A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR NA PROMOÇÃO E NO DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DA SITUAÇÃO DO APRENDER

 

Jaqueline Maria Pereira Fulgencio Estudante,

FSJT,Rio de Janeiro, jackelinepereira.f@hotmail.

 

 

 Lúcia Baroni Martinazzo

Orientadora, FSJT Rio de Janeiro, [email protected]

 

 

 

Rio de   Janeiro

    2012  

 

 

 

 

 

JAQUELINE MARIA PEREIRA FULGENCIO

 

A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR NA PROMOÇÃO E NO DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE SITUAÇÃO DO APRENDER

Artigo apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de especialista lactu sensu em Psicopedagogia clínica e Institucional da Faculdade São Judas Tadeu sob a orientação da professora DRª Lúcia Baroni Martinazzo.

 

 RESUMO

 

O presente artigo busca desmistificar o engessamento sobre a atuação do Psicopedagogo na Instituição escolar, já que ainda existem paradigmas e sistemas de crenças que sustentam o imaginário dos indivíduos de que sua atuação detém-se apenas nas dificuldades de aprendizagem dos educandos, não se remete apenas ao ato de aprender, ou seja, somente tratar os problemas de aprendizagem, sua atuação é muito abrangente, e engloba também o ato de ensinar, até porque, ela trabalha o ser humano em sua totalidade. Este objeto de pesquisa visa fomentar a reflexão sobre a atuação do profissional psicopedagogo na escola, verificando como se estabelece o trabalho deste profissional no cotidiano escolar e identificando como o mesmo procede na busca de melhorias do mesmo. Aborda questões sobre o fazer psicopedagógico na instituição, porque todos os sujeitos da comunidade escolar são eternos “aprendensinantes”; que enquanto aprendemos, ensinamos . O psicopedagogo detém a intencionalidade de oferecer subsídios que possibilitem a promoção e o desenvolvimento no processo de situação do aprender.

 

PALAVRAS-CHAVE: Psicopedagogo - Instituição escolar-Prática Psicopedagógica

 

ABSTRACT

This article aims to demystify the hardening on the performance of Educational Psychologists in the Institution, since there are still paradigms and belief systems that sustain the imagination of individuals which their work detains only in the students difficulties of learning, it refers not only the act of learning, in other words, it treats the problems of learning. The performance is very comprehensive and also includes the act of teaching, because it works the human being in its entirety. The object of research is to point out the progression of reflection on the performance of the Educational Psychologists at school, verifying how to establish the work of this professional in a school routine and identifying how this professional proceeds in relation improvements. Some issues regarding the act of the Educational Psychologists are also pointed out once all the individual of the school community are eternal "learners and teachers", thus when we learn, we teach. The Educational Psychologists have the intention to offer subsidies that facilitate the promotion and development in the process of learning.

KEYWORDS: Educational Psychologists – Educational Institution- Psychopedagogical Practices  

 

METODOLOGIA

Este artigo científico cuja pesquisa tem como área de conhecimento as Ciências Humanas terá como metodologia uma um aporte teórico bibliográfico para a compreensão da temática cujos autores serão descritos na referência bibliográfica. Os autores têm como guia o estudo a Psicopedagogia e suas práticas nos espaços escolares para uma melhor compreensão sobre a dicotomia da atuação do Psicopedagogo institucional. Para a elaboração deste trabalho foram utilizados livros, e artigos como fontes primárias, além de pesquisas em bibliotecas e internet. Esta pesquisa é do tipo método descritivo, a partir de entrevistas feitas com educadores de escolas Públicas e Privadas baseados numa abordagem de caráter qualitativa, utilizando a técnica de observação sistemática e conversas informais.

INTRODUÇÃO

“... Neste sentido, ensinar / aprender é muito mais do que fazer lições, do que saber para a prova, do que preencher cadernos, é sim colocar uma nova combinação na vida, é transformar o que já existe, é poder pensar e agir de outra forma, é poder completar idéias...”. (Barbosa, 2008- p.21)

Falar sobre o trabalho psicopedagógico significa pensar em uma educação que se preocupe com o crescimento do ser humano, ate porque, é isso que a Psicopedagogia prioriza a evolução humana de forma saudável, procurando desenvolver o autocontrole, intervindo diante das dificuldades, para que desta forma soluções sejam concretizadas.

