A DIVERSIDADE DAS FESTAS JUNINAS E A TRADIÇÃO DAS QUADRILHAS, UMA REALIDADE DO TURISMO SERGIPANO

[1] Genicleudo Melo Albuquerque

[2]Gilmar Cardoso dos Santos

 

 

RESUMO

Conforme a própria denominação, as festas juninas celebram os três santos juninos: Santo Antônio, São João e São Pedro. É a festa de Santo Antônio, realizada no dia 13 de junho, que abre os festejos juninos, ocorrendo, neste dia, alvorada com fogos, missa, casamento e batizados, e tradicionalmente, as mulheres solteiras rezam ao santo para conseguirem casamento. São João é a maior festa, pois nela se concentra uma série de tradições como, fazer fogueiras, comidas típicas de milho e coco, soltar fogos, enfeitar o arraial, e etc. As festas juninas são encerradas no São Pedro, no dia 29 de junho, não atingindo a animação semelhante à de São João. Contudo, um dos agregados mais importantes destes festejos são as quadrilhas juninas, de origem inglesa, propagadas na Europa pelos franceses e introduzidas no Brasil em 1808, com a vinda da família real portuguesa. Efetivamente, em Sergipe as quadrilhas são grandes fenômenos culturais, destacando-se a Assum Preto, campeã do primeiro campeonato brasileiro e vice-campeã do 2º campeonato brasileiro, mostrando o grande potencial dos grupos sergipanos que precisam de mais apoio cultural, já que correm o risco de extinção. Este trabalho destaca a importância das quadrilhas sergipanas no contexto do turismo cultural e vem colocar em discussão um dos problemas enfrentados pelos grupos há várias décadas, que é a falta de incentivo. Consequentemente, muitos deles estão deixando de existir de forma acelerada e se não forem tomadas algumas providências, as gerações futuras irão ter conhecimento sobre quadrilhas juninas somente através de arquivos.

Palavras-chave: Festas Juninas; Quadrilhas; Cultura de Sergipe.

THE DIVERSITY OF SAINT JOHN’S PARTIES AND QUADRILLE FOLKLORE,

THE REALITY OF THE TOURISM IN SERGIPE

 

 

 

ABSTRACT

 

 

According to itself denomination,Saint John’sparties celebrates the day of three saints: St Anthony, St. John and San Peter. It is the party of St. Anthony, on June 13, which opens theSt. John’sparties, occurring in this day, dawn with fireworks, church mass, weeding and baptism, and traditionally, single ladies pray to the saint to arrange a married.St. Johnis the biggest party, since it focuses in a mass of folklore such as making bonfire, typical foods made with corn and coconut, fireworks, decorates the camp, and etc. The St. John’s parties are ended on San Peter’s day, June 29, not reaching the same enthusiasm as St. John’s party. However, one of the most important aspects of those celebrations is quadrilles which was created in England, and disseminated in Europe by the French and introduced inBrazilin 1808, with the arrival of the Portuguese royal family. Effectively, in Sergipe the quadrilles are the major cultural phenomenon, especially by the “Assum Preto”, champion of the 1st. Brazilian quadrilles’ championship and vice-champion on the 2nd Brazilian quadrilles’ championship, showing the great potential of Sergipe’s quadrille groups which need more cultural support, whereas the risks of extinction. This research highlights the importance of Sergipe’s quadrilles in the context of cultural tourism and raises a discussion of the problems faced by the quadrilles groups for decades, which is lack of incentive. Consequently, many of them are disappearing fast, and whether not action are taken to avoid it, the future’s generations will have knowledge about it only through records.

Keywords: St. John’s parties; Quadrille; Sergipe culture.


1 INTRODUÇÃO

Festejar o mês de junho pela ordem cronológica é uma tradição muito antiga, advinda do século IV. Os festejos juninos são dedicados a três santos cristãos: Santo Antônio, São Pedro e São João, onde o último, por ser mais homenageado, deu nome à festa, que a princípio foi chamada de ‘joanina’ e veio sofrendo modificação no decorrer dos anos.

Entre os santos supracitados, Santo Antônio é, com certeza, o que mais possui devotos espalhados pelo Brasil e também em Portugal. Normalmente, é representado carregando o menino Jesus em seus braços, e, curiosamente, em vários lugares do Brasil, ganhou a simpatia de moças que agilizavam seus pedidos para obter um bom casamento. A tradição envolvendo o santo data de determinadas épocas e contextos, em que as manifestações populares extrapolavam a decência dos costumes.

Outro santo muito comemorado no mês de junho é São João, responsável pelo título de “santo festeiro”. Por isso, no dia 24 de junho, dia do seu nascimento, as festas são recheadas de muita dança. No nordeste do país, onde se destaca o forró, existem muitas festas em homenagem a São João, que também é conhecido pela tradição popular como protetor dos casados e enfermos. Alguns símbolos são conhecidos por remeterem ao nascimento de São João, como a lenda que diz que os fogos de artifício soltados no dia 24 são para acordá-lo.

A tradição acrescenta que ele adormece no seu dia, pois, se ficasse acordado vendo as fogueiras que são acesas em sua homenagem, não resistiria e desceria a terra. As fogueiras dedicadas a este santo têm forma de uma pirâmide com a base arredondada. Há também o levantamento do mastro de São João que se dá ao anoitecer da véspera do dia 24. O mastro, composto por uma madeira resistente, roliça, uniforme e lisa, carrega uma bandeira que pode ter dois formatos, um triângulo com a imagem dos três santos, São João, Santo Antônio e São Pedro; ou em forma de caixa, com apenas a figura de São João do carneirinho que é colocada no topo do mastro.

Os costumes introduzidos no Brasil sofreram influência da colonização portuguesa, proporcionando vários modos de festejar. Com a guerra dos 100 anos entre Inglaterra e França, surge um intercâmbio cultural no qual o country dance dá origem aos grandes bailes da corte francesa, propagados por toda a Europa.

Freyre (1995) também observa, portanto, a capacidade das festas de estabelecerem, através do desregramento possível, ou da inserção nela de múltiplas regras, a mediação entre as culturas e movê-las em direção ao objetivo comum de construção da sociedade brasileira. E neste sentido, tanto a festa de São Gonçalo, como as juninas e outras parecem ter desempenhado papel preponderante. No nordeste, contudo, as festas juninas prevalecem como produtos turísticos e de maior investimento popular.

São Pedro, um dos doze apóstolos, também é outro santo homenageado neste período, precisamente no dia 29 de junho. Tido como guardião das portas do céu é ainda considerado o protetor das viúvas e dos pescadores. A fogueira de São Pedro tem forma triangular e por ser cultuado como protetor das viúvas, são elas que organizam a festa deste dia, juntamente com os pescadores, que fazem homenagem ao santo realizando procissões marítimas.

Assim, este artigo baseia-se na busca pela valorização da cultura sergipana, pois se acredita que através do mesmo as pessoas e os gestores passem a dar mais destaque à cultura de nossa terra e sintam orgulho em divulgá-la.

