No passado, o cientista inglês, Charles Darwin, em sua Teoria da Evolução, afirmou que no mundo sobrevivem os mais fortes, onde o ambiente tem um papel fundamental o qual é selecionar, escolher dentro de um grupo os "organismos" quem têm as variações mais "interessantes" ao ambiente.
No período que antecede o descobrimento do Brasil, os povos nativos que o habitava vivia em grupos ou tribos. No entanto, percebe- se pelos registros históricos que entre eles não existiam grandes barreiras quando se refere aos aspectos político, social, econômico e religioso.
A chegada dos europeus, em 1500, e consequentemente o período colonial, desencadearam uma série de conflitos entre os ''homens nus", como já dissera Vaz de Caminha, e os navegantes europeus. Conflitos esses que resultaram em desigualdades sociais, preconceitos, etnocentrismo, racismo e exclusão, ações que infelizmente fazem parte do cotidiano dos cidadãos brasileiros.
Com a necessidade de se ter novas tecnologias, as Revoluções Industriais inseriram na sociedade contemporânea a globalização a qual trouxe transformaçoes radicais e um modo de vida em que beneficiou alguns em detrimento da maioria, dividindo a sciedade nas classes dos "proletrariados" e "burgueses".
Hoje, assistimos à cenas de desigualdes que cada vez mais cooperam para um Brasil injusto, desigual, estratificado, discriminado e doente. Doente por não achar soluções que possam minimizar o sofrimento dos que nele são vítimas, dos que nele são "os instrangeiros".


Artigo baseado no texto "Os instrageiros" de Cristovam Buarque.