RESUMO:

Trabalhar em uma instituição de ensino significa trabalhar com pessoas. E quando não se tem um aparato tecnológico que facilite o processo do trabalho, como a motivação e aprendizagem do aluno privado de liberdade, as relações interpessoais representa um grande diferencial. E importante para o educador que vai lecionar para alunos detentos, que são excluídos e marginalizados pela sociedade, entender que ensinar é mais que transmitir conhecimento – é despertar a curiosidade, é instigar o desejo de ir além do conhecido. É desafiar a pessoa a confiar em si mesmo e dar um novo passo em busca de mais. Engana-se quem pensar que por serem alunos presos, qualquer aula serve. A começar que não existe espaço para o professor “conteúdista”, pois os alunos perdem o interessem e manifestam as suas insatisfações da forma mais direta possível. Questionam, solicitam troca do professor e às vezes até ameaçam “fechar cadeia” (fazer rebeliões). São poucos os estudos que se tem sobre a educação realizada dentro de um sistema prisional, principalmente no que se referem aos desafios encontrados pelos profissionais de educação que se predispõe a trabalhar com privados de liberdade. Por isso o presente estudo pretende problematizar uma área pouco conhecida e pouco valorizada: a educação e os desafios diários que um professor enfrenta para lecionar no presídio. Reflito sobre as práxis educativas, a educação e a falta de um tipo de metodologia que atenda tamanha especificidade devido a rotatividade de alunos. São abordados  também  o objetivo da educação dentro de uma prisão,  como é o ambiente da ‘cela’ de aula , a relação do professor com o agente penitenciário e com o sujeito principal do desafio do seu trabalho que é o aluno privado de liberdade.

Palavras-chave: Educação Prisional. Desafios. “Cela” de Aula. Privado de Liberdade.