A ação do Coordenador Pedagógico na intervenção da prática pedagógica do docente na questão da indisciplina escolar no Ensino Infantil*

Verbena Roque Gonçalves**

 

RESUMO

Este artigo visa refletir e analisar sobre o atendimento das demandas em torno da prática do Coordenador Pedagógico que apontaram alguns encaminhamentos para o delineamento de um melhor desenvolvimento da prática pedagógica na questão da indisciplina escolar, realizado pelo professor que atua no Ensino Infantil, uma contribuição teórico-cientifica. Queremos saber: Que diretrizes curriculares o Coordenador Pedagógico utiliza para orientar o desenvolvimento da Prática pedagógica na questão da indisciplina escolar do professor que atua no Ensino Infantil? Ao orientar o trabalho do professor na questão da indisciplina escolar, o Coordenador Pedagógico realiza a mediação entre as Diretrizes Curriculares Nacionais e Projeto Político Pedagógico da escola? Sendo o objetivo geral investigar e analisar a ação do Coordenador Pedagógico e a prática do docente na questão da indisciplina escolar no Ensino Infantil e como objetivos específicos as concepções dos educadores/coordenadores acerca da indisciplina; as metodologias orientadas pelos Coordenadores que devem ser utilizadas pelos professores com alunos indisciplinados; medidas adotadas pela escola; posicionamento do P.P.P frente á problemática da indisciplina. Conclue-se, que essa identidade da ação supervisora torna-se necessária, tendo em vista a importância do papel pedagógico desempenhado por este profissional dentro da comunidade escolar e principalmente para o desenvolvimento da ação pedagógica dos professores na questão da indisciplina escolar mais eficaz e estruturada.

 

PALAVRAS-CHAVE: Ação. Coordenador Pedagógico. Ensino Infantil. Prática Pedagógica. Indisciplina.

 

INTRODUÇÃO

Os estudos em torno do Coordenador Pedagógico sempre se apresentam como um desafio para o pesquisador, tendo em vista que é um campo da educação pouco investigado em razão de ser uma categoria profissional de origem recente e ainda guardar muitas marcas negativas que revelam o momento político, histórico e social em que se concretizou.

Em razão disso, é de fundamental importância que haja uma continuação dos estudos na área da supervisão/ Coordenação Pedagógica e de sua relação com as múltiplas dimensões

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* Artigo elaborado como requisito para obtenção do título de Especialista em Supervisão Educacional; Docência e Educação infantil pela Faculdade.

** Graduando do Curso de Pós-Graduação em Supervisão Educacional; Educação infantil e Docência pela Faculdade.

E-mail: [email protected]

da educação, para que por meio da pesquisa, a ação do Coordenador Pedagógico possa ter um referencial teórico que fundamente numa prática e uma possível identidade do Coordenador Pedagógico e a questão da indisciplina no contexto escolar.

Na sociedade onde a busca da qualidade de ensino prioriza a organização de conhecimento do aluno, encontra-se um desafio: a indisciplina escolar, que através de um trabalho conjunto entre as instituições governamentais, comunidade escolar e família, devem-se procurar entendê-la e superá-la.

A necessidade de estudar e desenvolver um estudo sobre o Coordenador Pedagógico e a questão da indisciplina escolar surgiu a partir da realidade encontrada na própria escola. Na busca de conquistar a disciplina na sala de aula, desafio enfrentado pela maioria dos professores, problemática de discussões por Coordenadores pedagógicos, pais, diretores, professores e todos os envolvidos na escola e meta de conquista a ser esclarecida nos meus vários questionamentos de educadora/Coordenadora, é que despertou-me a vontade de aprofundar meus conhecimentos acerca da ação da Coordenadora Pedagógica da prática pedagógica do docente na questão da indisciplina escolar no Ensino Infantil.

O fenômeno educativo possui por natureza caráter subjetivo e complexo, exigindo assim, uma metodologia de investigação de análise bibliográfica que respeite suas particularidades; portanto, o artigo possui seu caráter interpretativo de pesquisa bibliográfica, devendo constituir-se de uma pesquisa qualitativa, procurando compreender de forma reflexiva o fenômeno a que se pretende investigar.

Tal escolha deve-se pelo fato de que o fenômeno educativo é algo peculiar, cujo significado deve ser indagado a partir da própria complexibilidade da realidade natural que produzem. Essa realidade, não deve ser “compreendida como a imagem e semelhança da realidade física” (GOMEZ, 1989, p. 103), pois este tipo de concepção é a base fundamental do método positivista, que crer na possibilidade de objetividade no estudo dos fenômenos sociais e educacionais, evitando assim a contaminação dos dados coletados e do próprio investigador; pode-se afirmar, então que na concepção positivista o próprio investigador não pode interferir na realidade investigada, sob pena de sua pesquisa perder seu caráter científico pela falta de objetividade.

