UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

 

 

 

PEDAGOGIA

 

 

ARTIGO

 

 

“O DESEJO DE ENSINAR E A ARTE DE APRENDER”

 

 

 

Ana Gomes Ferreira

RA: 371555

Maíza Cecília Chaves

RA: 387241

Marinir de Assunção Peixoto

RA: 400205

Priscila Meireles Pereira Schneider

RA: 375826

Orientador (a): Ana Maria Benedito Lacerda.

 

 

 

 

Cuiabá, Maio, 2015

 

 

 

 

 

 

 

Artigo científico de conclusão de curso apresentado ao curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera – UNIDERP, polo Cuiabá, com requisito parcial para obtenção do título de licenciatura em pedagogia.

Orientadora: Ana Maria Benedito Lacerda

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ana Gomes Ferreira

Maíza Cecília Chaves

Marinir de Assunção Peixoto

Priscila Meireles Pereira Schneider [1]

 

 

Curso de Pedagogia Polo Universidade Anhanguera – UNIDERP Centro de Educação a Distância.

E-mail: [email protected]

“Ao Deus do Impossível por nos auxiliar em cada nova fase de nossos desenvolvimentos na vida acadêmica”.

Aos nossos amores, aos nossos filhos.

Amados pais e demais parentes e amigos.

Aos Mestres desta Instituição de Ensino!

Obrigado!

“Seu rosto estava iluminado pela curiosidade e pelo prazer de entrar num mundo que não conhecia”.

(Alves, Rubem, p. 09)

Alves. Rubem Azevedo,

                                     (afiguração)

 

 

                            Nascido em quinze de setembro de mil novecentos e trinta e três em Boa Esperança - Minas Gerais, morreu em Campinas – São Paulo no dia quatorze de julho de dois mil e catorze. Obteve forte influências da Bíblia Sagrada, Friedrich Nietzsche e Fernando Pessoa. Foi escritor, filósofo, psicanalista, teólogo e pedagogo. Recebeu formação no exterior, lecionou na UNICAMP – Campinas, na década de setenta ocupou o cargo de professor titular de filosofia na mesma instituição.

                            Ele possuía vasto conhecimento que contribuiu muito com a literatura brasileira, além dos diversos trabalhos direcionados para o publico infantil.[2]

 

 

 

“O DESEJO DE ENSINAR E A ARTE DE APRENDER”.

RESUMO

 

O presente artigo visa analisar a importância do educador enquanto mediador do desejo de ensinar. E possibilitar o conhecimento através da motivação para o educando. Portanto para realizar este trabalho utilizamos a pesquisa bibliográfica, fundamentada na leitura e pesquisa de livros, e referências curriculares.

PALAVRAS CHAVES: educador, coceira, desejo, ensinar, curiosidade e alunos.

SUMÁRIO

RESUMO ...........................................................................................08

INTRODUÇÃO .................................................................................11

DESENVOLVIMENTO.....................................................................12

CONCLUSÃO....................................................................................23

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................26 ANEXO...............................................................................................27

INTRODUÇÃO

Este trabalho de pesquisa busca examinar a obra literária “O desejo de ensinar e a arte de aprender” escrita por Rubem Alves, pedagogo de renome no Brasil. O foco principal de nossas pesquisas será abordar de forma breve um período da educação básica no Brasil em meados do século passado. Apresentar as etapas da primeira e segunda infância. Apresentar os pensamentos do autor em relação ao papel do educador e do professor na educação. Mostrarmos a partir das leituras realizadas como se da à coceira nas crianças e como curá-las. Quem é responsável em mediar à relação de experiência afetiva. E que momento do método de análise a admiração pelo mestre é percebida. A presença da linguagem como referencial de aprendizado. A curiosidade de saber sobre o ensino da escola da ponte e a paixão pelo sistema daquela instituição de ensino. O que contem nas caixas de ferramentas. A recompensa do educador ante a amizade e respeito de seu aluno. Esses são pontos que pronunciamos como importantes em questão. E que a partir deste momento nos esclarecerá de forma para especificar nossos breves apontamentos.

