida pelo pastor Santana.

         Hoje, passado pouco mais de um ano, o campo eclesiástico do Belém em Ribeirão Preto conta com 30 congregações em pleno funcionamento na cidade de Ribeirão Preto e em algumas cidades da região: Serrana, Serra Azul, Cravinhos, Morro Agudo, São Simão, Cajuru, Santo Antônio da Alegria, Altinópolis, Cássia dos Coqueiros, Batatais e Brodósqui.

3.1 O desafio de reorganizar a Escola Bíblica Dominical com qualidade

         Dentre todas as áreas ministeriais da igreja, a educação, notadamente a Escola Dominical, ganha atenção destacada por ser historicamente o instituto pelo qual se molda o caráter cristão em adultos, jovens e crianças. É também o espaço onde despontam os futuros obreiros, uma espécie de celeiro para os novos talentos da igreja. O novo campo eclesiástico de Ribeirão Preto preocupa-se com a estruturação de uma EBD constituída em moldes modernos e que possa oferecer um ensino de qualidade aos seus alunos.

         Segundo FREITAS[17], a educação cristã observada na EBD viabiliza o conteúdo no sentido de promover o desenvolvimento dos alunos fortalecendo suas opiniões e dando-lhes conhecimento do Reino de Deus e suas implicações.                                           

         Um dos baluartes da educação nacional, Paulo Freire, ao desenvolver sua pedagogia, “destacou e levou a sério o sentido do que é o ser humano” [18]. Em sua antropologia considerou-o importante no ato de educar. A educação cristã que se observa na EBD aponta para o caminho do desenvolvimento educativo como sendo aquele que se define como processo, onde as pessoas envolvidas no ensino/aprendizado possam no decurso de tempo serem transformadas e libertas das amarras que impedem seu desenvolvimento dentro e fora da seara eclesial. 

         A metodologia dos ensinamentos de Jesus constitui-se na base do modelo pedagógico dos cristãos ao longo da história. Segundo HOUVRE, Frans De[19], o modelo exposto por Jesus era um modelo profundamente social, desenvolvido para dar sustentação ao ser humano em sua vida cotidiana e por isso foi conservado pela tradição como suporte do desenvolvimento da fé. Para HOUVRE, “a educação e a instrução não apenas devem favorecer, em cada indivíduo, a salvação da alma, como devem fazer dele um membro fiel da igreja, um praticante fiel das verdades da fé, um participante da comunhão dos santos e do Corpo Místico do Salvador”. [20]

        Isto posto, a direção da nova igreja em Ribeirão Preto e região debruçou em cima desta questão para a implantação de uma eficaz EBD. Foi necessário levar em consideração o fato de que a educação cristã, mesmo tendo em seu bojo similaridades com a educação secular, vem se estabelecer a partir de pressupostos bíblicos, sendo assim, sua pedagogia tem por alvo alcançar a satisfação das necessidades educativas e espirituais e a sua didática precisa voltar-se para conteúdos específicos. Esses conteúdos são mediados pela reflexão teológica e isso implica em dizer que os educadores devem ser capacitados e preparados para esse fim.

         Ao se pleitear uma educação de qualidade deve-se atentar para a obrigatoriedade de se ter escolas com qualidade. A igreja só terá uma EBD de qualidade se investir na estrutura e no funcionamento. Rinalva C. Silva aponta que “... a escola pretende qualidade. Uma vez que qualidade é pressuposto básico da educação”. [21]

3.2 Competências necessárias

         Em seu trabalho, FREITAS aponta que a Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, preparou para a UNESCO um relatório onde entre outras questões procurou apontar algumas competências importantes para a educação do século XXI. “Destacou-se os quatro pilares da educação: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver juntos e aprender a viver com os outros, e aprender a ser” [22]. Com esta perspectiva deve-se reafirmar o compromisso da educação cristã praticada pela EBD.

        Aprender a conhecer

        As novas tecnologias vistas no mercado apontam para o fato de que o conhecimento é dinâmico e passageiro e que não se pode conhecer tudo a todo tempo. Mas se faz necessário destacar que o conhecimento é a base essencial do preparo para a vida. O entendimento é que o educando deve dominar uma cultura geral e que cruze o conhecimento adquirido na cultura secular com os ensinos da educação cristã da EBD.

