A "Aplicabilidade" da Língua Inglesa e a Profissionalidade do Aluno


É de nosso conhecimento que a Língua Inglesa é o idioma do mundo globalizado. Como ferramenta de comunicação ela abrange todos os países do globo, trazendo para sociedade uma necessidade urgente de aprendizagem.
Tal pressuposto está em contrapartida à realidade do discente. O ensino de uma LE é fator de importância para a formação social, porém encontra barreiras no sistema educacional brasileiro que tornam essa atividade inviável para formação do aluno.
Embora que o homem disponha de tecnologias, que com seu uso poderiam facilitar o trabalho da aprendizagem da Língua Inglesa, observamos que:
[...] o contraste jamais foi tão grande entre a miséria do mundo e o que poderia ser feito com as tecnologias, os conhecimentos, os meios intelectuais e materiais de que dispomos. [...] Miséria e opulência, privações e desperdício convivem tão insolentemente quanto na idade Média, tanto em escala planetária como em cada sociedade.
(Bourdieu, 1983, s.p, apud PCN-LE, 2002, p. 133)

Isso é caracterizado a nossa realidade quando percebemos a dicotomia existente entre o ensino de inglês nas escolas públicas e o ensino de redes particulares, como por exemplo, cursos de idiomas.
Enquanto na primeira o ensino de uma LE é visto como atividade complementar que não proporciona ao discente capacidade fluente de comunicação, em cursos de idiomas a realidade é bem diferente, na maioria das vezes o discente sai preparado para o mercado de trabalho, apto a comunicar-se fluentemente em outro idioma.
Convém reforçar a ideia que o ensino de inglês traz na sua metodologia a oportunidade de crescimento pessoal e profissional do discente. Ter acesso a outro idioma não se resume somente a sala de aula. O indivíduo interessado em aprender outro idioma deve buscar ao seu redor subsídios que o prepare para assimilar o conhecimento da Língua Estrangeira.
O meio proporciona essa aprendizagem. No mundo globalizado a aplicabilidade do inglês vai além da resolução de exercícios escolares. O homem da atualidade vive cercado de tecnologias, que são utilizadas como meio de interação e comunicação social.
Essa ideia é reforçada com a afirmação abaixo:

Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e de imagens, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação. [...] (PCN-LE, p. 132, 2002)


A acessibilidade às tecnologias de todos os tipos, como computadores, que estão 24 horas ligadas a Internet, resulta numa motivação e necessidade de uma camada da sociedade de adquirir conhecimento do idioma inglês.
Essa ferramenta de comunicação deixou de ser um utilitário de luxo para torna-se uma mecanismo popular, transformando a sociedade vigente no elo de aprendizado e aperfeiçoamento de suas culturas e, por conseguinte, a descoberta de novos ideais.
Para que isso se torne realidade o homem deve buscar no seu meio a compreensão lingüística, ou seja, o indivíduo além de ter acesso as tecnologias do mundo globalizado, deve compreender e ser compreendido.
Irremediavelmente a Língua Inglesa ocupa um espaço importante na assimilação na comunicação mundial. Esses fatores estão entrelaçados no nosso dia-a-dia por meio de atividades que envolvem ações simples ou até complexas.
Toda atividade, seja ela a mais simples ou mais complexa requer um grau de domínio e conhecimento. Como já foi dito, não basta apenas ter acesso, é fundamental introduzir elementos que facilitam a interação comunicativa de ser entendido.
Na Língua Inglesa isso não é diferente para que o discente tenha um maior aproveitamento da aprendizagem do inglês, ele deve ter em vista a possibilidade de crescimento pessoal e profissional através do estudo da Língua Inglesa. Conhecer e ter domínio básico de outro idioma é um subsídio a mais no mercado de trabalho, pois sabemos que:

[...] oportunidades de trabalho que se abrem para os concludentes do ensino médio (com turismos, em algumas regiões brasileiras; como recepcionista, por exemplo), o conhecimento básico de comunicação oral em Línguas estrangeiras consta entre os requisitos para a seleção ao trabalho. [...] é um indicador de disponibilidade para o aprendizado, de mente aberta para conhecimentos que se façam necessários para o desempenho de determinadas tarefas em determinados contextos. (Secretaria de Educação Básica, 2008, p.119)


No obstante devemos nos atentar que o ensino da Língua Inglesa não deve restringir-se ao mercado de trabalho. A Língua Inglesa também tem a função educadora de formar indivíduos capazes de desempenhar seu papel de cidadãos conscientes de suas obrigações perante a sociedade.
Agregando esses valores e não negligenciando o mercado de trabalho os discentes concluem a Educação Básica aptos a buscar melhores oportunidades, que culminam no aprofundamento dos estudos adquiridos.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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