Élia Santos Dantas¹

Marilene Julia dos Santos

Vanessa dos Santos

 

¹ Pedagogas formadas na Faculdade São Luís de França.

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Trabalho elaborado sob a orientação da Profª. Msc. Andréa Hermínia de Aguiar Oliveira

INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como propósito investigar a interferência das relações afetivas no ambiente da sala de aula, de que forma os valores são transmitidos nessas relações e o aprendizado que elas possibilitam nesse universo.

A maneira como os pais tratam seus filhos reflete na afetividade em sala de aula, pois da posição da família resulta o primeiro papel social que a criança desempenha, e consequentemente, o seu estilo de vida.

Uma relação afetiva saudável, nos ambientes educativos, proporciona um clima mais favorável à aprendizagem, contribuindo assim, para que a troca de valores seja um fato natural nesse processo. Portanto, pretendeu-se estudar a afetividade como valor em sala de aula, verificando de que modo a relação professor-aluno pode ajudar no desenvolvimento infantil, bem como sua influência no processo de ensino - aprendizagem.

 

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo Piletti (2004), em nossa sociedade, as relações são baseadas na obediência pelo autoritarismo, assim tem sido na família e no campo político.

Com base em Puebla (1997, p. 20). “Vivemos um momento histórico crucial, em que ainda podemos colaborar para a criatividade, a participação responsável e a cooperação na construção de uma comunidade harmoniosa, baseada em Amor, energia de crescimento e de transformação, respeito, verdade, retidão e justiça.”

Nos dias atuais, muitas pessoas concebem o processo de ensino-aprendizagem de forma estática: de um lado, o professor ensina, transmite informações; e de outro lado o aluno, escuta, esforça-se para aprender e, na medida do possível, permanece obediente e passivo (PILETTI, 2004).

Mas, no processo de ensino-aprendizagem, a relação entre o professor e seus alunos não pode acontecer de forma mecânica. Deve-se observar como estão ocorrendo as relações afetivas nesse ambiente e também a transmissão e troca de valores. Já que é principalmente nesse espaço que o ser humano se desenvolve, amplia e aprimora seus conhecimentos.

 

2 O PAPEL DO PROFESSOR  

      Ao definir a comunicação com o aluno, o docente determina o contexto e a identidade dos participantes: quem dita o tempo, o espaço, e os papéis desta relação é o professor. Com isso, é o docente quem cria um código e um repertório possível. Muitas vezes, este pode achar que suas intenções são boas, acreditando eles que desenvolvem no aluno a reflexão crítica, mas uma vez definido o vínculo pedagógico como vínculo de submissão, seria estranho que tais objetivos se concretizassem. (BOHOSLAVSKY,1997)

Três orientações básicas devem estar sempre presentes no trabalho do professor, em sua interação com os alunos: ao invés de punir o comportamento destrutivo, estimular e incentivar o comportamento construtivo; ao invés de forçar a criança, orientá-la na execução das atividades escolares, ouvindo o que ela tem a dizer; evitar a formação de preconceitos, por meio da observação e do diálogo constantes, que permitem ao professor constatar as mudanças que estão ocorrendo com o aluno e compreender seu desenvolvimento. (PILETTI, 2004, p. 86)

Para Puebla (1997), no trabalho diário em sala de aula, é necessário que o professor planeje com sentidos e ações diferenciadas, respeitando toda expressão de vida e praticando o ideal de que somos todos irmãos. São atitudes resultantes de uma concepção de sociedade pautada no desenvolvimento de valores. O espaço da sala de aula é um local privilegiado para a transmissão de valores em nossa sociedade.

 

3 AS RELAÇÕES HUMANAS E AS EMOÇÕES

De acordo com Sampaio (2000, p. 13), “relações humanas são a interação entre duas pessoas, no mínimo, assumindo a forma física, mímica e verbal”. Relações estas importantes tanto no nosso lar como em todos os lugares. Outras vezes, são difíceis porque cada pessoa tem seus próprios pensamentos (próprias atitudes) que geram comportamentos diferenciados. 

As interações em sala de aula devem ter um caráter singular, para que a escola assuma seu papel na formação da personalidade do aluno e o professor exerça a função das relações afetivas que se constituem nesse ambiente, considerando o aluno como um todo, afinal suas atitudes, pensamentos e emoções interferem diretamente no seu processo de desenvolvimento e aprendizagem (PILETTI, 2004).   

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As relações existentes na sala de aula são de suma importância para o processo de ensino aprendizagem. Visto que essas relações podem intergerir positiva ou negativamente nesse processo. Cabe ao professor analisar de que maneira a afetividade e a construção de valores estão acontecendo nesse ambiente. Uma relação afetiva saudável, torna o clima mais propício a aprendizagem, num espaço harmônico. Os valores e a afetividade são esenciais na formação da personalidade humana, por isso, é ncessário que sejam transmitdos as novas gerações de forma íntegra e que contribuam para o desenvolvimento pleno do ser humano.      

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala de aula. Campinas, São Paulo: Papirus, 1999.

 

BOHOSLAVSKY, Rodolfo H. A psicopatologia do vínculo professor-aluno: o professor como agente de socialização. In: PATTO, Maria Helena Souza (org.). Introdução à psicologia escolar. 3. ed. São Paulo: Casa do psicólogo, 1997.    p. 357-381

 

PILETTI, Nelson. Psicologia educacional. 17ed.  São Paulo, Ática, 2004.

 

PUEBLA, Eugenia. Educar: desenvolver a essência do Ser. In:___________. Educar com o coração. São Paulo: Peirópolis, 1997. Cap. 1, p. 19-27. (Série Educação para a paz)

 

SAMPAIO, Getúlio Pinto. Relações humanas a toda hora. São Paulo: Nobel, 2000.

 

SANTOS, Fernando Tadeu. Henri Wallon. Revista Educar para Crescer. São Paulo: Abril, 01 de jul. de 2008. Dísponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/henri-wallon-307886.shtml>. Acesso em: 29 de maio de 2011.