1. INTRODUÇÃO

 

O pensamento evoluiu bastante em virtude de todas as mudanças pelas quais a humanidade passou, refletindo a diversidade cultural, o progresso da ciência, procurando sempre entender à vida, e tudo que a envolve para garantir a satisfação, segurança e felicidade.

Busca-se uma integração do corpo físico com o espírito a alma e mente humana, orientados pela ciência, pela filosofia e as diversas religiões, para encontrar a beleza das coisas, sejam naturais ou espirituais, mas sempre desejando o que nos faz bem e que acrescenta o belo a nossa existência, às vezes a qualquer preço, atestando a fragilidade do pensar humano por vezes corrompido por dogmas e conceitos pré-estabelecidos.

 

O pensar com pensamento flexível está diretamente ligado à imaginação humana que produz pensamentos com inteligência, possibilitando questionar valores, rever métodos, e darmos oportunidade a nós mesmos a fazermos uma viagem interior na busca do autoconhecimento, além de refletirmos sobre diversidades. Nesta maneira de pensar só se guarda a memória técnica, dirimindo a psicológica através da compreensão.

É na educação que este nível de pensar (flexível), tem sua aplicação no construtivismo, como um exemplo do bem formar. Ali, é incentivado o “construir” e desconstruir” conceitos, não só contemplando a história, como a sociedade, a ciência, e a parte espiritual, representada nas diversas religiões, dando oportunidade ao educando, lidar melhor com suas dúvidas, seus questionamentos, descobrir do que é capaz, conhecer-se melhor, e enfim, o despertar da sua consciência.

 

E esta consciência dá melhor oportunidade para o ser humano entender valores, a realidade que o cerca e as relações com o seu semelhante.

É interessante observar que o ser humano por suas próprias necessidades, pela dinâmica das relações, precisa mover-se entre os níveis do pensar, dando oportunidades aos três níveis em momentos da nossa vida e o que podemos perceber é que precisamos saber quando e como melhor aproveitá-los.

 

Pensar de maneira flexível, é se apropriar de valores universais, é questionar dogmas que trazem comportamentos extremistas, é reconhecer que existe algo além do conhecimento físico e além da ciência. Algo muito maior. Pensar flexível é entender a diversidade cultural, a diversidade no mundo das idéias, é não se propor a ser o dono da verdade, mas deixar que a verdade se apresente ao nosso “eu” interior e faça brilhar a nossa aura .Pensar flexível é não ser um mero repetidor de informações, mas viver suas experiências, é não amar a arte da crítica e da dúvida, quando elas se fazem pertinentes.

 

2. O QUE É A CONSCIÊNCIA?

 

Em vez de definir a consciência, vamos descrever, o mais claramente possível, a sua função em nossa vida. Todos os homens, em sua existência se vêem continuamente colocados perante questões nas quais não se trata apenas do útil ou do nocivo, do vantajoso ou do prejudicial, mas do bem e do mal, impondo ao homem uma decisão.

Pode acontecer que eu me veja diante de uma oferta sedutora, que me promete a satisfação de desejos pessoais, mas ao preço de sacrificar claros princípios morais, tomando-me infiel a mim mesmo. Ou tenho de optar entre dois bens, dos quais só um pode ser realizado agora, enquanto o outro deve ceder o lugar.

Quando se apresentam semelhantes ocasiões de opção, manifesta-se em meu interior uma voz, um impulso que me indicam o bem que deve ser feito naquele momento. A voz faz parte de mim mesmo. Sei que ela me aconselha para o meu bem; que, além do mero cumprimento de uma lei, ela visa ao bem que devo fazer para seguir o meu caminho na vida; que, fazendo o bem indicado, melhorou alguma coisa no mundo em que vivo. A voz não se cala, mesmo quando aduzo motivos contrários às suas exigências, ou chamo a atenção para os obstáculos que se levantam contra o bem aconselhado. A voz insiste comigo, pedindo que eu me decida, e não me deixa repousar na indecisão.

 

Por isso, quando refletimos sobre valores e normas éticas, ou quando emitimos juízos sobre a ação moral, sobre o bom ou mau procedimento de outros homens, ainda não estamos perante a consciência em sentido estrito, mas ante a nossa noção de valores. Certamente, já se trata de uma atividade da consciência, que apreende juízos de valoração (conscientia habitualis, segundo Tomas de Aquino). Mas a verdadeira função da consciência verifica-se no momento preciso em que eu tenho de tomar uma decisão em favor do bem, de um bem que me incumbe precisamente a mim e precisamente nesta hora, que não posso transferir a outro, nem dele me subtrair. Aqui falamos da consciência de situação (conscientia actualis).