         Aprender a fazer

         É uma competência ligada diretamente a questão da formação profissional o que não é incumbência direta da igreja e nem da EBD. Por mais bem esmerado que seja, o preparo profissional ou técnico não consegue por si mesmo educar pessoas para uma salutar convivência social. Por maiores esforços que possam ser desprendidos, observa-se que a boa vontade e a dedicação dos educadores são insuficientes para uma melhor relação humana. Nessa seara, a educação cristã da EBD, pode ser vista como agente de transformação, levando seus alunos a melhor interagirem com o mundo ao seu redor.

         Aprender a viver junto; aprender a viver com os outros

         Este é considerado o maior desafio da educação atual. Nos últimos anos muitas escolas têm desenvolvido mecanismos de ensino e trabalho no sentido de educar para a não violência, para a superação de preconceitos diversos. Sobre a igreja também recai essa responsabilidade de educar o povo para aprender a viver juntos. Compromisso com a defesa da dignidade humana, a preservação da vida, solidariedade e a educação voltada para a paz, deve ser itens principais do projeto pedagógico da igreja.

         Na primeira carta que escreveu o apóstolo São João, em seu capítulo 4 e versículo 20 está escrito: “Se alguém disser: amo a Deus; e odiar seu irmão, é mentiroso” [23]. Há, portanto, a necessidade de se descobrir e aprender a conviver com o outro. DELORS, Jacques, afirma que  “...num primeiro nível a descoberta do outro. Num segundo nível e ao longo de toda a vida, a participação em projetos comuns, que parece ser um método eficaz para resolver ou evitar conflitos latentes. A educação tem por missão, por um lado, transmitir conhecimento sobre a diversidade humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta.” [24]

         A educação cristã com seu caráter estritamente religioso deve dentro deste contexto, conduzir os alunos da EBD a aprender a procurar o encontro de semelhanças com o outro, não no sentido de uma perda de identidade, mas no sentido de saber que todos vivem na mesma casa, o planeta Terra.

         Aprender a ser

          A capacidade de conhecer a si mesmo constitui-se num dos elevados conhecimentos. Ai está o grande poder do cristianismo: aprender o ser humano. Há uma forte tendência a desumanização no mundo. O ato de cuidar de sua própria vida, cumprir suas obrigações e manter-se saudável para os relacionamentos é considerado um fardo pesado. O aprender a ser objetiva mudar o ser humano para melhor.

          A EBD através de seus projetos pode muito bem auxiliar seus alunos à compreensão para o desenvolvimento de seus talentos, criatividade, imaginação e leva-los à condição de seres humanos transformados para melhor e com capacidade  de interagir de forma saudável com a sociedade que os rodeia.

         3.3 Da praticidade

          Hoje em todas as trinta congregações do Campo Eclesiástico da Assembleia de Deus do Ministério do Belém em Ribeirão Preto, estão implantadas a EBD. Como a igreja é nova, alguns ajustes ainda se observam necessários para o melhor aproveitamento da EBD. Pode-se afirmar que em relação à EBD, a principal dificuldade encontrada nestes primeiros meses de existência da igreja é a ausência de professores capacitados para o exercício da docência nas manhãs de domingo.

          Diante da ausência de professores qualificados, o remédio paliativo passou a ser a convocação de pessoas bem intencionadas e lança-las ao desafio de ministrarem aulas na igreja. Observa-se que muitas dessas pessoas são detentoras de um bom conhecimento secular e teológico e são vocacionadas para a obra de Deus, no entanto, desconhecem totalmente a prática docente.

         Outro fator que traz certa dificuldade à EBD do novo campo eclesiástico é a sua instalação física. Em Igrejas já estabelecidas e com templo próprio, observa-se a edificação no próprio templo ou em anexo a este, de salas para a ministração das aulas. Nestas salas existe toda estrutura para o professor e os alunos: lousa, carteiras e cadeiras apropriadas, armários para acondicionamento de materiais didáticos, data show e retroprojetores. Em alguns casos também se  observa uma ala contendo sala dos professores, copa, sala da coordenação/supervisão. O ambiente tem ares de escola e isso contagia e motiva os professores e também os alunos que ali estão para ensinarem e aprenderem.