“O DESEJO DE ENSINAR E A ARTE DE APRENDER”

O contexto da educação básica no Brasil desde meados do século passado obteve relevantes avanços. A principio podemos lembrar da constituição federal de 1934, que estabeleceu o direito à educação a todos os brasileiros responsabilizando então os poderes públicos e a família. A partir de 1947 no governo de Getúlio Vargas surge a campanha nacional de alfabetização. No entanto o período da ditadura militar (1964-1984) trouxe para educação primária o enrijecimento desta fase educacional preocupando-se apenas com os ensinos profissionalizantes e superiores.

Mais ao termino do regime militar educadores das diversas áreas do conhecimento passaram a dialogar de forma mais ampla e democrática a respeito do ensino do Brasil. A nova constituição de 1988 trouxe a ultima versão LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), contornos mais definidos à educação como instituição. Embora a mesma só tenha sido aprovada em 20 de dezembro de 1996, Lei 9.394. As novas diretrizes têm por objetivo promover aos educadores em ambas às modalidades (ensino fundamental e ensino médio) a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades físicas, cognitivas e sociais. “Art. 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar, e divulgar a cultura, o pensamento a arte e o saber;” [3].

Com as inovações na educação nacional para instituição, as perspectivas de qualidade de processo de ensino – aprendizagem parecem ensejar novos caminhos para educação infantil. Esses mecanismos abriram espaços para construção de novas creches e escolas da educação básica de todo território nacional. [4] Após a fase inicial de instrução escolar o alunado passa então por um momento de transição ingressando no ensino fundamental um ambiente totalmente diferente daquele em que estavam acostumados, a secretaria de Educação Básica orienta a importância do atendimento pedagógico na segunda infância, ou seja, um trabalho voltado para o estudo das várias expressões e visando todas as áreas do conhecimento que compõem a formação do estudante do ensino fundamental. “A entrada das crianças de seis anos no ensino fundamental, se faz em um contexto favorável, pois nunca se falou tanto da infância como se fala hoje”. [5] Todas as prerrogativas atribuídas ao ensino básico alcançadas deste artigo científico entram em consonância com o tema por nos proposto “O desejo de ensinar e a arte de aprender” onde o foco principal se dá no ensino e aprendizagem, porém de maneira inovadora. A referida obra literária apresenta o aprendizado infantil como uma coceira, a principio temos o exemplo da garotinha Dineia que acompanhada de sua mãe a senhora responsável pela limpeza da residência. Trás consigo muitas inquietações ao observar um outro mundo o das ferramentas de carpintaria, vendo o morador da cada se preparando para construir umas estantes, apesar de ele intencionalmente realizar este oficio para sossegar sua mente, a vontade de descansar fora interrompida pelas indagações da menina de apenas sete anos. Não contendo-se ao ouvir diversas perguntas feitas pela Dineia, o construtor de estante atenciosamente lhe responde; percebemos neste momento como a visualização dos instrumentos de trabalho trouxe-lhe um aprendizado diferente e ao marceneiro o ensinar com prazer, atribuir conhecimento a uma criança é encantador melhor quando determinada competência é compartilhada no ambiente escolar. A reflexão que apresentamos sobre o carpinteiro e a filha da pessoa responsável pelos trabalhos domésticos, nos reporta a dois elementos imprescindível no recinto escolar o professor e o aluno, componentes que complementam o processo de aprendizagem? As ações do profissional de educação quando realizadas com esmero, tornam a intenção significativas para o aluno, a presença dos objetos palpáveis, de conversa em roda, de recriar o que temos em sala de aula, formiga aos olhos dos estudantes, a cognição é recebida com mais interesse. “Curiosidade, curiosidade é uma coceira que dá nas ideias...” [6] O educador que instiga os alunos para a escolaridade e o faz com empenho apresenta para eles novos símbolos, novas portas se abrem para os pequenos cada qual com suas habilidades, dai o conhecimento adquirido começa a ter significado. A abertura para o saber é como levar a cura para aqueles que estavam enfermos ou as vezes