O principal objetivo deste trabalho é sensibilizar o leitor, motivando-o a interessar-se pela cultura sergipana, como também mostrar que as quadrilhas juninas do Estado de Sergipe têm um grande potencial e é um dos principais produtos turísticos dos nossos festejos juninos, sendo muito importante no contexto do turismo cultural.

Entende-se que os festejos juninos e as quadrilhas juninas são manifestações populares sociais, responsáveis pela mais pura tradição nordestina que atraem turistas do mundo inteiro. Partindo-se desta premissa é que se elaborou o presente artigo, visando preservar e resgatar nossas tradições culturais, as festividades juninas, inseridas no turismo cultural sergipano, baseando-se numa filosofia democrática e significativa, fundamentada em princípios qualitativos na construção do conhecimento. Desta forma, diante do conteúdo apresentado, há de se contribuir para o desenvolvimento das entidades juninas, despertando no leitor a capacidade do processo motivacional, a fim de alcançar o objetivo principal, que é a valorização dos grupos para que os mesmos não entrem em extinção.

2 TURISMO: EVOLUÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAL

No século XX, mais precisamente em 1911, foi criada a primeira definição do turismo, advinda do economista austríaco Hermann von Schullern zu Schattenhofen, o qual afirma que o turismo “é o conceito que compreende todos os processos, especialmente os econômicos, que se manifestam na chegada, na permanência e na saída do turista de um determinado município, país ou estado”. (BARRETTO, 1995, p. 9).

Destarte, o Turismo é um fenômeno complexo, não dispondo, portanto, de mecanismos exclusivos, utilizando-se de princípios e recursos de diversas outras ciências que atuam no âmbito da atividade humana, o que ocasiona uma diferenciação na sua conceituação, inexistindo pacificamente uma corrente doutrinária a esse respeito, e ensejando a explanação do tema sob diversos focos. A Organização Mundial do Turismo – OMT, conceitua o turismo como sendo “conjunto de atividades realizadas pelas pessoas durante suas viagens e paradas em diferentes lugares, que não o seu habitat, por um tempo consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou outros motivos, sem fins lucrativos”. Já Vaz (1999, p. 38), assegura que o turismo é uma “atividade econômica que mobiliza mais de cinquenta setores produtivos de bens e serviços e requer o trabalho de inúmeras categorias profissionais”.

Segundo Andrade (1995, p. 28), turismo pode ser entendido como: ''complexo de atividades e serviços relacionados aos deslocamentos, transportes, alojamentos, alimentação, circulação de produtos típicos, atividades relacionadas aos movimentos culturais, visitas, lazer e entretenimento''. Tal conceito enfatiza a questão das atividades que compõem o turismo. O fenômeno turístico não poderia acontecer se não houvesse outros serviços para auxiliá-lo. Um exemplo disso é a hotelaria, logo que sem os meios de hospedagem não haveria como os turistas se alojarem nos lugares visitados. Outro exemplo, ainda mais prático, são os meios de transportes, já que sem eles não teria como os indivíduos se deslocarem até os centros receptores escolhidos.

Para Beni (1998, p. 37), "o turismo pode identificar-se em três tendências para a sua definição: a econômica, a técnica e a holística". É nesse raciocínio que o turismo deve ser entendido como sendo uma atividade sócio-econômica que envolve deslocamentos que têm os mais diversos motivos, onde o turista permanece por um período superior a 24 horas e realiza gastos no local visitado, movimentando uma grande cadeia produtiva, adquirindo e aprendendo os costumes e tradições da população local, além de haver uma grande segmentação para diferentes motivações voluntárias.

Esses conceitos acima mostram como o turismo é complexo, visto que lida com motivações, viagens, diferentes culturas e ainda vários segmentos de turistas. Sob a ótica estrutural, o turismo é visto como um conjunto de serviços que tem por objetivo o planejamento, a formação, a promoção e a execução de viagens e os serviços de recepção, hospedagem e atendimento individual e grupal fora de suas residências habituais.

Na esfera econômica, o turismo possibilita distinções que serão reinvestidas na estruturação dos elementos de oferta e distribuídas entre os demais setores produtivos da localidade receptora, favorecendo toda a sociedade.

Dessa forma, o turismo cria uma inter-relação social, fazendo com que os indivíduos entrem em contato com outros grupos de indivíduos, trocando experiências e conhecimentos, tornando-se beneficiários tanto o turista como também o prestador de serviços.

Necessário se faz, para uma melhor cognição do turismo, analisar o seu aspecto nas diversas fases da história da humanidade, pois em cada período o turismo modificou-se e até mesmo não existia por decorrência de fatores políticos-socioculturais.

Na Antiguidade, diversas foram as causas que levaram o homem a explorar novos caminhos. Por interesse político, os diferentes governos viajavam para manter relações com outros, objetivando uma identidade política. Sob o prisma econômico, observam-se as viagens efetuadas pelos mercadores de Roma, que compravam produtos na China e vendiam no Egito e na Itália. Constatou-se, também, na Grécia, as viagens para serem realizados os Jogos Olímpicos e no Império Romano, criando-se as primeiras viagens de lazer. (ANDRADE, 1995).

Já na Idade Média, as peregrinações religiosas impulsionaram fortemente o deslocamento de milhares de pessoas, realizando cada cristão, pelo menos uma vez, viagem a um santuário tradicional. No século XVIII, a construção de estradas favoreceu em grande parte o desenvolvimento do turismo, facilitando o deslocamento das pessoas às regiões até então não acessíveis. Por volta do século XIX, surgiram as estradas de ferro, proporcionando não só o transporte de passageiros como também de cargas de forma rápida e econômica. (BARBOSA, 2002).

Na Idade Moderna, com o advento da Revolução Industrial, começaram as primeiras viagens com a intervenção de um agente de viagens, sendo a primeira agência aberta em 1841, por Thomas Koch, na Inglaterra, começando assim o turismo moderno até então conhecido, utilizando, inicialmente, o trem como meio de transporte em nível nacional e navios em nível internacional.

Diversos foram os motivos que impulsionaram o desenvolvimento turístico na modernidade, dentre eles a segurança, a salubridade dos locais receptadores, a alfabetização da população, que, instruída através dos meios de comunicação, sentia-se estimulada a viajar, além da legislação social que determina o tempo de trabalho, o crescimento demográfico, o progresso nos transportes, incentivo criado pelos governos e por fim o desenvolvimento de equipamentos, não sendo esses fatores colocados de forma taxativa e sim meramente exemplificativa.

Assim, o turismo traz inúmeras vantagens para as áreas que o exploram, como também traz benefícios para a sociedade envolvida, que se traduzem nas esferas econômicas, culturais e até mesmo nos aspectos psicofísicos. Os benefícios culturais são os de proporcionar a aquisição de novos conhecimentos, sendo a atração cultural a principal motivação dos turistas na escolha de determinada atividade.

