As sociedades contemporâneas e as do futuro próximo, nas quais vão atuar as gerações que agora entram na escola, exigem um novo tipo de indivíduo e de profissionais em todos os setores econômicos: a ênfase estará na necessidade de competências múltiplas do indivíduo, no trabalho em equipe, na capacidade de aprender e de adaptar-se a situações novas. Para sobreviver na sociedade e integrar-se ao mercado de trabalho do século XXI, o indivíduo precisa desenvolver uma série de capacidades novas: autogestão (capacidade de organizar seu próprio trabalho), resolução de problemas, adaptabilidade e flexibilidade diante de novas tarefas, assumir responsabilidades e aprender por si próprio e constantemente trabalhar em grupo de modo cooperativo e pouco hierarquizado. Expansão e mudanças na estrutura do ensino parecem dificilmente realizáveis sem transformações profundas no atual modelo de ensino superior, baseado no uso intensivo de mão de obra altamente qualificada (o professor na sala de aula, com um número reduzido de alunos). A expansão e as mudanças dos sistemas educacionais, exigidas pelas novas condições socioeconômicas, são significativas para serem baseadas apenas na expansão de sua força de trabalho: será necessário criar outros processos objetivando melhorar a eficiência dos sistemas, e, principalmente, à formação do indivíduo autônomo, construtor dos seus próprios conhecimentos alicerçados e desenvolvidos no modelo da educação à distância (EAD).