O presente artigo visa atender Coordenadores Pedagógicos das instituições de Ensino Infantil, professores e estudantes dos cursos de graduação e/ou pós-graduação.

1 A Ação do Coordenador Pedagógico na intervenção da prática pedagógica do Docente na questão da indisciplina escolar no Ensino Infantil

1.1 Coordenador Pedagógico: Aspecto Histórico

A Supervisão Educacional/Coordenação pedagógica, como toda profissão, tem uma trajetória construída historicamente de acordo com as necessidades e as finalidades da sociedade em diferentes momentos.

A Função Supervisora sempre existiu desde a Antiguidade (antes de surgirem às escolas formais), através dos cuidados e observações dos adultos em relação às crianças e jovens, nas comunidades primitivas. Nas comunidades primitivas, segundo Brandão (1995), nas aldeias tribais mais simples, todas as relações entre crianças e natureza eram guiadas de longe ou mais de perto por um adulto, conhecedor de alguma aprendizagem, que era concebida de forma coletiva. Nesse Contexto de Sociedade primitiva, a educação e a ação supervisora não eram dadas em sentido estrito. Os adultos educavam de forma indireta, por meio de uma vigilância discreta protegendo e orientando as crianças, ou seja, supervisionando-as.  Na Grécia surgiram as propriedades privadas e com elas a divisão dos homens em classes. A manifestação da função supervisora podia ser encontrada na figura do pedagogo, que significa aquela que conduzia a criança ao local de aprendizagem, depois passou a significar o próprio educador, pois o pedagogo encarregava-se do próprio ensino das crianças.

Com a ideologia industrial penetrando na escola transformando-a em empresa, a escola não só resistiu como também passou a utilizar-se do dicionário economista. A supervisão escolar, embora tentasse desvencilhar-se de suas origens, ultrapassando sua concepção fiscalizadora para formular uma concepção mais integradora e coordenadora; não obteve muitas mudanças, pois, não adianta mudar o vocabulário se não for mudada a ideologia. É neste contexto que nasce a supervisão que tem o objetivo dentro da empresa capitalista de promover o lucro máximo com o mínimo de tempo. O supervisor começou a cronometrar o tempo que o operário demorava a executar determinada tarefa, a função desse supervisor, era fiscalizar a correta execução dos objetivos da empresa e a eficácia de seus executores básicos, os operários.

Dentro de uma concepção capitalista de produção de bens o supervisor era um mero controlador e não um criador de cultura. Para ser educador e não domesticador, o supervisor, neste sentido deveria produzir aprendizagem não apenas intelectual, mas igualmente afetiva, ética, social e política. Segundo Medeiros (1987), a Supervisão escolar se firmou na escola durante esse período, porque com toda essa transformação na sociedade a escola passou também por uma profunda mudança, tornou-se sistematizada com um elemento elementar que é o alfabeto. Institucionalizada a escola e com a generalização da educação, começou a inserir a idéia da supervisão, primeiramente nas fábricas e, em seguida, a idéia de Supervisão escolar foi se evidenciando e perpassando desde as manifestações religiosas nos séculos XVI e XVII.

No início do período republicano, em 20 de agosto de 1897, a Lei nº. 520 extinguiu o Conselho Superior de Educação Pública, ficando a direção e a inspeção do ensino sob a responsabilidade de um inspetor geral em todo o estado. Sendo assim, a fiscalização das escolas estaduais era exercida por delegados ou representantes das municipalidades. Saviani (2002, p.13), “ressalta que a separação entre a “parte administrativa” e a “parte técnica” são condição para o surgimento da figura do Supervisor como distinta do diretor e também do inspetor”.

Em 1969, com o parecer do Conselho Federal de Educação nº. 252, foi reformulado o curso de pedagogia. No lugar de se formar técnico em educação com várias funções pretendeu-se, segundo Saviani (Id, Ibid), “especializar o educador numa função particular, na qual foram denominadas habilitações. Foram previstas quatro habilitações: Administração, Inspeção, Supervisão e Orientação”. A habilitação correspondente ao planejamento educacional foi reservada para o nível de pós-graduação (mestrado), com essas médias, tentou-se profissionalizar a função do supervisor educacional colocando a necessidade de que o acompanhamento do processo pedagógico fosse feito por um agente específico no sentido da escola.

