A descabida política e o jogo de caça entre gato e rato, são frutos do fisiologismo e da imperfeita democracia, que ilusoriamente entendemos como sendo fruto do avanço do diálogo e dos anseios populares.

Construímos uma democracia apressadamente, sem fundamentos éticos e muito menos bases teóricas. Tudo foi feito a revelia do ideal, construído em favor de uma minoria hipócrita e egoísta, que governa o país a mão de ferro, dizendo e mandando em tudo e todos. Agindo na contramão dos valores desejados pela grande maioria da população. População esta, que foi condicionada a não se mobilizar, cabe à ela somente o papel da indignação, não é reacionária, não se mobiliza, apenas torce para tudo não acontecer, é condicionada a aceitar o erro e o defeito como pecado capital, esta massa tem tudo o que necessita para exercer o seu ideal de democracia, sobrevivendo apenas de pão e circo, em afagos das teles novelas ou por pregações apelativas de pentecostais ávidos por dinheiro, vendendo os afagos de um Deus escravo.

Um mundo onde filósofo é lunático e rico soberbo é padrão a ser seguido. Podemos dizer que a ética não é a mãe, muito menos a ordenadora de todas as condutas. Ser ético é feio, e não condiz com o que as pessoas desejam.

Diante dos jogos de interesses e mentiras, tanto o rato quanto o gato querem mesmo é comer o queijo! Como assim? Tecnicamente, podemos dizer que o rato come o queijo e o gato come o rato, mas, no fim das contas, todos estão de olho mesmo é no gordo queijo Suíço (a mamata do poder e seus inúmeros benefícios), pois, é mais fácil encher a barriga com ratos e queijos do que caçar de estômago vazio.

Nos jogos escusos do poder, ninguém quer ser servido como refeição, mas, se puder devorar o inimigo, seria de bom grado, afinal, para o brasileiro que é prontamente educado pelas novelas e BBB’s da vida, aquilo que se faz por necessidade está acima do bem e do mal.