3ª Análise prática, da prática Realtrágica. - As Verdades Realtrágicas


Olá, meu nome é Hiago Rodrigues Reis de Queirós; eu sou um dos representantes do Realtragismo aqui no Brasil, e estou aqui para dar algumas noções do que é, ou como é a prática Realtrágica.

Duas vezes por semana você encontrará um texto em seqüência com o mesmo tema, mas mudando de numeração. Espero poder ajudar. E se caso você nunca leu a palavra Realtragismo em lugar algum e precisar de bases para continuar, conheça o Blog Realtrágico, onde pessoas como eu fazem o melhor possível para esclarecer o que é o Realtragismo.

Endereço: realtragismo.blogspot.com


Conforme o prometido, vamos falar sobre as Verdades Realtrágicas. Ou, o que elas podem se aplicar às verdades da realidade.

Primeiro vamos classificar a verdade por seu lado mais teórico: Uma verdade é um fato, ou a percepção de algo que está inserido na realidade de um grupo de seres semelhantes, que a sentem aos seus semelhantes sentidos, e que a fazem como diferente se esta não apresentar resultados de existirem satisfatórios, ou moralmente esperados.

* Trocando por miúdos: uma verdade é alguma coisa que todos vêem; todos sentem e que pode ser mudada se não estiver de acordo com o que quem a sente espera. Por exemplo: você tem um carro vermelho, isso é uma verdade porque todos vêem a cor vermelha do carro. Mas se você quiser pintá-lo, pode modificar esta cor, logo isso também é uma Verdade Real.


Verdade Real?

Sim... uma verdade real é a relação entre um objeto, alguém ou qualquer coisa que pode ser percebida pelos semelhantes (no nosso caso: humanos) e os outros mesmos. Exemplo se Verdade Real? Sim: você tinha um carro vermelho e pintou de azul; todos sabia (percebiam) seu caro vermelho, e passaram a percebe-lo azul. Certo? Simples não é? Vamos complicar?


Verdade Realtrágica?

Atenção, senão você se perde...

A Verdade Realtrágica é diferente da Real por dois pontos: Só existe se for trágica e, se estiver relacionada, na origem, na denominação ou na resolução, com uma verdade Real... e trágica ao mesmo tempo.

Bem, se te confundi, vamos ao exemplo teórico, depois à prática. Mas primeiro definamos o que é uma realidade, para assim ficar mais fácil:

Realidade é o conjunto de verdades reais, ou seja, o que acontece em nosso mundo em geral e é acoplado em semi-blocos de localidades, que é perceptivo de todos, ou só alguns não percebem, como por exemplo, um avião caindo ao mesmo tempo em que um levanta vôo... percebe que são duas coisas ao mesmo tempo? Pois é... a realidade não é somente duas coisas reais acontecendo ao mesmo tempo... e sim várias.. múltiplos e infinitos fatos.


Agora, se sabemos que a realidade é a união por localidade e em geral de várias verdades.... se usarmos apenas uma verdade Realtrágica no meio desta realidade... teremos uma mentira... e quem a contar... no mínimo será um mentiroso, como você já deve conhecer um. Mas façamos o seguinte: vamos pegar uma Verdade Real, e separá-la do contexto de várias, o contexto que na união propõe a realidade, e dela vamos isolar sua causa e a deixemos entre o meio, entre a causa e o que a causou, ela é aí a consequência.

Ao fazer isso, precisamos ligar este fato real, uma origem, mas não a origem real dele, vamos CRIAR uma origem para ele, e antes vamos dar um exemplo, como qual seguiremos: você pintou seu carro de azul, e bateu ele num poste. Pronto... a origem, está no que causou o acidente, se você estava bêbado (por exemplo) ou se o poste estava... mas a origem aqui, não nos interessa, vamos inventar outra, vamos dizer que no banco traseiro do seu carro havia um psicopata, te deu uma facada na garganta enquanto você terminava a esquina e antes de você perder o controle e perceber a facada, ele saltou do veículo... aí... CRIAMOS uma origem para o fato real de você ter batido o carro no poste. Mas então... se você estava realmente bêbado, não levou uma facada... logo, é uma mentira você estar morto, então, se quisermos ter isso como uma mentira, nós temos, mas a história fica como perdida se começar com você levando uma facada e terminar batendo num poste e morrendo, certo? De onde você vinha? Por que levou uma facada? Por que o homem era um psicopata? E o que acontece com este assassino depois dele matar você? Percebe que essas são perguntas que, ao respondê-las, você termina um contexto? Sim, ao escrever, ou imaginar além, você cria vários fatos que vão, no decorrer da história, se ligar ao real de você ter batido o carro no poste. Preciso dizer pra você que vários fatos, relacionados em cadeia, ou desencadeados, acontecendo ao mesmo tempo, para encaixar-se num contexto geral é uma realidade? Acho que não... mas se tudo é uma mentira, que resulta e teve como resultado uma tragédia... acho que não podemos chamar este fato de real...

