UNESC

FACULDADES INTEGRADAS DE CACOAL

DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA

ELISANGELA DOS SANTOS RODRIGUES

A AÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO PROCESSO DE APROXIMAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA

CACOAL

2008


UNESC

FACULDADES INTEGRADAS DE CACOAL

DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA

ELISANGELA DOS SANTOS RODRIGUES

A AÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO PROCESSO DE APROXIMAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA

Trabalho monográfico apresentado ao Departamento de Pedagogia como exigência para a conclusão do curso de Pedagogia com habilitação em Orientação Educacional, sob a orientação do professor Volmar Meia Casa.

CACOAL

2008


Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele, nada seria possível. Aos meus pais José Rodrigues e Roseli; pelo esforço, dedicação e compreensão, em todos os momentos desta e de outras caminhadas.Ao meu esposo Genuir, por sua confiança e credibilidade em minha pessoa. A minha irmã Meiry, amigos e familiares que muito me apoiaram.

(Elisangela)

Agradeço primeiramente a Deus, por até aqui ter me ajudado. Ao meu Esposo Genuir. Ao meu pai José Rodrigues e a minha mãe Roseli, que nunca mediram esforços para proporcionar uma boa educação. A minha Irmã Meiry Cristina. Aos meus avós Sebastião Francisco e Antonia Calaço, pelo apoio e incentivo. Aos professores, em especial ao meu professor Orientador Volmar Meia Casa e a Prof. Aline Christiane, profissionais e estudiosos que conheci a partir deste trabalho, e que não mediram esforços para o constante aprimoramento do mesmo. As amigas Lívia Quésia e Isaura Borsato, e todos os amigos que de alguma forma me incetivaram. Gostaria, ainda, de aproveitar esta página para prestar um agradecimento muito especial à quem considero muito Pedro Cardoso e Ana Soares, pelo apoio moral e estímulo que me permitiram levar até ao fim este curso. (Elisangela)

É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.

(Coelho Neto)

RESUMO

A presente pesquisa, de cunho bibliográfico, questionou a ação do Orientador Educacional no processo de aproximação família e escola. Com os estudos teóricos constatou-se que a família é um elemento indispensável para a concretização do planejamento da Orientação Educacional. Atualmente é alto o índice de problemas de indisciplina nas escolas, é parte do serviço de Orientação estar propondo ações para reverter este quadro e estar auxiliando para manutenção da ordem e de um ambiente harmonioso, assim como desde os tempos mais remotos é a família que é encarregada de transferir, avaliar, consolidar e interpretar valores, crenças, condutas, conhecimentos culturais à criança desde o nascimento, e é ela quem proporciona a primeira educação aos indivíduos, a qual é a base para os conhecimentos futuros e a inserção deste indivíduo na sociedade. O objetivo de estudar o trabalho do Orientador Educacional direcionado a aproximação da família no ambiente escolar, consistiu em conhecer como o Orientador detectar e conhecer a real problemática que envolve o educando, bem como o meio social e familiar que ele está inserido.

Palavras-chave: Orientação Educacional; Família e Escola.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................................

09

 

CAPÍTULO I

 

1FAMÍLIA ...................................................................................................

12

1.1Definição ..................................................................................................

12

1.2Transformação da Estrutura Familiar .......................................................

13

 

 

CAPÍTULO II

 

2FAMÍLIA X ESCOLA ................................................................................

16

2.1Escola e Sociedade .................................................................................

18

2.2Funções Sociais da Escola ......................................................................

20

 

 

CAPÍTULO III

 

3ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ..............................................................

22

3.1Conceituação e Papel ..............................................................................

22

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................

27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................

29

 INTRODUÇÃO

É sabido que uma das instituições sociais que mais influi no desenvolvimento da criança é a família, pois desde que nasce a primeira educação recebida é no seio dela. Ao se fazer uma breve retrospectiva histórica, percebe-se que grandes transformações ocorreram na estrutura familiar e que estas estão intimamente ligadas ao tipo de política, economias e educação de cada época. Portando, a educação recebida da família serve de base para a educação escolar, que futuramente será ministrada à criança.

Dentro de toda Educação Formal deveria ser desenvolvido o serviço de Orientação Educacional, este que por sua vez deveria auxiliar os alunos no desenvolvimento da aprendizagem.