debilitados precisando de um auxilio médico intelectual ou seja, do educador que possui papel fundamental nesta fase de escolarização. Para aqueles que sentem prazer em compartilhar as experiências de ensino quaisquer objetos ou assuntos lhes servem para levar o aprendizado aos alunos, mesmo no sistema de ensino a que estamos cotidianamente submetidos. Desta forma nos recordamos do dizer grego “Os gregos diziam que a cabeça começa a pensar quando os olhos ficam estupidificados diante de um objeto.” [7]. Data a motivação surgem as mais diversas perguntas e questiona-se sobre tudo. Esse método desenvolvido na rede de ensino despertaria nos mesmo um intenso interesse, e eles quereriam cada vez mais. Oportunizar descobertas cabe ao tutor essa tarefa de deixar os educandos deslumbrados em quaisquer área do conhecimento e suas tecnologias. “As coisas são fascinantes, provocações ao olhar: cada coisa é um convite”. [8] As possibilidades oferecidas no ambiente de ensino e aprendizagem que influencia o saber dos símbolos ou seja a relação do educador e seu aluno. Em contraste com estas afirmativas observamos que professores não todos, mais um número expressivo de pedagogos se distanciam do encontro que é o Magistério, não aquele que era enquadrado pelo sistema educacional tradicional assunto que não nos aprofundaremos no momento, mas esse de que defende com tanta clareza o autor do livro, objeto de nossa pesquisa. Que profissionais podemos esperar nas instituições de ensino, se recém-formados, após longos juramentos, desvanece ante a fome por conhecimento de seu alunado. Podemos elencar muitos obstáculos para assegurar nossas defesas em prol de um mau professorado, ou melhor, inúmeras, a começar pela remuneração mensal de nosso trabalho pelas condições ofertadas pelas empresas públicas ou privadas enfim temos muito do que reclamarmos. Porém nos esquecemos de que “Para as crianças o mundo é um vasto parque de diversões”. [9]. E neste lugar cheio de atrativos nós educadores (as), muito das vezes somos partes dos melhores brinquedos escolhidos pelas crianças. Tendo como tarefa provoca-los, faze-los ter a coceira por sabedoria de maneira prazerosa. É importante ressaltar que a vontade de curar esse comichão deve ser natural nos alunos, a imposição bloqueia o desejo de conhecer. Quando nos referimos ao Desejo de Ensinar, pensamos no educador que pretende formar alunos com recompensas intelectuais respeitando seu real processo de aprendizado com ou sem limitações. Queremos enfatizar aqui a importância do educador na instituição que vê no método de analise os resultados. E mostrar a preocupação do professor com o crédito cultural que o leva para a quantitativa, a limitar na estrutura das escolas a não ter a necessidade de criar e estabelecer novas formas de produzir o conhecimento. “As funções deste profissional vêm passando portanto, por reformulações profundas. O que se esperava dele a décadas não corresponde mais o que se esperava nos dias atuais”. [10] A perspectiva do processo educativo defendido por Rubem Alves perpassa o programa estabelecido pela unidade dirigida aos estudantes. Pra ele há relevâncias nas perguntas das crianças, elas se curam de sua coceira quando as mesmas são respondidas. Vamos usar como exemplo a bela carta da educadora Edith Theodoro, que anexa uma lista de perguntas ao destinatário feita por seus alunos. A relação professor aluno nesta situação é viabilizada pela troca de experiências na linguagem de ambos. Onde a fala modifica a qualidade do aprender. Para o pedagogo que observamos em nossa pesquisa científica essa troca modificação no método de análise provoca nos educandos aquela formigação. “pois é nas perguntas que a inteligência se revela.” [11] O mesmo não podemos esperar do mundo deformado dos adultos profissionais da educação. Que não conseguem mais questionar, pois cada qual em sua área de conhecimento saiba apenas fazer interrogativa somente de seu campo de trabalho quando motivado por um simples papel e uma caneta, resultado do enquadramento das escolas diante das limitações passadas aos profissionais. Faz-se necessário que haja a desarticulação do ensino de enquadramentos para que os professores possam reaprender a forma como estimular o aprender em seu alunado, para tanto é preciso dar condições adequadas aos professores enquanto mediador de conhecimento “nessa