Foi ressaltado que a Supervisão Escolar num determinado contexto sócio-político fosse vista como fiscalizadora, dando ênfase ao controle da ação pedagógica. Mesmo sendo uma ação autoritária havia indicadores de uma postura aberta por parte deste profissional na busca de novos caminhos para essa Profissão. Confirma-se a idéia e o princípio de que o supervisor não era um “técnico” encarregado da eficiência do trabalho e, muito menos um “controlador de produção”; sua função e seu papel assumiam uma posição social e política maior, configurando-se então um líder, que estimula o professores a compreensão contextualizada e crítica.

De acordo com Vasconcelos (1998), a ação supervisora é caracterizada em três dimensões que para tornar o trabalho docente mais eficaz, deverá trabalhar essas dimensões de forma interdependentes. O supervisor/ Coordenador Pedagógico deverá portanto, ser capacitado nas três dimensões básicas da formação humana: Atitudinal, Procedimental e Conceitual. Conceitual, onde através de um trabalho sistematizado, o educando deve ter oportunidade de apropriar-se não só dos conceitos, mas também dos métodos. Daí a importância de formarmos alunos críticos, criativos e produtores da cultura. O Coordenador Pedagógico deve obter conhecimentos necessários e entendê-los, para então construir a sua própria síntese. Esse trabalho exige do profissional boa argumentação e abertura às novas teorias, sem deixar levar, é claro, pelo modismo. O que é mais importante nesse momento é a construção de um conceito e desconstrução de outros já instalados. Para isto o Coordenador Pedagógico deve fazer correlação entre a teoria enraizada e o que se deseja.

Com isso, concorda-se com Vasconcelos (1998, p.12) quando diz:

Temos visto, no entanto, defesas ardorosas de que o importante hoje não é tanto dominar um conhecimento, mas aprender a aprender, portanto uma grande ênfase à habilidade; ora, não temos dúvidas que aprender a aprender é decisivo num mundo em mudança vertiginosa, todavia, entendemos que o sujeito aprender aprendendo conteúdos concretos.

O Coordenador Pedagógico não precisa ter conhecimento absoluto em todas as áreas, pois o maior aprendizado se faz com a prática, com a busca de aperfeiçoamento, com troca de experiências. E para isso é fundamental a interação entre professor e Supervisor, uma vez que a contribuição mútua entre eles fará com que o trabalho avance.

A Dimensão Procedimental, que é outro campo de formação e domínio por parte da supervisão pedagógica é o saber-fazer. O supervisor precisa descobrir métodos, técnicas e procedimentos para realizar seu trabalho. No que se diz respeito à intervenção, a ação supervisora pode usar como referência: a práxis, o método, continuidade-ruptura, diálogo, problematizador e a significação. A práxis é a política, é o que muda a realidade. É onde o supervisor precisa chegar, para transformar idéias em ações concretas. Vasconcelos (1999)

O método serve para construir a práxis e atingir seus objetivos, pois o supervisor precisa se estruturar. Através do diálogo problematizador, a supervisão pode ser uma interlocução privilegiada para o professor, primeira porque esta em uma atitude de diálogo e de escrita; e segundo, por dar um direcionamento para a prática do professor, devido à visão geral que o supervisor possui do trabalho. Outra questão de referência a significação, pois se sabe que a supervisão procura ajudar o professor a construir um sentido para o seu trabalho e, assim, o aluno construir sentido para o seu estudo.

O Supervisor/ Coordenador Pedagógico deve ter um sujeito sempre aberto para a aplicação dos seus conhecimentos, no sentido de aprimorar técnicas, métodos, processos e procedimentos de trabalho de modo que possa com segurança e eficácia acompanhar as mudanças que ocorrem no processo educacional, colaborando com o professor e assessorando na organização e desenvolvimento do processo educativo.

Além do conjunto de ações praticadas pelo supervisor, ele precisa também realizar mudanças, para sustentar este processo onde o Coordenador Pedagógico tem que trabalhar com ética e transparência pois, precisa ter uma visão da prática do processo. Deve também avaliar o trabalho da escola, do grupo e do conjunto de atividades, participando ativamente da construção da proposta pedagógica. Nesse contexto, existem ainda diversas outras estratégias de trabalho para o Coordenador Pedagógico, de forma que não se perca o eixo central do seu trabalho.

Para Vasconcelos (1998), a Dimensão Atitudinal, onde o papel do supervisor é uma difícil questão a ser tratada, envolve diversos fatores relacionados à postura deste profissional perante o professor. O Coordenador Pedagógico não deve, por exemplo, assumir uma postura moralista, que o faça se distanciar dos profissionais, julgando-os ou rotulando-os, mas sim tentando entender as atividades dos professores. Também não deve existir na relação entre supervisores e professores uma postura de superioridade, afinal são profissionais da mesma área que estão envolvidos. É preciso fazer uma análise crítica das atitudes dos professores, mas esta análise deve ser feito na base da compreensão e do entendimento, firmando um compromisso de transformação, assim se pode resgatar os aspectos positivos e valorizar o saber do outro.

