CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

 

EDILENE LIMA

 JOCIONE MARIA DE JESUS ANDRADE

MARINALVA PAULINO

SOLANGE MOREIRA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                          A DIVERSIDADE CULTURAL NAS ESCOLAS

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                  SORRISO – MT

                                                                                         2017

                        

                

 

 

 

 

 

  CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

 

EDILENE LIMA

 JOCIONE MARIA DE JESUS ANDRADE

   MARINALVA PAULINO

 SOLANGE MOREIRA

 

 

 

 

 

 

 

                 A DIVERSIDADE CULTURAL NAS ESCOLAS

 

                                                              

                                                               Trabalho de conclusão de curso,

apresentado ao curso de pedagogia

                                                        á     Distancia da Faculdade

                                                   Internacional de Curitiba.

 

 

 

                                                                                    SORRISO – MT

                                                                                            2017

                       

                         

 

 

 

                                                 A DIVERSIDADE CULTURAL NAS ESCOLAS

 

                                                                        RESUMO

 

Ao abordar o tema diversidade cultural na escola, vem em mente como nossos alunos se interagem nesse contexto tão importante para nossas vidas, e na posição do educador em intervir em situações que colocam alunos em constrangimentos. A pesquisa teve a intenção de refletir sobre injustiças e preconceitos que acontecem no ambiente educacional e possíveis formas de fazer com que a diversidade seja respeitada e entendida, para que todos possam usufruir o direito a igualdade. Na maioria das vezes momentos constrangedores passam despercebidos pelos professores, causando grandes transtornos psicológicos para o individuo em questão, isto acontece por falta de iniciativa ou despreparo dos professores que não sabem como agir em tais momentos, entendemos que são necessários planos de aula que pautem a diversidade, para que alunos e educadores se conscientizem de que o nosso país é composto por misturas de raças e etnias que devem ser respeitadas e valorizadas, pois todos têm o mesmo valor diante da sociedade, independente das singularidades de cada um, ressaltando o direto a igualdade, e o mal que o preconceito causa na vida das pessoas prejudicadas.

 

Palavras-Chave: Diversidade. Igualdade. Escola. Aluno. Professor.

 

[1] Aluno do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso, no Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER, 1º Semestre – 2014.

² Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER.

 

 

 

 

1. INTRODUÇÃO

 

          A diversidade cultural é vivida diariamente nos contextos sociais, muitas vezes são recebidas de forma irônicas, nas escolas principalmente podemos observar atitudes desagradáveis em relação às diferenças, ambiente esse que se encontram pessoas em fase de transformação, que precisam ser respeitados em suas diferenças de forma a entender que todos são iguais, independente de cultura. 

           As desigualdades sociais, econômicas e raciais têm causado uma grande disparidade no que tange a escolaridade alcançada pela população brasileira e sempre esta presente nas salas de aulas, no contexto com várias realidades sociais e culturais. Com a pesquisa busquemos formas de evitar para que a diversidade não atrapalhe o aluno no ensino ou até mesmo na convivência entre outros alunos, com o objetivo de trabalhar para que todo aluno possa viver em um ambiente escolar de forma tranqüila, livre de preconceitos e injustiças:

  • Promover o respeito às diferenças
  • Valorizar e acolher identidades plurais
  • Superar discriminações e preconceitos

A pesquisa foi de extrema importância para entender sobre as diferenças que acontecem no dia a dia do meio educacional. , por se tratar de um tema que tem causado grandes impactos no psicológico de nossos alunos, acredito que todo educador deva buscar maneiras de levar para seus alunos o espírito de cidadania e igualdade, um direito de todos, mas que, muitas vezes não funciona na prática, deixando cicatrizes profundas no intimo de quem passa por tais injustiças.

          Na fundamentação teórica trabalhemos: A multiculturalidade na escola, conviver e aprender com a diversidade, como o educador deve lidar com as diferenças, o que acontece no ambiente escolar com relação ao tema, como é a escola que buscamos alguns direitos do educando, como o educador deve agir em relação à problemática pautada, como identificar preconceitos e descriminações na escola entre outros.

2. A DIVERSIDADE NO CONTEXTO EDUCACIONAL

 

           Falar em diversidade significa constatar e reconhecer as varia diferenças sociais, culturais étnicas.

Sabemos que a diversidade sempre esta presente nas salas de aulas, no contexto com várias realidades sociais e culturais, e que a preocupação de atender a todos sem exceção é recente nas escolas brasileiras.

