O mundo desfez por mim
Seus sonhos e sua ingratidão,
Fez você voltar assim
Com lágrimas nos olhos pedindo perdão

Você foi embora para viver
Outra vida, outro amor,
Ingrata, sonhou demais,
Mas o mundo te fez sofrer
Por isso voltou, mesmo sem querer,
Pois sua intenção era não voltar jamais...

Eu até te  perdoei sem rancor
Pois ainda não morre
Meu antigo amor
Mas não posso te aceitar,
Sabendo que você si perdeu,
que voltou, mas já me esqueceu.

 

José Nunes Pereira poeta das dores clássicas, em sua poesia o homem é o mesmo e padece das mesmas dores que padeceram nossos antepassados, poeta da tristeza dos amores impossiveis, poetas das partidas, das perdas e dos sentimentos que machucam, das classicas dores de cotovelo. Nesse poeta somos mais humanos e sofremos de amor, esse poeta revela que em nosso interior, apesar do modernismo e do sexo casual e dos relacionamentos desassociados de sentimentos, no fundo de nossa almas somos os mesmos e padecemos de amores impossiveis. O seu sentimentalismo e seu sofrimento por amor revela que ainda temos muito de Romeu e Julieta em nós.
Quando pensamos em contextualização da literatura não é possível ignorar que mudamos muito, e somos os mesmos, apenas muito mais complicados e confusos. Se observarmos os temas dos romances, das novelas e do cinema que fazem mais sucesso, ainda é dos amores não correspondido, dos amores impossíveis, dos amores idealizados, contudo, o sexo fácil e a mulher emancipada ainda é uma temática contemporânea. Essas mulheres são realmente muito mais confusas, porque elas guardam em sua essência de mulher os amores românticos, lindos...Enquanto que seus comportamentos imitam os homens, seu instinto sexual, sua liberdade libidinosa.