Que atire a primeira pedra quem nunca ficou triste com o fim de um relacionamento ou quem nunca chorou por outra pessoa! Se você atirou, parabéns! Ou você é a pessoa mais insensível que existe ou a mais mentirosa, mas calma... Existe aquele ditado pra acabar com a minha teoria que fala que "toda regra tem sua exceção" então exceção, prazer Mariana Tannous Dias Batista, gostaria de te conhecer, pois você é única.

Ocorreram inúmeras vezes que os corações apaixonados foram partidos por outra pessoa e em todas essas nem o melhor psicólogo seria capaz de achar uma solução. A vontade que predomina é de dormir, dormir, dormir e comer um bom brigadeiro como forma de esquecer. Puro escapismo, que não funciona, pois quando se sonha acordado não tem como fugir da realidade e é nessa hora que pensamos chegar ao fundo do poço, que tudo está acabado. A sensação de chegar ao fundo do poço chega a ser reconfortante, pois não existe outra forma de cair mais, ou ficamos naquele lugar ou encontramos uma maneira de subir, de nos erguer e começar de novo.

Em meio a minha crise mais recente, na qual todo melodrama existente parecia ser meu melhor amigo e o único que me entendia, encontrei a sensação de alívio na última pessoa que imaginei... Meu irmão. Estranhei essa situação porque é complicado falar sobre homens com ele, sei lá, ele é meu irmão e obrigatoriamente deveria achar ruim e sentir ciúmes, ou seja, exercer seu papel de irmão. Mas não, dessa vez foi diferente, pois além de me escutar ele disse uma frase que remetia algo do tipo "O cara que você mais amará será o último" e do nada, tudo aquilo que me sufocava perdeu o sentido.

Na hora fiquei confusa e não sabia ao certo se ele tinha razão, mas depois de um tempo, já com o canal lacrimal seco, o coração batendo na velocidade certa e o cérebro voltando a raciocinar, percebi que a frase não era tão fantasiosa. Notei que a dor do fim de um relacionamento permanece até conhecermos a próxima pessoa por quem iremos nos apaixonar e toda essa sensação de "fim do mundo" do término da relação passará a ser muito insignificante. Assim, me indago, não devemos amar com tanta intensidade o atual relacionamento esperando o próximo ou devemos curtir ao máximo o atual como se fosse o último?

Na peça teatral que chamamos de vida não existem papeis secundários. Somos o diretor e o ator principal, em que na trama apresentada temos a responsabilidade e o total arbítrio de fazer com que essa tenha um final feliz. Caso ocorra algum deslize no caminho, não importa, porque a peça também deve ser interessante e não algo programado e com o final previsto. Dessa maneira, a minha peça ainda está sendo escrita, porém a vaga de príncipe encantado não foi preenchida, portanto envie seu Curriculum ou Currículo, como preferir, com uma foto que esse será analisado.

(Mariana Tannous Dias Batista)