A COISIFICAÇÃO HUMANA

por José Silvano dos Santos
O senso comum caracteriza-se como uma "praga" que até os dias atuais trava o desenvolvimento da humanidade.
A humanidade poderia estar num estágio, espiritualmente, mais avançado se não fosse a inexistência de uma maioria que rejeita a visão global e racional dos fatos. Porém, a culpa não é totalmente do senso comum, há por detrás disso uma superestrutura "canina" que investe e aposta alto na perpetuação e manutenção dessa forma de conhecimento, que não só trabalha para manter sua existência como existe e se mantém em função deste.
É uma estrutura constituída de poderes: O poder político, formado pelos três poderes da República, o poder religioso e a Indústria Cultural (Mídia).
O poder político aposta numa Educação que tem por objetivo a formação de uma massa de alienados, porém, muito submissos ao Capitalismo. É a formação de uma espécie de "gado humano".
O poder religioso, digamos até "fundamentalismo tropical", se mantém graças ao senso comum, um tipo que é manipulado e amordaçado desde que nasce.
Tem por dever ser o "coitadinho", andar curvado, não expor suas opiniões aos pais, ao patrão e ao clero em troca de privilégios. E se fizer algo diferente disso para o patrão é logo taxado de comunista, revoltado para os pais e louco para os líderes religiosos.
Para a Indústria Cultural, o senso comum, é imprescindível, pois sendo um tipo de rebanho que pouco pensa, prefere que pensem por ele, age por impulsos. Não sabe que esta atitude faz com que o sistema se aproprie de sua mente através da ideologia da classe dominante, e de seu corpo ditando o seu vestuário, o que beber/comer; que remédio tomar, etc. E até de suas atitudes, transformando o ser humano, ora desumanizado pelas cifras volumosas da globalização, numa coisa.

REFERÊNCIAS
JAPIASSÚ, H; MARCONDES,D. Dicionário Básico de Filosofia. 3.ed.Rio de Janeiro: Zahar,2001.
ROSSI, M.A.M. Enciclopédia do Estudante. São Paulo: Moderna,2008.