Quanto aos benefícios econômicos, decorrem por meio do efeito multiplicador que o turismo traz à determinada região, levando as localidades que o promovem a obterem excelentes lucros financeiros. Por fim, os psicofísicos, os quais acarretam a desinibição, o descanso físico e mental, assim como a movimentação corporal. Neste ínterim, assegura Barreto (1995, p. 89): “No plano econômico, o desenvolvimento objetiva o incremento na produção dos setores primários e secundários e, no plano social, visa à distribuição do ingresso nacional e a mobilidade social”.

Sabe-se, por conseguinte, que o turismo é uma atividade importantíssima dentro de uma localidade, trazendo além desses benefícios mencionados, diversos outros que ensejam na melhoria da qualidade de vida da população, tendo, conseqüentemente, um papel social indelegável. Conforme observa Arrilaga (1976, p. 268-269):

O turismo de hoje nos une, nos enlaça e nos faz a todos um pouco mais irmãos. Pode ser exagero dizer que graças ao turismo vai-se conseguir a fraternidade universal entre os homens, mas não há dúvidas que é um instrumento apto para favorecer a compreensão entre povos e nações [...]. Se quer ter um testemunho da máxima autoridade, recorramos às palavras do Papa Pio XII: ‘O turismo tem esta grande missão de ser um poderoso meio de aproximação entre os mais diversos povos [...]. Pode fazer nascer igualmente o amor, a caridade, que definitivamente é a mais preciosa base para a paz universal.

O turismo relativo à economia das regiões que abarcam sua consecução como meio de desenvolvimento, é uma atividade geradora de riquezas, tendo, portanto, efeitos diretos e indiretos na economia da localidade, sendo que os diretos são resultantes das despesas realizadas pelos turistas e os efeitos indiretos são os efetuados pelos prestadores de serviço.

Esse interesse pela atividade turística cresce na área econômica devido ao fato de ocasionar inúmeras vantagens, como por exemplo: um fluxo de divisas através da venda de serviços e bens relacionados à indústria de turismo, circulando rápida e diretamente na economia do país, dando condições a muitos setores da economia; além de fazer com que expanda em desenvolvimento os orçamentos das famílias da sociedade.

Sendo assim, o turismo incide na economia heterogeneamente, haja vista que depende principalmente do estado da economia local, da infra-estrutura para suporte do turismo e também das atrações turísticas que a cidade oferece. Para Harris apud Salah (1991, p. 391), o turismo enseja o desenvolvimento das indústrias locais, conforme cita o autor:

[...] o turismo é um instrumento governamental eficiente e exeqüível para a criação de uma integração nos níveis nacional e internacional, no desenvolvimento de outras indústrias e na criação de uma boa vontade e uma melhor compreensão com os países vizinhos e com o mundo em geral.

Logo, observa-se que o dinheiro que é empregado na economia da localidade onde se tem um fluxo turístico faz obter um aumento da urbanização no incremento das indústrias associadas, que se aliam para melhor executar o serviço turístico, aumenta a demanda de mão-de-obra, além de acrescer a oferta dos produtos locais, desde os alimentares até os culturais, como o artesanato, que também influencia na prestação das obrigações estatais, na medida em que se arrecadam mais impostos e taxas.

A atual conjuntura relativa ao modo de vida em grandes cidades constitui-se em fator relevante na motivação à prática das viagens. Alguns estudiosos consideram tais aspectos (ameaça constante de violência, tensão no trânsito, estresses urbanos), como determinantes e justificadores à prática do turismo. Segundo Rodrigues (1997, p. 127),

Emerge a indústria do lazer e do turismo, que erige a viagem como única forma de livrar-se das neuroses urbanas, do cotidiano constrangedor das cidades e também a globalização, no sentido de proporcionar mais facilidades aos sistemas de comunicação e informações, atua tanto como indutora quanto facilitadora à fuga das ‘neuroses urbanas.

Há aqueles que afirmam ser essas necessidades, de viajar e fazer turismo, criadas pelo sistema social e econômico onde as imagens (fotografias publicitárias, por exemplo), emolduradas por uma ideologia acabam por criar expectativas, estimulando a ‘massa que sofre das neuroses urbanas’ a distanciar de seu cotidiano para buscar em certos lugares o bem estar humano tão desejado.

Enquanto uns acreditam que a necessidade de viajar é algo criado pela classe dominante, outros creem que o contato com a natureza, a ânsia por liberdade e independência têm também nas viagens as projeções dos anseios internos dos seres humanos, considerando-se anseios internos como algo não-inerente à sociedade e aos padrões ideológicos.

Entretanto é inegável que na contemporaneidade da globalização, as inovações tecnológicas e as comunicações sociais atreladas ao incremento do nível de vida nas sociedades chamadas desenvolvidas e acrescidas da alteração dos hábitos de consumo, agem diretamente sobre a atividade turística. Além dos inúmeros fatores de ordem individual e coletiva (anseios internos, fatores “impostos” pela mídia).

2.1 Segmentação do Turismo

Atualmente, valoriza-se muito o turismo como uma das alternativas de desenvolvimento econômico regional, enfatizando-se, sobretudo, a dinamicidade e o potencial de crescimento que o setor apresenta a nível mundial, as vantagens dessa atividade em termos de geração de emprego e renda a um custo relativamente baixo e o fato desta ser uma indústria "sem chaminés", relativamente pouco poluidora e com potencial para ajudar a preservar o meio-ambiente.

Embora possa implicar nessas e outras vantagens, quando o turismo é desenvolvido sem se considerar devidamente o meio-ambiente em que a atividade ocorre, pode-se comprometer a sustentabilidade desta. Nesse sentido, é importante refletir sobre certas necessidades que se colocam para os gestores e futuros empreendedores no campo do turismo.

Deste modo, além dos critérios de viabilidade econômica do empreendimento que devem ser considerados em qualquer projeto, tais como viabilidade mercadológica, taxa de retorno e risco do investimento, uma das principais necessidades para que a atividade possa trazer os retornos esperados está relacionada com a percepção e consciência que o empresariado da área tem com relação aos potenciais impactos ambientais do turismo a curto, médio e longo prazo e, consequentemente, com a questão da sustentabilidade do seu empreendimento.

O turismo é um fenômeno social complexo e diversificado. Há diversos tipos de turismo, que podem ser classificados e diferenciados a partir dos autores que os definem e de acordo com a sua característica e finalidade. Observam-se as referências de Barretto (1995, p. 17) sobre a segmentação do turismo e suas modelagens:

DE ACORDO COM A SUA NATUREZA: 1. Emissivo: aquele turismo que envia as pessoas para fora do local. 2. Receptivo: aquele que recebe os turistas vindos de fora.

