A CRIANÇA DESDE OS MEADOS DO SÉCULO XIX ATÉ OS DIAS DE HOJE

Rita de Cássia de Souza

Através deste artigo vamos tentar descrever o processo de mudanças de nosso país, retornando ao passado a fim de entender o atual.
O Brasil do final do século XIX era realmente um país sonhador em todos os aspectos, sua produção existente naquela época como sabemos diferencia e muito da atual, a tecnologia hoje está em alta, tudo isso não difere das famílias, foi se o tempo em que a "família" era a raiz de uma sociedade.
Para que possamos compreender o que está ocorrendo temos que entender as quebras de paradigmas, como a política estatal para as políticas globalizadas de cunho sociais que vem mudando o Brasil e descentralizando o poder administrativo. Se antes tínhamos um país colocando fim na escravidão e nas mães negras (amas de leite), hoje temos um país de "creches e escolas públicas" que se dizem responsáveis por uma educação melhor.
Não podemos deixar de notar que, já no final do século XIX e início do século XX, o tal modo imperialista que expandia cheio de poder e que caracterizava o paradigma político social da tal modernidade, naquele momento mostrou-se vital para a sobrevivência e permanência de um mundo que buscava uma estruturação nas suas idéias de um novo estado, lembrando que o poder era exercido através de administrações coloniais, impondo tarifas comerciais, criando monopólios e cartéis, para a extração das matérias-primas e da produção industrial existentes. Tais processos foram de grande valia para aquele período (NEGRI e HARDT: 2001. p. 354).
Foi nesse contexto que surgiu no Brasil às indústrias e às escolas públicas, a necessidade de criar uma instituição social era urgente, porém; ela não foi implantada de imediato, passaram-se muitos anos para que a escola chegasse a que temos hoje. Quando se faz uma abordagem da escola pública ao logo dos tempos vemos suas implicações, importa captar as condições concretas que amadurecem e a faz universal. Historicamente os pressupostos dessas instituições revelam suas funções sociais e gerenciais. A escola dualista da burguesia sofreu uma grande mudança na chegada da escola única, essas mudanças não foram do dia para a noite, a expansão escolar foi uma das crises e conseqüências de transtornos no mundo de então.
A produção da clientela escolar se concentrava de início na Revolução Industrial, hoje se concentra na Revolução Tecnológica. Devido a grande população nas fábricas tudo passou a ser deteriorado e principalmente a moral dos trabalhadores, em reação a tudo isso surge às disputas internas entre a burguesia e a riqueza de poucos.
Às denúncias contra explorações levou a criação de normas que diminuísse a carga horária de trabalho e que elas fossem para a escola. Para que essas crianças permanecem em seus empregos, surge então outra necessidade, onde essas crianças vão passar o restante do dia, nas ruas que não haveria de ser. Nasce então a necessidade de criar um lugar social para elas.
Dessa oportunidade a escola deixa de ser exclusiva dos filhos da burguesia, e recebe os filhos dos trabalhadores, escola se declarada como universal aos interesses de todas as classes sociais.
Com todos os avanços do mundo moderno, muitas coisas continuam iguais para nós os cristãos, família vai ser sempre uma instituição criada por Deus.
Mesmo com a crise econômica do país, e o capitalismo sempre tão evidente, não podemos ter em mente a falsa solução de que a culpa está somente no mundo moderno, na realidade podemos observar que a classe burguesa continua ditando suas regras, e com isso a camada pobre continua existente. O desemprego e à miséria é um fator incontestável que tem sumido com as crianças das nossas escolas e colocado fim as famílias.

REFERÊNCIAS

HARDT, Michael e NEGRI, Antonio. Império. Rio de Janeiro: Record. 2001, 503p.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. 33.ª ed. revisada. Campinas: Autores Associados, 2000.

2. A partir do texto "Perfil da religiosidade do universitário: um estudo de caso da PUC/SP", discorra sobre o consumismo e sua relação com a religiosidade dos jovens nos dias de hoje.