         Por ser novo, o Campo do Belém em Ribeirão Preto e região, não possui templos próprios[25]. Todas as congregações estão instaladas em salões alugados e com infraestrutura própria para instalação de mercearias, lojas e armazéns. Todavia, agora nessas edificações funcionam provisoriamente congregações evangélicas da igreja Assembleia de Deus e ditas instalações são inadequadas para a acomodarem as salas de aulas da EBD.

         Nesses ambientes fica difícil a separação das classes por faixa etária, e em muitos desses salões não há meios de se colocar lousa, cadeiras e carteiras. O improviso passa a ser neste caso, a palavra de ordem.

         Aliado a essas dificuldades encontra-se o fato da apurada desmotivação por parte de muitos frequentadores da igreja de estarem nas manhãs de domingo na escola dominical. A evasão é mais acentuada na faixa etária dos adolescentes e jovens. Há que se avaliar quais os motivos da evasão dos jovens e adolescentes da EBD.

3.4 A desmotivação e a evasão da EBD

         Este pesquisador visitou um total de quatro congregações e acompanhou as atividades da EBD. Pode-se chegar á conclusão com pequena variante de erro para mais ou para menos, que a frequência apurada às aulas da EBD é na faixa dos 30% das pessoas que frequentam os cultos da igreja. Apurou-se também que o fator que provoca essa ausência é o desinteresse oriundo na ministração de aulas nada atrativas. Em uma das congregações visitadas (a AD em Batatais), o pastor trocou o dia da EBD passando-a para a noite de terça feira. A justificativa pela mudança apontou para a dificuldade do povo ir pela manhã até o salão de culto. Em todas as congregações a EBD inicia-se às 09h00 e, segue com uma ou outra variação a seguinte liturgia: oração; canto de um hino constante no hinário oficial da igreja (Harpa Cristã); leitura do texto bíblico constante na lição daquele dia; boas vindas pelo supervisor; chamada dos alunos; oração e exposição da aula pelo professor; ao final responde-se ao questionário da lição; canta-se mais um hino para o recolhimento de ofertas; e, encerra-se com a leitura em conjunto do texto áureo (um versículo bíblico destacado na lição) e oração final.

         Mas o problema da baixa frequência não reside no dia ou no horário da EBD, e sim, no que já foi destacado, ou seja, professores sem a menor noção ou experiência da prática docente e instalações físicas inadequadas para acomodação dos alunos. Nesse contexto FREITAS aponta que  “...para definir o melhor caminho para o trato com os adolescentes na EBD, torna-se necessário entender que professor/a, educador/a devem ser duas faces de uma mesma moeda” [26]. Entretanto, em que pese os esforços e incentivos, verifica-se que entre os jovens e adolescentes a frequência é mínima e essa notória ausência pode ser interpretada pelas seguintes hipóteses:

a)     Didática inadequada. Por não possuírem formação pedagógica a maioria dos    

         professores encontram dificuldades em ministrar aulas para essa faixa etária.

b)      Falta de equipamentos na sala de aula como Datashow, vídeos, que tornariam   

         as aulas mais dinâmicas e atrativas.

c)      A linguagem utilizada não é adequada aos adolescentes.

d)      As características típicas da adolescência e o clima cultural da atualidade

         contribuem para a desmotivação.

3.5 A inadequada prática docente empregada na EBD

           A Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) é a editora responsável pela confecção, impressão e distribuição do material utilizado na EBD. São revistas de alunos e mestres, contendo lições bíblicas para um período de três meses, totalizando quatro revistas por ano. A revista do mestre traz dicas pedagógicas e subsídios para a aula. Há também um esboço de aula preparado pela equipe pedagógica da CPAD, muito bem elaborado para uma aula atrativa.

