Autor principal: Matheus Machado Silva Coautor: Bruno de Melo Zanini O ideal de transformação educacional ultrapassa as barreiras e os limites impostos pelo individualismo e pela desvalorização do contexto escolar em diversos aspectos. Entre os déficits educacionais as formas de violência lideram o grande ranking constituinte desta temática abordada pela elaboração deste artigo. O fenômeno violência escolar traz consigo inúmeros impactos negativos sobre o meio educacional. O criticismo e o ideal construtivista devem estar sempre presentes no papel funcional e social exercido pelo professor em sala de aula. Os problemas educacionais são extremamente atuantes em nossa sociedade, mas a esperança de melhora deve estar sempre presente no cotidiano de um professor. O salário do professor é realmente precaríssimo, mas a sua luta pela educação deve ser imensa e sempre revigorante. Os métodos tradicionais não são eficazes para despertar a atenção do aluno e buscar formas de se reverter o quadro caótico em que se encontra presente a educação na sociedade atual. Entre os métodos didáticos inovadores a geografia pode ser trabalhada de várias formas, relacionando assim o conteúdo teórico com a pratica. As viagens e trabalhos de campo realizados no âmbito educacional são extremamente importantes para trazer ao aluno um conteúdo formal, não-formal e informal, enriquecendo assim imensamente o conhecimento do discente. O livro didático é um recurso educacional bastante utilizado mas que se torna ineficaz quando mantido de forma tradicionalista. Desde épocas antigas são propostas reformas educacionais como o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova e a Reforma Francisco Campos. Atualmente o ideal de reforma educacional ocorre de forma bastante gradativa e lenta. Não adianta somente investir em educação, a relação professor-aluno através de práticas sociais se torna essencialmente importante para que se ocorra transformações no âmbito educacional. O professor deve sempre contar com recursos inovadores para melhor explanação da temática abordada por este. Infelizmente, o método tradicionalista nasceu no período abrangente à Primeira República e continua ainda sendo utilizado por vários docentes. Dinheiro, renumeração é fundamental para todo e qualquer docente, mas não é o básico. O senso crítico atualmente é bastante valorizado no meio acadêmico. No período abrangente pelo ano de 1964 imposto pelo regime militar os docentes e discentes não podiam expressar abertamente suas ideias, sendo assim duramente reprimidos. Cidadãos como Darcy Ribeiro, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Paulo Freire e outros colaboraram bastante para a educação e nós também podemos deixar nossa contribuição para o sistema educacional mesmo que esta seja mínima e reduzida. A educação tem solução sim, mas não basta somente intervenção governamental. Se cada aluno, pais, professores, amigos e funcionários da escola fizerem sua parte surgirão significativos avanços no campo educacional. Segundo o professor Philippe Perrenoud em sua obra “Construir as competências desde a escola”, as cabeças não devem estar somente bem-cheias, mas também bem-feitas, ou seja, o professor não forma somente alunos com conhecimento científico, mas também cidadãos com conhecimento classificado como social e prático. As competências são construídas por meio da vivência escolar cotidiana. A decoreba em geografia deve ser ferrenhamente combatida no ensino desta disciplina. A vivência da realidade espacial traz resultados indispensavelmente eficazes do que os métodos tradicionalistas. Segundo o educador Paulo Freire o docente não adestra os discentes e sim os educa para a formação acadêmica e também para a vida. As políticas públicas educacionais como a LDB são extremamente importantes no cenário educacional, mas infelizmente são falhas e insuficientes. A inclusão de disciplinas que valorizam o contexto social e cultural como educação especial, afrodescendência e outras anexadas à grade curricular vigente de várias instituições educacionais se torna benéfica e produtiva na reconstrução do conhecimento. O desejo e a vontade de aprender mais devem impulsionar e motivar tanto o professor quanto o aluno no processo de ensino-aprendizagem. Antigamente a educação era voltada somente para a elite, sendo que atualmente a educação teoricamente é direito de todos. A educação básica é composta por três estágios essenciais: educação infantil, Ensino Médio, Ensino Fundamental, abrangendo também a educação profissional, educação especial e o projeto EJA (Educação de Jovens e Adultos). Todo o conteúdo trabalhado em sala de aula na disciplina de Análise, estrutura e funcionamento do ensino em geografia ministrada pela Prof.ª Ms. Ana Maria Taveira Braga ilustrou ricamente o contexto dinâmico educacional e as formas didáticas de se promover reformas educacionais. O educador e político Cristovam Buarque em uma entrevista concedida à BBC, demonstra o caos da situação educacional sem demonstrar uma significativa esperança de reversão do atual quadro educacional. A tecnologia é um recurso didático necessário e indispensável para a transmissão do conhecimento geográfico, mas, não pode ser taxado como único ocasionando muitas vezes o surgimento de metodologias falhas. Somente a lousa não consegue despertar a atenção do aluno. Transmitir o conhecimento geográfico através de vídeo-aulas como tivemos a oportunidade de assistir nesta referida disciplina o longa-metragem “Além da sala de aula” é uma forma didática e construtivista de se transmitir o conhecimento geográfico. A escola passa a ser a verdadeira residência do aluno, por isso quando se trabalha conteúdos didáticos excessivos e maçantes, a maior parte dos alunos despreza a temática abordada e ignora o conteúdo disciplinar escancaradamente. Segundo a geógrafa Helena Copetti Callai esse processo didático de reconstrução educacional deve ser vigorante no ensino em geografia. A filosofia positivista de Augusto Comte presente no período republicano inicial não valorizava a reconstrução do conhecimento através de práticas sociais, por isso o ensino era imensamente rico formalmente, mas escasso informalmente e não-formalmente, onde o conhecimento social e popular foi desprezado com rigor. A valorização ambiental, a intensa relação existente entre homem e natureza devem estar totalmente impregnadas no ensino em geografia objetivando-se transmitir o conhecimento geográfico ressaltando o papel da geografia além de ser uma ciência sistemática, demonstrando assim a praticidade dessa disciplina. A realidade total passa a ser analisada geograficamente através das particularidades constituintes no campo geográfico. A geografia pode ser comparada à uma taça, sendo que os aspectos ambientais, sociais, culturais, econômicos, etc. são os pequenos filetes de vidro que estruturam esta grande taça. A educação precisa de profissionais críticos e construtivistas que através de suas ideologias busquem realizar transformações diversas no cenário educacional.