É importante procurar perceber também as várias relações, as várias partes envolvidas em busca de uma visão do conjunto e das várias dimensões dos problemas. Além disso, devemos nos localizar no movimento da história, a fim de entender como chegar à gênese e ao desenvolvimento do problema.

Outro fator importante que se configura após a homologação da LDB é a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN'S), que constituem em orientações gerais sobre o ensino básico a ser ensinado e aprendido em cada etapa do processo de ensino-aprendizagem. Tal documento além de oferecer as orientações básicas para a formulação do currículo escolar, ainda traz os transversais que abrangem questões sociais as quais deverão ser tratadas transversalmente, isto significa que tais temas não constituem em criação de novas disciplinas, mas trata de assuntos relevantes para a formação geral do cidadão dentro das disciplinas já existentes.

Sua complexidade faz com que nenhuma das áreas, isoladamente, seja suficiente para abordá-los, ao contrário, a problemática dos temas transversais atravessa os diferentes campos do conhecimento, diante disso optou-se por integrá-lo no currículo por meio do que se chama transversalidade, onde se pretende que temas integrem as áreas convencionais de forma a estarem presentes em todas elas, relaciona-as as questões da atualidade.

Neste novo perfil de escola e, portanto de educação, a ação supervisora também é reelaborada. O Coordenador Pedagógico, neste momento tende a assumir um caráter democrático via Projeto Político Pedagógico criativo que prime por realizações de fato significativas para o educando, e então, procura abandonar a ação isolada e individualizada, ou seja, deixar de fazer um trabalho absoluto como se os outros agentes escolares estivessem sempre à espera de seu saber, ou então o supervisor deixa de ser visto como desnecessário e o professor como o único agente responsável pela educação dos alunos. Nessa sociedade em que tudo se renova a cada dia, o supervisor é compreendido como um agente também responsável pelo ensino e educação dos alunos, e assim compreendido, seu trabalho deverá acontecer de forma coletiva com os demais agentes escolares, especialmente o professor.

Um aspecto relevante que se deve acrescentar ao papel do Coordenador Pedagógico a partir da nova realidade que se coloca neste momento, é a necessidade dele mediar todo o processo ensino-aprendizagem por meio da interação reflexiva supervisor-professor, haja vista que, quando o professor de desenvolve torna-se “um gerador de possibilidades de transformação política e social” (LIBERALI, 1994, p. 13). Nesta perspectiva de uma ação coordenadora reflexiva juntamente com o professor, o comportamento daquele deve ser o “de parceiro mais desenvolvido, o que possibilita mediar o desenvolvimento do professor e levá-lo a uma postura crítica”. (IDEM 1994, p. 15)

Uma das alternativas para se buscar postura crítica do professor em sala de aula na questão da indisciplina escolar é trabalhar a partir da dimensão da construção e reconstrução da prática pedagógica, isto pode acontecer por meio do desenvolvimento curricular que o professor realiza em sala de aula. Ajudá-lo na reflexão sobre o que o currículo aborda na questão disciplinar que desenvolve a cada dia que é oferecer-lhe a oportunidade de tornar-se “usuário/planejador de currículo, ou seja, pessoa preparada para tomar decisões informadas sobre assuntos curriculares”. (IDEM, 1994, p.23)

A perspectiva do trabalho conjunto, onde todo o agente envolvido no processo educativo vai muito além de reunir tais agentes e dividir tarefas, está no fato de que a unidade, fruto da coletividade, manifesta-se no dia-a-dia da prática educativa, na construção e reconstrução; no criar e recriar, enfim, no transformar um pouco a cada dia. E toda essa perspectiva de mudança a nível escolar traduz-se numa sociedade mais consciente, este é o grande desafio do Coordenador Pedagógico, ser o agente mediador dessa transformação.

Para sabermos lidar com este problema da indisciplina, primeiro se faz necessário esclarecer o que vem a ser a disciplina. Por isto, segundo Pablo, disciplina é o reconhecimento da atividade em grupo, esta existe quando a execução de uma atividade grupal de sucesso ocorre com orientação do professor seguindo regras comuns de convivência, considerando os seus saberes anteriores a escolarização. (GENTILI, 2002).

