Para compreender o novo espaço amazônico é necessário primeiro entende o processo histórico, o qual é dividindo em: Formação Territorial (1916 -1930); Planejamento Regional (1930-1985); A Incógnita do Heartland (1985...). A primeira fase caracterizou-se da apropriação lenta e gradativa do território, ultrapassando os limites do Tratado de Tordesilhas. Sendo sua base econômica a exportação das "Drogas do Sertão". O que observamos é que a Amazônia de hoje foi delimitada a partir de 1850 e 1899, sobre a preocupação imperial com a internacionalização da navegação do rio é o boom da borracha. A base da economia era a exportação de produtos da floresta, que vivia de surtos e desvalorização. O que contribuiu para formação região.
No segundo momento Planejamento Regional (1930 -1985) foi marcada pela presença do Estado no processo de ocupação da Amazônia. Com uma crescente intervenção da economia pelo Estado.
A fase inicial do Planejamento Regional (1930 -1966) está ligada a implantação do Estado Novo, com Getulio Vargas. Essa fase foi mais discursiva do que ativa. Com a Criação da Superintendência de Valorização da Economia da Amazônia (SPVEA), o que significou apenas uma preocupação regional sem ações correspondentes. Somente no governo J.K baseado na "Energia e Transportes" e em "cinqüenta anos em cinco". Ações efetivas afetaram a região, através da implantação das rodovias Belém ? Brasília e Brasília- Acre, duas grandes pinças contornando a Fimbria da Floresta. Contudo é somente entre 1966 e 1985 que se inicia o planejamento regional efetivo com a modernização acere lada da sociedade e do Território. Nesse processo a Amazônia assume papel prioritário para a integração do Brasil.
Com o Objetivo de acelerar a ocupação regional o governo criou a Zona Franca de Manaus (ZFM), um enclave industrial em meio à economia extrativista próximo as fronteiras do norte e implementou-se poderosa estratégia territorial e também o Projeto Calha Norte. Conflitos sociais e impactos negativos.
A ultima fase chamada de Incógnita de Heartland (1985....) que se caracteriza por dois processos distintos: Primeiro um esgotamento do nacional desenvolvimentalista inaugurado na Era Vargas com o Estado na intervenção de estudo na economia. Cujo grande projeto foi o Calha Norte. Por outro lado nesse mesmo ano (1985) tem início a criação do Conselho Nacional dos Seringueiros, simbolizando a resistência.
A crise do Estado e a resistência social, mais a pressão ambientalista internacional e nacional gera um Vetor tecno-ecológico (VTE) ocupação do território amazônico possuir duas características: primeiro ocorreu de forma linear pelos rios e pelas estradas , graças ao investimentos públicos e privados. Nessas áreas de investimentos ocorreu grandes impactos sobre o meio ambiente, pois com eles houve intensificação das queimadas e conflitos fundiários ( concentração que não ultrapassa os 100 quilômetros em cada margem das estradas .
A segunda relaciona-se a primeira. O adensamento de estradas no leste do Pará, e Maranhão,Tocantins, Mato Grosso e Rondonia, compõe, numa outra escala, um grande arco de povoamento que acompanha a borda da floresta, justamente onde se implantaram as estradas. Nessas áreas situa-se o cerne da economia regional, a exceção da economia de enclaves representada pela ZFM e alguns projetos minerais. Também aí concentra o maior numero de focos de calor na região e grandes extensões de áreas abandonadas, correspondendo cerca de 15% do total.
Essa área foi de grande expansão da fronteira, onde se sucedeu durantes décadas, pois nela desenvolveu-se novas espaços a reprodução do ciclo de expansão da pecuária, expansão da madeira,desflorestamento, queimada, este grande arco povoado passou a ser denominado " Arco do fogo", ou "do desmatamento" ou " de Terras Degradas". Ainda hoje é nessa área o contato com as queimadas. Mas o que se pretende estudar aqui é que essa área não é mais uma área de ocupação e sim de povoamento consolidado, com significativo potencial de desenvolvimento, seja pela intensificação do povoamento e das atividades produtivas, seja pela recuperação das áreas alteradas e/ ou abandonadas (Becker, 199, 2001c; Becker ET AL, 2003)
A entrada da agricultura na região representou uma grande mudança, pois a agricultura capitalizada na Amazônia foi uma grande novidade histórica do uso das terras na Amazônia em uma região cujo a economia girava em torno da atividade extrativista mineral , vegetal e pesqueiro. Acumulam-se evidencias de importantes mudanças na estrutura e desempenho do setor agropecuário dessa região, que muito traz de inovações tecnológicas que afetam o meio ambiente ? por via do desmatamento, erosão e poluição hídrica, etc. Assim como recaem sobre a geração de emprego e renda e as condições de vida.
Os interesses que inicialmente era públicos para os investimentos nessa região atualmente passaram para o capital gerado na própria região, ou seja, o capital vai está a gerando riquezas na região. Recentemente, com a participação crescente de interesses já estabelecido na região, que buscam novas alternativas de investimentos e de expansão de suas atividades produtivas, inclusive no interior de áreas de florestas atualmente desmatadas.