Assim, o presente estudo bibliográfico buscou compreender as ações que o Orientador Educacional deverá desenvolver para efetivar a aproximação família na escola. Fala-se de aproximação da família, pois com o desenvolvimento da sociedade cada vez mais cedo os pais deixam os filhos nas creches e escolas infantis para, então, ocupar o mercado de trabalho e acabam atribuindo para a escola responsabilidades que antes eram suas. No entanto, vale ressaltar que mesmo as crianças passando maior parte do tempo longe da família, esta ainda tem grande interferências sobre elas, visto que mesmo pequenina a criança traz para escola uma visão de mundo adquirida no meio familiar.

A presente pesquisa teve como objetivos estudar o trabalho dos Orientadores Educacionais, voltados para aproximação da família no ambiente escolar, identificar ações que o Orientador Educacional utiliza para aproximar a família na escola. Está dividida em três (3) capítulos estruturados da seguinte forma: no capítulo I averigua-se o conceito de família, definindo-o ediscutem-se as transformações da estrutura e funções sociais da família numa retrospectiva histórica, no Capítulo II fala-se da relação existente entre família e escola, trata-se da relevância da participação da família no processo de aprendizagem escolar, enfatiza-se a contribuição escolar na formação social e moral dos indivíduos. O capítulo III aborda o conceito e papel da Orientação Educacional, bem como as ações desenvolvidas a fim de contemplar o melhor desenvolvimento integral do educando.

Neste sentido, pesquisar o tema se torna necessário à medida que permite aos profissionais e pesquisadores da área da educação, mais precisamente orientação educacional, uma visão direcionada para a reflexãoda ação do trabalho do OE junto ao educando, corpo docente, corpo técnico e a família, bem como a compartilhação dos compromissos e responsabilidades de desenvolver um trabalho que visa à melhoria do processo e dos resultados educacionais. Torna-se relevante ainda, porque possibilita um embasamento teórico no que refere ao desenvolvimento do conjunto de ações que envolvem e sensibiliza os agentes educacionais e vai de encontro às necessidades da comunidade escolar vigente.

CAPÍTULO I

1FAMÍLIA

1.1Definição

O termo família como define Chinoy (2008) é uma instituição formada por pais e filhos que moram ou não juntos na mesma casa, ou um grupo de pessoas ligadas pelos laços de sangue podendo incluir tios, tias e primos, como também todos os indivíduos que procedem de um progenitor comum.

Neste sentido, Aranha (2002) ressalta que a família é responsável pela aprendizagem da criança desde o nascimento, já que o homem quando nasce é subordinado a um árduo processo de aprendizagem que finda somente com a morte. Este processo por sua vez, não é percebido ao ser realizado.

A criança aprende a falar, a selecionar o que gosta de comer, as regras e os valores por meio da educação informal que é transmitida pela família. Essa educação acontece a partir das vivencias e é baseada no bom senso familiar. O comportamento da criança reflete os modelos que são estabelecidos por meios de sanções familiares ou pela legislação da época em que vive. As crenças religiosas exercem, nas crianças, certa pressão psicológica e é a responsável em modelar a moral nos indivíduos, essa crença por sua vez está estritamente ligada à organização familiar.

Segundo Aranha (2002), toda educação transmitida pela família, existe para dar suporte, solo, horizonte para aprendizagem das relações afetivas, que subsidiam o homem no desenvolver das maturidades para lidar com as relações de afetos. Essa educação informal intercedida pela família é um fenômeno que sofre transformação de acordo com o tempo e época em que esta situada, já que cada momento histórico determina uma função social para a instituição familiar.

"Como instancia mediadora entre o indivíduo e a sociedade, a família deveria promover a superação do egocentrismo infantil, tornando o adulto disponível para o convívio social." (ARANHA, 2002, p. 61)

A instituição familiar deve auxiliar a criança no melhor desenvolvimento de uma postura ética, isto é despertar nos mesmo uma preocupação das conseqüências que suas ações tem sobre o outro.

1.2Transformação da Estrutura Familiar

Ao se falar das famílias Lenhard (1985), diz que no decorrer da História as estruturas familiares possuíram varias alterações e desempenharam diversas funções, mas sempre a principal função é a sobrevivência dos seus novos integrantes e a inserção dos mesmos na sociedade.

Chinoy (2008), em uma pesquisa constatou que a família "original" nos tempos remotos, era formada pelo laço biológico existente entre mãe e filhos, denominada de família matriarcal e todas as outras formas e estruturas familiares procederem deste princípio. Isto quer dizer, que foi a partir deste modelo que originaram as novas estruturas de famílias, que ao longo dos tempos sofreram mutações para dar forma a atual instituição familiar.