A multiculturalidade no contexto educacional é um avanço contra o racismo, partindo para a contribuição de povos reconhecendo seus históricos, suas origens, que representam uma significação de valores e crenças baseados nas experiências vividas por eles.

          No universo escolar, freqüentemente alunos sofrem preconceitos, por diversos motivos entre eles raça, etnia, religião, classe social e outras, fato esse, que traz constrangimentos afetando a aprendizagem e a convivência dos alunos, ao se falar sobre diversidade cultural na escola Freitas afirma:

 A escola e, conseqüentemente, a educação, como espaço em que as contradições sociais se manifestam, converte-se em um dos cenários do multiculturalismo. A presença das múltiplas culturas não é uma invenção escolar, mas a convivência entre as múltiplas culturas existentes no ambiente escolar é fator importante no contexto que estamos tratando. Essa convivência é resultado das interações humanas, seja por processos de colonização, migração, êxodo, guerras etc.(Freitas, 2011, p.90)

           No ambiente escolar nossos alunos tem o desafio de conviver com diversas culturas e aprender com elas, pois nós aprendemos a partir do contato com o outro, onde percebemos as diferenças sejam elas de cultura, de regiões, de etnias ou de família. Nessa perspectiva o devemos estar atentos, entendendo que tais diferenças são riquezas de nosso país e aprofundar seus conhecimentos para poder agir de maneira coerente com a realidade cultural, social e étnica, do nosso meio escolar. Criar em suas práticas pedagógicas valores e conteúdos com situações positivas, proveitosas e efetivas, valorizando a desigualdade, ressaltando a igualdade, buscando assim combater o preconceito e a descriminação, para que toda criança se sinta parte da escola de maneira geral não importando suas raízes, cada um é único, mas ao mesmo tempo somos iguais.

            A escola deve ser um espaço em que se pode aprender de formas múltiplas, valorizando vivências experiências prévias para construir novos caminhos e saberes.

          No que diz respeito à diversidade cultural, preconceitos e injustiças no contexto escoar MICHALISZYN comenta:

   Há ainda que se considerar que a escola é uma instituição social que pertence a uma estrutura social maior, que abrange os grupos sociais de que fazem parte as crianças pobres, bem como o daqueles cujo poder aquisitivo é maiores e lhes oferece mais privilégios. Como a estrutura social é determinada pelo poder econômico, obviamente, a escola acaba por representar muito mais a cultura das classes privilegiadas, já que a própria estrutura a determina como a cultura padrão. (Michaliszyn, 2008, p.79).

          Trata-se de um ambiente com múltiplas culturas, um espaço onde contradições sociais se manifestam. Com freqüência, injustiças e preconceitos acontecem quando o indivíduo tem uma identidade diferente, dos padrões definidos como validos e aceitos, ela é constituída por relações sociais, entre elas alianças e conflitos.  Na maioria das vezes a escola passa para seus alunos, referências trazidas pelo professor sobre o mundo e a classe social que ele pertence, valorizando os conhecimentos de elite e deixando de lado crianças que estão longe dessa realidade, com culturas que não se encaixam nos seus planos de ensino e programa, crianças essas que não tem total ou nenhum acesso a tais informações, principalmente meios de comunicação mais elevados, e conseqüentemente terão dificuldade de aprendizado perante as outras crianças que tem os privilégios citados acima.

           Nós educadores devemos estar atentos a transformações sociais que resultam diferentes maneiras de ver a vida, não podemos ficar omissos diante de injustiças, educando as atuais e as novas gerações a partir de uma visão multicultural, que leva em conta a necessidade e importância de se reconhecer, valorizar e acolher identidades plurais sem representar ameaças ou qualquer forma de preconceito e constrangimento independente de sexo, cor, gênero, credo e etnia, buscando superar discriminações e preconceitos para termos uma sociedade com justiça social e igualdade.

Uma vez que os seres humanos são considerados seres destinados a se adaptar, impõe-nos a receber e arquivar informações narradas ou transmitidas, inibindo-os de desenvolver em si, a consciência crítica que lhes fazem agente de sua transformação como sujeito, que não se preocupam em fazer mudanças, e tendem a se adaptar a realidades contidas no deposito recebido.

Esta proposta traz a necessidade da formação de professores no tema da pluralidade cultural, essa formação docente é exercício de cidadania um investimento importante e precisa ser um compromisso político pedagógico de qualquer planejamento educacional escolar, para formação ou desenvolvimento profissional dos professores.