 

Logo, a consciência ocupa uma posição decisiva em nossa vida; o valor da minha vida não é determinado só pelo trabalho que presto, nem só pela minha posição social, nem só pelas minhas capacidades e talentos, mas substancialmente pela fidelidade com que sigo a minha consciência nas grandes e nas pequenas decisões, realizando concretamente o bem na minha vida e no mundo. O animal não tem consciência: é dirigido de modo seguro pelo seu instinto. O homem, pelo contrário, percebe, precisamente quando tem de tomar uma decisão consciente, que a voz da sua consciência é muitas vezes contra o seu capricho e tendências, contra a sua fome de prazer. O homem, portanto, não age impelido por uma necessidade, mas decide-se livremente. Esta liberdade, porém, constitui uma ameaça para a sua dignidade pessoal, isto é, para a promoção de sua personalidade moral e para o pleno desenvolvimento de sua própria vocação, pois o homem pode, contrariando a sua consciência, decidir-se em favor da desordem, do mal.

 

Uma decisão da consciência não é somente uma questão de raciocínio, de lógica. Ela é motivada e movida pelo amor do bem e pela vontade que, em última analise, dita a sentença da consciência. Por isto, designamos a consciência como uma faculdade pessoal que atua em nossa vida. O homem, vivendo a possibilidade de ver a sua existência aprovada ou ameaçada, tem o poder de decidir-se com toda a sua pessoa, pela verdade e pelo bem (a Bíblia diria “com todo o seu coração”).

A consciência torna-se assim o ponto de convergência e o centro de todos os dinamismos, de todos os valores, de todo o saber, sentir, poder de um homem.

Deste modo, a consciência dá ao homem a possibilidade de construir ele mesmo a sua vida, que é uma só e que, justamente na sua unicidade, lhe foi confiada como um dom e uma tarefa a realizar. Pela consciência, podemos pôr em execução a máxima mais antiga da humanidade, proferida por um pensador grego: “Sê aquele que és!”

 

Quem só vive dos “slogans” do tempo, deixando-se determinar por aquilo que “a gente” diz, julga e faz, ou quem, obedecendo irrefletidamente, executa ordens sem convicção, renuncia ao seu verdadeiro ser humano, embora a sua vida, aos olhos dos estranhos, decorra mais ou menos ordenadamente. Seguindo a sua consciência, porém, o homem vive e realiza uma vida que só a ele foi confiada.

Um filósofo estóico, Crisipo (205 a.C.), chama a consciência de “fundamento da construção da personalidade humana”; e Helmut Kuhn fala de “um nascimento da consciência de si mesmo a partir da consciência moral”

 

Mas pela consciência o homem também faz a experiência de pertencer à sociedade humana, nas suas diferentes modalidades de vida, desde a família até o Estado e mesmo até a grande humanidade, que hoje em dia cresce cada vez mais em sua unidade.

Isto aparece já na própria palavra “consciência” = saber com os outros. A palavra atesta a responsabilidade pelos outros, indica a comunhão no conhecimento e na realização de normas éticas validas.

É precisamente através da comunidade, através da palavra esclarecedora e do bom exemplo da vida, que a consciência de cada um é formada em sua essência. Inversamente, as comunidades humanas só são preservadas de se tornarem organizações sem conteúdo pelo fato de que cada um dos seus membros se decide pelo bem seguindo a própria consciência.

 

Somente onde o indivíduo por própria convicção respeita o direito dos outros, desde as exigências mínimas da regra de ouro “o que não queres que alguém faça a ti, não o faças tu a nenhum outro”, até as exigências mais elevadas do amor a Deus e ao próximo, somente onde o indivíduo não entra em conflito com a comunidade, mas se dispõe a servi-la, só aí a convivência dos homens é preservada de um estado insuportável de coação e prisão, ou de massa heterogênea em dissolução, em que todos se odeiam e mutuamente se combatem.

 

Mas nesta reciprocidade entre a consciência e a sociedade, a consciência não é absolutamente a mesma coisa que as ordenações de autoridades humanas ou de exigências positivas da sociedade, ou seja, de costumes tradicionais que se refletem na capacidade de decisão pessoal. A consciência não é o meio pelo qual o homem é inserido sem defesa e sem contradição no seu ambiente social e entregue à mercê dele. A prova disto é o fato histórico de que sempre apareceram homens que, apoiados unicamente em sua consciência, protestaram e lutaram contra tradições morais admitidas ou costumes sociais inveterados, ou até contra ordens que pretendiam apoiar-se na vontade divina. Assim, no processo da história da humanidade a consciência é ao mesmo tempo um fator da permanência contra a arbitrariedade subjetiva, e um motor dinâmico contra a rigidez de costumes éticos ultrapassados.