Do ponto de vista de Aranha (2002), a organização da família é constituída em dois tipos básicos: família nuclear conjugal e a família extensa. A família nuclear reúne pai, mãe e filhos; já a família extensa é aquela que reúne além do casal e de seus filhos outros parentes próximos, tais como: avós, netos, primos, tios, noras e genros. Dito isto, afirma-se que pode haver grande variação entre uma sociedade e épocas distintas ou até mesmo na maneira precisa e no modo que são exercidas, mas a essência da organização familiar é universalmente, a mesma, deste as comunidades primitivas. Para a autora, quando as atividades econômicas são desenvolvidas em grupo com interesse em comum e não havendo existência de propriedade privada, há uma forte propensão a prevalecer à família extensa.

Na Idade Média prevaleceu o conceito de família extensa, ou seja, em uma grande extensão territorial, pertencente a um chefe que era denominado cavaleiro, reunia dois ou três casais com muitos filhos, tios e primos. De tempos em tempos aparecia o padre secular, com obrigações religiosas, que preparava um dos sobrinhos do dono da terra para assumir futuramente o seu lugar social. Nesta época as crianças logo ingressavam no mundo adulto, usando os mesmos trajes e participando das mesmas atividades.

Já na Grécia e na Roma antiga a instituição familiar mantinha a organização familiar de forma extensa. Sendo composta pelo patriarca que assistia, orientava e guiava a mulher, os filhos e os escravos, além de dirigir os cultos religiosos domésticos. As filhas ao unir-se em matrimônio abandonavam sua família de origem, para aderir à família e aos deuses do cônjuge; assim se concebia uma extensa família pela união de um certo número de grupos consangüíneos e agregados, segundo Aranha (2002).

A partir do momento que a burguesia toma espaço na sociedade a estrutura familiar sofre alterações impulsionadas pelos novos padrões econômicos e sociais, refletidos no comportamento dos indivíduos.

"A burguesia rasgou o véu de comovente sentimentalismo que envolvia as relações familiares e as reduziu a meras relações monetárias." (ENGELS, 2003 p. 69). As pessoas passaram a valorizar a subjetividade e a centralizar seus ideais na vida privada, deste modo, as extensas relações de sociabilidade familiar foram reduzidas ao núcleo da família conjugal. Surgindo aí uma nova organização familiar que prevalece até os dias atuais.

Prosseguindo nesta análise, Aranha relata que:

A Revolução Industrial a partir do século XVIII, trouxe mudanças mais radicais, que geraram nos meios abastados a família nuclear, semelhante àquela que conhecemos hoje em dia [...] o movimento centralizador da família tende a estreitar os laços afetivos ampliando as preocupações com a educação e a saúde dos filhos. (2002, p. 59)

Como afirma Áries (1981), a modernidade retira da vida comum não só as crianças, mas o tempo vago e a inquietação dos adultos. Onde os adultos não se unem pelo sentimento, mas pela semelhança de características culturais e sociais determinadas pelo gênero.

Segundo Chinoy (2008, p. 223) A família tem como função social transmitir à criança normas e condutas, valores e crenças, requisitos da reprodução humana para a manutenção e continuidade da vida humana na terra, bem como regular a sexualidade e a tipificação sexual da criança através da religião e de doutrinas preservado por cada regime social.

CAPÍTULO II

2 FAMÍLIA X ESCOLA

Segundo Aranha (2002) a família é responsável por preparar o homem para agir dentro do meio social. Até os dias de hoje é ela que transmite, avalia e interpreta a cultura para a criança, assim como, proporciona a base para que os indivíduos possam desenvolver o aprendizado nas instituições educacionais. Neste sentido Lakatos afirma: "Tal constatação também é válida para sociedades em revolução: não é a escola que a inicia, mas é ela que tem a responsabilidade de consolidá-la, transmitindo aos alunos novos valores." (1999, p. 225)

A escola não é a única responsável pela formação da personalidade da criança, esta vem apenas para complementar o papel da família e por lidar com grande número de aluno tem mais facilidade para perceber as dificuldades que a criança apresenta até aquelas que os pais ainda não conseguiram observar e avaliar. Cabe a escola ao deparar com as dificuldades dos educandos orientar a família de que maneira proceder com o filho, mas a ela não cabe agir sozinha. (TIBA, 2002)

Ainda segundo Tiba

A escola, ao perceber qualquer dificuldade com seu aluninho, também poderia chamar os respectivos pais e implantar a educação a seis mãos. Juntos, pais e escola podem combinar os critérios educativos levando em conta as duas mãos, a do coração (afeto e sentimento) e a da cabeça (razão, pensamento), dos três personagens mais importantes da educação da criança: mãe, pai e escola. (2002, p. 182-183)

Quando a parceria família e escola forem formadas desde o início da vida escolar, a criança só tem a ganhar, pois quando os dois lados falam a mesma língua e tem os mesmos valores não existe conflito e discordância na aprendizagem da criança (TIBA, 2002).