DE ACORDO COM A NACIONALIDADE DOS TURISTAS: 1. Nacional: praticado pelos turistas de um determinado país, realizado dentro das próprias fronteiras. De acordo com a economia nacional, o turismo nacional é considerado turismo de importação 2. Estrangeiro: é composto pelo contingente de pessoas estrangeiras que entram em um determinado país. Considerado pela economia como turismo de exportação. DE ACORDO COM O VOLUME: Esse critério refere-se ao número de pessoas que demandam o serviço e não ao o número das que viajam. Ou seja, quando o destino é de interesse de um grande número de pessoas, é chamado turismo de massa e aquelas destinações seletivas, onde apenas um pequeno número demanda, chama-se turismo de minorias.

O turismo de minorias, de acordo com Andrade (1995, p. 55), denomina-se ‘turismo de elite’. Afirma o autor:

O público do turismo de elite se constitui de empresários; de altos executivos e de capitalistas, que se beneficiam de suas altas rendas ou de dignatários de entidades poderosas; de nobres ou de funcionários e políticos de países combalidos pela imoralidade administrativa, cujos cidadãos – direta ou indiretamente – contribuem para a garantia do fausto ou mesmo para o esbanjamento do dinheiro.

Já o turismo de massa, conforme Andrade (1995, p. 56):

[...] também chamado de turismo de maiorias ou turismo de burguesia, se efetua através dos representantes das classes médias assalariadas e de empresários de médio e pequeno portes, com os frutos de seus salários ou os rendimentos de seu limitado capital.

Com referência às modalidades turísticas, Andrade (1995), ressalta que como fenômeno humano, o turismo assume dimensões numéricas, quantitativas ou volumétricas, pois, supõe dimensões de volume, capacidade numérica de oferta e de demanda. Por isso, deve-se considerar também a modalidade de turismo quantitativo ou turismo de volume, que os peritos e os especialistas do setor não costumam considerar, a não ser como resultado de procedimentos contábeis e estatísticos.

Os turistas viajam por diferentes motivos. Existem diferentes motivações que levam o indivíduo a realizar viagens e com isso movimentar o mercado turístico. Assim, pode se classificar o turismo quanto sua seguimentação, a exemplo de: Turismo cultural; Turismo religioso; Turismo de aventura; Turismo de negócios; Turismo desportivo; Turismo ecológico; Turismo de eventos; Turismo da terceira idade; entre outros. Vale destacar que não são apenas estes os tipos de turismos, estes se colocam para alguns estudiosos como os mais abrangentes.

Cada um desses tipos tem sua demanda específica e deve ter uma mão-de-obra (recursos humanos) qualificada para não haver conflitos por falta de qualificação.

2.2 Turismo Cultural

Com relação à influência ocasionada pela cultura no turismo, aufere-se que o turismo cultural, como é propriamente chamado, é impulsionado pela motivação de aquisição de novos conhecimentos, tendo como turistas um público específico, mais instruído do que os outros ramos desta atividade. A motivação destes consumidores está principalmente na atração cultural oferecida pela localidade promotora do turismo.

Pensar o espaço turístico a partir de suas formas arquitetônicas antigas significam um esforço de interpretação do mundo vividos pelos grupos sociais que antecederam a vida moderna (urbana pós-industrial) e, que sem sombras de dúvidas desperta o interesse e a curiosidade dos turistas (PORTUGUÊS, 2004,p. 3).

Importante se faz saber qual a abrangência do conceito de patrimônio cultural de uma região, visto que este significa amplamente os produtos do sentir, do pensar e do agir humano, sendo de modo uma representação da cultura em que estiverem inseridos, merecendo, por conseguinte, um tratamento especial e conseqüente preservação.

Entende-se, portanto, por patrimônio cultural os artefatos humanos que possuem um significado simbólico representante da sociedade de determinada época e região, fruto das experiências humanas e de todas as suas manifestações. O turismo cultural abrange assim as atividades que se efetuam por meio dos deslocamentos para a satisfação de objetivos de encontro com emoções artísticas, científicas, de formação e de informação nos diversos ramos existentes, em decorrência da própria inteligência e criatividade humana.

3 TRADIÇÕES NO BRASIL

Tudo começou na região Sudeste, em 1808, com a vinda da família real para o Rio de Janeiro. Os portugueses trouxeram para a colônia a contra-dança. (country dance com miscigenação portuguesa) que deram origem às quadrilhas juninas e foram introduzidas nas zonas rurais dos estados desta região para a comemoração dos três santos e das colheitas realizadas no mês de junho.

Danças desenvolvidas ao redor da imagem do santo. [...] uma promiscuidade ainda hoje característica das nossas festas de igreja. Violas tocando. Gente cantando. Barracas. Muita comida. Exaltação sexual. Todo esse desadoro (FREYRE, 1995, p. 248).

Além das danças, as festas eram acompanhadas de comidas típicas, onde se podiam saborear pipocas, pé-de-moleque, pastel e quentão. Na hora da brincadeira, todos participavam de pescarias, concurso de quadrilhas e casamento na roça ao som de música sertaneja reproduzida por som mecânico.

Já a região Centro-Oeste, sofre influência dos países fronteiriços, em especial o Paraguai, visto que os ritmos das quadrilhas e as festas acontecem ao som da Polca paraguaia e sertaneja. No que se refere à culinária desta região, pode-se degustar a sopa paraguaia, que na verdade é uma espécie de bolo de queijo.

No sul do país, as danças típicas como a chula, aparecem em toda região e as quadrilhas juninas são substituídas pelo fandango (grupo de dança de efeito cênico). A tradição na culinária é reunir a família ao redor da mesa de jantar e saborear pratos típicos como arroz carreteiro, feijão mexido e pinhão cozido ou assado na brasa, regado a muito vinho, não esquecendo do chimarrão, bebida típica da região.

Na maior região do país (Norte), a festa é ofuscada pelo Festival Folclórico de Parintins, no qual as quadrilhas juninas não têm a mesma tradição da toada do boi bumbá, porém as mesmas vêm crescendo gradativamente. Na culinária são servidas receitas regionais como a tapioca, à base de mandioca e a bebida principal é o tacacá, (de origem indígena) que é um tipo de sopa preparada com o tucupi (suco de uma espécie de mandioca previamente fervida com alho e chicória), camarões secos, goma (mingau feito com uma massa fina e branca, resultado da lavagem da mandioca ralada) e jambu (considerado como afrodisíaco).

Campina Grande, na Paraíba; Caruaru, em Pernambuco; Mossoró, no Rio Grande do Norte e Aracaju, em Sergipe, entre outras cidades do país, se transformam em imensos arraiais. Elas já abriram os portões para receber os festeiros e fazem de tudo para não perder essa grande manifestação cultural, que entra na lista das maiores festas em seus respectivos estados (REVISTA CAFÉ, 2009).

Na região Nordeste, as festividades juninas são destacadas em diversas cidades, principalmenteem Campina Grandena Paraíba, Caruaru em Pernambuco e em Sergipe.

Além da liberação momentânea, as festas apresentam um caráter ideológico uma vez que comemorar é, antes de tudo, conservar algo que ficou na memória (FUNARI; PINJKY, 2001, p. 38).

