Em pleno século 21, com todo o avanço tecnológico, a humanidade continua em busca de um caminho para alcançar a tão propalada plenitude. Sempre relacionamos qualquer coisa ou evento com uma prova ou contraprova para satisfazer a nossa mente adaptada em causa e efeito imediatos. A busca por um caminho para dias melhores sempre está associada a fenômenos impregnados em nossas mentes, ou seja, o nosso passado, aquilo que aprendemos, dita o rumo a ser seguido. Uma simples conta telefônica ou uma tarifa de água ou luz necessita do comprovante material para que possamos ter a verdadeira noção da urgência de quitação, ou seja, precisamos sempre de provas materiais daquilo que chega até nós. Numa relação de família, no trabalho, na própria religião escolhida buscamos sempre alguma prova de alguma coisa. As religiões geralmente pregam o caminho da redenção individual, raramente o da união entre todos, e assim, os nossos maiores anseios ficam à margem de nossas vidas. Como unir? Como amar ao próximo como a si mesmo, se na maioria das vezes, o si mesmo está em conflito? Amar o próximo como amamos ou aderimos aos nossos conflitos é ilógico. O caminho da redenção requer Conhecimento e Fé, Conhecimento que é o contato com a verdade única e não distorcida, e Fé que é a busca por um processo interior de tentar copiar ou aderir ao "Comportamento do Eterno". As provas que exigimos nas questões da Fé podem ser evidenciadas através do conhecimento científico para satisfazer as nossas mentes acostumadas ao método cartesiano. A física quântica parece estar alcançando o conhecimento da Cabala (Aquilo que Recebemos do Criador para erradicar o caos de nossa vida através do Conhecimento) contido no Livro da Formação e no Livro do Esplendor, pois nestes tratados já existem as idéias de dimensões, multiversos, relatividade, função de cada planeta, assim como suas influências astronômicas/astrológicas em nossas vidas (pois são energias-inteligência) e em tudo, e muito mais ali está descrito, descortinando maravilhas científicas e filosóficas que estamos percebendo somente nos últimos tempos. Vamos aqui, neste ensaio, demonstrar em bases científicas que o Eterno "autografou" a Torá e também "assinou" a sua criação. Como sabemos, o universo começou a partir de um ponto (vide O Big-Bang e a Causa da nossa Infelicidade na coluna CABALA). O que é um ponto? Um ponto não é nada, pois não possui dimensão nem massa, é um ente imaterial representativo apenas. Sabemos que o universo foi criado a partir de uma entidade imaterial. O nada, a não existência, criou o todo que tudo contém. Se nós ampliarmos um ponto, teremos a forma de um círculo. Se unirmos vários pontos teremos uma reta. Se unirmos as retas de forma adequada teremos um quadrado ou outras formas geométricas. Sendo assim, voltando ao ponto, agora "ampliado" em forma de círculo, podemos cortá-lo por uma linha reta horizontal e teremos dois semicírculos, demonstrando o princípio da Dualidade. Se observarmos bem, cada semicírculo pode ser considerado como triângulo de "lados redondos". Se esticarmos, achatarmos as partes redondas e torná-las linhas retas teremos dois triângulos unidos em forma de losango,e assim podemos construir qualquer forma geométrica usando as linhas. Se inscrevermos os triângulos (o de baixo com a base para cima e o de cima com a base para baixo) dentro dos círculos, iremos visualizar aquilo que conhecemos como Estrela de Davi, que é a noção primeira de fractal e nos reporta à Geometria Sagrada da Criação (vide Fibonacci e Fractais). Então, poderemos perceber que o universo se contrai, se divide infinitamente em partículas cada vez menores e tal processo jamais terá um fim. Assim, percebemos que o conceito de universo infinito é uma divisão infinita, para dentro do ponto, cada vez mais produzindo partículas cada vez menores, num processo sem fim. O átomo é uma entidade onde predominam os espaços vazios entre o núcleo e a órbita de elétrons, e sendo assim concluímos que somos feitos do nada que existe no espaço inter-atômico, provando assim que o material teve origem no imaterial, e é nesse espaço onde existem energia e partículas subatômicas que devemos perceber que a expansão e a busca do homem por sua redenção, através da união com o todo, devem ser para dentro e jamais para fora, sempre para o seu interior, como os grandes profetas já anunciavam. O que procuro esclarecer é que a Luz oriunda do Criador preenche a todos nós, receptores que somos, e que o conteúdo deste Receptor (que pode aumentar progressivamente em função do Compartilhar com todos e com o nosso lado egoísta) quando está sendo locupletado nos remete para o seu interior, para dentro, nunca para fora. A comunhão com Deus, através de meditações, orações, escaneamento dos 72 Nomes Sagrados ou através de outro processo qualquer é um caminho para o interior de nós mesmos, pois ali se encontra o ponto de conexão