A Aplicação da Psicologia Social na Gestão de Recursos Humanos
Rosa Jussara Bonfim Silva
Sensibilização da equipe: uma estratégia motivacional
A criatividade de uma equipe aperfeiçoa-se pela mobilização pessoal dos integrantes da equipe de trabalho. Para isto, a harmonia é necessária, uma vez que viabiliza a cooperação e a complementaridade. A liderança atua na equipe no sentido de promover a democracia, abrindo as portas para a informalidade e fechando as portas para as normas.
O líder tem influência sobre as pessoas, porém, não pode desvirtuar-se focando somente no desempenho das pessoas em relação à tarefa, mas deverá procurar não somente beneficiar a empresa, mas as pessoas. É necessário que este seja capaz de formar uma real equipe de trabalho. Assim, percebe-se que o líder eficaz estimula a criatividade de sua equipe fazendo com que esta se aceite e tenha a real vontade de trabalhar junta. Uma vez que enriquecem o trabalho das pessoas ao alcance de objetivos em comum. Pessoas semelhantes trazem respostas semelhantes, e pessoas diferentes, trazem a diversidade, a pluralidade de idéias e conseqüentemente a criatividade. Dentro deste pressuposto, os profissionais responsáveis pela elaboração e implementação da gestão de uma organização, deve estar sincronizados e envolvidos no objetivo de sensibilizar a equipe, mostrando-lhes a necessidade, as vantagens e o papel de cada um.
O desenvolvimento de uma equipe de responsabilidade compartilhada estabelece as condições para maior desenvolvimento individual, que ocorre quando a equipe está desempenhando em conjunto muitas das funções gerenciais. Conforme os membros aprendem uns dos outros e a equipe torna-se cada vez mais capaz de compartilhar a responsabilidade, haverá melhoria no desempenho.
Assim, não basta somente à equipe ser criativa, mas há a necessidade de uma liderança criativa que promova segurança e satisfação em sua equipe. Uma vez que, a produtividade está diretamente relacionada com a motivação para o trabalho. Segundo Herzberg "Os fatores motivadores, relativos ao trabalho em si (fatores intrínsecos ao trabalho), são mais eficazes, motivando as pessoas para um desempenho superior." Pessoas motivadas produzem mais e melhor, com os mesmos recursos. Portanto, podemos assim verificar que o maior fator de motivação nas empresas continua sendo o trabalho em si e as condições que o cercam.
Pessoas qualificadas são necessárias para descobrir novos conhecimentos, inventar novos produtos e processos, ocupar posições nos processos de produção, garantir manutenção adequada de equipamentos complicados e até mesmo para usar os novos produtos e processos permitidos pelo avanço em conhecimento.
Gerir bem o capital humano é, por natureza, um processo social e não individual. As habilidades humanas somente crescem se uma geração ensina à seguinte aquilo que aprendeu, para que a segunda geração possa dedicar-se à expansão do conhecimento existente e à aquisição de novas habilidades, em vez de redescobrir e reaprender aquilo que a geração anterior já dominou. O autodidatismo é inerentemente limitado, "Mostre-me um homem que se fez por si mesmo e eu lhe mostrarei um homem malfeito". (FRANCO, 2001, 57). O progresso requer processos sociais sistemáticos para a educação dos jovens. Por outro lado, a comunidade não pode prosperar a menos que haja indivíduos empreendedores para levar novas idéias até o mercado.
Vivemos uma corrida no mundo corporativo. Nos atuais níveis de competitividade, as empresas são obrigadas a movimentar-se freqüentemente. O mercado não é estático, regular. Normas governamentais, concorrentes, economia, globalização, entre outros fatores exigem alta flexibilidade, criatividade e uma gestão cada vez mais precisa. As organizações precisam assimilar novas tecnologias, novos conhecimentos e competências. Uma vez que as pessoas são responsáveis pela aplicação dos esforços, e são os recursos que conduzirão a empresa a atingir os objetivos, a sua devida gestão é sem duvida fator relevante para a gestão empresarial.