A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E O MÉTODO CIENTÍFICO

Thathyanne Emanuelle de O. Santos


RESUMO

O presente artigo tem a finalidade de fazer uma análise comparativa entre os textos "Histórico da construção do conhecimento" e "O método científico". Para isso, pretende-se verificar sobre a concepção de que a ciência evolui concomitante ao conhecimento humano e, consequentemente, com a evolução dos métodos de pesquisa. Ademais, fomenta-se ser o método científico, o mais apropriado para que o conhecimento se consolide e convenha como um princípio para a aplicação em prol do ser humano.

Palavras-Chave: Ciência. Conhecimento. Métodos de Pesquisa. Método Científico.


ABSTRACT

This article aims to make a comparative analysis of the texts "History of the construction of knowledge" and "scientific method". For this, we intend to check on the idea that science develops concomitant to human knowledge and, consequently, the evolution of research methods. Furthermore, it encourages to be the scientific method, most suitable for that knowledge is consolidated and suits as a principle for the application on behalf of human beings.


Keywords: Science. Knowledge. Research Methods. Scientific Method.


1 INTRODUÇÃO

O presente artigo apresenta uma síntese sobre as concepções de autores concernentes a evolução do conhecimento humano, de empírico a científico.
Neste sentido, é relevante destacar que o conhecimento evolui em decorrência da especialização e de seu rigor ao passo que avança em um objeto. Tal fato é o que caracteriza a dicotomia observada na ciência moderna, isto é, passa a ser concebido por um saber que é orientado para o balanceamento entre as disciplinas.
Além disso, verifica que a concepção contemporânea de ciência está muito distante das visões históricas, onde o conhecimento era aceito como científico quando justificado como verdadeiro.
Portanto, no presente artigo é possível observar que o objetivo da ciência ainda é o de tentar tornar inteligível o mundo e atingir um conhecimento sistemático e seguro de toda a realidade.