Tem-se observados um declínio ou estacionamento no crescimento populacional nas cidades que iniciaram a ocupação da região. Perdas de população rural foram registradas em todas as unidades federais da região no período de 1996 a 2000. Os municípios que apresentam maiores perdas de população rural estão localizados no Pará, Maranhão e Tocantins. Embora alguns deles acusassem aumento de população urbana, busca de melhores oportunidades. O processo de emancipação territorial, com a criação de novos municípios entre 1991 e 200, também contribuiu para diminuição de população naqueles que cederam território.(p. 79). O único Estado que ainda mantém uma população rural acima da urbana é o Maranhão.
O vetor tecno- ecológico (VTE) na dinâmica regional que, predominante entre 1985 e 195, configurou a Amazônia uma fronteira sócio-ambiental.
O conflito de interesses entre Projetos conservacionista e o "desenvolvimentalista" configuram um processo de Politização da natureza desnaturalizando a questão ambiental, reconhecendo vários sujeitos com o projetos diversos em relação ao meio ambiente(Becker,1995)
Com isso a ação combinada de processos Globais, nacionais e regionais e políticas contraditórias, alteraram o povoamento da região, empresando em três grandes padrões de uso da Terra: a) a reprodução do ciclo de exploração da madeira/expansão da pecuária/desflorestamento; b) as experiências sustentáveis do extrativismo florestal e pesqueiro tradicional melhoradas; C) agropecuária capitalizada.
A Amazônia foi durante muitos anos vista como um lugar distante do resto do país, contudo essa realidade tem ser modificando com a introdução de grandes projetos, investimentos de Bancos internacionais, ONG?s nacionais e intencionais e investimentos militares.
Com o tempo a Amazônia ganhou uma valor a mais do que aquele que tinha para a população, pois com os olhares para a Amazônia crescendo, cresce também a questão ambiental. Portanto a natureza ganha status de Capital natural e não mais apenas de terra propriamente dita.

Essa capital natural vem crescendo, pois com o avanço da tecnologia as pesquisas estão buscando novas fontes para o desenvolvimento cientifico e a Amazônia representa um grande laboratório com várias possibilidades de ação. Além das riquezas minerais da região como bauxita e outros, os quais são extraídos da região através de empresas multinacionais que pouco ou quase nada deixam para Região no qual extrai essa riqueza. Reflexo dessa realidade é a pobreza que é vista nas localidades que estão fora do plano piloto do projeto de extração.

¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬A questão de proteção da natureza é um ponto que vem sendo debatido com vários países e organizações não governamentais. Nas décadas de 1970 a 1990 a grande preocupação era ambientalista, com os investimentos na proteção da natureza, na virada do milênio o "desenvolvimento sustentável" toma novo rumo. Torna-se gradualmente mais forte a sua vertente econômica, patente em vários níveis, num processo que, evidentemente, envolve a Amazônia. Realiza-se o capital natural.