          Mas o que se observa é que a grande maioria dos professores encontra sérias dificuldades de seguir essas instruções e acabam trilhando pelo caminho mais fácil, mas também o mais cansativo: ler a aula na revista do começo ao fim e limitar-se a fazer breves comentários. Isso é um considerável fator inibidor para a frequência na EBD. Essa prática foi observada em outra congregação, alvo da visita deste pesquisador, a situação ficou tão cansativa e tal expediente foi comparado com aquele momento da leitura de peças de um processo no tribunal do júri. A maioria dos alunos ficou dispersa e alguns acabaram dormindo.

         A coordenação da EBD do campo eclesiástico da AD Belém em Ribeirão Preto e região está a cargo do diácono, SANTOS, Edilson[27], que se encarrega de trimestralmente solicitar as revistas para todas as 30 congregações do campo. Segundo o coordenador da EBD, para o trimestre julho-agosto-setembro/2013, existe junto a Casa Publicadora da Assembleia de Deus (CPAD), o pedido de 540 revistas, sendo 350 de adultos, 50 de adolescentes, 100 de crianças e 40 de mestres (professores). O custo da revista de adulto é R$ 6,50, valor pago pelo próprio aluno. 

3.6 A necessidade de investir na formação e capacitação de professores de EBD

         Partindo do pressuposto que no momento é insustentável a afirmação que diz respeito a aquisição ou construção de templos próprios com infraestrutura e salas de aulas para abrigar a EBD, resta o maciço investimento na questão mais fácil, mas a de maior importância: formação e capacitação de professores de EBD.

         Devido a seu compromisso com a cosmovisão bíblica, a formação e capacitação de pessoas candidatas à docência na EBD nos leva à perspectiva cristã de que a educação cristã tem na bíblia a fonte da verdade absoluta. O reformador CALVINO, João[28], ciente de que Deus é o autor de toda a  verdade, destaca:

“...se cremos que o Espírito de Deus é o único fundamento da verdade, não rejeitaremos nem desprezaremos a verdade onde quer que ela apareça ... Toda a verdade procede de Deus e, consequentemente, se os homens maus afirmam algo que seja verdadeiro e justo, não devemos rejeitar a afirmação deles, pois certamente ela procede de Deus”.

         A formação e capacitação dos professores também deve condicioná-los ao entendimento que irão lidar com o ensino/aprendizado de seres humanos que são seres éticos, que são confrontados todos os dias com questões a respeito do certo e o errado e do bem e do mal. Então, a prática docente na seara da EBD deve ganhar contornos de maestria. Para SANTOS, Valdeci da Silva[29], “...a educação cristã requer que seus instrutores sejam eficientes em algo mais do que o domínio de técnicas pedagógicas. Sem desmerecer a capacitação nesta área, a perspectiva cristã de educação exige que o educador seja hábil para interpretar as diferentes áreas do conhecimento a partir de uma cosmovisão cristã e assim ensiná-la aos outros. Também esta tarefa requer do educador um cuidado com o seu caráter e o seu procedimento.”

         O Curso de Aperfeiçoamento de Professores da Escola Dominical (CAPED), foi pensado justamente para suprir a carência de professores com domínio da prática  docente, algo gritante em meio a seara evangélica pentecostal.

3.7 O CAPED - aperfeiçoamento dos professores

         Hoje, o que se observa em algumas congregações é o fato de que a EBD tornou-se mais um culto da igreja, deixando de lado questões vitais para a qualidade na educação, dentre as quais podemos citar a interatividade dos alunos e também a prática de dinâmicas em classe.

         Enquanto muitos professores “pregam” a lição da EBD como se estivessem em um culto avivado; outros tantos limitam a ler ipsis litteris todo o conteúdo da lição exposto na revista, uma parcela pequena de professores se empenha em aplicar a prática docente embasada na correta pedagogia com a aplicação de recursos didáticos eficazes.

          Para a correção destas distorções e para uma caminhada célere rumo à padronização do ensino na EBD em todo o Campo Eclesiástico, faz-se necessário e com urgência, a implantação do CAPED (Curso de Aperfeiçoamento para Professores da Escola Dominical). Nos lugares onde o curso foi implantado, observou-se uma considerável melhora na qualidade das aulas e consequentemente um aumento na frequência da EBD. O curso é destinado aos professores, supervisores e pessoal empenhado no trabalho da EBD, mas, seu foco é a qualificação continuada do professor.

