A criação da República do Vietnam

Índice





1- Introdução

2- A Criação da República Democrática do Vietname:

a)- A Guerra do Vietname


3- A formação do Sistema Mundial do Socialismo.





















Introdução





A República Democrática do Vietname (conhecida como o Vietname do Norte ou simplesmente, Vietnã) foi fundada por Ho Chi Minh, em 1950 e, imediatamente reconhecida pela China e URSS. Em 1954, depois da sua derrota na batalha de Dien Bien Phu, A França reconheceu formalmente este país na Conferência de Genebra, apesar de na altura, ele estar dividido em dois (Vietname do Norte e Sul).

A cidade de Ho Chi Minh (Thanh Pho Hõ Chí Minh), designada Saigon (no Português Brasileiro) e Saigão (no Português Europeu) até 1975, é a maior cidade, situada a Sul do país, possuindo cerca de 6,1 milhões de habitantes. É o maior porto e, centro comercial-industrial do Vietnã. Ela possui o estatuto de província e, foi fundada pelos Khmers, sendo conquistada pelos anameses no século XVII. Ocupada pela França em 1859, tornou-se na capital da Cochinchina e, mais tarde, de toda a Indo China Francesa, até 1902. Em 1954, tornou-se na capital do Vietnã do Sul, tendo sido o Quartel-General das tropas Americanas durante a guerra do Vietnã.





























A Criação da República Democrática do Vietname


A Guerra do Vietname

A Guerra do Vietname (Guerra Americana, segundo os vietnamitas), foi um conflito armado ocorrido no sudeste asiático entre 1959 e 30 de Abril de 1975, colocando de um lado a República do Vietnã (Vietnã do Sul) e os EUA, com a participação efectiva, porém secundária da Coreia do Sul, da Austrália e da Nova Zelândia. E de outro, a República Democrática do Vietnã do Norte e a Frente Nacional para a Libertação do Vietname (FNL).

A China, a Coreia do Norte e, principalmente a União Soviética, prestaram apoio logístico ao Vietnã do Norte, mas sem envolverem-se directamente no conflito.

Em 1965, os EUA enviaram topas para sustentar o governo do Vietnã do Sul que se mostrava incapaz de combater o movimento insurgente de nacionalistas e comunistas, que se haviam juntado na FNL. Entretanto, apesar do seu imenso poderio económico-militar os EUA falharam em seus objectivos, sendo obrigados a retirarem-se do país em 1973.

Só dois anos depois é que, o Vietnã foi reunificado sob o governo socialista e, tornando-se oficialmente em 1976 na República Socialista do Vietnã.

Durante a guerra, aproximadamente três á quatro milhões de vietnamitas de ambos lados morreram, além de outros cerca de dois milhões de cambojanos e laocianos arrastados para a frente de combate, com a propagação do conflito, aonde participaram também, cerca de cinquenta mil soldados dos EUA.

Neste período, os EUA mostraram um grande poderio de fogo, usando a sua artilharia e aviação de combate para destruir as bases inimigas. As tropas do exército vietnamita do norte, menos equipadas e treinadas, usaram as grandiosas selvas do Vietnã, espalhando armadilhas mortais contra os inimigos.

Esta guerra foi travada com uma grande cobertura diária dos meios de comunicação, dividindo até mesmo a sociedade Norte-Americana em termos de posições, que levou a assinatura dos Acordos de Paz de Paris, em 1973. Que retirou as tropas americanas do país em conflito.

Para os EUA, a Guerra do Vietnã resultou na maior confrontação armada em que já se envolveram e a sua retirada, provocou a "síndrome do Vietnã", em seus cidadãos e sociedade, reflectindo-se profundamente na sua cultura, indústria cinematográfica e politica exterior, até a eleição do presidente Ronald Reagan, em 1980.

A formação do Sistema Mundial do Socialismo


A segunda Guerra Mundial ainda não tinha acabado completamente, contudo, um novo sistema de vida se avizinhava para vários países da Europa do centro e sueste.
Aproveitando-se da favorável situação criada pelo aniquilamento das forças da Alemanha Nazi, por parte dos Soviéticos, a população da Polónia, Iuguslávia, Bulgária, Roménia, Checoslováquia, Hungria e Albânia libertaram-se nos anos de 1944/1945 do jugo alemão, derrubaram os capitalistas dos seus países e, optaram pela democracia popular.

