Estabelecidas no século XIX, as bases da administração empresarial surgiram com a criação da fabrica moderna e sistematizada através de Taylor, Fayol e Ford nas primeiras décadas do século XX. A teoria por eles criada estabelecia uma visão do empregado como um indivíduo relutante, cujos esforços precisavam ser predefinidos, monitorados e sancionados. Segundo CHOWDHURY (2000), o século XIX testemunhou a emergência do empreendedor de negócios. Já no século XXI, a velocidade da mudança e os desafios do mundo globalizado estão conduzindo a um sentido de emergência quanto ao ajustamento e à adaptabilidade das organizações, como condição para que sobrevivam no novo ambiente de negócios. De acordo com CHIAVENATO (2004), as teorias anteriores a Administração eram encaradas como uma consequência e não como causa. Ou seja, era considerada como uma resposta às necessidades atuais das organizações. Hoje, porém, ela é considerada uma criadora de novas oportunidades. Podemos dizer ainda que modernamente que é a Administração que produz e impulsiona o desenvolvimento econômico e social. Entretanto, é importante dizer também que existem aspectos vitais acerca da nova Administração, entre elas a emergências das organizações enxutas e flexíveis, que caracteriza as novas organizações como ambíguas, com menos fronteiras e comunicação mais rápida com seus membros, clientes e fornecedores. Há a valorização do trabalho conjunto, a busca de mercados globais e a focalização nas necessidades do cliente. Em suma, a nova Administração está sendo considerada como o principal fator de desenvolvimento e competitividades. E a partir dessa nova abordagem da Administração atual, em que busca inovação e competitividades, é que surgiu a necessidade da ética nas organizações. Sem ética as organizações não podem ser competitivas. Segundo CHIAVENATO (2004), ética e competitividade são inseparáveis. A ética constitui o conjunto de valores ou princípios morais que determina o que é certo ou errado. Em outras palavras, é uma obrigação de considerar não apenas o bem-estar pessoal, mas sim o das outras pessoas ao seu redor. Assim, as organizações que estavam centradas apenas em seus próprios negócios passaram a focar também no ambiente externo, surgindo assim a responsabilidade pessoal. A responsabilidade social, de acordo com ARANTES (2014), constitui em uma forma de gerir definida por uma relação ética, conduzida de forma transparente, entre a empresa e seus diferentes públicos (funcionários, clientes, governo, comunidade, sociedade, meio ambiente, fornecedores etc.). Pode-se dizer ainda que significa o grau de obrigações que uma organização assume por meio de ações à medida que procura atingir seus próprios interesses, visando proteger e melhorar o bem-estar da sociedade. A responsabilidade social é considerada importante por diversos fatores, como: a promoção de melhorias nas comunidades onde a organização faz negócios, a melhoria da imagem publica da organização através da responsabilidade social, o aumento da viabilidade dos negócios, o interesse de parceiros, entre outros. Porém, há diferentes abordagens quanto a responsabilidade social. Toda organização gera alguma influência, essa que pode ser positiva, quando a organização beneficia o ambiente com suas decisões e ações, ou negativa, quando trás problemas ou prejuízos ao ambiente. Assim, é importante sabermos que as decisões organizacionais são tomadas não apenas em função do fator econômico, mas também no critério do beneficio social. Deve-se ressaltar ainda que a responsabilidade social deve ser cobrada e avaliada na organização. É importante haver relações transparentes com a sociedade, responsabilidade diante de gerações futuras e autoregulação da conduta. Devemos estar cientes ainda que a responsabilidade social não abrange somente a comunidade, mas sim o publico interno, o meio ambiente, os fornecedores e consumidores, o governo e a sociedade. Referências: ALENCASTRO, Mario Sérgio Cunha. Ética empresarial na prática. 1. ed. Curitiba: InterSaberes, 2012. ARANTES, Elaine Cristina. Empreendedorismo e responsabilidade social. 2. ed. rev. Curitiba: InterSaberes, 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 7. ed. rev. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. CHOWDHURY, Subir. Administração no Século XXI. 1. ed. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2003. PENNINGTON, Randy. A Ética nos Negócios. 1. ed. Rio De Janeiro: Objetiva, 1992.