 

Alem disto, o homem tem a experiência de si mesmo como ser situado em um limite, recebendo desafios vindos além deste limite. Em outras palavras, ele toma conhecimento de si como ente transcendente, que pode e deve ultrapassar a si mesmo.

 

3. DE ONDE VEM A CONSCIÊNCIA?

Ter consciência faz parte do homem. A consciência pertence, como os nossos sentidos e a nossa inteligência, às faculdades primordiais do homem. Assim como a vista é feita para distinguir a luz e as trevas, assim a consciência tem por atividade própria distinguir entre o que é moralmente bom e o que é mau. A consciência é uma faculdade natural do homem.

Contra esta opinião, de que a consciência pertence inseparavelmente à vida humana, levantaram-se, nos últimos 150 anos, poderosas vozes, ensinando que a consciência se originou em fases posteriores da evolução do homem ou da humanidade.

1. A afirmação fundamental e comum a todas estas explicações sobre a origem da consciência, é a seguinte: A consciência não é uma faculdade imediatamente inerente à existência humana, mas apenas o resultado da projeção para dentro do homem de fatores internos e externos, que sobrevieram mais tarde. Como prova, observa-se que em tempos diferentes e em culturas e religiões diversas uma mesma ação foi considerada ora como boa, ora como má.

 

Assim, por exemplo, tribos, que não eram sedentárias e deviam continuamente lutar pela existência, matavam os pais idosos e incapazes de marchar, enquanto em outras culturas os pais decrépitos eram alimentados e respeitados.

Se alguns povos belicosos mataram os pais idosos, com isto quiseram prestar-lhes um último ato de amor, para que não caíssem nas mãos de inimigos implacáveis. O fato de o canibal devorar o seu inimigo não e prova de que, no seu grau de cultura, ainda não soubesse o que era consciência; isto só prova que ele acreditava ser boa coisa assimilar a força combativa do adversário.

 

A gênese da consciência é explicada mais pormenorizadamente das seguintes formas:

Os adeptos da evolução radical da espécie humana a partir de um primata animal, como Charles Darwin (1809-1882), põem a consciência humana no mesmo nível do instinto do animal. Segundo esta teoria, a consciência seria apenas uma forma do instinto da conservação de si mesmo. Determinadas sensações de

prazer e tudo que no momento é útil e proveitoso, foi tido como bom, e o que é desagradável e prejudicial foi tido como mau.

Outros derivam a consciência de circunstâncias condicionadas à sociedade, fazendo dela um produto de determinada herança social. Do fato de muitas gerações terem castigado duramente o roubo (por exemplo), originou-se no ladrão a consciência de que o roubo era ação má.

A teoria evolutiva defendida por Friedrich Nietzsche combina estas duas concepções. Para ele, a consciência está intimamente ligada ao desejo do poder do homem. Naturezas débeis teriam procurado compensar sua inferioridade qualificando de maus os que eram biologicamente fortes, e valorizando a própria fraqueza como eticamente boa. Assim, para Nietzsche a ética cristã, e a consciência que com ela se conforma, é apenas um ressentimento de homens frágeis e frustrados, que se origina da desvalorização do que ele propriamente deseja, mas a que ele deve renunciar forçado. A consciência é “a planta mais nefasta e interessante da nossa vegetação terrestre”:

 

Para Sigmund Freud, a consciência consiste essencialmente na vivência do recalque e da sublimação (transformação “sublimadora” de impulsos biológicos) da libido, do prazer sexual. O desejo do menino de ter relações libidinosas com a própria mãe, ao qual o pai se opõe ameaçador, da origem na criança ao complexo de Édipo, um misto de admiração pelo pai e profundo ressentimento contra ele. Se o menino se desenvolve normalmente, a admiração e o temor ante o poder superior do pai fazem com que passem para o segundo plano os desejos libidinosos com respeito à mãe. O pai torna-se o “superego”, e este é idêntico com a consciência; logo, a consciência é um produto do temor.