O primeiro estado supracitado tem como característica o evento de massa gratuito e o trem “ferroviário” (trem que vai de Campina Grande a Galante, proporcionando aos passageiros um dos mais autênticos forrós pé-de-serra). Todos os anos, no mês de junho, Campina Grande vive o clima de São João. São 30 dias de forró autêntico, quando a cidade fica tomada de turistas que chegam de todas as partes do Brasil e do mundo. A festa junina é conhecida como o maior São João do mundo e acontece numa área aberta de 42 mil e500 metrosquadrados, onde em 30 dias, os forrozeiros podem dançar 500 horas do mais autêntico forró pé-de-serra. (GUIA CAMPINA GRANDE, 2008).

Em Caruaru – PE, a festa também tem duração de 30 dias. A cidade toda é enfeitada de bandeirolas coloridas em homenagem a São João. Para garantir o arrasta-pé, a cidade montou no Parque de Eventos uma sede junina chamada Vila do Forró, local em que a maioria dos eventos acontece ao som da sanfona, zabumba e do triângulo; dando ritmo ao forró, xaxado e às tradicionais bandas de pífano.

Uma marca de Caruaru são as quadrilhas estilizadas que chegam a mobilizar milhares de pessoas, percorrendo as ruas ou se apresentando nos palcos de animação. É possível encontrar “drilhas” (grupo de manifestações populares) para todos os gostos: a Turisdrilha (composta exclusivamente de turistas); a Motodrilha (com casais de motoqueiros); a Trocadilha (que se caracteriza pela troca de papéis onde homens se vestem de mulher e vice-versa).

Já Sergipe, destaca-se pela variedade da culinária, derivada do milho, mandioca, arroz, coco, leite e por se tornar um grande arraial, onde todas as cidades são movimentadas por grandes eventos populares. Quando os ponteiros do relógio marcam a zero hora do dia 1º de junho, o Estado se transforma em um grande espetáculo junino, animado por muito forró, xote, xaxado e baião.

No estado, 75 cidades realizam os festejos juninos, cada uma com suas características próprias, numa diversidade de cores e sabores que procuram agradar a todos os gostos. Na capital, Aracaju, há vários pontos de comemorações, desde a tradicional Rua São João, no bairro Santo Antônio, que deu origem à cidade, passando pelo Forró-Caju, no centro, forródromo do Gonzagão, no conjunto Augusto Franco e chegando até a orla de Atalaia. Nestes locais ocorrem apresentações de quadrilhas e shows com artistas locais e nacionais. Além disso, as ruas da cidade são iluminadas por fogueiras que queimam na véspera e no dia dos santos homenageados no mês.

Na rua de São João, local no qual se comemora a mais antiga e tradicional festa junina do Estado, há um forródromo específico para a apresentação das melhores quadrilhas juninas do Brasil. Acontecem concursos de quadrilhas todas as noites e também são organizadas queima de fogos, colocação de mastro e casamento caipira. Foi lá que se originou o Grupo Cultural e Recreativo Assum Preto, quando se sagrando campeã sergipana, galgou o direito de representar o Estado de Sergipe por duas vezes, culminando no título de 1ª Campeã Brasileira em 2005 no Distrito Federal e Vice Campeã Brasileira de 2006, em Rio Verde, GO.

3.1 Origem da Quadrilha Junina

A quadrilha é uma dança coletiva que surgiu na Inglaterra, por volta dos séculos XIII e XIV e em virtude do contato cultural entre França e Inglaterra durante a Guerra dos Cem Anos, a França adotou a dança, levando-a para os palácios e tornando-a nobre. Desta forma, a mesma foi se espalhando por toda a Europa. Para Lelis:

A quadrilha é uma dança de origem européia, cujos registros originários, que falam de velhas danças rurais da Normandia e da Inglaterra, se perderam no tempo. O conjunto de danças palacianas aristocráticas que se espalhou pela Europa nos séculos XVIII e XIX nos foi legado pelos Portugueses. O que compreendemos como quadrilha chegou até nós com o nome de pás de dance, contradança de salão da corte francesa (LELIS, 2004, p. 48).

No Brasil, a dança chegou por volta do século XIX, com a Corte Real Portuguesa e foi se popularizando, espalhando-se por todo o país e figurando, principalmente, nas festas juninas. Ao longo dos anos sofreu várias alterações na sua formação, na dança e no figurino.


3.2 Festas Juninas

A festa junina é uma celebração tradicional brasileira que ocorre no mês de junho, festejando três importantes santos católicos: São João (24 de junho), São Pedro (29 de junho), e Santo Antônio (13 de junho). Em Portugal, estas festas são conhecidas pelo nome de Santos Populares e correspondem a diferentes feriados municipais: Santo Antônio em Lisboa, São João, no Porto e em Braga.

Recebeu o nome de junina (chamada inicialmente de joanina, de São João), segundo alguns historiadores, porque teve origem nos países católicos europeus e era uma homenagem a São João, que comemorava normalmente sua festaem junho. Afesta foi trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros.

Um catolicismo ascético, ortodoxo, entravando a liberdade aos sentidos e aos instintos de geração teria impedido Portugal de abarcar meio mundo com as pernas. As sobrevivências pagãs no cristianismo português desempenharam assim importante papel na política imperialista. As sobrevivências pagãs e as tendências para a poligamia desenvolvidas ao contato quente e voluptuoso com os mouros (FREYRE, 1995, p. 250).

A festa mais tradicional é a de São João, a qual é típica na Região Nordeste do Brasil. Por ser uma Região árida, o Nordeste agradece anualmente a São Pedro e, claro, a São João, pelas chuvas caídas nas lavouras.

Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica e a pamonha.

Nascia assim a quadrilha. São João fez isso para desviar as pessoas que iam assistir às comemorações das conquistas das guerras, das colheitas, quando se sacrificavam vários escravos. É por isso que as quadrilhas são dançadas na véspera do Dia de São João, 24 de junho, assim como são levantados mastros e acendidas fogueiras (ORTENCIO, 2004, p. 78-79).

3.3 Roteiro das Principais Festas Juninas em Sergipe

São seis os municípios de maior tradição: Aracaju, Estância, Areia Branca, Cristinápolis, Muribeca e Capela. O roteiro começa em Aracaju, na Rua São João, onde acontecem campeonatos de quadrilhas e apresentações de trios pé-de-serra. Nos espaços dos mercados municipais ocorre o “Forró-Caju”, com apresentações de bandas regionais e nacionalmente conhecidas, cantando para milhares de pessoas que dançam até o dia amanhecer.

Em Estância acontece um dos mais belos espetáculos pirotécnico do Brasil: um barco impulsionado por foguetes, fabricado à base de pólvora, é acionado para o delírio dos que assistem ao show ao final de uma ousada batalha de busca-pés.

Na cidade de Cristinápolis, o povo se diverte e muito com as batalhas de busca-pés, num belíssimo e inesquecível espetáculo.