Portanto na sociedade moderna essa visão de Tiba (2002), quando fala da relação família e escola e também que a escola vem apenas para complementar o papel da família, essa situação seria o ideal, no entanto, não é o real vivenciado pelas escolas atualmente.

Fontoura esclarece o dizer que:

A família já perdera sua função religiosa, para a Igreja; sua função judiciária para os Tribunais; sua função educacional, para Escola e para o Estado. Ela perde agora a própria gardiã do lar – a esposa, a mãe – obrigadatambém a lutar pela vida e a contribuir com o seu salário para a manutençãoda casa, porque a existência está cada vez mais cara e o marido não ganha o suficiente. Compelida a esposa, pelo imperativo econômico, a passar o dia fora de casa no trabalho, também os filhos têm que ser o mais cedo possível entregues à escola [...]. (1970, p. 254)

 

Assim como Fontoura, Chinoy (2008) fomenta que as crianças cada vez mais cedo têm ingressado nas escolas, para permitir que os pais tenham um emprego. À medida que esta proporção aumenta, a família confia às escolas funções que antes lhe eram cabíveis (inculcar lealdades políticas, formação do caráter, orientação sexual, alimentação, economia doméstica, entre outras), mas a família ainda tem grande influência na formação da conduta da criança, esta conduta que por sua vez manifesta-se no contexto escolar através das atitudes que os alunos têm mediante os assuntos e matérias específicas, que vai desde a motivação dos estudos, o desinteresse ao trabalho escolar, até o desrespeito aos professores, alunos e demais autoridades escolares. Com propósito de impedir o conflito e desavença e a fim de manter a escola e o lar em harmonioso acordo, bem como o progresso da aprendizagem e o desenvolvimento integral do aluno, a escola constantemente se vê dependente da participação da família, agindo assim por meio de atividades tais como: criação de associação de pais e mestres, definição de dias para visita dos pais nas escolas, entre outros.

Fontoura relata que

Em todo tempo, família e escola se completam – Por outro lado, o carinho da família, o cuidado materno é insubstituível [...] a melhor organização educacional não vale o amor de uma mãe. Razão por que a criança não deve ser totalmente entregue à escola [...] Nem por isso deve a família desinteressar-se desde então da educação da criança, mas ao contrario, deve observar, acompanhar e completar a tarefa da escola, agindo de comum acordo com ela. (1970, p. 285)

 

Ao deparar com o ambiente escolar a criança deve ter desenvolvido a afetividade e a sociabilidade, pois é uma das funções da família promover o desenvolvimento emocional para que os indivíduos possam estar convivendo harmoniosamente com outras pessoas, bem como lidar com os conflitos (CHINOY, 2008).

2.1Escola e Sociedade

De acordo com Oliveira (2001) a educação tem a finalidade de transmitir a cultura, adaptar os indivíduos ao meio social e desenvolver suas potencialidades e como conseqüência promover o próprio desenvolvimento da sociedade. A criança desde que nasce inicia o progresso de socialização na instituição familiar, à medida que cresce aprende as regras de comportamento do grupo em que nasceu. E a educação vem para completar e aprimorar este progresso.

Para Aranha (2002) a educação pode ser informal ou formal. A educação informal ocorre no dia-a-dia da vida do indivíduo através das atividades normais de cada grupo social. Este aprendizado é concebido sem qualquer plano, sem local e hora determinada, acontece de forma casual e empírica, sendo exercida através das vivências. Na sociedade há varias instâncias além da família que dedicam a função de educar de maneira informal como a igreja, o trabalho, o lazer, os meios de comunicação em massa. O aprendizado fornecido por estas instâncias é fruto de ações educacionais que não obedecem a normas explicitas e nem são submetida a rígido controle externo.

A educação informal esta sempre presente na vida do ser humano desde o nascimento, mas em sociedades complexas, como as que vivemos ela não é suficiente. Devido ao aparecimento de uma nova classe social, logo surgiu as divisões do trabalho que propiciou a evidenciar as diferenças sociais e assim provocando alterações nas estruturada sociedade; onde os segmentos que dispunham de riqueza procuraram constituir uma forma de garantir e fortalecer o seu poder, então o saber que nas tribos primitivas era objeto coletivo, tornou-se privilégio de poucos, dando origem a instituição escolar.