           Os professores, agora sentados como alunos vão aprender noções básicas de pedagogia, discutir as variadas metodologias de ensino, filosofia e psicologia da educação e a aplicação de dinâmicas visando a participação dos alunos. Também vão repassar os pontos importantes da lição da manhã seguinte, o que sem dúvida irá contribuir sobremaneira na forma de ministrar as aulas. O CAPED é ministrado por equipe especializada de profissionais da educação, geralmente nas tardes do sábado e sem qualquer ônus aos professores.

4  Conclusão

         O desafio do Ministério do Belém da AD Ribeirão Preto em relação à EBD é grande. Reorganizar a igreja que vem de uma cisão e que no momento se apresenta sem os recursos humanos e financeiros necessários, não é empreitada fácil, mesmo ao habilidoso líder. Mas, a tarefa começou a ser desenvolvida dentro da visão correta, ou seja, o maciço investimento na educação. 

        A capacitação dos professores, principal ferramenta da EBD, deverá ser o principal objetivo para este início de atividade da Escola Dominical no novo campo eclesiástico, para tanto o CAPED que é o curso oficial da igreja Assembleia de Deus para este fim, deve ser alvo de discussão para uma possível implantação a curto/médio prazo no templo sede da igreja, em Ribeirão Preto.

        A jornada é longa, mas está iniciada, no mesmo ânimo observado pelo pastor Claudionor Correa de Andrade, ao fazer a introdução do livro ‘História das Assembleias de Deus no Brasil’ de autoria do jornalista Emílio Conde e publicado pela CPAD: “O movimento pentecostal, trazido para cá pelos missionários suecos Daniel Berger e Gunnar Vingren, representou um dos maiores fenômenos religiosos das últimas eras”.

    

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALMEIDA, João Ferreira de., Bíblia de estudo Pentecostal., ed. Revista e corrigida., CPAD, 1995.

CALVIN, Jhon., Commentaries on the episthes to Timothy, Titus and Philemon., Grand Rapids: Eerdmans, 1959.

CONDE, Emílio., História das Assembleias de Deus no Brasil., CPAD, 6ª ed., 2008, 312 p.

DELORS, Jacques., Um tesouro a descobrir., 8ª ed., São Paulo/Brasília, MEC/UNESCO, 2003.

FREIRE, Paulo., Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa., 30ª ed., São Paulo., Paz e Terra, 1996

FREITAS, Jorge Wagner de Campos., Adolescência, escola dominical e educação: perspectiva de um novo processo., Dissertação de mestrado, Universidade Metodista de São Paulo, 2006.

HOUVRE, Frans De., Ensaio de filosofia pedagógica., São Paulo, ed. Nacional, 1969.

KENNEDY, James L;. Cincoenta anos de methodismo no Brasil., imprensa metodista, 1928, 439 p.

SILVA, Rinalva Cassiano., Educação: a outra qualidade., Piracicaba., ed. Inimep, 1995.

REVISTAS

Fide Reformata., São Paulo., ed. Mackenzie., XIII, nº 2, 2008

SITES VISITADOS

www.adbelemribeirao.com.br – visitado em 02 de maio de 2013

http://cgadb.org.br/home5a/index.php?option=com_content&view=article&id=60&Itemid=112 – visitado em 02 de maio de 2013

http://www.cpad.com.br/escoladominical/historia.php - visitado em 04 de maio de 2013

 

www.iaderp.com.br   - visitado em 09 de maio de 2013

http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2170 – visitado em 12 de abril de 2013

http://judsoncanto.wordpress.com/2012/01/26/a-primeira-escola-dominical-do-brasil-nao-foi-a-de-robert-kalley/  -  visitado em 30 de abril de 2013

http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Luterana_do_Brasil  -  visitado em 07 de maio de 2013

http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Metodista_de_S%C3%A3o_Paulo  - visitado em 07 de maio de 2013

http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Presbiteriana_Mackenzie  -  visitado em 07 de maio de 2013

http://www.mackenzie.br/auderi_souza.html  -  visitado em 30 de abril de 2013

 



[1]  Curso da Educação Superior de Formação Específica em Segurança e Ordem Pública pela Escola Superior de Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Brasil. Graduado em Teologia Intra Corpus pela Faculdade de Educação Teológica de São Paulo.

