Eleir Maria da Silva                  

Pedagoga – Pós Graduada Em Psicopedagogia

Professora da Rede Estadual de Educação

No Município De Peixoto De Azevedo - MT

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A Construção Interdisciplinar a partir da relação Professor/Aluno

 

                Sabe-se que o ser humano é social por natureza. O ato de relacionar-se inicia no nascimento, quando todos passam a fazer parte da sociedade familiar. No decorrer do desenvolvimento da vida, as pessoas vivenciam diversas situações de convivência, pertencendo aos mais diversificados grupos sociais.

As relações humanas, diversas e complexas, são os alicerces da formação integral da pessoa, portanto os vínculos afetivos desempenham um papel essencial no desenvolvimento de um individuo capaz de viver em um mundo em constante transformação, e atuar nele.

            Nesse sentido, os profissionais de educação devem dar maior importância ao fator afetividade nas relações entre professor e aluno, pois relações afetivas positivas são a base essencial na construção do conhecimento significativo.

            Sendo um dos maiores desafios da educação, aprender a viver juntos, convivendo com o diferente de nós.

A importância de educar com ênfase na interdisciplinaridade, no sentido de enfocar o conhecimento em sua totalidade,fazendo com que os sujeitos, saibam relacionar-se e viver positivamente, com as pessoas cooperando, compreendendo e aceitando as diferenças. Educar para que as pessoas conheçam a si e aos outros em uma convivência melhor, proporcionando meios para que os alunos reflitam, critiquem e transformem a realidade em que vivem em uma sociedade melhor, mais justa e humana. (ZABALA, 2001, p.57)

            É necessário que os professores invistam na formação de vínculos afetivos, acreditando na pessoa e compreendendo seus limites individuais. Para alguns pensadores as escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor, do que de conteúdos e técnicas educativas. Por isso a “educação deve ser pensada não através de suas diversas disciplinas, mas principalmente, como um meio de promover a própria vida”. (SALTINI,1999).

            Ensinar hoje é muito mais aprender. O processo de ensino aprendizagem é hoje muito mais que um simples repassar de conteúdos disciplinar. Há uma necessidade de rever as posturas adotadas no processo de ensino – aprendizagem. Não é porque algo vem sendo feito há muito tempo do mesmo modo, que esta é a melhor maneira de fazê-lo. O mundo atual mudou e exige mudanças por parte da educação, exigindo assim uma educação interdisciplinar, pois ele esta cada vez mais globalizado e contextualizado, buscando uma educação subjetiva, que eduque os sentidos, no qual seja possível descobrir novos aspectos da vida concreta, cotidiana.

            Assim, ensinar é aprender, pesquisar, construir. Aprender é, primeiramente, aprender em relação a própria vida.

            A relação professor/aluno deve ser democrática e não baseada em hierarquias, entretanto deve se basear no respeito mútuo.

            A palavra de ordem na atualidade é interdisciplinaridade na educação. Mas poucos se arriscam mudar, preferindo repetir as ações já tão repetidas e seguras.

            Deve – se esboçar perspectivas para explorar as possibilidades. A rigidez deve ser abolida.

            Para a educação no momento, ser uma construção afetiva de produção de conhecimento é fundamental, que o professor seja mestre, que saiba aprender com seus educando, pois são mais criativos e inovadores. A tarefa dos mestres não é fazer os alunos a aprenderem passivamente, mas sim conduzirem o ensino

Referências

DELY, Paula. Interdisciplinaridade na Escola. REVISTA CIÊNCIA & EDUCAÇÃO, v.10, n. 2, p.277, Educação em tempos modernos – Dezembro 2006.

ZABALA, Antonio. A pratica educativa: como ensinar. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.