Durante a maior parte da história humana a maioria das pessoas logrou de conhecimentos e habilidades de que precisava e adquiriu os valores e perspectivas de sua sociedade sem as vantagens da educação formal. Enquanto foi pequena a diferenciação de papéis e a maior parte dos filhos se limitava a seguir as pegadas dos pais, houve escassa necessidade de adestramento especial. [...] As normas sociais, as crenças e costumes tradicionais e os padrões morais absorviam-se inconscientemente no curso da vida cotidiana (CHINOY, 2008, p. 533)

 

Com os avanços socioeconômicos houve a necessidade "da Escola como instrumento de transmissão do saber acumulado, embora restrito a alguns" (ARANHA, 2002, p. 72) e proporcionar uma educação sistematizada, onde os elementos considerados essenciais para transmissão aos indivíduos são submetidos a uma seleção por profissionais especializados e estabelecidos para estarem exercendo específicas funções. (OLIVEIRA, 2001).

Esta herança cultural exercida de maneira organizada e intencional que tem como objetivo a promoção de conhecimentos intelectuais e morais e a consecução de metas é denominada Educação Formal. Neste tipo de educação encontra-se o propósito de contribuir nos moldes preparados pela sociedade e isto só poderá ser alcançado se conter definidos métodos de ensino, contendo em suas ações os objetivos específicos da educação (LAKATOS, 1999)

Assim como a instituição familiar a instituição escolar ao longo do tempo foi alterando suas estruturas e funções, seguindo determinados modelos sociais vigentes de cada época. Na Idade Média as escolas monásticas dedicavam a ensinar o clero e a preparação dos noviços para o trabalho cristão e tinha função de disciplinar e inculcar normas de conduta, subordinado os indivíduos aos regimes da hierarquia e a aprendizagem da obediência. Com Revolução industrial a educação sofre alterações para atender as exigências da classe burguesa e a escola passa direcionar a formação técnica especializada e ao estudo das ciências (ARANHA, 2002, p.72-73).

A difusão da alfabetização, o aumento do número e do tamanho das escolas de todos os níveis de ensino e as mudanças substanciais no conteúdo e nos métodos de educação achavam-se estreitamente ligados ao desenvolvimento da indústria moderna e às modificações sociais que acompanharam [...] A expansão e a mudança educacionais foram ocasionadas, entretanto, não apenas por necessidades econômicas mas também por alterações verificadas na política e no governo( CHINOY, 2008, p. 536)

Para Chinoy (2008) o que impulsionou no ser humano o desejo de aprender, cada vez mais, foi a exigência de estar preparado para atuar e enquadrar-se nos parâmetros requisitados pelo cenário urbano e industrial moderno que passou a requerer conhecimentos básico de leitura, escrita aritmética, reflexão, valores sociais vigentes. E com a valorização da cidadania impulsionou cada vez mais grupos sociais à ambição de aprender, com intuito de ter participação política e social efetivo. Existe hoje uma nova concepção em relação a educação, pois ela tornou-se fonte indispensável para o desenvolvimento econômica e social de uma nação, o que contribuiu para o crescimento de estabelecimentos de ensino e faculdades, como também o acesso de todo indivíduo a escola.

Para as nações que se desenvolvem, definiu-se a educação como "a chave que abre a porta da modernização". Tanto para o Estado quanto para a economia requerem uma população mais alfabetizada e, talvez de maneira ainda mais significativa, um grupo bem treinado de diretores, administradores e profissionais liberais, capazes de dirigir o governo e introduzir métodos e técnicas modernas (CHINOY, 2008, p. 538)

2.2Funções Sociais da Escola

 

A escola é reflexo do contexto social e econômico que pertence e ao considerar "determinado tipo de conteúdo a ser ensinado ou método para facilitar esse processo" (ARANHA, 2002, p. 74) a instituição escolar não apenas propaga conhecimentos intelectuais, mas transmiti valores morais, normas de conduta, maneiras de pensar, que estão ocultos nas ações pedagógicas da escola. Assim, a escola assume cada vez mais, um papel insubstituível na sociedade contemporânea. É preciso cautela ao propor e preparar o currículo escolar, pois em toda a parte o progresso das instituições educacionais foi fundamentalmente incentivado por valores e tradições de elites ligadas a nítidas distinções de classe, segundo Aranha (2002)

A estrutura aberta de classes e o ethosigualitário dos Estados Unidos contribuíram paraum sistema educacional em que se fazem poucas distinções entre escolas para a "elite" e as escolas para o resto da sociedade. Não obstante a presença de escolas e colégios particulares de prestígio, a educação pública, em conjunto, prevaleceu numa estrutura descentralizada, afeiçoada pela divisão de poderes entre os governos federal, estaduais e locais (CHINOY, 2008, p. 540)

Para Lenhard (1985) a escola tem como principal função social assegurar a transmissão cultural proporcionando o desenvolvimento intelectual, bem como também intervindo entre os educandos e os modelos sociais vigentes.