com Deus e de toda a sua criação. A Lei da Ação e Reação, por outro lado, nos diz que se uma parte está se contraindo, é porque algo está se expandindo, isto é, a porção do universo visível, os objetos, pessoas planetas, sistemas solares estão em expansão, satisfazendo o princípio citado. O vácuo, ou espaço vazio entre os planetas, está abarrotado de energia e está longe de ser chamado de região vazia, pois a irradiação das estrelas e dos planetas e tudo que eles emanam é armazenado pelo que chamamos de vácuo. O vácuo recebe toda a energia que enviamos para fora através de ações materiais, liberação de outras energias e até mesmo pensamentos. Enquanto um universo tende a entidades cada vez menores, o outro universo (exterior) tende a entidades cada vez maiores como os quasares e pulsares, aumentando de tamanho ininterruptamente e tendo a sua massa aumentada infinitamente. A busca de Deus em nossa vida nos remete ao nosso interior, nunca devemos buscar fora Aquilo que está dentro. A busca interior nos leva a procurarmos estar em ressonância, vibrando na mesma freqüência da Energia Divina que habita em nós. Mas, como provar isto? É uma tarefa relativamente simples se usarmos as ferramentas que a ciência nos proporciona. Num primeiro momento vamos considerar a Torá, onde podemos comprovar que o Autor, Deus, colocou o Seu autógrafo. Vamos considerar o campo matemático da estatística. Se estivermos andando por uma rua e encontrarmos uma moeda no chão saberemos que é um fato isolado. Se encontrarmos duas moedas, poderemos chamar de coincidência. Mas, se ao andarmos na rua e encontrarmos nove moedas distribuídas em três grupos de três moedas, saberemos que aquilo fora ali colocado deliberadamente, propositalmente. Assim acontece na Bíblia no Livro de Êxodo, capítulo 14, versículos 19, 20 e 21, onde durante a narrativa da travessia do mar vermelho aparecem nos três versículos uma construção de 72 Letras. É claro que isso foi ali inscrito para demonstrar que o Autor da Obra, O Eterno, nos dá uma prova inequívoca de Sua autoria do Texto da Verdade. A Torá foi "produzida" para que o homem buscasse ali todo o seu conhecimento e ferramentas para a sua caminhada espiritual ao realizar as suas ações no mundo material. Portanto, dentro do campo da lógica, se o Poderoso Senhor dos Exércitos "assinou" a Torá, é de se esperar que ele tenha deixado a Sua assinatura naqueles que deveriam buscar o Conhecimento na Torá, os Homens. Agora, num segundo momento, vamos demonstrar, também através da ciência, que Deus Inscreveu o Seu Sagrado Nome em todos os seres humanos. Sabemos que a Letras hebraicas possuem valores numéricos. Sabemos também que os alquimistas e correntes esotéricas sempre falaram em Quatro Elementos, numa referência direta ao Ar, Água, Terra e fogo. Se pararmos para analisar com profundidade esta questão, com base na ciência, veremos que o Ar é um composto de gases no qual predomina o Nitrogênio. Na água predomina o Oxigênio, no Fogo predomina o Hidrogênio, pois cada quatro átomos deste produzem o Hélio por uma reação de fusão nuclear como a que observamos no Sol. Se considerarmos as massas atômicas (número inteiro, conforme técnicas de redução de números para criptografia) destes elementos, teremos: Hidrogênio - massa atômica 1 (1,...) que representa a letra YOD Nitrogênio - massa atômica (14,... =1+4) 5 que representa a letra HEY Oxigênio - massa atômica (15,...=1+5) 6 que representa a letra VAV Carbono - massa atômica 12 (união ou soma de YOD, HEY e VAV) e refere-se à letra GUIMEL (valor numérico 3, pois em12 temos 1+2). O Carbono, a nossa constituição ou Terra, foi obtido (transmutado pelo Eterno) a partir do Ar, da Água e do Fogo. Portanto, teremos YHVG, que é o Nome do Homem e também significa Senhor dentro do Homem. Podemos, de forma não muito rigorosa e nem elegante, para facilitar o nosso entendimento, considerar que a forma reduzida do Nome de Deus YHVH (EU SOU O QUE SOU) é YH, portanto, se repetirmos o SOU em substituição ao G do YHVG (o nome do Homem que poderia ser adaptado para Eu Sou o que Fiz e estou nele), teremos da mesma forma o Nome do Eterno inscrito em cada célula do nosso corpo, em cada seqüência genética, pois Hidrogênio, Nitrogênio, Oxigênio e Carbono são constituintes do DNA, ou seja, adenina, guanina, citosina, timina. Portanto, YH é a forma reduzida de YHVH (Eterno, antigo Nome de Deus) e VG significa dentro do corpo nos levando a aceitar á máxima: "Deus está dentro de nós". Vale ressaltar que esta "coincidência" pode ser verificada também no alfabeto árabe, afinal a origem Ismaelitas e Israelitas (filhos de Abraão) é a mesma, ou seja, Árabes e Judeus. Assim, espero ter contribuido para tentar demonstrar que Deus está em cada um de nós e somente a cada um de nós cabe achar a trilha que nos leva a redenção, através da necessária busca pela união com tudo e com todos, com a conexão com a Luz.