A Dança da Serpente

Baile sem mascará.
Entre taça de licores, luz néon
E tragos de fumaça...
Ela dança e se harmoniza
Com outros corpos em movimento.
Entre dentes, sorrisos e olhares
Eu te perco e te encontro em outro corpo.

Na penumbra,

No desencontro,
Na harmonia de dois corpos
Numa dança aliciante,
Na fumaça de gelo sobre a luz néon,
Eu te deixo num movimento
Em desacordo com meu coração.
Sai do desembalo dessa dança,
Do desencontro desse amor.
Ensaio em outro corpo um recomeço,
De passos ritmados,
Eu a conduzo nesta dança,
Ela se encaixa comigo
Feito peça de um jogo.
O amor é assim – generoso- e só dói
Em quem não sabe recomeçar.

Hermínio Vasconcelos (pseudonimo)
J. Nunez

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