Um dos fundamentos psicológicos da descriminação é o medo (manifestação de insegurança) muitas vezes é plantada em cada um de nós, que pode ser revertida apenas quando encarada e trabalhada.

Uma forma de superar esse tipo de medo é oferecendo informação que permita esse conhecimento mutuo, tanto dos alunos entre si quanto em relação a cidadãos brasileiros de diferentes origens. Trata-se também de recuperar conhecimentos dos grupos étnicos e sociais aprimorarem-se, para que possa cada vez mais fortalecer a educação, o profissional deve estar em permanente formação. Ter uma reflexão critica entre práticas educativas, e teóricas que já existe e sobre aprimoramentos daqueles que necessários, podendo assim gerar fundamentos na construção de outras.

           Valorizar e respeitar a cultura dos educando, debater os relatos trazidos pelos alunos criando um ambiente propicio ao diálogo, superam repetições de conteúdos que dificulta o entendimento dos educando, levando em conta suas experiências que podem ser conhecidas e reconhecidas no processo educativo.

           A melhor forma desenvolvermos esse papel é mostrando ao aluno sua capacidade e seu potencial sobre si mesmo e sobre o mundo, para que sejam cidadãos ativos e participativos. Respeitando suas culturas, trajetória, dando-lhes oportunidades para aperfeiçoa suas profissões e tornando-os seres com capacidades para avaliações críticas.

           Não podemos esquecer que desigualdade social e exclusão foram fatos marcantes na historia da educação brasileira.

          É a partir de múltiplas culturas, de diferentes maneiras de ver a vida, e de diversos acontecimentos na história da humanidade, que surgi à necessidade de diálogos entre as culturas, buscando uma educação intercultural tem como princípio a interação entre culturas, não interessando apenas constatar diferenças, mas sim a interação a troca entre as partes. Desenvolver atitudes de responsabilidade do aluno pelo ser, exigindo respeito para si, cuidado com a saúde, seus vínculos afetivos, sua capacidade de fazer escolhas e opções, questionar como será a educação, o aprendizado, as dificuldades e as histórias de vidas da população que nos rodeiam que nas maiorias das vezes não se identificam com nossas trajetórias, mais que são seres humanos que vem enfrentando dificuldades diárias, passando por conflitos e até mesmo violência para terem o direito de liberdade, essa e outras conquistas devem ser aplaudidas e incorporadas na educação.

            A escola deve perceber através do conhecimento das diferenças culturais, e buscar soluções que beneficie o outro e considere que o mesmo tem para contribuir, buscando ensinar as crianças com temas ligados a sua história e a de seus antepassados, para que a mesma possa conhecer o que está estudando e ter orgulho da sua história de vida. Construir saber que é poder, não distribuir poder, seu papel é colocar o conhecimento nas mãos dos excluídos porque a pobreza política produz pobreza econômica, não se pode apenas saber, mas saber que está sabendo.

           O ser humano é educado de acordo com a sua cultura, com sua prática social, é sujeito de conhecimento que se constrói, à medida que pensa o seu conteúdo.

 

           De maneira natural quando nascemos somos diferentes, mas é apenas na sociedade que nos transformamos num ser mais complexo, somente na relação com outros seres humanos que a criança se transformar psicologicamente e adquiri um caráter de um indivíduo, cuja cultura foi estabelecida pelo meio que a desenvolveu.

            A cultura é um dos elementos que mais se destaca na construção do relacionamento social, ela é produto exclusivo da criação humana, está presente desde surgimento dos primeiros agrupamentos humanos, é considerada uma das responsáveis pela sobrevivência humana.

           Sobre a diversidade na escola a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em seu Art.3° dispõe:

Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

                                         Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996).

           O homem deve ser educado de acordo com a sua cultura, com sua prática social, é sujeito de conhecimento que se constrói, à medida que pensa o seu conteúdo.

           Experimentar novas situações nos da o direito de descobrir informações, reconstruir e a partir dai inventar e cooperar. Nós vivemos num modelo de sociedade que se prevalece das diferenças, em muitas vezes somos vitimas da diversidade, em outros momentos acabamos fazendo uso dela para afirmar nossa própria identidade.

           Crescer em certa sociedade é uma forma pela qual o indivíduo, aos poucos adquire uma cultura que é herdada para que o mesmo perceba e entenda o seu mundo e aprenda viver nele, com relação a outras pessoas ao seu ambiente natural, as crenças religiosas são logo transmitidas para a geração seguinte por meios de símbolos, linguagens da arte e dos rituais. A cultura pode ser vista como uma lente que introduz o indivíduo na sociedade e logo mais ele pode introduzir ou dispensar o que julgar ser necessário para sua bagagem.