Já em Areia Branca, uma lei municipal proíbe a queima de fogos de artifício, tornando-a conhecida como: ”O São João de Paz e Amor”. A festa acontece no forródromo que recebe 100 mil pessoas por noite. A cidade também se destaca por realizar no dia 30 de junho, um café da manhã ao ar livre.

No São Pedro, a festa fica por conta das cidades de Muribeca e Capela, onde há queima de fogos de artifícios e batalha de busca-pés. No dia 29 de junho, vivencia-se a queima do mastro, em que homens e mulheres entram na mata para buscar um tronco, sendo colocado em pé e depois ateado fogo e quando cai as pessoas correm para pegar os prêmios (SANTOS; 2008).

4 ENTIDADE E CONFEDERAÇÕES NACIONAIS DE QUADRILHAS JUNINAS

4.1  Confederação Brasileira de Entidades de Quadrilhas Juninas (CONFEBRAQ)

A Confederação Brasileira, fundada em 22 de fevereiro de 2002, é uma entidade sócio-cultural de utilidade pública, sem fins lucrativos, políticos, distinção de nacionalidade, cor, raça, religião e credos. E que se destina à execução de atividades culturais, folclóricas, tradicionais, sociais e desportivas. Constituída sem limites de prazo para a sua duração, ela é regida por estatuto e legislação específica aprovada em assembléia geral, convocada para este fim.

A Confebraq nasceu do sonho de diretores da Liga Independente das Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (LINQ-DFE), na pessoa de Claudeci Martins, atual presidente da Confebraq, que entrou em contato com federações regionais já existentes, a fim de oficializar a fundação da confederação nacional em 2002. Entre as dificuldades de gestão há a falta de recursos financeiros, a distância geográfica das entidades filiadas e as diferenças regionais e culturais encontradas em cada um dos 13 estados filiados. Mesmo com todas as dificuldades, a Confebraq vem avançando e em 2005, após realizar duas mostras nacionais de quadrilhas em 2003 e 2004, conseguiu em parceria com o Sesi-DF, Rede Globo e LIN-DFE realizar o 1º Concurso Nacional de Quadrilhas Juninas, já com um conhecimento das características da dança em cada região brasileira e um regulamento que buscava respeitar essas diferenças.

4.2 Concurso Nacional de Quadrilhas Juninas

Em 2005 foi realizada a 1ª edição do Concurso Nacional de Quadrilhas Juninas com a organização da Confebraq. O evento concretizou um sonho antigo dos grupos de quadrilhas de todo país e mostrou o crescimento e profissionalização do movimento junino. Ainda assim, o mesmo só foi possível graças à parceria firmada entre o Sesi-DF, Rede Globo Brasília e LINQ-DFE, que forneceu a estrutura já existente e utilizada no Concurso Regional de Quadrilhas do Distrito Federal desde 1994, além de disponibilizar quase R$ 30.000,00 de premiação para dez grupos de nove estados brasileiros e teve como campeã da sua primeira edição, a Quadrilha Junina Assum Preto, de Sergipe, como vice-campeã a Quadrilha Junina Arrocha o Nó, de Brasília e em terceiro lugar a Quadrilha Junina Chapéu do Vovô, de Goiânia.

A grande novidade deste ano foi o 1º Concurso Nacional de Quadrilhas, que aconteceu no último domingo (7). Os participantes vieram do Acre, Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Sergipe e Tocantins especialmente para a competição. Junto com os oito melhores grupos do Brasil estiveram duas representantes do DF: a Pau Melado, campeã do 10º Concurso Regional de Quadrilhas, e a Arroxa o Nó, campeã de 2005 da Linq-DFE. A vencedora foi a quadrilha Assum Preto, de Sergipe, que levou os prêmios de R$10 mil e de melhor marcador, para Cleudo Albuquerque. “Ganhar essa competição é chegar ao topo e é uma honra ganhar nosso primeiro Concurso Nacional justamente na Capital Federal”, marcador (GRUPO DE QUADRILHA NOIS TRUPICA MAIS NUM CAI, 2008).

A cidade sede da segunda edição realizada nos dias 05 e 06 de agosto de 2006 foram definidas em votação, onde 12 estados filiados escolheram entre as três propostas apresentadas: Brasília (DF), Campina Grande (PB) e Rio Verde (GO). O Projeto da cidade de Rio Verde em parceria com a Fequaju-GO, com valor superior a R$ 700.000,00 foi escolhido pela maioria e garantiu o título de maior evento junino de todos os tempos, onde sagrou-se campeã a Quadrilha Junina Mala Veia, de Brasília, a vice-campeã Assum Preto, de Sergipe e a 3º colocada,   a Abusados da Roça também de Sergipe.

A conferência acontece no prédio da Secretaria de Comunicação, no antigo Fórum e amanhã dia 22, no período da tarde, será assinado o contrato de parceria, entre a Prefeitura de Rio Verde e a CONFEBRAQ para a realização do Evento em agosto, ”Além de firmar essa parceria com a Prefeitura de Rio Verde, nossa Assembléia aprovará o regulamento do Concurso”, finalizou, Claudeci (PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO VERDE, 2008).

4.3 Liquajuse (Liga de Quadrilha Junina de Sergipe)

Em Sergipe, a entidade responsável em promover concursos e apoiar as quadrilhas do Estado é a Liquajuse – Liga de Quadrilha Junina de Sergipe. A referida liga foi criada em 21 de outubro de 1990 com o objetivo de organizar e filiar as quadrilhas participantes.

A Liga e de Quadrilhas juninas de Sergipe foi fundada em 21 de outubro de 1.990. Teve como 1° presidente o Sr. Marcos Aurélio Pinheiro Tarquinho, que presidia a liga de1.991 a1.993. O seu segundo presidente eleito foi a Sra. Vandete Nunes Oliveira (em memória) que presidiu de1994 a1996. Atualmente a liga é presidida pelo Sr. Célio Torres que está administrando a Liquajuse pela 3ª vez. Seu primeiro mandato foi iniciado em 1997 até 1999. O segundo de 2000 até 2003 e o terceiro de 2004 até 2008. Durante todo período a Liquajuse vem desenvolvendo um grande trabalho juntamente com todas as suas associadas, proporcionando a todos os sergipanos e turistas que nos visitam o autêntico folclore sergipano através das melhores quadrilhas juninas do Brasil (INFONET, 2008).


5 QUADRILHAS JUNINAS DE SERGIPE

É de senso comum em Sergipe a existência de uma Associação que filiava as quadrilhas juninas, baseada em um critério de fiscalização para o atendimento, em especial a ajuda financeira. Devido à dificuldade desse processo, a associação só se estendia às quadrilhas juninas de algumas cidades da grande Aracaju, entre elas a própria Aracaju, Barra dos Coqueiros, N. Sª do Socorro e São Cristóvão. Baseando-se nos grupos destas cidades, percebe-se que os números de agremiações juninas foram reduzidos a cada ano.