É verdade que interesses particulares muitas vezes se apresentam como comuns por meio de assim chamadas, ideologias. È justo também que toda colocação de objetivos seja submetida a escrutínio rigoroso, em busca dos seus aspectos ideológicos. É provável, mesmo, que tais aspectos sejam sempre encontrados. Com isto não se responde, tais objetivos são opostos ou não aos de classes, pois podem ser independentes ou complementares (CHINOY, 2008, p. 545).

A educação transformou em fator essencial das oportunidades na vida das pessoas, isto é, os indivíduos passaram a ter mais oportunidades de emprego, rendimento financeiro e status na sociedade (CHINOY, 2008). E é

[...] evidente, que o acesso à educação representa uma chave importante da oportunidade e encontra-se à disposição não só dos que pertencem às classes média e superior, mas também de muitos outros, que o utilizam como base da ascensão econômica e social (CHINOY, 2008, p. 545)

 

Na sociedade atual a educação tem a finalidade de colaborar para o desenvolvimento das habilidades cognitivas, sociais e afetivas da criança. Às mudanças ocasionadas nas estruturas da sociedade devido à industrialização, política e no governo, atingiram a fundo a instituição educacional e as ações da escola, amplamente, tomaram para si funções que cabe a família, tais como: como o aprendizado de regras de conduta moral e social, socialização e valores.


CAPÍTULO III


3ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

3.1Conceituação e Papel

A Orientação Educacional (OE) é um processo organizado e permanente que existe na escola. Ela busca a formação integral dos educandos (este processo é apreciado em todos seus aspectos, tido como capaz de aperfeiçoamento e realização), através de conhecimentos científicos e métodos técnicos. A OE é um sistema que se dá através da relação de ajuda entre Orientador, aluno e demais segmento da escola; resultado de uma relação entre pessoas, realizada de maneira organizada que acaba por despertar no educando oportunidades para amadurecer, fazer escolhas, autoconhecer e assumir responsabilidades (MARTINS, 1984).

O objetivo da Orientação Educacional, segundo Fontoura "[...] é exatamente o de ocupar-se com a personalidade do educando, ajudando-o a resolver seus próprios problemas psicológicos e morais, bem como a tomar uma posição ético-filosófica em face dos problemas no mundo e da sua comunidade." (2008, p. 291)

Katz (1963 apud MARTINS, 1992) considera que é missão do Orientador Educacional levar o aluno a identificação dos valores intrínsecos e, a partir disto, ele estará apto a perceber e fazer suas escolhas.

Uma das atribuições que o Orientador Educacional deveria assumir segundo Garcia (1992), é a identificação da filosofia educacional da escola, para poder esclarecer esta filosofia tanto para a equipe escolar, assim como para tentar associar forças para definir melhor o Projeto Pedagógico da Escola (PPE), buscar mudanças para melhor atender aos alunos e oferecer suporte para os educandos em seu desenvolvimento.

O serviço de OE quando se volta para a investigação da situação-problema e a solução na prática, há um encontro entre o conhecimento científico e os resultados produzidos na sociedade, estes resultados irão constituir um novo conhecimento que influenciará a aprendizagem do educando, por meio da ideologia que lhe é transmitida, pelos métodos e técnicas utilizados pelo Orientador Educacional, segundo Garcia (1999).

Garcia faz uma ressalva sobre a prática transformadora da Orientação Educacional, onde diz:

[...] a OE, enquanto prática transformadora busca o trabalho conjunto, em que todos os profissionais têm uma contribuição a oferecer em sua especificidade de ação [...]. Orientador Educacional é um especialista em relações e o Supervisor Educacional um especialista em metodologias, eles teriam uma ação comum na explicitação do currículo-oculto e na redefinição dos valores que a escola pretende passar, se esta se pretende participante do processo de democratização da sociedade. (1999, p. 47)

 

Cabe ao Orientador Educacional buscar elementos vigentes da realidade do aluno para discutir e refletir junto à equipe escolar (professores, diretores, supervisores, entre outros) a fim de contribuir no processo de ensino-aprendizagem. Nesta discussão os alunos, bem como seus pais, também poderão participar, já que são partes do processo, segundo Garcia (2003).

