Um louco no hospício afirmando que ele é Napoleão, não o faz um Napoleão, essa insistente em afirmar que ele é Napoleão, apenas nos dá mais razão para que o olhamos como um louco que afirma se Napoleão. 

Um urinol não é arte só porque Marcel Duchamp afirmou que tudo é arte se a considerarmos arte. Quando consideramos que um urinol é arte passamos a descaracterizar e a desconfigurar a arte. Essa desconstrução da arte através de teoria que contextualiza objeto, desclassifica e descaracteriza com malabarismos teóricos absurdos, é de fato um destruição de tudo que está estabelecido, ignorando os milhões de ano que a humanidade precisou para atingir o grau de evolução de conhecimento que vemos nos grande Mestres da arte. Considerar um urinol obra de arte é fazer se de louco, compara-lo a Monalisa estão, é o cúmulo da estupidez teórica. Os malabarismos teóricos não fazem de um urinol arte, se assim fosse podia tornar a mosca uma vaca, e comer a mosca e não a vaca.

A arte de Duchamp é fruto da incapacidade de produzir arte, da ira, da inveja e da cobiça das virtudes e dons dos grandes Mestres da Arte. Pior que o urinol é o bigode que Duchamp colocou na Monalisa. 

Muito da arte moderna pode ser considerada arte subjetiva porque não possui propósitos elevados, às vezes não possui propósito algum, não possuem a consciência da alma, a clareza psicológica, a filosofia, a ordem, a mística, a ciência e o conhecimento dos grandes mestres clássicos.

A arte subjetiva é fruto da mente moderna iludida e identificada com a modernização, o avanço cientifico, o materialismo e a industrialização que roubou do artista moderno a alma, o coração, a consciência de si mesmo, e do homem.

O resultado dessa identificação é a desordem e o desencontro consigo mesmo que vemos refletido na obra arte. O resultado dessa ilusão e dessa identificação com a industrialização e o consumo é a destruição do planeta e a descaracterização do homem.

A desconstrução da arte é reflexo a própria desconstrução do homem. É preciso considerar que a existência de qualquer coisa está sujeita a lei de estruturação, o que não é estruturado e não pertence a um contexto não pode ser considerado, objeto identificado.

O urinol de Duchamp não se torna obra de arte simplesmente porque esse objeto está em uma galeria de arte. O urinol de Duchamp é considerado objeto identificado porque o conhecemos como urinol com função de urinol, se não o identificássemos com objeto identificado e com essa função, não poderíamos chamá-lo de objeto identificado, e o urinol de Duchamp seria apenas um objeto com formado estranho e função não identificada, ainda assim poderiam chamá-lo de arte, apesar de não corresponder aos critérios da arte, afinal, estamos na era das teorizações.

Se não conhecêssemos o objeto urinol, ele não era nem se que objeto identificado que dirá arte, o fato de esse objeto estar contextualizado não o torna arte. Se a contextualização é capaz de transformar os objetos e suas funções, podemos estão servir nossas refeições em pinicos que um dia exerceram a função de pinico. (Isso não é uma idéia para artistas modernos)

Nessa era de teorizações precisamos saber que essas teorizações não pode ser substituir a realidade, o bom senso, a consciência e as leis que estruturam todas as coisas, essa tentativa de justificar e dignificar tudo, além de ser obra de nossa falta de aceitação de nos mesmos, gera uma inconsciência de ser e existir nunca vista antes. Essa inconsciência vai à contra mão da função elementar da arte que é a construção do homem através de sua consciência de si mesmo.

As teorizações de nosso tempo são capazes de dignificar qualquer coisa e qualquer atitude, e essa tentativa de explicar a desconstrução da arte é mais obra de arte que a própria arte a qual a teoria se refere. A desconstrução do homem se dá através das teorias de descaracterização do homem. É preciso recordar que nos identificados como homem ou como mulher por nossas próprias características biológicas, psicológicas etc. qualquer coisa desestruturada e descaracterizada não pode ser identificada, então podemos edificá-la penas como objeto não identificado. É o que esta ocorrendo com o homem contemporâneo, está começando ficar difícil saber psicologicamente e em caso mias raro fisicamente o que é um homem e o que é uma mulher.  A mais grave da descaracterização é a inconsciência de nós mesmos e a falta de parâmetros do que é certo e errado, parâmetros sabiamente previsto pela natureza. Quem determinou o certo ou errado? Você me pergunta a própria natureza que obedece às leis biológicas e todas as leis que estruturam todas as coisas. Se acaso nascesse uma criança com os braços na cabeça e as pernas no lugar dos braço diríamos que a criança é um monstro. Então porque estamos querendo desestruturar tudo para dignificar nossas condutas mais repugnantes e nossas incapacidades mais insuportáveis.

O urinol possui uma função, portanto, a arte tem que exercer uma função e a função da arte é despertar o homem para si mesmo, para sua própria realidade física e espiritual, a função da arte é revelar o homem a si mesmo.

A desconstrução da arte e a desconstrução do homem é produto da própria inconsciência do homem, que está sendo piorada com os conceitos que desconstroem o homem. 

A arte de Duchamp se afirmou porque não a critica não teve coragem de dizer que um urinol não é arte, isso é similar àquela historia da roupa invisível do rei que estava nu, e ninguém teve coragem de parecer ignorante. O pior é ver que ainda estamos tentando entender ou justificar nossa estupidez chamando de leigos em arte qualquer um que considera ridículo esse auto-engano.

 

J.Nunez

O IMPARCIALISMO