A crise da Modernidade

O Mal do Século



Nos últimos meses estamos sendo surpreendidos com notícias que nos deixam perplexos: são mães abrindo mão de seus papéis de garantidoras e jogando seus filhos em lixeiras; são pessoas adultas descontando em crianças indefesas, seus problemas pessoais com terceiros; até policiais atirando à queima roupa em menores legalmente incapazes, sem nem mesmo terem cometido delitos; além desses, podemos citar tantos outros. Isso nos faz pensar onde está o respeito pelo próximo e pela vida, e o por quê de todos esses acontecimentos?
Hoje estamos vivendo o que podemos chamar de "crise da modernidade", ou seja, as decisões são cada vez mais influenciadas por interesses particulares, tudo em nome da modernidade. As pessoas dizem que estão cada vez mais modernas, pois o mundo assim também estar, porém isso é apenas uma forma de esconderem que estão mais egoístas e individualistas. Mas será que com todas essas transformações, os Direitos humanos estão chegando ao fim?
A meu ver, este assunto pode ter duas vertentes, a primeira é sobre o comportamento das pessoas que está muito diferente e agressivo, e para a grande maioria da sociedade os Direitos Humanos só valerão para quem está na posição de vítima, pois é a parte mais fragilizada. Mas o autor da prática ilícita não merece ser tratado com tais direitos? Assim, automaticamente falaremos sobre a segunda vertente, ou seja, dois seres humanos, qualificados pela lei como iguais, sendo que para a sociedade o Direito deve ser aplicado para uma pessoa e não para outra. Independente do indivíduo estiver em face de delitos cometidos por ele, todos devem ser tratados de forma igual, porque a lei assim diz.
Todos estão mais individualistas e valores que antes eram importantes, hoje não são mais. Devemos prestar mais atenção no que realmente tem valor, pois se o mundo continuar com o hábito de pensar só no que é importante pra si, as nossas crianças se tornarão jovens opressores que não respeitarão seu próximo. Todos nós somos espelhos para os adultos de amanhã, pois não há como se formar grandes cidadãos se não há uma base firme para isto.
Os Direitos Humanos é basicamente isso, o respeito ao próximo e a oportunidade de dar ao sujeito que praticou algum crime, uma segunda e nova chance. Dar uma nova oportunidade oferecendo outras opções, outros caminhos e meios melhores e lícitos de reintegrar-lo à sociedade, de exercer seus direitos civis assim como qualquer outro cidadão comum. Devemos mostrar novos caminhos para essas pessoas para que elas possam ver que há outra realidade diferente da dela, e que a vida pode ser melhor. Acho um absurdo, uma pessoa ser julgada para permanecer um determinado tempo presa ficar com o tempo ocioso, assim a mesma, só ficará maquinando delitos piores pra fazer quando sair dali. No Brasil deveria ter uma política de trabalho nas cadeias, apesar de algumas já terem adotado este método, o números de presos que voltam a cometer crimes é bem menor, portanto mais uma vez bato na mesma tecla, temos que dar outros caminhos, mostrar que também é possível de um jeito mais justo.
Mas além disso tudo que foi retratado, devemos destacar os conflitos urbanos que só tem feito crescer, e está sendo fonte de maior preocupação para nós que infelizmente ficamos de platéia e, nada podemos fazer. As pessoas estão mais revoltadas com problemas pessoais, estresse, com um governo corrupto, com tragédias diárias, com a falta de segurança e com oportunistas que criam histórias alegando caridade para se auto beneficiar, e a população com isso e com tantos casos como esses começam a ficar descrentes que há pessoas com boa intenção ainda nesse mundo. Por isso, eu ressalto como meu ponto de vista, que o maior problema é o mal do século que é a ansiedade, o individualismo e o estresse que são causados por diversos fatores, mas acredito também que se detalhes deixarem de ser apenas pequenas coisas e começarem serem mudados, podemos assim, mudar as que consideramos essenciais, é assim um passo de cada vez, e com um dia após o outro podemos mudar das pequenas coisas às maiores, basta que sejamos determinados e perseverantes, sem nunca deixar de exercer o nosso direito de cidadão e nem trocá-lo nem vende-lo por nada, pois é a única arma que temos contra essa sociedade suja e esse governo injusto e corrupto, e quem sabe assim, recuperamos nossa fé em um mundo melhor.