O Orientador Educacional quando leva para escola a realidade do aluno, para ser trabalhada contextualizada com os conteúdos do currículo, contribui para a promoção do aluno e o desenvolvimento de sua aprendizagem. Uma vez que a Orientação Educacional não existe para padronizar os educandos nos conceitos escolhidos como ajustados, disciplinados e responsáveis "o importante é a singularidade dentro da pluralidade, do coletivo." (GRISPUN, 2003, p. 29)

Garcia, na citação abaixo transcrita, afirma a relevância de se trabalhar os conteúdos curriculares contextualizados com a realidade dos alunos, onde diz:

À medida que os conhecimentos transmitidos na escola se aproximam de sua vida diária, há maiores chances de que o interesse do aluno seja conquistado e maior possibilidade de que ele obtenha sucesso, uma vez que os assuntos tratados dirão respeito a um mundo que lhe é familiar, condição fundamental para que ele possa compreender outros mundos. (2002, p. 47)

 

Junto com a equipe escolar o Orientador Educacional deve participar da busca de metodologias adequadas ao tipo de alunos que possui, sem deixar de mostrar a necessidade que a escola tem de estar passando os conteúdos em sua totalidade, visto que a maioria dos alunos de classes menos favorecidas só tem acesso ao saber científico na escola, salienta Garcia (2002).

O serviço de Orientação Educacional é muito urgente para a juventude, que se vê desprotegida e sozinha em face aos problemas que existe no mundo, tais como: a escassez de comida, a diminuição do poder da família sobre os jovens, desorientação política, entre outros; em conseqüências disso aumentam os problemas psicológicos de cada um dos jovens, surgindo conflitos e desajustamento na família, escola, emprego e, principalmente, dentro de sala de aula. Para combater tantos males, Fontoura afirma:

Um dos remédios para combater tantos males será, pois a Orientação Educacional, compreendida não como um simples auxílio na direção dos estudos, mas sim como uma orientação integral da personalidade, tanto no campo pedagógico (orientação nos estudos) como no campo psicológico (orientação de atitudes e tomar em face dos vários problemas da comunidade e do mundo [...] (1970, p. 292)

As programações do serviço de Orientação Educacional devem contemplar as famílias, já que a família é um elemento que interfere primordialmente na educação dos indivíduos. Deste modo, ela deve ser um agente de cooperação para a concretização dos projetos da orientação educacional.

O Orientador deve expor a todos os pais os propósitos que apresenta o programa do serviço de Orientação Educacional, como também levar a conhecimento dos pais que é indispensável à atuação em equipe da família-escola diante o problema apresentado pelo educando, conforme Martins (1984).

Ao que se refere à atuação do Orientador, Pimentel diz que:

Sua ação se estende ainda fora da escola, quando planeja junto a outras instituições da comunidade ação mais ampla que a desenvolvida no próprio ginásio (1976, p. 18)

Estudos psicossociais têm descoberto vários desajustamentos nos educandos, sendo que estes surgiram devido a problemas familiares. Algumas crianças apresentam comportamentos indisciplinados para chamar atenção, por falta de afetividade no lar, outras já manifestam comportamentos agressivos pelo fato de os pais a tratarem com brutalidade.

Segundo Martins (1984), nestes casos, o Orientador Educacional deve sustentar estreitas ligações com a família para conhecer melhor o próprio educando, bem como a família que este pertence. Para manter laços próximos com a família, até mesmo para conhecê-la realmente, o serviço de Orientação Educacional poderá realizar visitas cordiais as residências dos educandos, considerados problemáticos, ou quando as circunstâncias assim exigirem a participação da família para solucionar o problema, sendo que nesta ocasião o orientador deve manter um clima de cordialidade e franqueza, a fim de que os pais possam compreender qual o real sentido do trabalho do Orientador Educacional.

Para o Orientador Educacional realizar seu planejamento com sucesso deve integrar e sensibilizar o corpo docente em suas ações, neste sentido, Martins diz:

É preciso que o Orientador tenha em mente que o professorado é o grande ponto de apoio para o desempenho de suas funções. Sendo assim deverá manter com o corpo docente um estreito relacionamento, visando ao maior envolvimento possível dos professores nas atividades do SOE. A Orientação Educacional, de forma nenhuma, poderá ser interpretada como algo estranho dentro da escola e, por isso, o pessoal docente deverá desde o início ser conquistado para trabalhar com a Orientação [...] (1984, p. 92)

 

O Orientador Educacional, também, deve dirigir-se ao professor, no sentido de auxiliá-lo na ação integrada, possibilitando-lhe melhor conhecimento de cada aluno, atuação social, característica de cada um dentro dos grupos e das diferenças individuais existentes no aluno, segundo Pimentel (1976, p. 18).