Hoje, a entidade que substitui a antiga associação é a LIQUAJUSE, que abrange todos os grupos de todos os pólos turísticos de Sergipe, devido à facilidade de fiscalização, por ter um critério baseado nas escolas de samba do Rio de Janeiro, separando as quadrilhas juninas por grupos, sendo classificadas em Grupo Especial, 1º Grupo, 2º Grupo, Mirins e Idosos.

Muitas destas quadrilhas são filiadas à associação de Quadrilhas Juninas do Estado de Sergipe, entidade criada em 1989, e funcionando no CSU (Centro Social Urbano) do Conj. Lourival Baptista, na rua Rio Grande do Sul S/N, sendo seu presidente, o Sr. Wilson Liro do Nascimento. Os critérios para o atendimento à solicitação foram centrados nos seguintes aspectos: tempo de existência, participação em eventos, número de participantes e fiscalização no local do ensaio. Em 1988 existiam 70 Quadrilhas Juninas, sem as mirins. Em 1989 existiam 135 Quadrilhas entre adultas e mirins e em 1990 existiam 109 quadrilhas entre adultas e mirins (FONTES, 1990, p. 35).

Na conjuntura da atual classificação, a quadrilha junina adulta recém formada não recebe ajuda financeira, a mesma é filiada no 2º Grupo, daí iria subindo para o grupo de acesso por mérito adquirido e passava a receber ajuda financeira referente ao seu grupo. Nos dados atuais da LIQUAJUSE existem 24 (vinte e quatro) quadrilhas juninas do Grupo Especial, 20 (vinte) do 1º Grupo, 4 (quatro) do 2º Grupo, 1 (um) mirim e 1 (um) de idosos. Já em 1989 existiam 110 quadrilhas adultas registradas na Associação e 25 quadrilhas mirins, no total de 135 quadrilhas juninas espalhadas na grande Aracaju. De acordo com a liga, as quadrilhas em Sergipe estão assim dispostas:


-       Quadrilha do Grupo Especial

01-Assum Preto 02-Acenda Fogueira 03-Baila Conosco 04-Balancê 05-Cangaceiros da Boa 06-Chapéu de Couro 07-Carcará do Sertão 08-Chamego Bom 09-Ciganinha 10-Forró Maneiro 11-Forrobodó 12-Forró do Milho 13-Flor Nordestina 14-Massacará 15-Meu Sertão 16-Meu Xodó 17-Minha Deusa 18-Pioneiros da Roça 19-Pisa na Brasa 20-Rala Rala 21-Retirantes do Sertão 22-Sassaricando 23-Século XX 24-Xodó da Vila.

-       Quadrilhas do 1° Grupo

01-Abusados da Roça 02-Apaga a Fogueira 03-Asa Branca 04-Alegria 05-Acauã do Vale 06-Forró da Ilha 07-Guerreiros do Sertão 08-Laranjeirense 09-Luiz Gonzaga 10-Maracangaia 11-Meu Xamego 12-Mastruz com Leite 13-Pé duro 14-Rainha do Cangaço 15-Rei do Cangaço 16-Remelexo 17-Unidos do sertão 18-Unidos em Asa Branca 19-Xodó na Roça 20-Xote Baião.

-       Quadrilhas do 2° Grupo

Arrasta Pé do Sertão, Coração Nordestino, Lírio do Vale, Pisa Milho

-       Quadrilhas Mirins

Xodó da Vila

-       Quadrilhas de Idosos

Século XX

O dado preocupante é que em 19 anos deixaram de existir 62 quadrilhas juninas adultas, 24 quadrilhas juninas mirins, ou seja, 86 (oitenta e seis) grupos juninos não existem mais, devido à falta de incentivo cultural. Portanto, é preciso esclarecer esses números à população e aos gestores responsáveis pela cultura, sergipana, pois a quadrilha junina é um produto turístico agregado dos festejos juninos.

Atualmente, existem 48 grupos de adultos, 1 (um) de idosos e 1 (um) mirim, necessitando com urgência de um processo motivacional, para que as pessoas que mantêm o movimento junino passem sua arte cultural de geração a geração sem risco de extinção.

A implantação da disciplina Manifestação Popular no Ensino Fundamental também seria um processo motivador, visto que, primeiro temos que despertar nos indivíduos o amor para aquilo que eles possuem, pois tendo amor pela sua terra, valorizarão e terão orgulho de divulgar sua cultura.

6 GRUPO CULTURAL E RECREATIVO ASSUM PRETO

Manter vivo os festejos juninos na alma sergipana é o principal objetivo dos 60 integrantes da quadrilha junina Assum Preto. O grupo foi criado em 14 de julho de 1990 e traz, em sua trajetória, a homenagem ao maior mito da música nordestina, o saudoso Luiz Gonzaga, conhecido como o ‘Rei do Baião’.

 

 Figura 01 – Quadrilha Assum Preto ganha concurso

 Fonte: Foto Infonet – www.infonet.com.br

A garra e a selvageria que representam a famosa ave é também sinônimo de união entre os participantes da Assum Preto, cujo laço de irmandade ajuda a reforçar o espírito de cooperação mantido pelos mesmos, ano após ano. Prova maior, são os inúmeros títulos já conquistados em concursos, tanto em Sergipe, quanto nos demais estados brasileiros.

As finais nos concursos da Rua São João, Agamenon Magalhães e Centro de Criatividade, locais tradicionalmente conhecidos de Aracaju (SE), serviram como congratulações preliminares ante as vitórias que viriam sucessivamente. As de maior destaque foram registradas no Concurso de Quadrilhas do Shopping Rio Mar, Rua São João, realizado em 2005, e no I Campeonato Brasileiro de Quadrilhas Juninas, que aconteceu em Brasília nesse mesmo ano. Em ambos os eventos, o primeiro lugar foi comemorado com gritos e pulos de alegria.

Além de damas e cavalheiros, a quadrilha junina Assum Preto é também composta por um trio pé-de-serra, que traz na trilha sonora utilizada para as apresentações, os embalos contagiantes da sanfona, da zabumba e do triângulo. Cabe ao marcador e presidente, Genicleudo Melo Albuquerque, a montagem das coreografias e a escolha das diferentes temáticas adaptadas pelo grupo a cada ano, a exemplo de ‘O Apogeu do Cangaço’, em 2003, ‘Assum Preto em Tributo ao Trio Nordestino’, em 2004, e ‘Assum Preto Debutando no Forró’, em 2005.

Desde 1995, quando começou a fazer parte do Grupo Especial de Quadrilhas, a Assum Preto vem alcançando patamares cada vez mais elevados. Na época, o maior critério para a inclusão no referido grupo era o tempo de serviço prestado, o que correspondia a mais de dez anos de atividade. Como a Assum Preto só tinha três anos, ficou impossibilitada de alcançar a honradez. Entretanto, depois de ter ganhado todos os concursos que existiam na época, decidiu-se pela inclusão desta no Grupo Especial como uma das melhores Quadrilhas Juninas do Estado de Sergipe.