Estamos conscientes de que a indisciplina na escola e fora dela é complexa, por isso necessita de uma análise profunda de suas causas atuais e conseqüências, pois, a indisciplina é também uma das maneiras que as crianças e os adolescentes têm de nos transmitir que algo não vai bem, de que o aluno não está integrado ao processo de ensino-aprendizagem.

No que tange a educação e desenvolvimento humano, família e escola são, sem dúvidas, poderosa instituições que interferem na educação das crianças e adolescentes. É muito importante a família buscar participar da vida escolar dos filhos, pois é uma forma de mostrar as crianças que suas ações têm importância, isto engrandece a criança, que passa muitas vezes a procurar dar o melhor de si na escola em busca do reconhecimento da família, pois muitas causas da indisciplina estão na omissão dos responsáveis pela educação quanto às responsabilidades educativas, mas, não se pode colocar a culpa de tudo só na família. Temos também classes numerosas, em alguns casos desinteresse da direção escolar, instalações materiais inadequadas, aulas desmotivadas, assim como poderá estar no próprio aluno.

A melhor postura de uma família ao matricular uma criança na escola é saber as metodologias da escola quanto à avaliação do rendimento escolar, das práticas formativas, do sistema de ensino e do modo de convivência. É nessa oportunidade que as famílias podem participar da vida escolar dos filhos, darem sua contribuição à escola porque, entendendo como a escola é, podem, no decorrer do tempo, propor mudanças e compreender melhor o funcionamento do ambiente escolar.

De acordo com Tiba (1998), o relacionamento humano é o ponto chave da indisciplina e as relações interpessoais são: portanto, a base de uma convivência eficaz, principalmente no que se refere á sala de aula, aonde os alunos vindo de lares diferentes precisam se relacionar diariamente com o professor. A boa convivência escolar extrapola as relações educando educador. Elas atingem ambientes mais amplos como família e escola. Na família principalmente, os casos de indisciplina tem atemorizado pais que não conseguem disciplinar seus filhos de acordo seus princípios morais adequados para sua convivência social.

O sucesso ou insucesso escolar criam na família diferentes sentimentos: esperança de um futuro melhor, o sentimento de proteção ou a angústia, a insegurança, o receio e até a hostilidade contra a instituição. Atualmente a família transfere, deposita e exigem da escola maiores obrigações na função de educar e, a escola nem sempre está apta a atender, pois passa por processo de transformação e adaptação a um novo tempo. (BOMFIM, 2006, p.214)

 Considerando que a educação se dá primeiramente no nível familiar. A família projeta na criança o futuro de sua descendência, por isto torna-se importante que esta seja enviada à escola para a formação da sua personalidade. Na família, tudo o que a criança faz, é por que são mais espertos, faladores, inteligentes etc. Mais tarde é o que irá aparecer, a lei, que dá o limite, então a criança. E isso ocorre quando ela incorpora a condição da lei, no qual será necessário para sua convivência posterior no ambiente escolar. A criança se surpreende quando entra no universo da escola porque este é um universo desconhecido, no qual é tratada de forma diferente do que o é na família.

Para haver uma mudança, tem-se que saber lidar com o fato de que não é culpa somente da família a questão da indisciplina das crianças. Não é benéfico procurar culpados, pois o problema está em todos os lugares, sempre estiveram presentes no cotidiano das famílias e das escolas.

O que hoje chamamos de indisciplina representa um modo de conduta como tantos outros que se evidenciaram ao longo dos tempos, refletindo sempre o m modo de viver e pensar dos sujeitos, tanto individual quanto coletivamente. (BOMFIM, 2006, p. 244)

A não colocação de limites pode ser prova de descompromisso em relação aos filhos, aos alunos e ao futuro do mundo. Muitos jovens acabam se queixando da posição de seus pais e educadores, na falta de imposição de limites, interpretando suas atitudes como ausência, como falta de preocupação e afeto. A preocupação com a imposição de limites na educação de filhos tem sido uma constante entre pais, psicólogos e educadores.

De certa forma, a questão da indisciplina, perturba o educador, que sente-se frustrado pelas manifestações de indisciplina em sala, considerando desacato aos atos de desrespeito que variam da bagunça na sala á falta do material escolar, onde mesmo o educador sabendo que esta com problema, muitas vezes, ficam no comodismo, seja pela falta de uma concepção formada sobre a disciplina ou porque não consegue colocar em prática as idéias já formuladas por ele acerca da problemática. Deve-se, pois partir do principio de que é necessário para buscar solução de algo primeiramente se compreender como se iniciou e qual a nossa contribuição para compreender o que é, o que realmente queremos e como iremos fazer para conseguir.

