A DEMOCRACIA EFETIVADA NA PARTICIPAÇÂO 

Esta metodologia de democracia escolar vem ocorrendo de forma lenta no Brasil, embora, ela venha se propagando desde a década de 50, a partir denominado Escola Nova, numa extensa produção científica e social de teóricos, como Florestan Fernandes, Herbert de Souza e Paulo Freire. 

Surgindo diversos movimentos populares em prol de uma educação pública de qualidade, com a influência também dos sociólogos Marx e Durkheim, na fundamentação dos pensamentos funcionalistas e conflituosos.

No séc.XVIII com o advento da Revolução Industrial, a exclusão social da maioria da população faz com que, surjam as primeiras organizações de trabalhadores e as primeiras críticas à exploração fundamentando as teorias socialistas.

No decorrer do séc.XIX o movimento em prol da escola elementar estatal consolidou-se na Europa e expande-se por todos os países subdesenvolvidos. Surgindo dois modelos de educação representando a oposição de classes da sociedade industrial:

Burguês = O positivismo defendia a ciência, técnica  e experimentação em que aquilo que se aplica a biologia e a ciência (leis e previsões), também se aplica à educação. Voltada para o trabalho e não apenas para o acúmulo de conhecimentos, mas para o trabalho, a cooperação e autogoverno, educação baseada na Indústria e seus limites.

O proletariado- Que defende o socialismo reorganiza a sociedade seguindo um ideal de justiça social e de igualdade entre os homens, ou seja, uma sociedade sem classes. Que forma o cidadão para uma mentalidade igualitária e anti-individualista representando um meio para a transformação da realidade social.

A escola Nova valorizava a infância, que era vista como um momento iniciador da formação intelectual e moral, de forma que os processos cognitivos estavam relacionados diretamente com a ação e o dinamismo. Valorizava-se a experimentação escolar. E a didática baseada no fazer e na motivação individual suas contribuições representaram uma tentativa de superação da escola tradicional, voltada para a memorização de conteúdos.

O gestor educacional deve ser flexível ao dialogar com as diferentes ideias, numa gestão participativa, coletiva nas tomadas de decisões, tanto quanto nos limites ou possibilidades que se apresentam no decorrer do processo de ensino aprendizagem de seus alunos. Considerando assim, os afazeres, contribuições diretas ou indiretamente efetivadas, pelos funcionários, colaboradores, pais, alunos e profissionais de educação. 

Visto que, suas intervenções no cotidiano escolar, provocam de alguma maneira transformações no ensino aprendizagem, que são vistas com entusiasmo no ambiente escolar.Desta forma, a construção do Projeto Político Pedagógico, do CPM, do Grêmio Estudantil e Conselho de Classe, devem ser pensados a partir do envolvimento de todos os autores que dão vida a escola, e nela deixam marcas de suas histórias e levam dela experiências que marcam sua trajetória na vida social. Seja, nas tomadas de decisões e ou do dever de refletir sobre as atitudes políticas sociais que englobam o mundo em que vivemos.

A escola enquanto espaço social deve agir com senso de democracia, visando o desenvolver de todos os sujeitos da escola sem distinção. É na concretização das intenções em caráter de transformação que prevalece a gestão democrática, que ambiciona difundir o conhecimento.

 Sabe-se que a escola é um espaço de relações, de conflitos, de superações, de marcas de histórias. Em que cada um deve fazer sua parte, para que as conquistas da democracia vivam em cada segmento e em cada ação dos seus participantes. E que a falta de recursos materiais impedem por vezes, que haja uma melhoria em determinados setores da escola, para suprir suas carências e enriquecer a qualidade do ensino e falta de qualificação profissional mas, sabemos que os recursos humanos apesar de escassos por motivo de não haver concursos públicos, ou por lacuna na busca pela qualificação profissional, impedem que as inovações e a consolidação do papel da escola se efetivem de fato no meio escolar. 

Diante de tantas “lutas” pela educação igualitária, deparamos atualmente, com a resistência de alguns educadores em buscar informações, qualificações para receber alunos com dificuldades que necessitam da inclusão de um atendimento especial, que contemple suas necessidades.  Devamos ter a convicção por vivência, de que cada realidade tem suas próprias características pelo qual deva ser administrada.

 Enfim, lamentavelmente o professor ainda não está valorizado em ser compreendido como um agente de mudança e desenvolvimento de produção humana mas, alguns sinais estão acontecendo e devemos ser otimista quanto ao futuro do professor.