E-mail do autor: [email protected]  Orientador: Dr. Silvio Reinod Costa

[2]Sala de Imprensa-Censo 2010: número de católicos cai e aumenta o de evangélicos, espíritas e sem religião http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2170

[3] http://cgadb.org.br/home5a/index.php?option=com_content&view=article&id=60&Itemid=112

[4]  Jorge Wagner de Campos Freitas: Adolescência, Escola Dominical e Educação: perspectiva de um novo processo – Dissertação de Mestrado – Universidade Metodista de São Paulo, 2006.

[5]Dr. Alderi Souza de Matos, professor do Centro Presbiteriano de Pós Graduação Andrew Jumper e coeditor da revista Fides Reformata    http://www.mackenzie.br/auderi_souza.html

[6]Dr. Alderi Souza de Matos, professor do Centro Presbiteriano de Pós Graduação Andrew Jumper e coeditor da revista Fides Reformata, artigo em Revista Fide Reformata XIII, nº 02, 2008: 9-24. 

[7]Dr. Alderi Souza de Matos, Op.Cit., p.22. 

[8]Judson Canto, pesquisador, foi editor na CPAD e Editora Vida, http://judsoncanto.wordpress.com/2012/01/26/a-primeira-escola-dominical-do-brasil-nao-foi-a-de-robert-kalley/

[9]Cincoenta anos de Methodismo no Brasil, Imprensa Methodista, 1928 – 439 páginas

[10]Ruth Doris Lemos, missionária americana em atividade no Brasil, jornalista, professora de teologia e uma das fundadoras do Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (IBAD) em Pindamonhangaba SP,    http://www.cpad.com.br/escoladominical/historia.php

[11]Universidade Presbiteriana Mackenzie http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Presbiteriana_Mackenzie

[12]Universidade Metodista de São Paulo UMESP  http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Metodista_de_S%C3%A3o_Paulo

[13]Universidade Luterana do Brasil ULBRA  http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Luterana_do_Brasil

[14]CONDE,Emilio, História das Assembleias de Deus no Brasil, 312 p., CPAD  

[15]CONDE, Emilio, jornalista, escritor e historiador da Assembleia de Deus  

[16]Fonte: IADERP Igreja Assembleia de Deus Ribeirão Preto www.iaderp.com.br

[17]  Jorge Wagner de Campos Freitas: Op, Cit., p.155.

[18]  FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa, 30ª ed. São Paulo, Paz e Terra, 1996, p.98.

[19]HOUVRE, Frans De, Ensaio de filosofia pedagógica, São Paulo, Nacional, 1969, p.88.

[20]Id.Ibid., p. 188

[21]SILVA, Rinalva Cassiano, Educação: a outra qualidade, Piracicaba, Inimep, 1995, p.46

[22]  Jorge Wagner de Campos Freitas: Op, Cit., p.155.

[23]  Bíblia de Estudo Pentecostal, trad: ALMEIDA, João Ferreira de, ed. Revista e Corrigida., CPAD, 1995

[24]DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir 8ª ed., São Paulo/Brasilia, MEC/UNESCO, 2003, p.97.

[25]Fonte: diretoria da AD Belém, Ribeirão Preto SP, www.adbelemribeirao.com.br

 

[26]  Jorge Wagner de Campos Freitas: Op, Cit., p.163.

[27]SANTOS, Edilson, Bel em Ciências Contábeis, diácono da AD Belém e coordenador da EBD.

[28]CALVIN, Jhon. Commentaries on the episthes to Timothy, Titus and Philemon. Grand Rapids: Eerdmans, 1959, p.300-301.

[29]SANTOS, Valdeci da Silva, ministro presbiteriano e professor coordenador do Programa de Doutorado do Centro Presbiteriano de Pós Graduação Andrew Jumper, em Revista Fides Reformata XIII, nº 2 (2008): p. 173.