 

Contra tais teorias levantam-se numerosas dificuldades:

Em primeiro lugar, elas supõem, sem exceção, o fato elementar da consciência. Como podia o homem equiparar as sensações de prazer e de desprazer com o bem e o mal, se já não possuía a capacidade de distinguir entre bem e mal? Como podia o indivíduo valorizar dados sociais como bons ou maus e opor-se a eles, se a sua consciência não era mais do que o resultado de determinadas realidades sociais?

Em segundo lugar, se a Consciência não é mais do que o produto de determinado desenvolvimento cultural, de um nível mais baixo para outro mais elevado, então o valor ético e a força persuasiva da consciência deviam estar crescendo na mesma proporção. Mas, contra isto, fala a experiência:

Por exemplo, na Alemanha nazista o mal se propagou sem entraves, arrastando milhões com o seu fascínio. Com isto, ao menos, devia ter sido superada duma vez para sempre, a crença otimista de que a humanidade faz continuamente progressos na adesão ao bem. Em terceiro lugar, o fato de que o homem não pode mais abolir esta consciência, nem simplesmente ignorar a sua voz ou absolver-se de suas acusações, depõe contra todas as teorias que afirmam ter o homem “criado”, no decurso da história, a sua consciência.

 

Por último, todas estas teorias sobre a origem e a função da consciência, despersonalizam o homem, pois consideram o mais íntimo de sua pessoa, a sua força de discernimento e decisão moral, como produto mecânico da hereditariedade, da evolução, da tradição, do progresso.

 

4. COMO SE PERCEBE A CONSCIÊNCIA?

 

A consciência subseqüente louva e aprova a decisão (a boa consciência!) ou se opõe à decisão viciosa (a má consciência!). Geralmente, acontece que a má consciência se manifesta com mais insistência e mais duração do que a boa. Isto corresponde, aliás, à função da consciência como estímulo natural para o homem preservar-se a si mesmo, como defesa para não se comprometer. Na experiência da culpa, a consciência veda ao homem a desculpa banal, o recurso a influências prejudiciais do meio ambiente, à evasiva dos nervos hipercansados, etc. Ela põe o homem diante de si mesmo, obrigando-o a confessar: Só eu sou responsável por esta decisão. De outro lado, a consciência pode também com a mesma clareza absolver o homem da culpa, quando este seguiu a sua convicção ao decidir-se pelo bem, mas, por circunstancias adversas, a sua decisão converteu-se no mal.

 

5. A FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

 

Quanto mais vezes a consciência, com as suas advertências, determina as nossas decisões particulares, tanto mais conscienciosos e responsáveis nos tornamos. Quanto mais vezes nos decidimos contra a consciência, tanto mais nos tornamos homens sem consciência. Assim se formam hábitos do bem, ou do mal, os quais, no primeiro caso, levam à virtude, no segundo à obstinação no mal, ao vício.

As pesquisas feitas informam-nos que já a criança reage a estímulos decisivos à formação da sua consciência, principalmente quando vêm da parte dos pais. Acresce, nas diversas etapas posteriores do seu desenvolvimento, a influência de outras forças e grupos sociais, nos quais ela se insere. A influência de tais forças e grupos não provém só de relações diretas (por exemplo, de ordens, doutrinação, prêmios, castigos), mas, principalmente, da atmosfera e do critério de valorização que reinam em tal grupo, moldando a consciência de cada um de seus membros.

 

Portanto, a consciência de uma criança não é determinada em primeira linha pelo conteúdo das ordens e exortações ao bem que lhe dão os pais. Antes, o que decide o que a criança se sinta aconchegada no amor do pai e da mãe. A criança ama os seus pais; por isso, o bem para ela se identifica com eles. Ela não só pratica o bem por ordem ou até sob ameaça de castigo, mas espontaneamente como resposta do seu amor filial. Mas onde esta relação pais-criança se desencaminha, ai a criança está mais ou menos em oposição aos pais, e por isso também em oposição àquilo que os pais lhe prescrevem como bom e verdadeiro.

A falta completa de orientação é, pois, uma forma extrema de deformação da consciência, mas não, certamente, a única.(É muito útil procurar caracterizar a partir da própria experiência outros tipos de formação desviada e unilateral da consciência).

 

6. A IMPORTÂNCIA DA CONSCIÊNCIA E SEUS NÍVEIS

 

Níveis de consciência:

Consciência sensitiva: estímulo - apreensão - resposta espontânea, ao nível da animalidade (ex.: sinto fome, procuro alimento).