A atuação do Psicopedagogo institucional prioriza a aprendizagem como um todo, portanto, procura orientar não apenas alunos, mas também pais, professores e todo o corpo escolar, proporcionando meios para que os mesmos superem suas dificuldades, pois quando alguém se encontra em dificuldades, necessita de algo e alguém que o eleve, precisando ser estimulado para se sentir capaz, e neste quesito, o psicopedagogo assume um papel muito importante, procurando meios para que os mesmos se sintam motivados. Sabemos que o ambiente escolar desafia a todo instante os sujeitos envolvidos em seu cotidiano, E por ser um lugar onde se constrói conhecimento, necessita de um olhar cauteloso e compromissado em prol de uma formação para a vida. Os desafios são muitos, o foco mudou, antes era uma educação conteúdista, onde o objetivo principal era fazer com que o aluno absorvesse todo o conteúdo não importando se era significante para ele ou não, hoje, se lançou um olhar mais abrangente, onde o ser humano é trabalhado na sua plenitude e totalidade respeitando seus limites e conhecimentos prévios.

E este ambiente escolar, onde cada aluno é singular necessita de um olhar específico para que algo prossiga, necessita de bons condutores e intermediadores para fazê-lo caminhar com êxito. Para o psicopedagogo, sua intervenção junto ao professor, num processo de parceria, possibilita uma aprendizagem significativa e enriquecedora, Não só a sua intervenção junto ao professor é positiva. Mas também sua participação em reuniões de pais, esclarecendo o desenvolvimento dos filhos; em conselhos de classe; avaliando o processo metodológico; na escola como um todo, acompanhando a relação professor e aluno, aluno e aluno, aluno e professor, professor e equipe escolar, pois, com sua visão fundamentada e focada indivíduo que está aprendendo, no meio em que se aprende na maneira como se aprende e de como superar as dificuldades ,contribui efetivamente para o desenvolvimento do processo, reconhecendo que este profissional faz realmente a diferença para que a educação consiga evoluir de forma efetiva com todos os sujeitos envolvidos neste processo.

HISTÓRIA E DEFINIÇÃO A PSICOPEDAGOGIA

Os primeiros Centros Psicopedagógicos foram fundados na Europa, em 1946 com contribuições da Medicina, Psicologia e Psicanálise, para ação terapêutica em crianças que tinham lentidão ou dificuldades para aprender apesar de serem inteligentes (MERY apud BOSSA, 2000, p. 39). Os estudos franceses influenciaram a iniciação psicopedagógica na Argentina conforme a psicopedagoga (Alicia Fernández apud BOSSA, 2000, p. 41), a Psicopedagogia surgiu na Argentina há mais de 30 anos e foi em Buenos Aires, sua capital, a primeira cidade a oferecer o curso de Psicopedagogia. Aproximadamente há 30 anos, surgiram os primeiros grupos de estudos sobre a aprendizagem e o sistema educacional brasileiro. Os cursos na área de Psicopedagogia no Brasil começam a surgir nos anos 70, Com visão de uma formação independente, o Brasil recebeu contribuições, para o desenvolvimento da área psicopedagógica, de profissionais argentinos tais como: Sara Paín, Jacob Feldmann, Ana Maria Muniz, Jorge Visca, dentre outros. mas é na década de 90 que se multiplicam. Em 1996 foi aprovado em Assembléia Geral no III Congresso Brasileiro de Psicopedagogia, o Código de Ética que assinala dentre outras coisas, que a Psicopedagogia é um campo de atuação em saúde e educação que lida com o processo de aprendizagem humana, é de natureza interdisciplinar e o trabalho pode se dar na clínica ou instituição, de caráter preventivo e/ou remediativo e cabe ao psicopedagogo por direito e não por obrigação, seguir esse código. A Psicopedagogia constitui-se em uma justaposição de dois saberes : psicologia e pedagogia - que vai muito além da simples junção dessas duas palavras. Isto significa que é muito mais complexa do que a simples aglomeração de duas palavras, visto que visa a identificar a complexidade inerente ao que produz o saber e o não saber. É uma ciência que estuda o processo de aprendizagem humana, sendo o seu objeto de estudo o ser em processo de construção do conhecimento. Antes da contribuição da Psicopedagogia os professores viam as causas das dificuldades apenas de forma patológica, isto é, os indivíduos eram encarados como portadores de alguma doença que os impediam seu desenvolvimento escolar. Com isto muitas crianças eram encaminhadas para consultórios médicos e passavam a ter um tratamento medicamentoso. Barbosa (2006) também aponta um dado histórico importante para o desenvolvimento da Psicopedagogia no Brasil que se assemelha com o descrito acima, que é isenção da escola na responsabilidade perante as dificuldades, fato este que ocorreu na década de 70 para a de 80.

