“Cara, cadê o meu país?” é o titulo do livro de Michael Moore, escritor americano, cineasta e documentarista, conhecido pela sua conduta crítica em relação aos grandes monopólios corporativos, à facilidade de se armar nos EUA, consequência dos vários crimes sem explicações que ocorrem naquele “paraíso paralelo”, à guerra do Iraque e à hipocrisia dos políticos, sendo particularmente um espinho na garganta de George W. Bush.

Poderiamos pegar um gancho do título deste livro e escrever-mos outro livro “Cara, que Brasil é este?”, o escritor?, eu, você, nós, aliás todas a pessoas no singular e no plural, o assunto que abordaríamos seria o mesmo. Teria-mos que tomar o cuidade de não sermos processados por plágio. Mas enfim a narrativa seria a mesma.

Capitulo 1 - Esse mundo cão. Que a cada instante nos atormenta mais e mais, e nos envolve num entremeado de informações e notícias que poucos ou quase ninguém sabe bem ao certo o que está se passando, ou será que sabe e prefere ficar se esquivando da realidade! Somos vítimas de nós mesmos, da ganância, da inconsequência, da tentativa de querermos ser o que não podemos ser, o que nos torna... ...nada. Somos marionetes nas mãos de políticos corruptos, banqueiros sangue-sugas, sistema de saúde falído, sem contarmos a pobreza, o desemprego, a educação (é uma vergonha, fazemos parte dos times que serão rebaixados, os últimos do ranking), falta de moradia, a criminalidade que tomou conta do país, os acidentes de trânsito, aliás, acredito que seria o momento de respensarmos e discutirmos onde entra a responsabilidade das autoridades em relação à fiscalização no trânsito, não sou a favor da bebedeira, mas será que não deixou uma brecha para as autoridades se acomodarem e jogarem a responsabilidade só para os motoristas e os donos de Restaurantes e Bares? Estes também estão pagando o preço desta “acomodação”, cadê as blitz de trânsito? Porque não se aumenta o contingente destas autoridades? Assim, promovendo uma fiscalização mais corriqueira e eficaz? Porque tem que se fabricar veículos que andam a 200, 250 a 300 km/h., se nossas estradas o máximo que permite andar é a 110 km/h.? Não dá pra entender.
Capitulo 2 - 2008 - Setembro Negro. Essa ganância desenfreada a que estamos assistindo pela TV, Internet, Jornaís, etc., pessoas sofrendo, se descabelando, índices despencando, ações desvalorizando, bancos quebrando, governo emprestando o dinheiro do povo, é o subprime, títulos podres, concordatas, aí vêm a lembrança da grande depressão de 1930, o senado não aprova o empréstimo... O mundo volta os olhos para Wall Street, onde o jogo está rolando, onde enfim será realizado o jogo derradeiro... Boom.... As nossas possibilidades de termos um natal melhor, uma viagem de férias com nossa família, a troca do carro no final do ano, e outras cositas mas... foi por áqua abaixo. A bomba explodiu aqui também, aliás, no mundo todo e pra variar quem paga o pato? Enfim, o que está acontecendo lá fora, que tanto nos atinge? A culpa é dos endividados estadunidenses, que não conseguem pagar suas contas, e quem paga a conta por eles não pagarem suas contas? Somos nós. O governo diz termos uma “camada protetora” contra essa crise, mas será? Não estaríamos sendo otimistas demais, ou estão tentando nos passar por “burridiotas”? Somos bombardeados a todo instante que somos auto-suficientes na produção de petróleo, na produção agrícola, na produção mineral, que temos a maior bacia hidrográfica do mundo as maiores reservas naturais, tudo que aqui se planta aqui se dá, isto e naquilo, mas isso não converte em crescimento nos nossos bolsos, estamos sendo abduzidos por esses seres “extraterrestres?” (só podem ser de outros planetas, por não enxergarem o que se passa aqui na terra) que tentam de todas as formas nos fazer acreditar que estamos “bem”. Como podemos falar em crescimento econômico qualitativo e quantitativo se estamos cada vez mais endividados, como poderemos oferecer mais empregos se estamos enxugando nossas empresas, como melhorar os salários se não conseguimos pagar direito até nossos impostos (que além de serem impostos, são cada vez mais caros), como nos tornarmos um mercado competitivo se nossas fronteiras estão cada vez mais abertas para os produto estrangeiros, e os juros estratosféricos, a inflação que anda nos espreitando, como frear o mercado especulativo onde os interesses gananciosos de alguns colocam toda uma economia em xeque. E eu e você, que temos família para tratar, contas para pagar, escola de nossos filhos, condomínio, aluguel, prestações inacabáveis, enfim. O que nos resta a fazer, acreditar naquela máxima, “a esperança é a última que morre?”. E o que falar de nossas instituições, algumas já viraram piada, motivo de chacota, elas brigam entre si, um culpando o outro pelo desmatamento na Amazônia o INCRA e o MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, a arapongagem, ABIN e PF (estes sim são competentes e trabalham), com todo o respeito a magistratura, o STJ e STF um prende o outro solta. E a ética, onde fica, e por falar em ética já dizia o filósofo grego Heráclito, “A ética é o anjo da guarda do ser humano”, acredito que todos nós deveríamos acender uma vela para esse anjo.
Capitulo 3 – O dia depois de amanhã. Sobreviveremos, sempre depois da tempestade vêm a bonança. Temos o dever de acreditar. Acreditar na remissão, acreditar na boa fé, acreditar nos interesses comuns, acreditar nos nossos sonhos nos nossos desejos, temos o dever de depositar nossas esperanças naqueles que acreditamos serem o melhor para nós. Numa comunhão de energias positivas de pensamentos positivos, esqueçamos das mazelas, pelo menos por um instante pensemos nos nossos filhos e nos filhos de nossos filhos, a herança que deixaremos para eles, nossas atitudes adquiridas e reforçadas por atos moralmente bons e repetidos. Um mundo melhor. Não um mundo materialista, mas sim um mundo regado pelas virtudes humanas, que são as perfeições habituais e estáveis da inteligênica e da vontade, que regulam nossos atos, e ordenam nossas paixões, que nos guiam a conduta humana segundo a razão e a fé.

Ronaldo Tomaz André dos Santos