Consciência racional: - direta: estímulo - apreensão - compreensão - avaliação - decisão - resposta consciente e livre

Consciência reflexa: estímulo - apreensão - compreensão - avaliação - decisão - resposta consciente e livre - julgamento crítico - aprovação ou condenação do procedimento como certo ou errado;

Consciência ontológica: o que nos caracteriza como humanos, como pessoas que se auto-conhecem, cônscias de ser alguém, capaz de voltar-se sobre si mesmo, refletir e optar livremente;

Consciência psicológica: o mundo interior, percepção do eu pelo próprio eu, abrangendo o consciente, o subconsciente, o inconsciente e o supraconsciente. O “superego’ é aquela faixa de orientação da conduta, tornada habitual, em que a consciência moral dos outros exige certas atitudes.

Consciência moral: é racional e reflexa; é o julgamento crítico que se dá a partir da diferenciação do bem e do mal em vista de um bem vital, sendo o procedimento aprovado ou condenado como moralmente bom ou mau.

Prudência: uma das mais importantes virtudes morais que consiste na capacidade de avaliar as circunstâncias concretas do ato moral para a adequada aplicação dos princípios morais. Sinderese: conhecimento habitual das normas básicas da vida moral; disposição inata que cada ser humano tem de reconhecer os primeiros princípios da moralidade; impõem-se com evidência inelutável desde o uso da razão.

 

Quanto à conformidade com a Lei Moral Natural, pode ser:

- Verídica ou reta ou - Errônea (parte de falsos princípios morais tidos como genuínos), que pode ser:

- Vencível (culposa: deveria o erro estar superado}ou - Invencível.

 

Para Erich FROMM, existem:

- Consciência autoritária: é a voz da autoridade externa que foi interiorizada - os pais, o Estado, a Religião, o governante, as normas sociais; é regida pelo medo ou pelo temor; procura evitar o castigo ou sanção e não age por convicção própria;

- Consciência humanista: é a reação de nossa personalidade total a seu funcionamento adequado ou não; é o conhecimento íntimo da pessoa, baseado numa avaliação global da existência e da natureza humana, em função de um projeto vital; é a voz do verdadeiro eu que nos convoca para nós mesmos, para tornarmo-nos aquilo que somos potencialmente; é a guardiã da nossa integridade e a voz de nosso desvelo amoroso por nós mesmos. É a capacidade de escutar a si próprio, que requer a arte de ficar a sós consigo mesmo; é o “conhece-te a ti mesmo” de Sócrates.

- Consciência Social: tem sentido de espírito de classe, maneira comum de pensar e agir segundo certa concepção de vida em grupo, tal como a preocupação com as exigências do bem comum, das reivindicações da justiça social, preservação ambiental etc. (“Homem algum é uma ilha”).

- Consciência Histórica: capacidade de avaliar a época histórica em que se vive, interpretando-a dentro de suas conexões com o passado e de sua repercussão no futuro, numa autêntica apreciação dos “sinais dos tempos” (características e tendências da época - profetismo...).

- Consciência Profissional: concepção da atividade profissional como um serviço prestado aos outros, atividade voltada para o bem comum, “servir como profissional e não servir-se da profissão no sentido individualista - busca de fama, dinheiro, exclusivamente”.

- Consciência Religiosa: compreensão da existência de um Ser Superior e da relação de dependência para com Ele, com seus deveres específicos baseados na fé, na esperança e no amor transcendental.

 

7. DEFORMAÇÕES DA CONSCIÊNCIA:

 

- Escrupulosa (excessivamente rigorosa)

- Perplexa ( sempre diante de “dilema”)

- Laxa ou superficial (excessivamente liberal)

- Cauterizada (embotada pelo hábito)

- Farisaica ou hipócrita (supervaloriza o secundário em detrimento do principal...)

- Do ponto de vista da obrigação decorrente para o sujeito: Imperativa, proibitiva, meramente conselheira, permissiva.

- Do ponto de vista do grau de assentimento: Certa ou firme (julga com firmeza e segurança, sem temor prudente de errar, ser tal ou tal ação lícita ou ilícita) = plenamente convicta. Provável (fundada em razões não desprezíveis, embora tema errar) e Duvidosa (deixa o juízo suspenso, igualmente ou caso o formule, não vê por que não aceitar o alvitre oposto).

 

Antes mesmo de você começar a ajudar as pessoas fisicamente, ajude a fazer do mundo um lugar melhor através do seu apoio e ação direta. Este nível maravilhoso de serviço é o efeito direto do seu nível de consciência em um mundo que tem sentido uma enorme fome, por tanto tempo, de crescimento espiritual, mental, físico e emocional.