Antes da colonização

No começo do século XVI diversas embarcações que estavam a caminho da Bacia do rio da Prata aportavam na Ilha de Santa Catarina para se abastecer de água e mantimentos. Hans Staden, um aventureiro e mercenário alemão, passou pela ilha publicou em seu livro "Viagem ao Brasil" o que pode ter sido um dos primeiros mapas detalhados do que hoje é Florianópolis.

Mapas espanhóis feitos nas primeiras décadas do século XVII já mostravam o contorno da ilha de Santa Catarina e de algumas ilhas menores. Publicou. Os registros cartográficos elaborados por holandeses na mesma época eram ainda mais precisos e traziam até mesmo informações sobre as tribos indígenas da região.

Os primeiros habitantes estrangeiros a se instalarem na ilha foram desertores de algumas expedições marítimas e sobreviventes de naufrágios.

A colonização de Florianópolis

Por volta de 1675 o bandeirante Francisco Dias Velho, junto com sua família e agregados, deu início ao povoamento da ilha com a fundação de Nossa Senhora do Desterro desempenhando importante papel político na colonização de Santa Catarina. Na época a região onde hoje está Florianópolis era parte do extenso território original sob poder da vila de Laguna.

O bandeirante chegou acompanhado de aproximadamente 500 índios e dois padres, sendo que o primeiro passo para se estabelecerem foi a construção de uma pequena igraje no mesmo local onde hoje se encontra a Catedral de Florianópolis. Logo depois foi escolhido o melhor local para a fundação da vila, começando a construção das casas e o plantio do alimento.

Após a vinda de Dias Velho ocorreu um grande aumento no número de paulistas e vicentistas que passaram a ocupar vários outros pontos do litoral. No ano de 1726, Nossa Senhora do Desterro foi elevada à categoria de vila, a partir de seu desmembramento de Laguna.

Dias Velho acabou falecendo nas mãos de piratas e o povoado que fundou quase desapareceu, sendo que em 1712 apenas 147 pessoas, excluindo os índios, moravam no local. Alguns anos depois, em 23 de março de 1726, o povoado tronou-se município.

Em março de 1739 o brigadeiro José da Silva Pais aportou na ilha de Santa Catarina, era dele a missão de construir fortificações e ocupar militarmente a região devido a sua posição estratégica para proteção das terras portuguesas no sul do Brasil. Esse domínio militar representou um grande passo na ocupação e desenvolvimento da ilha.

Em meados do século XVIII a Coroa Portuguesa precisava aliviar o excedente populacional dos Açores, para resolver o problema ela incentivou os açorianos a migrarem para a ilha de Santa Catarina, aumentando assim a ocupação da região e por consequência o domínio português sobre ela.

No ano de 1748 os açorianos estabeleceram a sua primeira colônia, as margens da Lagoa da Conceição. Pouco tempo depois outras colônias foram surgindo tanto na ilha como no continente. A chegada dos açorianos fez prosperar a agricultura, a indústria manufatureira de algodão e linho e a confecção artesanal da farinha de mandioca e das rendas de bilro.

Na mesma época foram instaladas armações para a caça de baleias planejando a produção de óleo. A caça de baleias não representou um incremento ao comércio da região, já que a maior parte do óleo era enviado a Portugal. Não demorou muito para que a matança de baleias entrasse em declínio. O primeiro motivo foi a fuga das baleias para o extremo sul e mais tarde a substituição do óleo animal por querosene.

No século XIX, Desterro foi elevada a categoria de cidade e em 1823 tornou-se capital da Província de Santa Catarina, recebendo diversos investimentos e recursos do governo federal para a melhoria do porto e a construção de edifícios públicos, entre outras obras urbanas.

Os fatos dessa época já foram retratados inúmeras vezes em pinturas, quadros decorativos, desenhos, e até mesmo em artes na capa de uma lista telefônica online. O período da antes e durante a colonização de Florianópolis ainda guarda alguns mistérios, alguns deles rendem boas histórias, daquele tipo de história que ouvimos de nossos avôs e avós e que são passadas de geração em geração, alimentando a curiosidade que sentimos.