Resumo Este artigo pretende tratar sobre as origens das histórias, sua importância social e cultural. Sabe-se que os contadores de histórias nasceram com a humanidade e a magia de contar e ouvir história acompanha o homem até nossos dias. Contar história é um importante atributo humano que surgiu desde o tempo das cavernas, quando o homem sentiu a necessidade de reportar os acontecimentos da rotina e sua ideologia. Hoje, mesmo em meio a tantas tecnologias de informação e entretenimento, a contação de história permanece como parte integrante do cotidiano do ser humano. É importante ressaltar a relevância do ato de contar histórias como um fator que consegue manter viva a memória e a cultura de um povo. Os contadores de história nasceram com a humanidade. Relatar os fatos, narrativas e encadeando os acontecimentos, são atributos humanos. Usar o corpo para expressar os pensamentos e valer-se de gestos para reforçar os pensamentos e ideias que querem transmitir são praticas constantes para narrar e representar usando a oralidade. A atração que sempre exerceu a narração oral reporta-se do tempo das cavernas, quando as caçadas e os acontecimentos do dia a dia compunham um jornal falado, atraente, histórico e de forte carga ideológica. Estudos identificam migrantes nômades, que já na antiguidade por diversas regiões e cultura diferentes, distribuíam saberes e ficções que ajudaram a construir o que hoje denominados de História. O povo grego, as tribos africanas e americanas tinham em seus contadores de histórias a sabedoria de passar adiante os conhecimentos de seus membros: pajés, feiticeiros, poetas e caçadores e homens comuns que faziam parte do grupo. Com a evolução da sociedade, os recursos refinaram-se, dando ao ofício de contador de histórias formatos e intenções diferentes. Espaços como os teatros e aplicação de recursos como o palco, o cenário, a música e o figurino passaram a fazer parte da contação de histórias. O contador de histórias tem um papel importante de ordem histórica, cultural e social porque abre caminhos com sua atuação para proporcionarem o prazer de ouvir e contar histórias. A experiência humana de contar e ouvir histórias são insubstituíveis, existe em nosso meio uma crença que apenas as crianças gostam de ouvir histórias, o que não é verdade, adultos ouvem histórias com igual prazer, encantamento e curiosidade. A criança que ouve histórias desenvolve com maior facilidade o hábito da leitura, que deve ser construído nas famílias e reforçado nas escolas. O hábito de ler pouco ou não ler não pode ser atribuído a fatores econômicos, muito embora a falta de recursos financeiros possa afastar o homem dos livros, a leitura é um fator cultural que possibilita grandes transformações no modo de agir e pensar de uma sociedade. Ao folhear um livro para fazer uma leitura, mesmo que de imagens, a criança traz para aquele momento sua visão de mundo que acrescida do conteúdo apresentado faz com que ela se reconheça como um ser que pode descobrir um mundo novo através da leitura. Segundo a UNESCO, de cada 100 famílias apenas 14 leem para os filhos, isso exemplifica o quanto a leitura não é levada a sério e incentivada, nossas crianças tem poucos ou quase nenhum exemplo de leitores no seu convívio. Seria interessante que cada família tomasse a responsabilidade para o processo de preparar os filhos para o aprendizado porque apesar de todos os aspectos cognitivos o fator afetivo é determinante para o aprendizado do aluno, a verdade ele vem em primeiro lugar, pois o aprender depende muito do gostar e ter interesse. Segundo o MEC a leitura desenvolve o repertório, liga o senso crítico na tomada, amplia o nosso conhecimento em geral, aumenta o vocabulário, estimula a criatividade, emociona e causa impacto, muda sua vida e facilita escrita. Segundo Câmara Cascudo ([19] ? 7-8 ) para todos nós, é o primeiro leite intelectual: os primeiros heróis, as primeiras cismas, os primeiros sonhos, os movimentos de solidariedade, amor, ódio, compaixão vêm com as histórias fabulosas, ouvidas na infância. CONCLUSÃO Vejo na minha rotina de trabalho que as histórias acalmam e alegram as crianças. Contar histórias é muito gratificante para que conta porque neste ato acontece o resgate de uma trajetória de vida, uma revisitação a memória afetiva do contador de histórias e para quem ouve porque é um processo impulsiona a imaginação e a criatividade. Uma situação de total liberdade mental. O momento da história é sublime, porque o contador e o ouvinte criam expectativas sobre as situações apresentadas, assim, acontece uma intensificação de afinidades entre o contador e o ouvinte que ficam entregues a memória e a imaginação. Neste momento a literatura mostra seu poder transformador de ideias e criador de novos leitores. Ouvir e contar histórias desenvolve a imaginação, resgata a cultura oral e incentiva a escrita e ainda proporciona momentos lúdicos e de interação. WWW.WEBARTIGOS. Com/ anexos/ importância- leitura- séries iniciais, doc. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundametal. Referencial Curricular para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF. Vol.1, 1998. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundametal. Referencial Curricular para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF. Vol.1, 1998. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundametal. Referencial Curricular para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF. Vol.1, 1998.