perspectiva, faz-se necessário que estes profissionais, nas instituições de educação infantil, tenham ou venham a ter uma formação solida e consistente acompanhada e adequada e permanente atualização em serviço.” [12] E acrescentamos um pouco mais que, além das devidas formações este educador precisa ter experiência afetiva, não basta ter somente o conhecimento, o iminente método de analise está associado ao promover as inquietações em todos os campos das ciências sociais e áreas correlacionadas, não devemos limitar o saber, mas expandir em meio ao ambiente escola. Essa afetividade da qual nos referimos é aquela desenvolvida pela professora Ana com seus alunos a elaboração de uma bela carta anexada de inúmeras perguntas de seus alunos. “Toda aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva.”[13] Essa troca de experiência mediada entre o educador e educando é o que resulta na busca pelo saber. “O “afeto” é o movimento da alma na busca do objeto de sua fome.” [14]. O aguçar do pensar nas crianças as remetem a irem alimentar suas curiosidades a sair do limite proposto pelos programas, e é justamente isso a ideia e o desejo de nosso pensador. A junção do pensar e da linguagem revelam para ele a imensa sede de conhecimento. Que através da motivação dada pelos educadores estimula os estudantes em procurar a posse da verdade. “Anote isso: se o desejo for satisfeito, a maquina de pensar não pensa, assim, realizando-se o desejo o pensamento não acontece.”[15]. Para a pedagoga Adelia Prado o comer inicia com a fome, e ensina-nos a receita para se comer queijo, aparecendo à fome de consumir queijo encontramos um jeito para saborear este queijo. Ou seja devemos a principio dar aos alunos a vontade de comer e posteriormente mostrar-lhes os instrumentos de se comer o queijo, o apetecer da fome sem a vontade de comer não da prazer. Devemos ter capacidade para produzir as fomes nas crianças de primeira e segunda infância. O agente de iniciativa percebe a necessidade de assegurar para as crianças o ajustamento da experiência de afetividade através da palavra instrumento precioso no processo de ensino e aprendizagem.[16] A pedagogia atual poderia ser instruída nos parâmetros educacionais conforme apresenta o pensamento de Alves, despreocupar-se dos registros escolares e focar nos cidadãos em fase de educar ou seja atentarmos muito mais para aqueles que são a razão de ser do espaço educativo e limitar-se para os registros! “...: alunos não são unidades bio-psicológicas móveis sobre os quais se devem gravar os mesmos sabores, não importando que sejam meninos nas praias do Nordeste, nas montanhas de Minas, as margens do Amazonas, ou nas favelas do Rio.”[17] Evitemos de falar os alunos a futuras unidades produtivas, vamos nos reportar ao inicio de nossas investigações e lembrarmos daquele carpinteiro e sua aprendiz de conhecimento ele fez bom uso do parque de diversões encontrado naquele lugar. Que por sinal não era uma instituição e sim um ambiente particular, porém o construtor de estantes não se privou de promover a experiência afetiva. Usou bem seus brinquedos de dar formas para a madeira em educar uma criança com sede e fome por conhecer. Os brinquedos são objetos importantes neste processo pois facilita o aprender quando apresentada estas motivações palpáveis ao aluno “Os brinquedos constituem-se, entre outros, em objetos privilegiados da educação das crianças.” [18] O conjunto de todos as maturações do lecionar, com prazer transforma o método de analise, desta maneira o aluno passa a “Pois ruído estou dizendo que frequentemente se aprende uma coisa de que não se gosta por se gostar da pessoa que a ensina”.[19] As coisas separadas são unidas por intenções encantadoras técnicas de quem possui o desejo de ensinar. Ah como é maravilhoso esse sentimento digno de respeito. “Quando se admira um mestre, o coração da ordens à inteligência para aprender as coisas que o mestre sabe”. [20]Podemos nos alegrar que em meios a tantos modelos de profissionais ainda encontramos educadores que conseguem contagiar com destreza a cabeça dos estudantes. “aprendendo porque amo, aprendo porque admiro”. [21] Atribuímos ao conjunto das motivações mais um ponto importante na leitura desta obra riquíssima em elementos articuladores de cidadãos intelectualizados. A admiração pelo educador no exercício de sua função como um provador do conhecimento e não transmissor de créditos culturais. “O conhecimento científico começa com um desafio”. [22] Esse desafio foi o que provocou a vontade de conhecer do pianista apaixonado pela jovem africana procurou através da admiração pela música e o amor pelo estudante de medicina ocidental, uma grande descoberta foi realizada por ele “frequentar os lugares onde se tocava música africana”.