A EDUCAÇÃO POPULAR SÉCULO XXI

A EDUCAÇÃO POPULAR NO SÉCULO XXI

     O referente texto aborda as características e influências de vários setores da sociedade na construção do conhecimento transmitido pela educação popular embasada em vários estudiosos da educação, enfatizando Paulo Freire.

    Paulo Freire, foi o grande idealizador da educação popular, pois teve experiência, quando trabalhou nos subúrbios, que a educação não é uma ato neutro mais importante, além dos métodos e técnicas, é a clareza com relação à opção política do educador ou educadora, que inclui princípios e valores,no decorrer de sua prática pedagógica.

     A educação popular não representa somente o  sujeito a quem se dirige, mas a intencionalidade social e política com que é feita. Enfatizando um processo dialético de construção do conhecimento a partir da prática, nesse processo, os sujeitos que dialogam educam-se uns aos outros como referência a leitura da realidade que pretendem transformar.

       Nos anos de 1990, com fim da guerra fria, o auge das políticas neoliberais, a globalização e o impacto tecnológico, provocando um processo conhecido como fundamentação da Educação Popular . Portanto, é difícil falar dos limites da Educação Popular e de papéis únicos, pois a mesma se relaciona com conjunturas variáveis, nas quais se deve garantir seu caráter democrático e pedagógico.

        Diante de uma realidade desafiadora e crítica foram apresentadas com a intenção de ampliar as visões e responder à nova situação, a Educação Popular era entendida como um processo de conscientização ligado à noção de interesses de classe, o problema foi reduzido ao econômico-político. Pois        o educacional e o político não se diferenciavam, os debate que aprofundaram fundamentos pedagógicos adquiriram posturas abertas e tolerantes, de diferentes autores.

         Características da Educação Popular e atualidade de Paulo Freire, uma pedagogia voltada à ação transformadora, uma permanente e renovada leitura crítica do contexto, sujeitos populares como protagonistas do seu próprio aprendizado e atores da sua emancipação. A importância das condições de aprendizagem, ênfase nos processos e não nos resultados. O gosto pela curiosidade, mediado por uma pedagogia da pergunta, o solidário antes do individual a revalorização dos valores éticos do ser humano universal.

       Freire nos orienta na aventura de propor outros elementos centrais que continuam vigentes como contribuições da Educação Popular. Entre eles destacamos três: a) O contexto e a prática como referenciais. Uma abordagem a partir dessa permanente leitura crítica do contexto pessoal e social dos excluídos, como estratégia formativa que orienta a ação transformadora.

       Consideramos que esse olhar no contexto e na prática constitui uma das contribuições centrais da Educação Popular que permitem partir do concreto. b) Reconhecer-se como sujeito capaz de provocar mudanças. O crescimento em autonomia e identidade, assim como a confiança em que é possível impulsionar processos de transformação da realidade para uma vida digna para todos e todas, se emanciparem. c) A articulação entre o pedagógico e o político, pois é necessário um claro posicionamento de acordo com a realidade dos sujeitos populares.

       Os desafios são muitos, segundo os diversos contextos, resultam articularmente interessantes os seguintes pontos de vista que assumimos como nossos. A partir da perspectiva que tem sido trabalhada no Fórum Social

Mundial, é necessário que, diante da globalização que vivemos, avancemos e interfiramos desde o local específico dos sujeitos, passando pelo nacional, até chegar a consolidar um espaço público internacional, com reflexões e propostas que confrontem a lógica de exclusão social, política e cultural agravada nos últimos anos.

       Em suma, acreditamos que os desafios da educação popular no século XXI  são muitos, visto que a mesma deve considerar conjunturas, sujeitas a atitudes emitidas em diferentes situações contextuais, nas diversas instituições ou setores da sociedade em que vive o educando(a) suas práticas para que efetivamente consolidada pela argumentação coerente, crítica, autêntica e contudo transformadora.