           É na escola que essas diversidades culturais se afloram, já que a educação é um processo coletivo regido por políticas públicas, que deveriam ter como objetivo a realização do bem comum, valorizando o saber local, a identidade lingüística e sua inclusão no currículo é o que garante a diversidade cultural dos alunos, não pensar apenas nos indivíduos que nos cercam, mas sim em relação de convivência entre comunidades em geral.

            O professor, que por vezes é visto com certo apreço pelos seus alunos, pode e deve ajudá-los a criar modelos positivos, valores do bem, da justiça, o seu lugar na sociedade. Precisamos olhar para a criança na sala de aula, pois na maioria das vezes a criança tem confiança em seu professor, o que o torna para elas um exemplo.

           Precisamos de um apoio maior dos políticos governamentais, nos programas educacionais, para termos nossas escolas cada vez mais voltadas para a inclusão social em todo tipo de diferença que existe e que surge a cada dia, a escola deve preparar as novas gerações para esta educação, voltada para a diversidade, precisamos romper o preconceito que foi construído ao longo do processo histórico, e somente através da prática de transformação no espaço escolar e que podemos construir uma sociedade mais justa, que perceba a escola como espaço de construção dos sujeitos, através da valorização das individualidades, do respeito para com as diferenças, com a cultura de cada um, onde educação é a peça fundamental para um mundo melhor.

           Temos que trabalhar em cima de assuntos que ressalte a diversidade valorizando a igualdade, assuntos com pesquisas sobre objetos pessoais ou religião é bons exemplos. É importante também que os conceitos de respeito à diferença sejam trabalhos naturalmente, no dia a dia, muitas vezes fazemos comentários do tipo quem não estuda vira faxineiro, automaticamente passa a idéia que o faxineiro seja inferior. Devemos também prestar atenção nos alunos tímidos que precisam de um estimulo para que não sejam excluídos.

          Educar compreender e defender os propósitos inclusivos do que, muitas vezes, convence rum educador da importância e das exigências dessa inovação, de tal forma as nossas concepções educacionais carregam o peso de uma escola para alguns, o que vivenciamos, e que não corresponde ao que a escola para todos preconiza.

         Sabemos que ao longo da história conquistamos o direito de educação para todos, como também o direito de sermos tratados de maneira iguais, livre de qualquer forma de preconceito. Como assegurá-lo a todos os escolares brasileiros, sem distinções de qualquer tipo, natureza?   

 

            Como nós educadores pode identificar o preconceito e a discriminação na escola?

Não existe uma formula mágica para lidar com essas problemáticas, mas existem métodos que ao serem abordados em sala de aula, poderão apresentar resultados positivos.

             A escola deve exercer sua tarefa, preparando o indivíduo para diversas situações da vida, entendendo-o como alguém ativo e capaz de produzir novos conhecimentos.

Se os professores fizerem uma reflexão, partindo do princípio de que o aluno precisa aprender num ambiente em que se sinta aceito pelo grupo, então poderíamos concluir que mesmo havendo problemas de diversidade, o professor sabendo lidar com essas problemáticas, seriam possíveis haver aprendizado por parte do aluno.

O professor precisa trabalhar juntamente com o aluno o desrespeito a diversidade fazendo-o entender que isso fará com que gere falta de respeito em sala de aula, possibilitando de forma tranqüila que o aluno, entenda essas regras, mas de forma a favorecer a autonomia do aluno, pois sem essa consciência não será possível tornar o ambiente agradável, facilitando a aprendizagem.

Mas é preciso que o professor esteja atento de forma equilibrada fazendo com que o aluno entenda que limites são necessários mas também é preciso cultivar tolerância e trabalhar vínculos positivos, mesmo naquelas circunstâncias nas quais os alunos agem de forma a nos mostrar que ainda precisam aprender mais sobre como conviver com as diferenças no ambiente escolar.

          O professor precisa estar sempre preparado às situações de frustrações geradas pela diversidade, procurando sempre utilizar meios para extinguir os preconceitos que várias vezes são vistos como brincadeiras, tentando resgatar, a confiança e a auto-estima do aluno, de modo que se possa construir um relacionamento inter e intrapessoal na escola, baseada no respeito e bom senso entre professor e alunos e alunos.