[23] Para ele a admiração pela jovem o fez buscar novas meios para aprender e brincar com outros sons oportunizando assim um parque de diversões diferente. Muitos aspectos foram mencionados em reação ao ensino e aprendizagem para uma educação que visa promover forte intensões nos alunos através do desejo de ensinar que naturalmente eles passam a desenvolver a arte de aprender. O autor a que nos propomos a examinar com atenção, procurava uma instituição que lhe desse auxilio em voos com os quais sonhava nosso pesquisador foi apresentado por uma brasileira através de uma de suas obras que relata conversar sobre a profissão do professor e a vocação do educador, cujo nome “CONVERSAS COM QUEM GOSTA DE ENSINAR”, para o senhor Ademar Ferreira, em Portugal, a partir de alguma comunicação entre elas ouve o acordo para o encontro entre o brasileiro cheio de sonhos para a inovação e qualidade no ensino e o então admirável oportunizador de novos descobertas. Ao chegar as terras portuguesa após as respectivas apresentações seu Ferreira passou as coordenadas a uma menina e ela mostrou-se bem a vontade para lhe mostrar a sua escola. Os pensamentos de Alves lhe comichavam por dentro, por que uma garota de nove anos, mas observador como era prestou-se apenas a atender aquela situação. “... nunca imaginei que fosse possível que um diretor entregasse a uma aluna, menina de nove anos, a tarefa de mostrar e explicar a sua escola a um educador estrangeiro”[24] aquele que outra hora fora um garotinho com muitas curiosidades e que se transformou em um homem completo de Inteligência, esta a mercê das explicações de uma aluna. Ela estava determinada em sua missão sua primeira parte foi pedir que se esquece do seu conceito de escola. E deu-se por iniciada sua exposição. Tudo em negativas, não temos turmas formadas, nem alunos em classe, giz, lousa, sem tempo limitado, muito menos provas e notas. Assustou o curioso educador com o padrão escolar a que fora convidado a ver. Logo perguntou que métodos usavam para adquirir a aprendizagem? E as respostas vieram rápido. Formam-se pequenos grupos a descobrir sobre um tema de interesse de todos, um professor faz mediações necessárias em relação às informações de bibliografias e internet. Acertam se o tempo especifico, e depois se reúnem novamente para compartilharem e discutirem o que se aprendeu e o que não teve êxito nas pesquisas. Tudo decorre de buscar o que se precisa. Os conceitos de ensino e aprendizagem daquela escola tornou-se novos para ele. Estava encantado, tudo era inovador o ambiente, o método, a apresentadora, as crianças, os sons de música clássica, a inclusão social fazia parte da rotina escolar e lhes parecia algo habitual. As relações de comunicação, confiança e responsabilidade transpareciam em cada componente do grupo a dedicação em manusear o dicionário era percebida por outra pessoa conhecedora do educar bem depressa. Neste sistema se efetivava de maneira natural a experiência a leitura ambos. “Assim vão eles praticando as virtudes de ensinar, de aprender e de se ajudarem uns aos outros”. [25] Daria bons enquadramentos, porém com conceitos extremamente novos. Essa escola ficou conhecida como a “Escola da Ponte”, lá cada qual é único, possui seu próprio registro não dá a presença das generalidades. Eles são preparados para que possam pensar os seus sonhos e buscar o que lhes for possível. As condições de ensino são propostas e não programadas. “A mediação entre saberes é inteligência se dá pela didática”.[26] E é papel do educador induzir essa inteligência, sem dedicação a capacidade cognitiva fica debilitada. Na Escola da Ponte todas as áreas do conhecimento são introduzidas por partes. “Aprender é muito divertido”.[27] O Olhar fascinante do autor ante todas essas descobertas fê-lo apaixonar pela tão admirável Escola da Ponte e fazer sua própria conclusão da teoria da educação. Para ele há duas caixas e são nomeadas com “caixa de ferramentas” e “caixa de brinquedos”.