2 CONHECIMENTO E MÉTODO CIENTÍFICO

Conforme os autores de "Histórico da construção do conhecimento", Santos, Molina e Dias (2007), foram entre os séculos XVIII e XX que os cientistas propuseram as teorias científicas que atualmente conhecemos. Todavia, apesar de tais estudos, o futuro ainda guarda uma gama de tecnológicas a serem descobertas e propostas, visto que vivemos em uma sociedade que está vivendo numa época globalizada, mas que ainda tem receios inerentes ao século que vivemos, pois habitamos em um mundo cujo tempo é ambíguo e complexo.
Nesta perspectiva, o conhecimento científico evolui em decorrência da observação descomprometida, sendo esta livre e sistemática, embora seja rígida em relação aos fenômenos naturais, o que admite a intervenção no plano real, com respostas aos fundamentos de sua severidade e verdade, evidenciando assim o determinismo mecanicista.
De acordo com Aranha e Martins (1993), a evolução histórica do conhecimento humano, adverte que há vários tipos de conhecimentos, caracterizados por serem interdependentes: o conhecimento filosófico, teológico, empírico e científico.
O primeiro conhecimento diz respeito ao Conhecimento Filosófico, o qual foi proliferado na Grécia antiga com grandes pensadores que até hoje são estudados, como: Sócrates, Platão e Aristóteles. Este conhecimento permite ao homem refletir criticamente e possuir uma capacidade de raciocínio. Além disso, o mesmo decorre de duas teorias e suas fragmentações, que são: o idealismo, proposto por Descartes e o realismo, que limita a razão humana. Portanto, observa-se que a finalidade do conhecimento filosófico está ligado ao desenvolvimento funcional da mente, de modo a educar o raciocínio.
Posteriormente, tem-se o Conhecimento Teológico, o qual é remetido a fé à crença divina, por intermédio do intelecto humano. Observa-se que este tipo de conhecimento, geralmente, é utilizado quando o homem não encontra respostas na ciência, na filosofia e nem em suas experiências.
Em seguida, observa-se o Conhecimento Empírico, o qual é obtido a partir das experiências ou vivência, ou seja, não depende de estudos ou aplicações de métodos. Assim sendo, verifica-se que é um conhecimento intimamente ligado à pessoa, e por isso é tido como um conhecimento "impreciso". Todavia, os autores Aranha e Martins (1993) afirmam que o conhecimento empírico é importante porque é através dele que se chega ao conhecimento científico.
Por fim, analisa-se o Conhecimento Científico, o qual é baseado num conhecimento sistemático e metódico dos acontecimentos da realidade, para compor um conhecimento que seja válido e universal. Assim, este tipo de conhecimento procura alcançar a verdade dos fatos, tendo como objeto o universo material e físico, os quais serão constatados na prática por meio de demonstração ou experimentação.
Os textos de Aranha e Martins (1993), vislumbram sobre os autores mais importantes na classificação do método científico, são eles: Francis Bacon, nos século XVII); Comte, no século XIX e Wundt, no final do século XIX e início do século XX). Além disso, verificou-se que as ciências são dividas como: ciências formais, concernentes a matemática e alógica; as ciências da natureza, relativas à física, química, biologia, geologia, geografia física, e etc; e, por fim, as ciências humanas, que abarcam a psicologia, sociologia, economia, história, geografia humana, lingüística, e etc.
Para Aranha e Martins (1993), o método experimental é composto por quatro etapas: a Observação científica, que é rigorosa e orienta a explicação dos acontecimento; as Hipóteses, a qual é a explicação temporária dos fenômenos em observação, que podem surgir por meio da indução, do raciocínio hipotético-dedutivo e da analogia; a Experimentação, que é uma observação provocada que visa o controle da hipótese; e por fim, a Generalização, que onde o pesquisador institui relações constantes, que podem ser empíricas ou leis teóricas.
Os autores em análise concluem que os novos rumores da epistemologia contemporânea indicam que a crença no fato da ciência ser infalível é uma utopia, visto que eles assinalam a necessidade de reavaliar o conceito de ciência, dos discernimentos de certeza, da analogia entre ciência e realidade e da legitimidade dos modelos científicos.


3 CONCLUSÃO

Com o estudo realizado acerca das concepções dos estudiosos do assunto, pode-se fomentar que vivemos numa época cujos questionamentos sobre o caráter do conhecimento científico estão em voga. Contudo, verifica-se a necessidade de uma nova concepção sobre a revalorização dos estudos científicos, que são basilares para a humanização do saber.
Além disso, para que haja ciência há necessidade de dois aspectos: um subjetivo, o que cria, o que projeta, o que constrói com a imaginação a representação de seu mundo segundo as necessidades internas do pesquisador, e outro objetivo, o que serve de teste, de confronto.
Essa segurança a ciência a adquire por procurar ser metódica. Um dos aspectos que deve ser salientado na ciência atual é a preocupação constante pelo lamento e correção dos métodos de investigação, haja vista que a ciência é utilizada para satisfazer às necessidades humanas e como instrumento estabelecer um controle prático sobre a natureza.
Portanto, a ciência em sua compreensão atual, deixa de lado a pretensão de taxar seus de verdadeiros, mas, consciente de sua falibilidade, busca saber sempre que alcança é a aproximação da verdade, através de métodos que proporcionam um controle, uma sistematização, uma revisão e uma segurança maior do que as convencionais não científicas ou pré-científicas.


REFERÊNCIAS


ARANHA, Maria Lúcia; MARTINS, Maria Helena Pires. O método científico. IN Filosofando: Introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1993.


SANTOS, Gisele do Rocio C. Mungol; MOLINA, Nilcemara Leal; DIAS, Vanda Falttori. Histórico da construção do conhecimento. IN Orientações e dicas práticas para trabalhos acadêmicos. Curitiba: IBPEX, 2007.