O Orientador ao elaborar seu planejamento precisa detectar quais são as reais pesperctivas da família em relação à programação que a escola e o serviço de Orientação Educacional vão oferecer ao educando, neste sentido deve-se levantar dados de quais as reais possibilidades de assistência e participação dos pais na vida escolar dos filhos (MARTINS, 1984).

Neste sentido Martins considera que o Serviço de Orientação Educacional deve incluir e na programação:

a)Promoção e reuniões dos Círculos de Pais, nas quais trocam-se experiênciase idéias no sentido de se encontrar um denominador comum para as formas de educar da escola e da família, para a compreensão real das problemáticas do aluno e do ambiente onde vive, alem da compreensão de suas características individuais.

b)Promoção de outras atividades sociais, recreativas e culturais que possam atrair a família à escola.

c)Envio periódico de boletins do SOE, contendo informações úteis sobre educação.

d)Atendimento individual ou em pequenos grupos visando a uma conscientização sobre a problemática dos filhos. (1984, p. 96)

O trabalho da Orientação Educacional é árduo e de longo prazo. Ele inicia com o diagnóstico do problema, vai para o levantamento dos dados sobre a causa deste e, posteriormente elabora um planejamento com alternativas de soluções levando em consideração os resultados da análise das prioridades do nível socioeconômico e cultural da comunidade que o aluno está inserido.

Pimentel, diz:

A Orientação Educacional, no seu conceito amplo dentro do sistema, se propõe a levar o adolescente a opções conscientes, baseadas no conhecimento racional dos fatos e situações, bem como na avaliação objetiva de seu próprio potencial, num processo de conscientização versus manipulação social, caminhando gradativamente para a maturação individual e social. (1976, p. 17)

 

Assim sendo então, Orientação Educacional ao desenvolver seu trabalho visa levar os jovens ao amadurecimento consciente, que por conseguintereflete num desenvolvimento digno e virtuoso dentro da sociedade.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 

Pode-se notar que a família é uma instituição social que interfere diretamente no desenvolvimento das crianças na escola. Isso esta explicitamente visível, já que a família é que constitui a base de toda educação e transformação das relações que envolvem o homem no contexto social.

No que se refere à estrutura e funcionamento da família, esta sofreu uma gama de alterações provenientes de mudanças econômicas e sócias ocorridas durante todo percurso histórico. A família extensa que prevalecia na idade média, ao longo dos tempos foi se deteriorando, onde deu lugar para o surgimento a uma nova estrutura familiar denominada Família Nuclear.

Muitas influências a modernidade trouxe para a família nuclear e posteriormente para a escola. Pois com os avanços tecnológicos as pessoas passaram a valorizar subjetividade e a centralizar as idéias na vida privada, com isso os pais cada vez mais cedo deixam os filhos à mercê das escolas em busca de melhores condições financeiras para o sustento e manutenção dos lares.

Sobre a escola pode-se considerar que éresponsável pelo processo de educação formal, baseada em um determinado contexto social e econômico, onde visa à propagação de conhecimentos culturais, valores morais, normas, conduta, maneiras de agir e pensar dentro da sociedade.

A fim de manter uma relação harmoniosa e alcançar resultados educacionais rentável, faz-se necessário uma parceria entre a instituição escolar e a instituição familiar, onde os dois lados precisam estar visando os mesmos ideais, onde isso evita de tal formar uma controvérsia no que se refere aos conceitos trabalhados na escola e os ensinamentos que o aluno adquire no meio familiar.

A orientação educacional por sua vez, existe na escola a fim de dar suporte em todo desenvolvimento integral do educando e sua aprendizagem. O trabalho de OE subsidia e depende ao mesmo tempo da colaboração e participação deprofessores, aluno, e pais a fim de alcançar o melhor desenvolvimento de suas ações.

Finalmente no que condiz às ações que orientadores educacionais desenvolve para a aproximação família e escola, pode-se considerar que é uma tarefa realizada em longo prazo, aonde vai desde a identificação e compreensão das características individuais dos alunos até a promoção de atividades que atrai afamília para o contexto escolar

 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

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