Esta mudança democrática mudou a vida dos povos, concedendo e assegurando aos trabalhadores a liberdade de expressão, imprensa, reunião e de associação. As organizações políticas e militares fascistas foram proibidas. Como a maioria dos respectivos países eram poucos desenvolvidos antes da guerra mundial, os trabalhadores lançaram mãos á obra, recuperando a sua economia e indústria.

Desta forma, o socialismo começou pouco-á-pouco a liquidar as sequelas deixadas pela guerra, dando-se prioridade aos sectores como a indústria, comércio e agricultura, forma bastante massificados pelo estado socialista.

Apesar de ter começado na Europa, com a Revolução Cubana, o socialismo saiu da fronteira Russa, estendendo-se a treze países e três continentes, tornando-se assim num Sistema Mundial. Este sistema, desenvolveu-se e, apresentou-se como factor decisivo para o desenvolvimento da sociedade, sobretudo no período entre 1950/1960, unindo as sociedades dos três continentes na Comunidade de Ajuda Mutua (CAME).

No centro do pensamento, a teoria do Socialismo primitivo procura seguir a metodologia de Marx, encontrada em sua obra O Capital. Esta teoria evita qualquer hipótese de colectivização forçada, como aconteceu com o Estalinismo no final de 1929.

Os lideres da Revolução Russa, achavam que a Rússia, apesar da construção da república dos sovietes, da expropriação das grandes empresas e da reforma agrária e até mesmo com aparecimento do Estado Operário, não havia ainda se tornado num estado socialista.

Para Lenine, Trotski, Preobrajenski e outros revolucionários, não bastava apenas o triunfo da revolução no seu país, mas era preciso que a revolução se processasse mundialmente, porque o capitalismo também era mundial.

Já para Marx e Engels, preconizavam que este novo sistema mundial ao surgir, devesse começar pioneiramente nos países fracamente industrializados.

Perante este quadro, para a jovem Rússia, em qualquer lugar onde a revolução socialista triunfasse, quer fosse em um país atrasado ou em circunstâncias de isolamento, ela deveria passar depois da revolução, por um período preliminar de construção de condições para o florescimento e consolidação da produção e desenvolvimento que garantiriam a transição para o socialismo.









Conclusões



A capital desta república era Hanoi e tinha um governo comunista que pretendia reunificar o país. O que só foi possível através de um conflito armado, contra o Vietname do Sul (queda de Saigão á 30 de Abril de 1975) que era apoiado pelos EUA e, que ficou conhecido como "a guerra do Vietname", possibilitando a reunificação do país em 2 de Julho de 1976.

O Vietnamita (tiêng Viêt, tiêng Viêt Nam ou ainda Viêt Ngúr) é a língua materna e, a oficial do povo daquele país, sendo falada por cerca de 87 º/º da mesma. Sendo a segunda língua da outra metade da população (13 º/º). O idioma actual usa para escrita o alfabeto latino, sem as letras F, J, W, Z, usando muitos ditongos e, diversas combinações especiais de letras.

Depois da divisão do país, verificou-se uma migração dos vietnamitas do norte para o sul, muito deles católicos, que afirmavam que a politica do governo equivalia a uma perseguição religiosa.

Entre 1955/56, dezenas de milhares de proprietários rurais foram publicamente declarados latifundiários (dia chú) e executados. Um movimento literário chamado Nhân vân giai phâm (Arte Humanista) tentou democratizar o país, mais muitos intelectuais e escritores foram colocados em reeducação, por alegadamente não estarem de acordo com as politicas governamentais.

A conferência de Genebra (26 de Abril á 21 de Julho de 1954) realizada com a participação do Camboja, República Democrática do Vietname, França, Laos, China, a República do Vietname, União Soviética, Reino Unido e EUA, tinha o objectivo de restaurar a paz na antiga Indochina e Coreia, assolada por uma forte guerra.

A declaração oficial desta conferência incluía a cessação das hostilidades e o envolvimento estrangeiro nas duas regiões e, também a divisão do Vietrname em duas zonas, que seriam unificadas depois de eleições livres supervisionadas internacionalmente, que teriam lugar em Julho de 1956 (artigo nº 3). No entanto, apenas a França e o Vietname do Norte assinaram a Declaração, o primeiro país porque pretendia restabelecer o domínio colonial ou pelo menos, Neo-colonial. E o segundo, porque esperava ganhar tempo para reforçar a sua posição no Norte e, eventualmente, ganhar as referidas eleições.











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