A ideia de se trabalhar com uma Educação Inclusiva é algo de extrema importância, pois é algo a conciliar-se com a valorização das diversidades que existem dentro do espaço escolar. Garante a participação e oportunidades para todos, independentemente das peculiaridades de cada individuo. A exclusão dentro da escola é algo que muitas vezes acaba atrapalhando o rendimento escolar, não só do aluno excluído, mas como também acaba prejudicando o resto da turma. Trabalhar com esse atual problema nas salas de aulas tem sido um grande desafio para muitos professores do Ensino Fundamental, o que me levou a iniciar esse artigo, procurando encontrar uma resposta que visa minimizar essa visão exclusiva de todos os integrantes de uma Unidade Escolar.

Ao pensar na inclusão escolar de modo interdisciplinar devemos focar no desenvolvimento pleno do aluno, procurar saber onde o problema está mais inserido, o que está causando esse grande número de fracasso escolar. Devemos pensar como o ensino-aprendizagem deve ser trabalhado e qual o papel do professor diante a tudo isso. Temos que procurar envolver uma Educação Inclusiva no geral e não apenas tentar incluir o aluno com deficiência trabalhando com um método diferenciado, temos de pensar em uma inclusão que não acabe gerando a própria exclusão do aluno.

Kunc (1992), fala sobre inclusão: "o princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós abandonamos a ideia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir para o mundo".

Existem muitas dificuldades que ainda afetam a atendimento e ensino apropriado dentro das escolas diante essa causa. Um grande fator mesmo é o fato de a maioria dos professores se autodominarem incapazes de dar conta dessa demanda, se sentem de algum modo despreparados diante a essa realidade, muitas vezes por não possuírem materiais, recursos e apoio. Existem vários outros fatores que interferem na exclusão escolar como: o medo, a ignorância, desinformação a respeito das deficiências e inclusões, como também o custo-benefício. Precisamos acabar de uma vez por todas com essa ideologia generalizada de que as pessoas com deficiência não são produtivas, não é porque um aluno possui uma deficiência quer dizer que ele não é capaz de pensar, refletir e fazer parte de uma sociedade. É triste saber que vivemos em um mundo que em vez de procurar o melhor, investir em quem realmente precisa ficam atrás de coisas banais que não vão fazer a mínima diferença.

 Devemos iniciar esse trabalho de inclusão, precisamente logo, nos primeiros anos iniciais do Ensino Fundamental 2º e 3º anos, para que possam ter como bagagem para os próximos anos. Desenvolver um projeto de inclusão na área educacional nesses anos não indicam que não podem ser trabalhados nos anos recorrentes, o professor que pegar uma turma diversificada, deve se encarregar de dar continuidade nesse processo inclusivo, pois de nada adianta trabalharmos com essa demanda agora e nos anos seguintes o professor simplesmente ignorar a situação, caso contrário o trabalho dos professores encarregados dos anos iniciais será totalmente em vão.

Precisamente devemos focar na ideia de uma escola inclusiva, que seja capaz de não só eliminar as diferenças entre os alunos, mas sim de considerar o processo de construção do indivíduo como um todo.

Devemos não apenas partir da ideia de que somente o professor deve trabalhar com a inclusão dentro da sala de aula, mas deve partir também do próprio aluno portador da deficiência, como também da sociedade, que são consequentemente os outros alunos que frequentam a escola.  O aluno em si deve procurar e buscar alternativas que o ajude a se integrar e adaptar-se no ambiente escolar, como também o resto da turma deve procurar se modificar e se preparar para receber esse tipo de aluno. Todos precisam trabalhar em conjunto para tornar o ensino de todos mais íntegro e apto.