A escola ficava sem saber o que fazer para solucionar os problemas de aprendizagem de seus alunos, encaminhando-os para especialistas. A psicopedagogia é uma área de estudo diretamente relacionada à da aprendizagem escolar, tanto no que tange a seu decurso normal quanto às dificuldades que possa apresentar. É preciso que todos os envolvidos com o processo de aprendizagem sejam analisados, e não somente o aluno, que é uma das parcelas de um todo do conhecimento em construção uma vez que às vezes poder ser apresentar mais fácil ou mais difícil para quem ensina ou aprende, pois esta ciência estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades internas e externas da aprendizagem englobando a construção do conhecimento em toda a sua complexidade. portanto, não se remete apenas ao ato de aprender, ou seja, somente tratar os problemas de aprendizagem, ela é muito abrangente, e engloba também o ato de ensinar, até porque, ela trabalha o ser humano sua totalidade levando em consideração os padrões evolutivos normais e patológicos, assim como a influência do meio familiar, social e escolares, buscando sempre a estabilização dos mesmos, ultrapassando a velha idéia de que ela apenas trata os problemas de aprendizagem dos alunos.

O PSICOPEDAGOGO E A INSTITUIÇÃO ESCOLAR

Considerando que a escola é responsável por grande parte da formação do ser humano, o trabalho do Psicopedagogo na instituição tem um caráter preventivo no sentido evitar o fracasso escolar e interventivo; corrigindo e/ou minimizando as dificuldades que ocorrem no processo de ensino aprendizagem criando competências e habilidades para solução dos problemas. Com esta finalidade e em decorrência do grande número de crianças com dificuldades de aprendizagem e de outros desafios que englobam a família e a escola. Por meio de técnicas e métodos próprios, o psicopedagogo possibilita uma intervenção psicopedagógica visando à solução de problemas de aprendizagem em espaços institucionais. Juntamente com toda a equipe escolar, está mobilizado na construção de um espaço adequado às condições de aprendizagem de forma a evitar comprometimentos. Elege a metodologia e/ou a forma de intervenção com o objetivo de facilitar e/ou desobstruir tal processo. O Psicopedagogo, por sua vez, tem a função de observar e avaliar os diferentes setores em todos os aspectos, como por exemplo, a dinâmica das respectivas rotinas, a estrutura organizacional, o procedimento da distribuição do trabalho, os relacionamentos, as questões metodológicas do ensino, etc, desenvolvendo uma abordagem reflexiva e crítica junto à equipe pedagógica e docente, qual a verdadeira necessidade da escola e atender aos seus anseios, bem como verificar, junto ao Projeto Político-Pedagógico, como a escola conduz o processo ensino aprendizagem, como garante o sucesso de seus alunos e como a família exerce o seu papel de parceira nesse processo.

O FAZER E A INTERVENÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NA ESCOLA

Um psicopedagogo na sua prática escolar tem papel de mediador, ele faz uma intervenção, “não apenas da aula”, sobre um tema. Essa intervenção é levantar hipóteses, rever conceitos, descobrir determinadas crenças sobre o aprender e o ensinar e assim permitir a construção de um espaço para troca de experiências e idéias, além de propor uma metodologia onde o refletir e o pensar não seja tarefa sem prazer, sem alegria e sem vida. Numa linha preventiva, o psicopedagogo desempenha sua atuação, envolvendo a preparação de profissionais Durante todo o processo educativo, procurando investir numa concepção de ensino-aprendizagem de modo a: • Participar da dinâmica das relações da comunidade educativa a fim de favorecer o processo de integração e interação; • Avaliar o processo metodológico na escola como um todo e orientar novas metodologias de acordo com as características dos indivíduos e do grupo; acompanhando a relação professor e aluno, aluno e aluno; • Incentivando os sujeitos da ação educativa, valorizando-os e Administrando as ansiedades e conflitos; • Criar estratégias para o exercício do respeito mútuo ; • Fazer a mediação entre os subgrupos envolvidos na relação ensino-aprendizagem (pais, professores, alunos, funcionários); • Transformar “queixas em pensamentos” (Alícia Fernandéz); • Criar espaços de escuta;• Levantar hipóteses;• Observar, entrevistar e fazer devolutivas; • Utilizar-se de metodologia clínica e pedagógica, “olhar clínico”; • Não fazer avaliação psicopedagógica clínica individual dentro da instituição escolar, porém, deve-se fazer sondagens, encaminhamentos e orientações; O psicopedagogo deve considerar que a escola, o professor e família interferem positiva ou negativamente no processo de aprendizagem. Em relação à escola, avalia-se também a forma como está organizada, inclusive a sua estruturação hierárquica, sua orientação de trabalho, os conflitos internos e o seu projeto pedagógico. Segundo Bossa(1994):

“cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação.

 Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria “ensinagem‟. (p.23).

AÇÃO PSICOPEDAGÓGICA E A TRANSFORMAÇÃO DA REALIDADE ESCOLAR

A atuação do Psicopedagogo na instituição visa a fortalecer-lhe a identidade, bem como buscar o resgate das raízes da instituição, ao mesmo tempo resgatar o docente o prazer de ensinar, procura sintonizar o aprendizado com a realidade que está sendo vivenciada no momento histórico atual, buscando adequar essa escola às reais demandas da sociedade. Durante todo o processo educativo, procura-se investir numa concepção de ensino aprendizagem que Fomente interações interpessoais, que Incentive os sujeitos da ação educativa a atuarem considerando integradamente as bagagens intelectuais e morais; Estimule a postura transformadora de toda a comunidade educativa para, de fato, inovar a prática escolar; Oriente e interaja com o corpo docente no sentido de desenvolver mais o raciocínio do aluno, ajudando-o a aprender a pensar e a estabelecer relações entre os diversos conteúdos trabalhados; Reforce a parceria entre escola e família; Incentive a implementação de projetos que estimulem a autonomia de professores e alunos; Atue junto ao corpo docente para que se conscientize de sua posição de “eterno aprendiz”, de sua importância e envolvimento no processo de aprendizagem para que este aprender não tenha apenas um caráter avaliativo quantitativo, mas, que seja com certeza uma preparação para a vida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escola, como mediadora no processo de socialização, vem a ser produto da sociedade em que o indivíduo vive e participa. Nela, o professor não apenas ensina, mas também aprende. Aprende conteúdos, aprende a ensinar, a dialogar e liderar; e media uma reflexão de que todos os indivíduos são capazes de aprender, inclusive não só docentes e discentes mas toda a comunidade escolar,. Agindo assim, a maioria das questões inerentes ao processo de aprendizagem poderá ser tratada de forma preventiva, antes que se tornem verdadeiros problemas. Em sua obra “A Psicopedagogia no Brasil- Contribuições a Partir da Prática”, Nádia Bossa registra o termo prevenção como referente à atitude do profissional no sentido de adequar as condições de aprendizagem de forma a evitar comprometimentos nesse processo, Partindo da criteriosa análise dos fatores que podem promover como dos que têm possibilidade de comprometer o processo de aprendizagem, o psicopedagogo Institucional elege a metodologia e/ou a forma de intervenção com o objetivo de facilitar e/ou desobstruir tal processo, o que vem a ser sua função precípua, pois, somos sujeitos desejantes e por isso sujeitos aprendentes. Onde reside o desejo, há permanente busca por novas aprendizagens e este processo é ininterrupto. Vivemos numa sociedade que faz com que o desejo de aprender seja foco e desafio, pois só há mudança efetiva na complexidade da realidade quando comportamentos e pensamentos são alterados e transformados. Sua atuação e ação mediante as dificuldades, perpassa o engessamento de pensamento que o psicopedagogo atua de maneira clínica e individualizada na instituição escolar, sua atuação abrange não apenas as dificuldades dos educandos, mas todas as dificuldades em que emergem no âmbito escolar. Partindo do pressuposto o psicopedagogo enfatiza sua atuação num enfoque de que o ensinante, é também aprendente, percebemos com esta pesquisa, tamanha a contribuição da sua ação na Instituição Escolar para o desenvolvimento da situação do aprender .

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA

 

 L. m. serrat. Psicopedagogia: um diálogo entre a psicopedagogia e a educação. Curitiba, bolsa nacional do livro, 2ª Ed. Ver e ampl. 2008.

BOSSA, Nadia. A psicopedagogia no Brasil. Contribuições a partir da prática. Porto Alegre, Artmed, 1994. _____________. A psicopedagogia no Brasil. Contribuições a partir da prática. Porto Alegre,2 ª Ed. Artmed, 2000.

FERNÁNDEZ, Alicia. A Inteligência Aprisionada. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

RUBINSTEIN, Edith (Org.). Psicopedagogia uma prática, diferentes estilos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999. SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e a realidade escolar: o problema escolar e a aprendizagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 14ª ed., 2007.

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