A primeira faz parte dos saberes instrumentos, que ajudam a fazer as coisas. Ela guarda os livros e diversos manuais. Diferente a caixa de brinquedo guarda os prazeres da vida encontrados na literatura, poesia, pintura, na contemplação da natureza e nos jogos amorosos. O todo dessas duas caixas conduzem o aluno num avanço intelectual imenso. Em Rubem Alves o verdadeiro professor não passa por sofrimentos com a solidão e sua eterna recompensa é ter alunos como amigos, efeito esse daquela admiração pelo mestre. Eu diria que os educadores são como as velhas árvores... “Para esse educador cada aluno é portador de um nome, de uma história em seu tempo e limitações”.[28] Capaz de fazer suas próprias indagações depois de ter naturalmente aprendido a ter sede e fome por conhecimento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONCLUSÃO

 

                            Neste artigo científico, procuramos ao longo de nossas pesquisas e discussões nos determos em nosso objetivo principal. Como principio pedagógico observar a importância do desejo de ensinar e da arte de aprender segundo a crônica de Rubem Alves. A educação está vinculada ao educador e sua função e ao aluno no ambiente escolar, apesar de o mundo ser o espaço para todas as aprendizagens. Nosso país pode até o presente momento dar-se por satisfeito ante os avanços alcançados da história da educação, mais especificamente na educação infantil, conforme relatamos anteriormente, porém temos ainda muitos motivos pelos quais lutaremos tanto no que diz respeito ao alunado, como as questões referentes ao professor como profissional da educação. No texto analisado percebemos o desejo intenso do autor fazer do ato de ensinar uma constante em sua vida. Lembramos daquele carpinteiro, que de maneira intencional queria parar de pensar mais a presença de uma garotinha o fez adiar sua vontade. Haveria significado e relevância em cada pergunta feita ao iminente marceneiro. O parque de diversões é um espaço onde vemos o desenvolver da primeira e segunda infância na educação básica em transição com o ensino fundamental e a criança, tem por natureza sede por conhecimento, as coceiras chegam cedo em seu corpo por isso a família espontaneamente faz as primeiras provocações e quando incluída no ambiente escolar encontra o educador para apresentar o método de analise. A educação infantil na primeira infância não tem intenção de preparar a criança para o ensino fundamental, ou seja esta etapa da vida estudantil possui objetivos próprios. Como promover brincadeiras lhes dar brinquedos. O brincar faz parte da construção do conhecimento. Assim o brincar completa o aprender. É imprescindível mencionar que em algum momento o aluno na instituição encontre tanto o educador como o professor, o primeiro agente de iniciativas exibidor das caixas de ferramentas e de brinquedos, quanto ao segundo frequentemente percebido no meio tradicional um professor com programas, e mais deles preocupado com seus registros escolares. É dever do professor o produzir fome nos alunos, e cura-los de suas coceiras, apresar do sistema de programas não lhe oportunizar isso. O bom resultado dessas duas funções fica a cargo da experiência afetiva aquele que souber e ter prazer em desenvolve-la terá no futuro sua recompensa. Um mestre, sendo admirado por seus educandos. O fino trato como da linguagem com os alunos é um dos principais elementos da experiências afetiva conforme a educadora Edith Chacon, em sua carta para nosso pedagogo, que junto a ela anexara muitas perguntas pensadas e escritas por seus próprios alunos. A partir da própria experiência afetiva entre educador e aluno a linguagem usada modifica a qualidade do aprender, podemos assinalar que isso é didática ou seja conforme nossas observações é a capacidade de produzir sede e fome provocar coceira e posteriormente por em ação o desejo de ensinar, tendo já mostrado a arte de aprender. Diante dos fato mencionados sabe-se o nosso objetivo do estudo o pedagogo que sonhava com uma escola que não fosse regida pelos programas do sistema da burocracia governamental de educação teve sua coceira curada. Pessoalmente conheceu o sistema da Escola da Ponte, lá ele viu a ausência dos programas numa pequena cidade em Portugal, descobriu a realidade de seu sonho, fascinou-se pelo educar   desenvolvido na instituição, percebeu a consciência de educadores dignos da nomeação, pelo fato de conseguirem juntar todos os seus desejos de ensinar em um ambiente escolar. Tendo em vista o educador com o desejo de ensinar de fazer parte da admiração de estudantes pelo ensino; e por outro lado a presença efetiva dos alunos e alunos com suas limitações. Levando em consideração esses aspectos, concordamos com o autor e sua reflexão sobre a teoria da educação reportando-se as duas caixas aquelas em que a “caixa da ferramenta”, leva em seu interior os saberes instrumentais que utilizamos em nosso cotidiano, os livros e seus manuais e a outra e mais prazerosa a “caixa de brinquedos”, que carrega a poesia e a literatura, brincamos por querer brincar. No contexto da escola da ponte os educadores possuem prazer em falar de seus alunos, as caixas são ocupadas em quaisquer momentos. A admiração pelo mestre é resultado do ato de alegria de ensinar, onde devemos exercê-lo com sentimentos elevados e arte.