Se o fim dele é uma coisa, um fato que aconteceu e foi trágico... então vamos classificar este e todos os outros fatos que aconteceram para este acontecer, e que aconteceram por que este aconteceu... como Realtrágicos.


Tranquilo? Entendeu o que seria uma Verdade Realtrágica? Entendeu que ela teve origem, foi tirada de uma verdade real e portanto não pode ser chamada absolutamente de mentira?

Ponto para a aplicação disso ao receptor da arte pela qual esta verdade Realtrágica foi transpassada?


Tá bom... você deve me perguntar... mas pra quê tudo isso? Só entretenimento?

Isso depende de quem recebeu a arte... de quem recebeu o sentimento. Mas pelo contrário de uma arte qualquer... a interação dela, ou seja, o que a torna completa como arte, não é somente o fascínio passado do artista para o receptor, aqui, o Realtragismo cobra uma ação de quem recebeu o sentimento, e como é sempre trágico, a reação é um evitar desta tragédia-real, a que está diretamente ligada ao tema geral da Realtrágica, uma mudança no que a fez ser realidade, um repesar nos valores que deixaram que acontecessem estas tragédias... esta é a interação, ou seja, o que completa a arte Realtrágica.


Exemplos.. só pra acabar: Existe um psicopata matando todas as crianças que têm relação com uma senhora de idade muito boa para as crianças dos vários orfanatos que ela visita. Pronto... te deixei à confusão... mas, você deve se perguntar: - Afinal... Por que é um psicopata? Será que não somo realmente amantes do psicopata? Será que ele não tem uma ligação direta com esta senhora? Ou melhor... o que fazem nestes orfanatos, que transformam as crianças em psicopatas? O que se passa lá?

Entendeu?... pois é, o contexto do psicopata, é uma consciência de que se tornou brutal, por ter contato com esta senhora... mas nossa... ela te parecia tão boazinha... como ela poderia transformar uma criança num futuro psicopata? Me responda se tiver coragem de ser sincero(a)... será que se você fosse a senhora que visitasse os orfanatos, será que estaria lá pelas crianças, ou para satisfazer o que sua alma te pede? O que seu fundo de sentimento necessita para se sentir viva? Percebe que ao visitar um orfanato, a senhora está atendendo a uma exigência dela, e não só está fazendo o bem? Agora me diga... se ela pra se sentir bem, precisa visitar orfanatos... o que ela faz lá, que se sente bem, e transforma as crianças que tem contato em psicopatas?

Aí a história tem que voltar para o psicopata a solta... será que ele já foi uma das crianças... e que pode ter havido outros como ele e que este está só cumprindo com um equilíbrio e tentando evitar que como ele, outros psicopatas surjam? Mas aí temos um embate final:... Por que ele não mata a senhora? Já que ela é a vilã... e não mais ele? Ora... quem disse isso? Ela faz o bem, não faz nada de mal... ou seja, ela deve ter dado amor a ele... mas por alguma coisa ele se tornou um psicopata, e esta coisa, vai tornar todos do mesmo jeito... o que é esta coisa? Quem inventou orfanatos? Quem deixa as crianças abandonadas e as faz perder o amor pela vida, ao visitá-las e ir embora? Nós? O que nós podemos fazer? Será que completamos a obra de arte ao acabar com orfanatos? Será que ainda os veremos como abrigos bons para crianças? Esses são nossos valores... e ao repensá-los.. o Realtragista consegue realizar sua obra... que é realmente dentro do receptor... não no papel, ou na história dele e sim em como ela reflete em quem a leu...

encerrando... e te convidando para a próxima publicação... " As 4 paredes Realtrágicas"