             A escola vai muito além de repassar apenas o que está nos livros, é preciso repensar seus métodos de ensino, há muitas coisas que não estão nos livros e que precisam ser ensinadas aos alunos, vai muito, além disso, o aluno precisa ter autonomia, saber gerenciar seus problemas mesmo em sala de aula. O professor precisa ensinar esses valores que antes era responsabilidade somente da família, hoje passar a ser responsabilidade também da escola, pois é nesta que grande parte dos alunos passa maior parte do tempo.

         Sabe-se que conviver diariamente com pessoas que tem costumes e maneiras diferentes de ser não é tão simples, e isso causa transtornos no cognitivo de crianças e adolescentes, que na maioria das vezes não sabem lidar com essa realidade acreditando que a cultura que ela recebeu é a certa e que as outras não possuem o mesmo valor. Um dos grandes objetivos desse trabalho foi à busca da compreensão sobre alunos, que acabam sendo injustiçados e se culpando por não irem bem à escola e muitas vezes não é culpa desse aluno, mas de um conjunto, família, escola, sociedade. Cabe a nós futuros docentes verificar essas problemáticas ajudando esses alunos a se relacionar de maneira mais harmoniosa.

  • Banalização das situações de discriminação e preconceito na escola
  • Repetição de apelidos, piadas e ironias que encobrem idéias preconceituosas.
  • Tratamento afetivo diferente, recusando beijos, agrados e carinhos.
  • Valorização exclusiva de cultura, beleza e comportamento.
  • Uso de cartazes, livros e revistas que apresentem apenas referências de pessoas brancas.
  • Ausência de alunos negros em posições de destaque nas atividades da escola.
  • Prevalência de professores brancos na equipe da escola.

         Conseqüências do preconceito e discriminação para aluna (o)s:

  • Auto rejeição, rejeição ao outro igual, rejeição por parte do grupo.
  • Baixa auto-estima.
  • Apatia, timidez, pouca ou nenhuma participação na sala do grupo.
  • Agressividade aparentemente sem motivo, docilidade excessiva.
  • Recusa em ir para a escola.
  • Dificuldade de aprendizagem.
  • Repetência e exclusão escolar.

    Conseqüências para os alunos que usam do preconceito e discriminação para com os demais:

  • Cristalização de um sentimento irreal de superioridade: étnica, cultural, intelectual, profissional, etc.
  • Perpetuação de uma postura desrespeitosa com o diferente.

        Algumas sugestões de atividades para se em sala de aula:

  • Explicar o que é racismo, preconceito e discriminação.
  • Aproveitar e trabalhar as curiosidades dos alunos reforçando o respeito às diferenças.
  • Como representar os temas MORTE e DEUS através da diferentes culturas?
  • Gravações e entrevistas entre os próprios colegas para que eles contem suas histórias familiares.
  • Fotografias sobre a composição familiar dos próprios colegas.
  • Mural sobre as personalidades negras e suas contribuições para a construção do País.
  • Pesquisas sobre instrumentos musicais e contar as suas histórias.
  • Pesquisas sobre danças, folclore e apresentar as suas coreografias.
  • Explorar as diferentes culinárias e outras manifestações culturais existentes, preservadas pela comunidade.
  • Pesquisar com os alunos hábitos, costumes e palavras de várias origens. Promover visitar a instituições culturais, museus, casas de cultura existentes na comunidade.
  • Pesquisar com as crianças sobre obesidade e sedentarismo.

        Muitas vezes os professores costumam cometer alguns erros em sala de aula, que parece ser normais, porém não são como apelidos, brincadeiras ou piadinhas de mau gosto, o professor também precisa rever sua posição em relação a seus alunos. Sendo assim seria de grande relevância que o professor trabalhasse com essas problemáticas em sala de aula juntamente com os alunos de forma democrática onde todos possam estar discutindo de forma autônoma, onde se sintam capazes de sentirem-se sujeitos participativos mesmo em sala de aula, para que futuramente consigam lidar com situações nas suas vidas

 

            Há muito a fazer, no sentido de que acabe o preconceito que constrange e regredi nosso país, e que o contexto escolar possa ser entendido e posto em ação nos sistemas de ensino público governamental e privado.

 

 

3. FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA

        

          A pesquisa foi realizada de forma bibliográfica, através de livros, artigos e sites, que teve por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis sobre o tema.