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alves, Rubem, O desejo de ensinar e a arte de aprender/Campinas/SP, Fundação EDUCAR DPachoal, 2004.

Alves, Rubem Azevedo, Conversas com quem gosta de ensinar, São Paulo: Cortez, autores associados, 1985.

Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil – Brasília: MEC/SEF.1998, Volume I.

Ensino fundamental de nove anos: Orientações a indução da criança de seis anos de idade/Organização Janete Beaushanp, Sandra Denise Pagel, Aricelia Ribeiro do Nascimento – Brasília: Ministério da Educação, seb – Secretária de Educação Básica, 2007.

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, 20/12/1996, Brasília, ADUFMAT.

ANEXO A

Os significados de palavras e frases na crônica de:

Rubem Alves.

  • 1 – Brincadeiras: ensinar e aprender p. 27.
  • 2 – Brinquedos: objetos/desafios p. 38 e 39.
  • 3 – Caixa de brinquedos: saberes prazerosos p. 58.
  • 4 – Caixa de ferramentas: saberes instrumentais p. 58.
  • 5 – Coceira: curiosidade p. 08.
  • 6 – Cura: aprender p. 09.
  • 7 – Curiosidade: coceira que da nas ideias p. 08.

v 8 – Crédito cultural; saber de determinada disciplina p. 13.

  • 9 – Desejo de ensinar: ação p. 03.
  • 10 – Encanto: provocação ao olhar p. 10.

v 11 – Educador: é vocação p. 11.

  • 12 – Escola Inteligente: leva a sério as perguntas das crianças p. 15.
  • 13 – Experiência Afetiva: por a cabeça pra funcionar p.0
  • 14 – Fome de conhecimento: afeto p. 21.
  • 15 – Instituição: Escola p. 17.
  • 16 – Método analise: Educar p. 15.
  • 17 – Mundo: Parque de diversões p. 10.
  • 18 – Programas: Conteúdo estabelecido p. 49.

v 19 – Professor: transmissor de informações p. 11

  • 20 – Unidade bio – psicológicas: Que possui elementos biológicos e/ou psicológicos ao mesmo tempo. P. 27.
  • Alves, Rubem, O desejo de Ensinar e a Arte de aprender Campinas, Fundação EDUCAR Dpaschoal, 2004.

v Alves, Rubem Azevedo, 1933 conversas com quem gosta de ensinar / São Paulo, Cortez, Autores Associados, 1985.



[1] “O DESEJO DE ENSINAR E A ARTE DE APRENDER”.

[2] Fonte: (www.releituras.com/rubemalves.bio.asp)

                27/05/2015, hs 13:00 – 16:20

[3]  LDB (Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional, Lei nº 9394, 1996, ADUFEMAT, p. 04.

[4] “Art. 29 – A educação infantil, primeira etapa da educação básica tem como finalidade de o desenvolvimento integral da criança de até 6 anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social complementando a ação da família e da comunidade; “Art. 29 – A educação infantil, primeira etapa da educação básica tem como finalidade de o desenvolvimento integral da criança de até 6 anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social complementando a ação da família e da comunidade;

Idem, tít. V, Cap. II, Seção II, Art 29, p. 29

[5] Seb – A influencia na escola e na vida: Uma relação fundamental, Anelise Monturo do Nascimento; p. 28.

[6] Alves, Rubem, p. 08.

[7] Alves, Rubem, p. 09

[8] Idem, p. 10.

[9] Alves, Rubem, p. 10

[10] Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. SEF/Secretário de Ed. Fundamental. RECNEI, p. 39.

[11] Alves, Rubem, p.15

[12] RECNEI, p.41

[13] Alves, Rubem, p. 20.

[14] Alves, Rubem, p. 20.

[15] Alves, Rubem, p. 14.

[16] RECNEI, p. 63. “... utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita), ajustadas as diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais capacidade expressiva;”

[17] Alves, Rubem, p. 27.

[18] RECNEI, P. 71.

[19] Alves, Rubem, p 34.

[20] Idem, p. 35.

[21] Alves, Rubem, p. 35.

[22] Idem, p. 39.

[23] Alves, Rubem, p. 32

[24] Alves, Rubem, 48

[25] Alves, Rubem, p. 53.

[26] Alves, Rubem, p. 55

[27] Idem, p. 60.

[28] Alves, Rubem, conversas com quem gosta de conversar, p. 13.