Aprender a ter disciplina portanto vem a ser aprender conceitos morais indispensáveis para ter um bom-caráter. (CAMPAGNA, 2007). Verifica-se que a concepção  de disciplina da coordenadora está discordando com a do autor. Porque  para este, quando se procura formar no aluno noções de moral, está dando a ele subsídios para que tendo conhecimento do que seja a associação de comportamento indisciplinado e se busque optar por um novo comportamento, já para a coordenadora, indisciplina pode ser associada a inumeros fatores, seja na questão dos limites, que deve ser dado em sala, na questão familiar, onde a família deve procurar acompanhar mais os filhos na escola, seja também nos professores, em suas metodologias de aula, que devem ser inovadoras, procurando despertar interesse dos alunos pela aula.

Torna-se mais fácil de associar à questão disciplinar a conduta de uma criança, quando esta não corresponde ao que se deseja em relação a sua postura de aluno, quando quebra alguma das normas impostas pela intuição ou mesmo quando age de maneira diferente das demais crianças. Sendo que nem sempre a forma de agir de uma criança mesmo sendo associada à indisciplina, determina que aquele aluno seja indisciplinado. Pode este estar buscando somente chamar a atenção, não ter se adequado ainda as normas institucionais ou mesmo querer sobressair-se sobre os demais colegas. Enfim, muitos são as razões que levam uma criança a ser estereotipada de indisciplinada.

A disciplina (...) significa a capacidade de comandar a si mesmos, de se impor aos caprichos individuais, ás veleidades desordenadas, significa enfim, uma regra de vida. Além disso, significa a consciência da necessidade livremente aceita, na medida em que é reconhecida como necessária para que um organismo social qualquer atinja o fim proposto. (VASCONCELLOS, 1998, p.40).

A disciplina deve sempre existir para que a escola consiga atingir seus objetivos: de educar. Por que ao se quebrar a disciplina na sala de aula, com condutas indisciplinares o fim ao qual se propôs a escola não será atingido.

Algumas vezes os professores não parecem ter o perfil ideal para ser um administrador de indisciplina, e não se dá conta, ou não assumem de que, se não conseguem atuar como solucionador de casos indisciplinares específicos; pois nem sempre as pessoas conseguem obter êxito em tudo que realizam, o necessário, portanto é reconhecer suas fraquezas e limites para que assim possa ter a humildade de pedir ajuda, conduzindo os casos mais difíceis para colegas mais habilitados. É necessário considerar as conversas existentes na sala de aula como fator contribuinte para o processo ensino-aprendizagem, pois, existem algumas conversas dos alunos que devem ser levadas em conta: quando o saber dos alunos fundamenta-se com os saberes da “matéria”; nas alternâncias, onde estes devem buscar pelos caminhos da pesquisa, pela reflexão do debate as respostas e nas conversas com os alunos nos olhos abrindo horizontes e criando cumplicidade. (ANTUNES, 2002).

Deve-se começar a disciplinar o aluno a adquirir boa postura na sala, esta deve estar organizada adequadamente para receber os alunos, e o professor é essencial neste momento, onde deve ensinar o aluno o valor da organização, levando-o a descobrir que regras a própria pessoa constroe. Democracia e civismo se treinam, e o melhor lugar pra começar é na sala de aula.

Então é necessário que se busque o foco do problema, ou seja, que se busque onde estão as manifestações de indisciplina na maior parte das escolas, uns acreditam que esta se encontre na escola e na sua estrutura muitas vezes rígida, centralize a indisciplina, em alunos que fogem as normas preestabelecidas pela escola esquecendo-se da conduta de muitos professores moralistas, autoritários e mandões, que adotando o tradicionalismo exige do aluno um ser passivo em sala, mas esquece-se que às vezes uma aula com discurso mal posicionado e nada contextualizado é indiscutível para descentralizar a atenção do aluno na aula, gerando a bagunça na sala.

Esta bagunça é confundida com atos de indisciplina, que é observável, mas deixam de verificar a questão da assiduidade e impontualidade do educador, quando este é professor somente de alguns em classe, estes com atitudes que chamam a atenção, querendo ser destaque, observáveis, por sentirem-se com sua auto-estima reduzida.

O professor cobra sempre pela disciplina na sala de aula, mas muitos não levam em conta que muitas vezes o aluno passa horas e horas esperando por ele, que muitas vezes chega atrasado para dar suas aulas, deixando espaço para gerar conversas, bagunça na sala, e quando o professor chega à indisciplina está no cume. O professor deve olhar os alunos nos olhos, dar suas aulas com o olhar focalizado nos alunos, nunca generalizar só um aluno, mas todos, pois a aula é sempre para todos, e se centralizar só a um aluno ou a um grupinho na sala, dará a entender que está direcionando suas aulas somente a eles, mas, não deixe o aluno vir a você, procure-o sempre que necessário, vá a ele, pois, ele necessita de auxílio na sala de aula. (ANTUNES, 2002).