           Consideramos também como uma pesquisa exploratória e explicativa. Exploratória porque, foram utilizadas idéias de alguns autores sobre o tema aqui tratado nas quais foi feito uma síntese sobre o assunto, e explicativa porque foi utilizado a idéias dos autores para determinar a ocorrência de alguns assuntos abordados, além de proporcionar uma visão sobre uma realidade já conhecida.

           O presente estudo teve uma abordagem qualitativa, pois trabalhamos com valores, atitudes, representações, opiniões e adéqua-se a aprofundar a complexidade de fatos e processos particulares e específicos aos indivíduos. Segundo JUSTINO (2011, pg.29) “A pesquisa qualitativa é muito usada na área educacional, pois ela tem como característica o enfoque interpretativo dos fatos.” Nessa pesquisa a interpretação dos acontecimentos é que atribuem os significados.

O tema foi escolhido, por se tratar de um assunto bastante comum nas escolas, onde muitos professores não conseguem lidar com a forma em que seus alunos encaram a diversidade. Nesse sentido, focamos na posição do educador nesse contexto que está inserido.

Busquemos também fatores internos e externos que podem causar atritos no universo escolar. Por termos observado ao longo dos anos diversos casos de desrespeito, que alunos têm sofrido em relação à diversidade, sempre questionando sobre como o professor deve agir para evitar que tais descriminações aconteçam e não atrapalhem o aluno no aprendizado e na convivência com os demais.

 

 

4.CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

           O educador pode e deve na condição de um ser social buscar mudanças com melhorias na educação, pois acreditamos num futuro melhor, onde nossas crianças, adolescentes e jovens possam sentir-se valorizadas como seres humanos, não pela sua classe social ou por suas origens.

           Muito tem se falado em igualdade, mas na prática, diariamente alunos passam por momentos constrangedores quando suas bagagens culturais não agradam.  Na maioria das vezes o educador não sabe lidar com tais situações. Acredito que por falta de informações e aperfeiçoamento, não só na formação do professor, mas também na formação continuada, que precisa dar uma atenção maior ao tema em questão, assunto esse que pode causar mágoas profundas em quem passa por tais exclusões.

           A história de nosso país é marcada por injustiças devido à diversidade de culturas e ainda hoje essa exclusão se manifesta nos contextos sociais principalmente nas escolas, onde contrastes de personalidade se afloram, já que cada um traz consigo seus aprendizados e maneiras de ver e viver, é necessário que todos aprendam a entender e respeitar a singularidade de cada individuo.

            Com essa pesquisa cheguemos à conclusão, que, devemos estar atentos para cada detalhe em nosso meio educacional, com um olhar amplo para não deixarmos que as diferenças sejam vistas como defeitos, mas ressaltar a igualdade, buscando maneiras de educarmos nossas crianças livres de preconceitos e descriminações,oferecendo meios para que tomem consciência sobre si e sobre a sociedade na qual vivem,formando diálogos, transformando e humanizando, pois educar se faz através do estimulo ao desenvolvimento e não do impor idéias.

           Não basta que o direito a igualdade seja defendido por lei, todos nós temos o dever de coloca-ló em prática principalmente no ambiente escolar onde os pais deixam seus filhos depositando a confiança de que eles estão se preparando para serem cidadãos melhores. Nessa perspectiva se entende que o educador por estar constantemente e diretamente envolvido com a sociedade, tem um papel ou uma responsabilidade maior em contribuir para formação de cidadãos críticos, conscientes e atuantes.

         

O tema foi de grande relevância, pois através dele foi possível refletir sobre possíveis maneiras de lidar com a problemática que a diversidade cultural apresenta nas escolas, tema esse que sempre será alvo de grandes debates, pois nossa sociedade é rica em culturas. Foi um trabalho pedagógico, focado no aluno, trabalhando sempre com um olhar investigativo, podemos então concluir que conseguiremos focar mais no aluno, no preparo do professor e na sua busca pelos direitos de seus alunos, nós professores acreditamos num Brasil sem preconceitos, e para isso precisamos educar nossos alunos voltados para a cidadania para que sejam autônomos e livres em seus pensamentos de maneira democrática respeitando a diversidade de cada um, e entendo que somos iguais apesar de pertencermos a culturas diferentes.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília: 1996. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf

FREITAS, Fátima e Silva de. A diversidade cultural como prática na educação. Curitiba: IBPEX, 2011.

JUSTINO, Marenice Natal. Pesquisa e recursos didáticos na formação e prática docente. Curitiba: IBPEX, 201

MICHALISZYN, Mario Sergio. Educação e Diversidade. Curitiba: IBPEX, 2008