 

Figura 02 – Participação da Assum Preto

Fonte: Foto Infonet – www.infonet.com.br

Os 15 anos dançados e cantados no impasse do autêntico ritmo nordestino, também permitiram à quadrilha Assum Preto o lançamento do seu primeiro CD em 2000, intitulado ‘Assim é que se dança forró’. Uma nova versão ao vivo traz, em 2002, o CD ‘Quem sabe faz ao vivo’, contendo o mesmo repertório musical.

Com uma sucessão de projetos artísticos realizados, incluindo a gravação de DVD’s, a Assum Preto lança, este ano, o seu 4º CD durante o ‘VIII Forró do Lampião’, um evento idealizado pelo próprio presidente do grupo, com o objetivo de angariar fundos para suprir despesas ocasionadas pelas constantes viagens. O ‘VIII Forró do Lampião’ acontece no dia 27 de maio, às 21h, no Clube Morada do Bosque (cond. Eucalyptos), no Conjunto Castelo Branco (INFONET, 2008).

               

Figura 03 – São João tradição de quadrilhas              Figura 04 – São João tradição de quadrilhas

Fonte: Foto de André Moreira/ASN                             Fonte: Foto de André Moreira/ASN

A equipe que faz as apresentações constitui-se de um grupo de 60 pessoas, entre dançarinos, figurantes, membros da equipe técnica, sanfoneiro, triangueiro e zabumbeiro. Formada no conjunto Castelo Branco, em Aracaju, a Assum Preto é uma das mais tradicionais quadrilhas de Sergipe. ‘Em 1990, foi formada uma associação, o Grupo Cultural e Recreativo Assum Preto’,. O grupo congrega a quadrilha e também um time de futebol. A agenda da equipe é cheia, com apresentações pelo Brasil durante o ano. Nas coreografias de cerca de 30 minutos, a quadrilha explora o orgulho da sergipanidade.

       

Figura 05 – Concursos de Quadrilhas Juninas           Figura 06 – Concursos de Quadrilhas Juninas

Fonte: Foto de André Moreira/ASN                          Fonte: Foto de André Moreira/ASN

7 TURISMO CULTURAL É A SOLUÇÃO

Hoje parece que todos os municípios estão despertando como uma das formas de saída econômica para o desenvolvimento municipal, principalmente através do Turismo Cultural que por razões mais ou menos óbvias é mais fácil de implantar por que a infra-estrutura (asfalto, restaurantes, comunicações) muitas vezes está pronta e os atrativos também RHODEN (In: GONÇALVES; BOFF, 2001, p. 101).

Conforme Gonçalves e Boff (2001), a maioria dos municípios está voltada para o Turismo Cultural, como solução para o desenvolvimento econômico, devido à facilidade dos equipamentos e os atrativos turísticos se encontrarem muitas vezes prontos.

A grande força do turismo sergipano também está no turismo cultural, que compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico-cultural e dos eventos culturais, como sítios arqueológicos, ruínas, museus e outros espaços destinados à apresentação ou contemplação de bens materiais e imateriais, a exemplo das manifestações populares como música, dança, gastronomia, artes visuais e cênicas, festas etc.

Dentro das manifestações populares, há um produto agregado de grande valor. ‘O São João’, que poderia ser mais aproveitado, principalmente as quadrilhas juninas sergipanas, já que elas atraem o público local e turistas com uma facilidade incrível.

Suas coreografias, o figurino bem colorido, variações dos ritmos, (a exemplo do xote, xaxado, baião, marchas e cirandas juninas), obtém, não só a satisfação do público-alvo, mas sim o contentamento, pois todos que assistem se surpreendem com a graciosidade das damas e a versatilidade dos cavalheiros, do marcador, que comanda toda a apresentação com gestos harmônicos e faz todos os seus comandados entenderem o que ele está determinando a cada ritmo naquele momento, tornando-se uma peça fundamental do show artístico.

As pessoas que escolhem Sergipe como destino, dão boa referência do nosso produto turístico e desta maneira atraem-se mais clientes, com a qualidade dos serviços, incentivando aqueles que chegam a retornar.

Por isso, faz-se necessário dizer que as quadrilhas juninas do Estado Sergipe têm esse diferencial, e, efetivamente, precisam ser preservadas.

Elas são muito importantes para a economia do Estado, devido ao show artístico, à utilização de sanfoneiros, zabumbeiros, triangueiros, cantores, costureiras, e toda parte do material para confecções dos trajes serem compradas nos municípios de origem de cada grupo junino.


8 CONCLUSÃO

O São João sergipano é um evento turístico que traz divisas para o Estado, devido ao forte apelo cultural, à tradição das manifestações culturais, não só na capital, mas em todas as cidades sergipanas que fazem suas comemorações juninas com grande impacto, transformando o Estado de Sergipe no maior arraial do Brasil. É importante mencionar que Sergipe representa muito para a cultura nordestina, além de possuir as mais belas e atraentes quadrilhas juninas do país. Nela se encontra um pouco de tudo: danças típicas, folclore, comidas regionais, artesanato, arraiais, eventos culturais, shows diversos etc.

Com este estudo, percebe-se que as quadrilhas juninas de Sergipe podem ser extintas, visto que a falta de incentivo cultural está deixando estes grupos cada vez mais vulneráveis. Grupos estes que ao longo dos anos tornaram-se profissionais e fazem apresentações que agradam ao público local e turistas do mundo inteiro. Constatou-se que o Grupo Cultural e Recreativo Assum Preto é considerado ícone do movimento junino brasileiro, reconhecido pela CONFEBRAQ (Confederação Brasileira de Quadrilhas Juninas), como uma das melhores quadrilhas juninas do país. Foi campeã brasileira em 2005 e vice-campeã brasileira em 2006, e suas conquistas em caráter nacional provam o potencial das quadrilhas sergipanas como atrativo turístico.

O presente artigo constitui-se numa forma de alertar a população e os gestores sergipanos de que é preciso incentivar as quadrilhas juninas locais para que não desapareçam e sirvam apenas, para as gerações futuras, como fonte de pesquisa. Assim sendo, necessário se faz aqui alertar sobre a importância dos festejos juninos e suas reais manifestações, não só para o estado de Sergipe, contudo a nível nacional, pois é essencial manter vivas as tradições regionais do país.

É preciso também que seja implantada no Ensino Fundamental ao menos em Sergipe a disciplina Manifestação Popular, visto que a mesma poderá incentivar as escolas públicas e particulares a realizarem suas festas juninas, despertando nos indivíduos um sentimento de amor pela cultura sergipana, contribuindo para uma maior valorização das nossas manifestações culturais, que são fundamentais e poderão ser divulgadas com orgulho no contexto do turismo cultural nacional e internacional.


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[1] Graduado no Curso de Eventos e Turismo e Pós-Graduando em Planejamento e Gestão de Projetos
Sociais – Universidade Tiradentes, Aracaju. E-mail: [email protected]

[2] Graduado no Curso de Eventos e Turismo e Pós-Graduando em Planejamento e Gestão de Projetos Sociais – Universidade Tiradentes, Aracaju. E-mail: [email protected]