O professor mal preparado pode buscar se reciclar pode buscar mudar; pois somente assim conseguirá estruturar sua aula para despertar o interesse do aluno a participarem delas; se esta é um discurso mal posicionado e nada contextualizado, a indisciplina é inevitável.

O professor necessita conquistar e contagiar seus alunos, todo aluno é um ser conquistável, mas é fundamental respeitá-los e incentivarem a participarem das aulas, estas deverão ser envolventes e sedutoras, pois somente assim a disciplina reinará na sala de aula. (ANTUNES, 2002).

No atual contexto escolar, percebe-se que estamos longe de assumir um significado consensual no que se refere às praticas pedagógicas, particularmente no que se refere à indisciplina e ao fracasso escolar, em parte deve-se as mudanças ocorridas na sociedade.

A gestão deve contemplar um plano de prevenção e intervenção, que não priorize a intervenção em detrimento da prevenção. Ou seja, devemos partir desde cedo para se buscar inovar a prática pedagógica com recursos inovadores.

O coordenador pedagógico como profissional responsável pela boa convivência no ambiente escolar dos professores e alunos que, atuando junto á equipe e contando com o apoio da direção da escola, pode contribuir para melhor compreensão e superação no enfrentamento ao problema da indisciplina escolar através dos encontros pedagógicos com estudo acerca da problemática.

A relação professor-aluno vai desde a maneira como o professor concebe a disciplina em sala de aula influencia a sua relação com o aluno. Cabe ao Professor Coordenador Pedagógico verificar como são as relações entre os professores e os alunos, pois nessa dinâmica pode estar o fato desencadeador de muitos conflitos que se apresentam nas escolas, afinal a base de uma convivência eficaz, está na questão do relacionamento humano, principalmente no que se refere á sala de aula.

De acordo com Menezes (2001), entende-se que os jovens precisam de liderança para perceber uma perspectiva de futuro. Não que se vá dar o futuro para eles, mas levá-los a conhecer futuros possíveis, agora se os pais não participam do processo disciplinar, os alunos ao aproveitam da ausência dos pais, para agirem indisciplinadamente, é porque falta liderança do mesmo. Pode-se constatar que o papel disciplinador da criança é fundamental.

Quando não se consegue através do uso de metodologias diversificadas a disciplina do aluno em sala de aula, deverá entrar em campo a família, que também é responsável pelos atos indisciplinares dos alunos, já que em parte muitos destas são conseqüências da convivência familiar.

O Coordenador Pedagógico podera intervir na questão do envolvimento dos pais na escola, buscando propiciar palestras onde reflita acerca da importância deles terem uma posição firme com os filhos, que é sempre necessária, pois se é função dos pais disciplinar os filhos, faz parte do desenvolvimento das crianças contestar normas e regras. Os pais têm que procurar ser firmes em seus propósitos de disciplina, apesar do cansaço e das contestações dos filhos. Para educar é preciso de fato crer no que se educa e ter para si os mesmos valores e parâmetros. É um trabalho de auto-observação constante, onde a coerência tem que ser sempre procurada. Aprender a ter disciplina é aprender conceitos morais indispensáveis para ter um bom-caráter.

A ordenação da conduta da criança vem também da família, por meio da oralização de suas atitudes, seus hábitos; no caso da escola o que se visa e a ordenação do pensamento do aluno, por meio da reapropriação do legado cultural, representado pelos diferentes campos do conhecimento em pauta. (AQUINO, 1996, p.192)

Não se pode esquecer de que, ao chegar à escola, as crianças já conhecem e já têm registro de algum tipo de vivência onde se cumprem determinadas regras estabelecidas e muitas das vezes esta é rígida, que é adquirida na sua convivência familiar, sendo estas transmitidas diariamente pelo simples fato de ouvir normas algumas vezes ditadas pela família. Independentemente da classe social, a convivência suposta e a existência de algumas regras claras, para todos os sujeitos, é percebível na presença de regras e percebida nos jogos e brincadeiras das crianças desde a mais tenra idade. No entanto, ao se considerar o trabalho escolar, no interior da sala de aula observa-se a dificuldade de se manejar normas e regras, pelos professores e pelos alunos, na direção de obter-se um ambiente favorável na escola, principalmente no horário do recreio.

