Luiz Carlos Arrais1

Resumo

O presente artigo apresenta uma análise do desenvolvimento agrícola no território brasileiro. Procuramos compreender, por meio da análise do estudo do surgimento da agricultura no país e da sua importância nos dias atuais. Mostrando que a economia brasileira sempre esteve associada com a atividade agrícola. Além disso, comentaremos a importância do direcionamento educacional para as exigências do mercado globalizado. O presente estudo se justifica pela crescente demanda de profissionais especializados na economia brasileira.

Palavras-chave: agricultura, educação e economia.

Introdução

A economia brasileira sempre esteve associada à agricultura. O cultivo de vegetais já era realizado pelos nativos que habitavam antes do descobrimento do país, milho, mandioca, fumo são alguns exemplos das culturas que eram plantadas pelos índios, os colonizadores europeus aprenderam muito com eles para obter alimentos no novo continente.

Hoje, o Brasil é conhecido como uma potência agrícola que produz, anualmente, milhões de toneladas de produtos agrícolas que são colhidos em todo território nacional. Novas culturas foram introduzidas para atender a demanda do mercado interno e externo no país como a cana-de-açúcar, a laranja, o café, o sorgo e a soja. As exportações agrícolas contribuem significativamente para o aumento de divisas principalmente com culturas como grãos de soja e de café.

Todo o progresso produtivo até aqui relatado, só é possível com a melhoria da tecnologia. O desenvolvimento de novas variedades, o uso de corretivos e fertilizantes, a irrigação e a mecanização agrícola são elementos fundamentais para o incremento da agricultura nacional.

Segundo a UNESCO (2003), "mais do que nunca, a ciência e suas aplicações

são indispensáveis para o desenvolvimento. Todos os níveis do governo e do setor privado devem dar maior apoio à construção de uma capacidade científica e tecnológica

adequada e uniformemente distribuída, através de educação apropriada e programas de pesquisa, como base indispensável para um desenvolvimento saudável em termos econômicos, sociais, culturais e ambientais."

Ainda, a agricultura tem gerado milhões de empregos diretos no campo e nas cidades. Indústrias modernas estão sendo instaladas para processar matéria, prima de origem vegetal. As usinas de álcool têm colaborado na produção de combustíveis alternativos. Novas exigências estão surgindo no mercado de trabalho. Profissionais especializados são cada vez mais procurados para preencher vagas nas propriedades e indústrias do setor rural. O ensino básico já não é suficiente para entrar no mercado de trabalho. O candidato a uma vaga de emprego deve ter conhecimentos mais específicos sobre a área de atuação. O profissional que deseja se manter no emprego, deve estar sempre atualizado através de cursos ou treinamentos.

Segundo Alexim e Lopes, a Certificação Profissional, entendida em seu sentido mais amplo como "o reconhecimento formal dos conhecimentos, habilidades, atitudes e competências do trabalhador, requeridos pelo sistema produtivo e definidos em termos de padrões ou normas acordadas previamente, independentemente da forma como foram adquiridos".

Cursos de qualificação rural e promoção social têm sido realizados com a parceria dos sindicatos rurais. Escolas públicas e particulares estão se adequando à nova realidade profissional.

A educação brasileira ainda tem muito que melhorar. Não basta aumentar o acesso de alunos nas escolas. É preciso melhorar a qualidade do ensino técnico, mas sem perder os valores humanos. A reflexão, a ética, a cidadania e o respeito cultural são elementos fundamentais para a formação do cidadão. A excelência no ensino técnico só pode ser alcançada com a qualificação dos profissionais da educação e também do incremento da estrutura física da escola. As parcerias entre escola, empresa e a própria sociedade são essenciais para a melhoria da educação tecnológica.

Sabe-se que existem vários fatores relevantes para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. A variação da taxa de cambio, o investimento governamental e a reconstrução da produtividade agrícola aliada na busca da sustentabilidade e da preservação ambiental são elementos que afetam o desempenho agrícola. Mas a educação da população é imprescindível para que o Brasil se torne realmente uma potencia agrícola.

1 Luiz Carlos Arrais – agrônomo, professor de ensino médio e cursos técnicos, pós-graduado em solos e meio ambiente e psicopedagogia.

Referências bibliográficas

ALEXIM, J. C.; LOPES, C. L. A certificação profissional revisitada. Boletim Técnico

do SENAC. Rio de Janeiro, v. 29, n. 03, p. 3-15, set./dez. 2003.

Brasília: UNESCO, ABIPTI, 2003.

Texto baseado na "Conferência Mundial sobre Ciência, Santo Domingo,

10-12 mar, 1999" e na "Declaração sobre Ciências e a Utilização

do Conhecimento Científico, Budapeste, 1999".72p.