O " desenvolvimento sustentável" é um dos slogas que as empresas nos últimos anos vem utilizando para que seus produtos adquiram um valor agregado. O valor de que seus produtos foram produzidos com base em um projeto sustentável. Empresa como, por exemplo, a natura cosmético é um exemplo disso. Isso favorece a conservação da Amazônia, haja vista, que fortalecer o interesse econômico em conservar a região. Com a capital natural surgiu mercadorias fictícias como o ar, a vida e a água.
A ocupação do território amazônico possuir duas características: primeiro ocorreu de forma linear pelos rios e pelas estradas , graças ao investimentos públicos e privados. Nessas áreas de investimentos ocorreu grandes impactos sobre o meio ambiente, pois com eles houve intensificação das queimadas e conflitos fundiários (concentração que não ultrapassa os 100 quilômetros em cada margem das estradas) .
A segunda relaciona-se a primeira. O adensamento de estradas no leste do Pará, e Maranhão,Tocantins, Mato Grosso e Rondônia, compõe, numa outra escala, um grande arco de povoamento que acompanha a borda da floresta, justamente onde se implantaram as estradas. Nessas áreas situa-se o cerne da economia regional, a exceção da economia de enclaves representada pela ZFM e alguns projetos minerais. Também aí concentra o maior número de focos de calor na região e grandes extensões de áreas abandonadas, correspondendo cerca de 15% do total.
Essa área foi de grande expansão da fronteira, onde se sucedeu durantes décadas,pois nela desenvolveu-se novas espaços a reprodução do ciclo de expansão da pecuária, expansão da madeira,desflorestamento, queimada, este grande arco povoado passou a ser denominado " Arco do fogo", ou "do desmatamento" ou " de Terras Degradas". Ainda hoje é nessa área o contato com as queimadas. Mas o que se pretende estudar aqui é que essa área não é mais uma área de ocupação e sim de povoamento consolidado, com significativo potencial de desenvolvimento, seja pela intensificação do povoamento e das atividades produtivas, seja pela recuperação das áreas alteradas e/ ou abandonadas (Becker, 199, 2001c; Becker ET AL, 2003)
A entrada da agricultura na região representou uma grande mudança, pois a agricultura capitalizada na Amazônia foi uma grande novidades histórica do uso das terras na Amazônia em uma região cujo a economia girava em torno da atividade extrativista mineral , vegetal e pesqueiro. Acumulam-se evidencias de importantes mudanças na estrutura e desempenho do setor agropecuário dessa região, que muito traz de inovações tecnológicas que afetam o meio ambiente ? por via do desmatamento, erosão e poluição hídrica, etc. Assim como recaem sobre a geração de emprego e renda e as condições de vida.
Os interesses que inicialmente eram públicos para os investimentos nessa região atualmente passaram para o capital gerado na própria região, ou seja, o capital vai está a gerando riquezas na região. Recentemente, com a participação crescente de interesses já estabelecido na região, que buscam novas alternativas de investimentos e de expansão de suas atividades produtivas, inclusive no interior de áreas de florestas atualmente desmatadas.

Tem-se observados um declínio ou estacionamento no crescimento populacional nas cidades que iniciaram a ocupação da região. Perdas de população rural foram registradas em todas as unidades federais da região no período de 1996 a 2000. Os municípios que apresentam maiores perdas de população rural estão localizados no Pará, Maranhão e Tocantins. Embora alguns deles acusassem aumento de população urbana, busca de melhores oportunidades. O processo de emancipação territorial, com a criação de novos municípios entre 1991 e 200, também contribuiu para diminuição de população naqueles que cederam território. (p. 79). O único Estado que ainda mantém uma população rural acima da urbana.
O grande processo de ocupação da Amazônia é muito complexo e vem desde início da colonização dela. Contudo em cada momento havia algo em comum que é o interesse endógeno sobre o local. Como, por exemplo, na Formação do Território que partiu do interesses de proteger a região do estrangeiros. Assim como também no Planejamento regional que sempre estava voltada nessa linha, mas apesar de elas serem feitas de vontades exteriores à região contribuíram o desenvolvimento da região , pois com elas, mesmo que por vezes lento, a Amazônia ser desenvolveu e ganhou status importante.
A partir da década de 1960 o governo incentivo a migração para Amazônia o que favoreceu o crescimento populacional nas cidades cortadas pelas rodovias como a Belém ? Brasília. Um reflexo desse desenvolvimento foi a região conhecida como "Arco do desmatamento" que concentra a maior incidência de calor na região por queimadas devido a crescente atividade floresta na região, contudo como afirma Becker essa região é hoje uma região de povoamento consolidado, portanto não seria mais correto afirmar que essa região é apenas uma área de desmatamento.
Na atualidade o cresce mento populacional na região amazônica, na área que foi de ocupação está estacionando ou declinando, pois essa populações tem seguindo para áreas urbanas com finalidades de encontrar novas oportunidades de empregos. Com isso a Amazônia deixa de uma área rural e passa ser urbanizada, a única exceção é o estado do Maranhão que pelas suas características históricas ainda mantém uma população rural acima da urbana.Por outro lado, o processo de emancipação de alguns municípios explica esse declínio. Esse Processo indica que a Amazônia caminha para ser tornar uma área de grande importância para o país, ainda mais.
Com a crescente preocupação ambiental torna-se interessante criar incentivo para a preservação ambiental, sendo assim surgi mercado do ar, da vida e da água. Os quais são de grande importância, pois desperta o interesse financeiro dos países e das empresas para que preserve a natureza e com isso ganhei lucros. O exemplo mais claro disso é são os créditos de carbono que são comercializados entre os países.
Também com a preocupação da preservação da natureza surgiu a correte "conservacionista" e opondo- se a ela a " desenvolvimentalista". Nesse contexto surgi vários conflitos envolvendo esses dois grupos que geram mortes. Situação que o Estado não consegui controlar e provavelmente sem uma política publica forte vai conseguir, uma vez que isso é uma questão de séculos de ocupação com interesses endógenos na região, os quais vão de encontro ao interesses da a população local, como os indígenas.

Referencia

BECKER, Bertha K. Amazônia: geopolítica na virada do III Milênio. Rio de janeiro: Garamond, 2004 (p. 23 -101.)