O coordenador atua sempre num espaço de mudança. É visto como agente de transformação da escola. Ele precisa estar atento as brechas que a legislação e a prática cotidiana permitem para atuar, para inovar, para provocar nos professores possíveis inovações.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Coordenador Pedagógico, na sua ação pedagógica, tem conseguido orientar o desenvolvimento curricular dos professores fazendo uma relação destes com as diretrizes curriculares nacionais. Diante das dificuldades que possam surgir no contexto escolar, a solução ou o auxílio devem vir do Coordenador Pedagógico. A busca de novas técnicas ou métodos que auxiliem a aprendizagem do aluno é algo constante na ação do coordenador, dessa forma o uso da tecnologia é algo que vem auxiliar essa ação. Professor e coordenador devem caminhar juntos procurando conhecer todas as possibilidades oferecidas pela tecnologia que os auxiliem a desenvolver um ensino e uma aprendizagem em que a criatividade e a interação sejam as principais características.

Diante de tantas transformações que passa a sociedade atualmente, a cada dia cresce a necessidade de promover mudanças profundas no processo de formação humana. Nossa escola está inserida num contexto banalizada pela globalização econômica e potencializado pela lei da competitividade, que se apóia na lógica da filosofia do capitalismo selvagem, do lucro a qualquer preço, onde o ter é mais importante que o ser.  O Coordenador Pedagógico na questão do uso adequado da tecnologia deve ser parceiro do professor no sentido de conhecer e analisar todos os recursos disponíveis buscando a sua melhor utilização.

Portanto, no contexto das discussões/ reflexões construídas neste estudo, o entendimento da coordenação como uma profissão que requer um profissional com formação específica; inclusive, a compreensão de que esta afirmação deve sustentar-se numa racionalidade que valorize o exercício profissional enquanto ponte para aprendizagens e assegurem aos profissionais uma formação competente, com consciência profissional para refletir sobre o ser e o fazer-se supervisor de profissão.

Assim os educadores poderão repensar sua prática profissional em relação ao comportamento do aluno na sala de aula para posicionar-se ante o sistema educacional e a sua nova dinâmica de ensino, pois a Educação é hoje concebida como fator de mudança, renovação e progresso, onde as crianças precisam aprender a assumir responsabilidade e a controlar seu próprio comportamento para que sejam bons cidadãos quando crescerem.

 As situações que são enfrentadas em sala de aula pelo professor levam-no, muitas vezes, a surpresas e tomada de consciência de que não conhece e não discute as questões fundamentais que determinam a existência desse novo– aluno. Trata-se da indisciplina, que foi tomada como tema desta investigação, pois hoje, a criança é considerada indisciplinada até pelo fato de ter curiosidade em conhecer o espaço da sala de aula tentando descobri-lo por meio de diversas ações.

A indisciplina certamente é o maior problema enfrentado pela escola brasileira nos dias de hoje. Muitos professores esperam a indisciplina aparecer na sala de aula para depois fazerem algo que devia ser previsto na escola como um todo. Ou seja, esperam um problema concreto, mas esquecem-se do principal, de que o trabalho preventivo deve acontecer afinal à indisciplina é ainda a principal causa de estresse entre os professores.

Por esta razão acredito que este estudo poderá contribuir para que a indisciplina possa ser vista na sua função criativa e renovadora das práticas instituidoras, onde condutas diferentes das estabelecidas pelas regras comuns da solicitada pela escola passe a ser vista como parte do processo ensino-aprendizagem do aluno.

A Ação do Coordenador Pedagógico na intervenção da prática pedagógica do Docente na questão da indisciplina escolar no Ensino Infantil

 

ABSTRACT

This article aims to examine and reflect on the care of the demands around the practice of Educational Coordinator pointed out that some referrals for the design of a better development of pedagogical practice on the issue of school indiscipline, made by the teacher who works in elementary school, a theoretical contribution - scientific. We want to know: What curriculum guidelines the Educational Coordinator uses to guide the development of educational practice on the issue of indiscipline school teacher who works in the Childhood Education of elementary school? To guide the work of Professor issue of indiscipline in schools, the Educational Coordinator makes the mediation between the National Curriculum Guidelines and Educational Policy Project of the school? As the general objective investigate and analyze the action of the Educational Coordinator and the practice of teaching on the issue of indiscipline in school and elementary school as specific goals the conceptions of teachers / coordinators on indiscipline, the methodologies targeted by the coordinators to be used by teachers with undisciplined students; measures adopted by the school; positioning of the PPP will face problems of indiscipline. Conclue, that this identity of the supervisory action becomes necessary in view of the importance of the educational role played by these professionals within the school community and especially to the development of educational action of teachers on the issue of indiscipline school more effective and structured .

KEYWORDS: Action Educational Coordinator. Childhood Education. Pedagogical Practice. Indisciplina

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